Lançada pré-candidata do PPS ao Governo do Estado de São Paulo, a subprefeita da Lapa e ex-vereadora paulistana Soninha Francine falou no congresso do partido, realizado em Jaguariúna, sobre a sua motivação para atuar na política.
Sobre o convite para ingressar no PPS
"Com demonstrações claras, inequívocas, de uma intenção muito verdadeira, de mudança, de transformação, com um inconformismo totalmente preservado (que imagino seja aquele que move todos aqui, e que me moveu a entrar na luta política, a procurar um partido político), com várias decisões, vários passos que foram dados, algumas palavras que coincidiam com os atos (olhem que coisa linda!), o PPS me conquistou."
A troca do PT pelo PPS
"Quando eu tinha decidido ser candidata a vereadora pelo outro partido, em 2004, foi movida a desgosto... desgosto das impossibilidades de ação da sociedade civil fora da vida política propriamente dita, porque é claro que é muito importante mas também é muito limitado (pelo tempo, espaço, alcance...). E não só isso, como por desgosto também com a própria política. Por isso eu queria entrar. Por estar inconformada com o que via e continuei inconformada. Tanto que saí do meu partido e não queria mais entrar em partido nenhum. Mas entrar no PPS foi totalmente diferente, não foi movida a desgosto, foi movida a um ânimo totalmente revigorado. A minha decisão de ser candidata foi por acreditar. Hoje eu faço questão de andar com o número 23 no peito, porque eu me orgulho dele."
PPS, o "partido da Soninha"
"A gente ainda vive, no Brasil, não só uma certa imaturidade nessa nossa democracia que ainda é recente, mas também uma certa incoerência (que não tem nada a ver com imaturidade) que leva as pessoas a terem dificuldade de descobrir qual é o seu partido. Às vezes, o único jeito de identificar um partido (principalmente como o nosso, que não é dos maiores) é ter como referência uma pessoa. Por um lado, precisamos aprender a mudar isso. Precisamos aprender a identificar um partido pelas bandeiras que ele defende, pelas idéias com as quais se identifica e pela sua conduta. Mas ainda não é assim. A gente ainda diz um nome e esse nome é uma referência de idéias, de crenças, de ideais e de conduta. Então para mim sempre foi muito fácil dizer, por exemplo, quando alguém pergunta "ah, o PPS é de quem??" e eu digo "o PPS é do Roberto Freire!", porque aí todo mundo já sabe do que que a gente tá falando. Mas é isso. Uma referência para as pessoas identificarem. É claro que o PPS não é DO Roberto Freire. Ele é de todos nós aqui. Mas se for fácil, se vocês acharem que é uma boa referência toda vez que perguntarem, dizer que "o PPS é o da Soninha!", podem falar porque eu tenho muito orgulho disso! Muito obrigada."