Se já não bastassem as "pedaladas fiscais" que levaram ao impeachment da presidente Dilma Rousseff e as recorrentes pedaladas na ética e na prática da boa política (além daquele velho "Pedala Robinho" na orelha do eleitor não-petista que votava no PT), são noticiadas agora duas novas tentativas de "pedaladas" no caso do preso mais comentado do Brasil, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A primeira é quase uma piada pronta. O ex-prefeito Fernando Haddad, coordenador do programa da campanha presidencial do PT e ele próprio possível presidenciável no lugar de Lula, resolveu buscar sua carteirinha da OAB com um pequeno atraso de 31 anos. É isso mesmo: inscrito na Ordem desde 1987 sem nunca ter exercido a profissão, teria resolvido provar que é advogado mais de três décadas depois só para poder frequentar a cela do guru petista.
A segunda pedalada é bem mais séria: o movimento #LulaLivre, hoje restrito às redes sociais e presencialmente aos petistas de carteirinha e a uns poucos cooptados de movimentos e partidos satélites que acampam em frente à Polícia Federal de Curitiba, avança para o Supremo Tribunal Federal.
Isso porque o ministro Edson Fachin encaminhou à 2ª Turma do STF, para julgamento no plenário virtual (com votação eletrônica, sem a realização da sessão presencial dos ministros), o enésimo recurso da defesa de Lula contra a prisão decretada pelo juiz Sérgio Moro. Eles não desistem!
Assim, num simples toque de trás da tela de um computador, os ministros Celso de Mello, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli e Gilmar Mendes, além do próprio Fachin, que compõem esta 2ª Turma, podem decretar a qualquer momento, por maioria simples de três votos, a liberdade de Lula. Precisa dizer mais alguma coisa sobre essa nova tentativa de pedalada jurídica? Vamos acompanhar.