Primeiro, para fugir do óbvio. Segundo, para não engrossar o coro dos mais radicais à direita ou à esquerda: nem os que acham que "bandido bom é bandido morto", portanto eles que se aniquilem dentro das cadeias brasileiras; nem o "coitadismo" de certa elite intelectual demodé (tão desatualizada quanto este próprio termo) que parou no tempo e finge não enxergar o controle deletério das facções dentro e fora dos complexos penitenciários.
Como disse Demetrio Magnoli na sua coluna deste sábado: "Se o Estado foi privatizado e as empresas estatais entregues a bandidos VIP, por que os presídios não seriam cedidos aos bandidos ordinários?".
Pois é assim, a partir desse raciocínio "terceirizado", que abordaremos este assunto emergente (de um problema que é crônico). Compartilhamos opiniões e artigos que nos convidam à reflexão. Leia:
Demétrio Magnoli: País encarcera zé-ninguéns e cria campos de recrutamento de facções
Luiz Carlos Azedo: A regra nos presídios
Agência Brasil: Más condições das prisões facilitam crescimento de facções, dizem especialistas