segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Os gurus da internet e o seu fracasso retumbante

Muito se apostava no uso da internet nas eleições de 2010. Oportunistas de plantão surgiram com planos mirabolantes e a pretensão de surfar na onda de Obama, que na eleição presidencial dos Estados Unidos cresceu graças à rede mundial. Mas, definitivamente, mostraram-se todos um fiasco.

A internet é sobretudo um veículo sem regras e avesso à manipulação. Faz sucesso na rede o que cai nas graças do internauta espontaneamente, sem muita lógica ou critério. Têm milhões de acessos no youtube os vídeos mais engraçados, ou inusitados, ou debochados, ou ridículos. E milhares de seguidores no twitter astros globais, "colírios" teen e criaturas aptas a fazer graça em 140 caracteres.

Ou seja, a internet é o veículo de propagação dos tiriricas da política, não de quem tem o conteúdo mais sério e polido.

Não adiantou Dilma Roussef trazer um marketeiro da campanha do Obama nem clonar o homem de neandertal para desferir golpes baixos com seu tacape virtual. Do lado oficial, o papel de vovó boa praça garantido pelo profissional norte-americano. No câmbio paralelo, os grunhidos do troglodita dos teclados contra inimigos imaginários.

Nem teve sucesso José Serra entregar a coordenação da campanha na internet para Soninha Francine e suas meninas superpoderosas para depois importar um guru indoamericano e "desconstruir" (para usar um termo do politiquês) todo o trabalho anterior, chegando ao absurdo de derrubar o site para tentar criar um fato político e deletando toda e qualquer fonte oficial de informação.

Para esclarecer o que foi falado acima: na campanha de Dilma, botaram um tal de Marcelo Branco, com a sutileza e a genialidade de um mamute, para cuidar das redes sociais. Nas hostes de Serra, inventaram um tal guru indiano, Ravi Singh, com turbante e tudo o que tem direito, uma mistura mal-ajambrada de Uri Geller com Inri Cristo. Não sabe de quem se trata? Dê um google.

O assunto continua no post abaixo.