Quem achou que podia sair algo de útil ou de aproveitável da boca ou da cabeça de Fernando Haddad após a estrondosa derrota do PT para Jair Bolsonaro, pode tirar a estrelinha da chuva.
Já quem, como nós, segue os ensinamentos do Barão de Itararé, sempre soube que "de onde menos se espera, daí é que não sai nada mesmo".
Incrível como Haddad é tão boçal quanto Bolsonaro, só na mão inversa. Ele é incapaz de abandonar o discurso da cartilha lulista e de fazer a tão necessária autocrítica sobre os motivos que levaram o Brasil a optar pelo candidato que melhor encarnou o antipetismo na campanha presidencial, após quatro eleições consecutivas de presidentes petistas. Haddad é uma fraude que nem Freud explica.
Em entrevista à Folha, em vez de aproveitar a oportunidade para inaugurar um novo discurso, repetiu a retórica eleitoreira fracassada, quase num terceiro turno imaginário do PT contra Bolsonaro. Atribuiu a derrota petista à "elite econômica" brasileira, que teria perdido "o verniz" e demonstrado a sua verdadeira face. Foi ridicularizado hoje em editorial da própria Folha: "Haja elite".
Coitadinho, Haddad até se esforça para parecer bom moço, mas tem um pensamento limitado, que simplesmente repete as palavras de ordem de Lula e Gleisi, a presid´anta do PT nessa fase da estrela (de)cadente. Triste fim.