quarta-feira, 31 de outubro de 2018

O fim do PSDB que o Brasil conheceu. E agora?

A eleição de João Doria vai necessariamente mudar a história e o rumo dos tucanos. Quando o novo governador de São Paulo fala em "meu PSDB", não é mera figura de linguagem.

Com o desgaste de lideranças tradicionais do partido, é natural que ele tenha se cacifado como o novo polo aglutinador de poder, até por ter se tornado o mais influente mandatário do partido.

O PSDB vinha envelhecendo politicamente e apresentando um declínio há tempos. Incrivelmente, seu líder mais lúcido e arejado ainda é FHC. De resto, apresenta desde sempre os mesmos candidatos (veja abaixo, por exemplo, quantas vezes se lançaram repetidamente Serra e Alckmin, tanto à Prefeitura quanto ao Governo do Estado, passando ainda quatro vezes pela disputa à Presidência da República). O povo cansou.

Ao tentar se "renovar" nos últimos anos, o PSDB desviou totalmente do seu perfil histórico de centro-esquerda e foi sem dó para a direita, onde havia gente mais tarimbada para ocupar esse espaço. Deu no que deu. Derrotas acachapantes.

Hoje, João Doria é de fato o símbolo deste PSDB transmutado. Não por acaso, criou inimigos inconciliáveis dentro da própria legenda. Para onde vão os renegados? "Botar o pijama", como ironizou Doria nas brigas internas com veteranos do partido? Ou buscar novos ares?

Veja que incrível: desde 1988, na primeira eleição disputada pelo PSDB, houve oito eleições para prefeito e outras oito para presidente e governador. Dessas 16 disputas eleitorais, Serra e Alckmin foram candidatos, cada um, em nada menos que sete delas. Ou seja, ambos foram candidatos em 14 das 16 disputas. É possível haver alguma renovação diante desses números?

Quantidade de eleições disputadas desde 1988
(para Presidente, Governador e Prefeito de São Paulo)

José Serra - 7
Geraldo Alckmin - 7
Mario Covas - 4
FHC - 2
João Doria - 2
Fabio Feldmann - 1
Aécio Neves - 1

Eleições para Prefeito

1988 - José Serra
1992 - Fábio Feldmann
1996 - José Serra
2000 - Geraldo Alckmin
2004 - José Serra * (eleito)
2008 - Geraldo Alckmin
2012 - José Serra
2016 - João Doria * (eleito)

Eleições para Governador

1990 - Mario Covas
1994 - Mario Covas * (eleito)
1998 - Mario Covas * (reeleito)
2002 - Geraldo Alckmin * (eleito)
2006 - José Serra * (eleito)
2010 - Geraldo Alckmin * (eleito)
2014 - Geraldo Alckmin * (reeleito)
2018 - João Doria * (eleito)

Eleições para Presidente

1989 - Mario Covas
1994 - FHC * (eleito)
1998 - FHC * (reeleito)
2002 - José Serra
2006 - Geraldo Alckmin
2010 - José Serra
2014 - Aécio Neves
2018 - Geraldo Alckmin

domingo, 28 de outubro de 2018

Presidente Bolsonaro, conte comigo... na oposição!

Dentro da normalidade democrática, a alternância de poder é salutar. Um aditivo republicano que evita que os políticos se perpetuem nos cargos, com os mesmos vícios, e garante a soberania exercida pelo povo.

Portanto, eleito Jair Bolsonaro pela vontade da maioria do eleitorado brasileiro, dentro das regras da democracia, resta a quem não votou nele nem acredita neste "novo" presidente, como é o meu caso, ser oposição em todos os 1.461 dias do seu governo.

Essa é, inclusive, uma garantia para a manutenção das nossas conquistas e para o bom funcionamento das nossas instituições. Que sigamos vigilantes e mobilizados na luta contra qualquer retrocesso.

Porém, aqui entra um detalhe importante que nos diferencia do tradicional oposicionismo petista, patenteado desde os anos 80: o Brasil precisa de uma oposição responsável, não meramente ideológica ou recomendada pelo marketing estratégico e eleitoreiro de ser "do contra". Sistemático deve ser o papel fiscalizador da oposição, jamais o "quanto pior, melhor", o ódio, o revanchismo ou a intransigência.

Para levantar uma situação objetiva, concreta: se houver o encaminhamento correto das reformas estruturais tão necessárias para reorganizar o modelo de gestão do país, entre outras urgências, é preciso debater com seriedade, fazer os ajustes cabíveis e também ajudar a aprová-las. Ou não?

A fiscalização ao governo deve ser diária, permanente, minuciosa e disciplinada, para que os arroubos totalitários demonstrados durante a campanha não tenham sido nada além de bravatas e peças de retórica. Para que nenhum abuso seja cometido. Para que nenhum direito seja suprimido. Para que nada que não esteja previsto constitucionalmente seja imposto, sob qualquer pretexto, sem o devido amparo do estado democrático de direito.

O fato é que só agora vamos saber de verdade quem é o presidente Bolsonaro, pois conhecemos apenas o candidato de um partido fictício (que nesta eleição se tornou o segundo maior do Brasil) e teve limitada a sua presença em raros debates no 1º turno, com pouquíssimo tempo de propaganda oficial e mobilidade cerceada desde o dia 6 de setembro pelo atentado cometido contra ele. O fenômeno, o mito, vai ter que descer do pedestal, arregaçar as mangas e botar os pés no chão.

Chegou a hora, afinal, de descobrir o que tem a oferecer aquele seu tão propalado "posto Ipiranga" para a economia e o desenvolvimento do Brasil. O que ele pretende para a Reforma da Previdência, por exemplo? E para a Educação? Vai continuar com essa bobagem de fundir a Agricultura com o Meio Ambiente, sem entender que muitas vezes terá que mediar interesses antagônicos do agronegócio e da sustentabilidade? Como enfrentará o que chama indevidamente de "coitadismo" de negros, gays, mulheres e índios? Teremos ativistas perseguidos? Liberdades ameaçadas? Minorias desassistidas?

Como o presidente vai se portar diante das exigências formais do cargo? Respeitará a independência e a harmonia dos poderes? Como será a relação com esse Congresso sabidamente conservador, fragmentado e fisiológico? Que tipo de reação terá com uma oposição que se anuncia ruidosa e rigorosa? Como vai se desenrolar a Operação Lava Jato e outras investigações do tipo contra a corrupção envolvendo políticos e partidos, muitos dos quais também vão estar na sua base de sustentação?

Outra coisa importante, que descobriremos com o tempo, é como o governo vai reagir quando essa onda bolsonarista baixar - o que é natural - e o presidente deixar de surfar nesses índices gigantescos e fenomenais de popularidade. Os problemas corriqueiros do dia-a-dia, as frustrações, a burocracia para ver implantadas as suas ideias. Até que ponto irá a paciência da população que buscou eleger um salvador da Pátria? Cadê as soluções mágicas para a insegurança e o desemprego? Por que segue aumentando a conta de luz, a passagem do ônibus e o preço do feijão no supermercado?

Então é isso, presidente. Parabéns pela sua eleição, mas saiba que a partir de 1º de janeiro de 2019 acaba a festa e começa a cobrança e o trabalho duro. Conte comigo... na oposição! Sempre! Não pretendo dar um dia de trégua na fiscalização. Mas não vou torcer pelo seu insucesso, ao contrário. O Brasil não merece outro governo interrompido pela incompetência, pela irresponsabilidade, pela mediocridade ou pela falta de caráter de seus mandatários.

Vamos testar na prática a sua conhecida truculência. Que tenha ficado para trás, pelo bem de todos. Falo por mim, neste artigo assinado, mas sei que posso estar representando o pensamento de muitos, que por ora se recompõem em partidos reformulados e nos movimentos cívicos, nas redes e nas ruas. Nosso reencontro está marcado para 2022, nas urnas, democraticamente. E que Deus nos proteja dos fantasmas do passado que rondaram a sua eleição e insistem em nos assombrar.

Mauricio Huertas, jornalista, é secretário de Comunicação do PPS/SP, diretor executivo da FAP (Fundação Astrojildo Pereira), líder RAPS (Rede de Ação Política pela Sustentabilidade), editor do Blog do PPS e apresentador do #ProgramaDiferente

Marcelo Rubens Paiva: Aprenda, PT

Aprenda, PT. O antipetismo o derrotou. Faça autocrítica e peça desculpas.

Os votos a Haddad foram pela tolerância, pluralidade, democracia e contra o discurso de ódio.

Foi em defesa das mulheres, gays, índios, negros, das minorias e movimentos sociais, que querem governar juntos.

Os votos que você recebeu e aumentaram na última semana não foi para a arrogância e falta de visão política de Gleise Hoffmann, nem em defesa da corrupção, ou de Dilma e sua gastança irresponsável, enquanto o mundo atravessava uma crise profunda, nem contra a Lava Jato.

Não foi a favor das obras inacabadas da Copa do Mundo, dos estádios nababescos e inúteis, da tese do BNDES das campeãs nacionais, nem das alianças espúrias com o pior da política nacional.

Foi pela identidade de gênero e uma nova política.

Escute, Bolsonaro: as urnas exigem respeito às instituições, democracia e liberdade de expressão.

Escute, PT: você subiu, quando Haddad deixou de ser Lula e virou Haddad.

Concorreu sozinho. Partiu com o apoio crítico de Marina Silva e a ausência nítida de Ciro Gomes e FHC, de PDT e PSDB, aliados históricos das Diretas Já, que se uniram a você contra Collor, mas que foram ignorados por você no Poder.

Aprenda a fazer alianças com seus pares, não como seus inimigos.

Nunca mais expulse autênticos, como Airton Soares, Beth Mendes, ouça quem importa, Erundina, Marina Silva, nunca mais deixe de votar num plano econômico bom, como o Real, nunca mais deixe um Fernando Gabeira esperando horas na antessala de um Zé Dirceu.

Nunca mais apoie um regime que claramente se transformou numa ditadura, como a Venezuela.

Defenda e promova também a democracia dos seus vizinhos.

Saiba, Bolsonaro, a escutar o contraditório, respeitar o outro.

Consiga renascer das cinzas, PT, com sua grande bancada, de 56 deputados, seis senadores e governadores.

Aprenda com os erros.

MARCELO RUBENS PAIVA é escritor, dramaturgo, roteirista, há anos trabalha na imprensa como cronista do mundo contemporâneo, de olhos atentos à política, cultura, neuroses urbanas de hoje e do passado

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

#ProgramaDiferente: "Isso non ecziste!"



Na semana que antecede o Halloween, ou Dia das Bruxas, isso para não falar da iminente eleição do "coiso" e de uma campanha eleitoral que dá até medo, o #ProgramaDiferente é sobre fé, crendices, superstições e charlatanismo. Um especial com a história do Padre Quevedo, famoso caçador de aberrações tipicamente brasileiras como o Inri Cristo. Para você que crê em bruxas, fantasmas e até políticos, uma miscelânea do que "ecziste" e do que "non ecziste". Assista.

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Em dois minutos, Mano Brown resume 20 anos de erros do PT; ausência de autocrítica estimula muito democrata a optar pelo voto nulo neste 2º turno



Votar no Bolsonaro não dá! #EleNão #EleNunca 

Mas, cá entre nós, quem conhece o PT, testemunhou seus erros e malfeitos (termo que alguns preferem para atenuar a ação da bandidagem que assaltou os cofres públicos), presenciou a arrogância de seus líderes e a tentativa de monopolizar o pensamento de esquerda (que acabou enxovalhando todo o campo democrático), não tem como, em sã consciência, votar no PT outra vez.

Será que é de um lado só que está a semente do autoritarismo? Fake news, bravatas, ameaças à independência dos três poderes, ataques a juízes e instituições, defesa de corruptos, demagogia, hipocrisia, ideias para controlar e censurar a imprensa, fanatismo, violência, ódio, intolerância?

Vamos fechar os olhos agora para os erros do PT? Vamos eleger um presidente petista para endossar tudo o que vocês praticaram e pregaram nos últimos anos, como se estivesse tudo bem no Brasil?

Então, como apelar para o bom senso, a moral e a ética, ou mesmo para um espírito democrático ou os princípios republicanos e votar no Haddad? Impossível!

Curioso é como o PT ataca os eleitores de Bolsonaro, como se a maioria dos brasileiros que vota no adversário petista neste 2º turno fosse um bando de fascistas ou ignorantes. Ora, fiéis do lulismo do meu Brasil, o eleitorado que hoje vota neste candidato boçal da direita mais chucra é o mesmo que elegeu Lula presidente duas vezes e Dilma outras duas.

Mudou o eleitor ou mudou o PT, traindo a confiança e a esperança que os brasileiros depositaram quatro vezes na urna, democraticamente? A ausência dessa autocrítica é que estimula muito democrata, de saco cheio do PT e igualmente avesso ao salto no escuro com Bolsonaro, a optar pelo voto nulo neste 28 de outubro.

Portanto, não busquem fora a culpa pela derrota. Assumam seus erros e responsabilidades. E, por favor, dessa vez aprendam alguma coisa (Ah, detalhe: ouçam mais o Mano Brown, meus caros petistas. Em dois minutos, ele falou na cara o que vocês não ouviram em 20 anos). PT, saudações. Assista.

#NemUmNemOutro #VotoNulo #ElesNão



Veja também:

Uma oposição responsável contra Haddad e Bolsonaro

Democracia e Sustentabilidade por um Brasil melhor

Boa política é a maior derrotada neste 2º turno

Discurso "bolsonazi" no #ProgramaDiferente

O Brasil que eu quero e vou buscar em 7 de outubro

Vamos relembrar um pouquinho do Haddad prefeito?

terça-feira, 23 de outubro de 2018

Democracia e Sustentabilidade por um Brasil melhor

Que a derrota de um "centro democrático" fragilizado e fragmentado traga algum ensinamento neste difícil 2018. Ver PPS, PV e Rede Sustentabilidade, além de outras lideranças deste campo da boa política, dialogando para formar um bloco de oposição responsável ou até mesmo a formatação de um novo partido-movimento é um misto de alívio e esperança nesses dias de ressaca eleitoral. Que avancem, pelo bem do Brasil que saiu das urnas nesse 7 de outubro e vai se configurar ainda mais polarizado, revanchista e radicalizado no desfecho deste 2º turno no próximo domingo, 28.

Dos dois lados, tanto na candidatura de Jair Bolsonaro quanto de Fernando Haddad, temos o desapreço pela democracia, pela ética, pelo bom senso, pela agenda sustentável e até mesmo pelo repeito às leis e à verdade dos fatos. Não é à toa que as chamadas "fake news" dominam essa campanha, com milícias virtuais à direita e à esquerda treinadas e remuneradas para destruir sem piedade o inimigo político. Mas, infelizmente, dias piores virão. Nas redes e nas ruas.

Como antídoto ao retrocesso que se anuncia e à idiotização do eleitor é que fazemos esse apelo à defesa intransigente dos princípios republicanos. Sem dúvida, a aproximação entre lideranças, partidos e movimentos deste campo democrático e sustentável aponta para um caminho racional e necessário para enfrentarmos os próximos quatro anos de riscos e ameaças às nossas instituições.

O Brasil de 2019 dará um salto no escuro. Ninguém sabe o que vai acontecer, mas é evidente que o futuro governo, com uma base congressual fisiológica e reacionária, pode trazer consequências catastróficas para a cidadania, o meio ambiente, a qualidade de vida, os direitos humanos e a economia do país. Daí a oportunidade para um passo adiante, esse encontro histórico entre democratas e sustentabilistas, união que a cartilha da velha política talvez ainda definisse como "esquerda democrática".

Democracia e Sustentabilidade não podem ser apenas rótulos subjetivos teorizados e debatidos em rodas de intelectuais, mas premissas básicas e essenciais para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa, igualitária, fraterna, conectada e radicalmente democrática. Que, na prática, possamos ajudar a descontaminar o brasileiro desse radicalismo intransigente e intolerante de petistas e anti-petistas, bolsonaristas e anti-bolsonaristas. Precisamos urgentemente atualizar o sistema. O primeiro passo está dado, com a aproximação entre Rede, PPS, PV e os movimentos pela renovação da política. Que venha uma longa, firme e saudável caminhada.

Mauricio Huertas, jornalista, é secretário de Comunicação do PPS/SP, diretor executivo da FAP (Fundação Astrojildo Pereira), líder RAPS (Rede de Ação Política pela Sustentabilidade), editor do Blog do PPS e apresentador do #ProgramaDiferente

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Discurso "bolsonazi" no #ProgramaDiferente



Na falta de ideia para coisa mais produtiva, o estagiário do #ProgramaDiferente resolveu sentar na mesa de edição e fazer uma livre associação entre o discurso do presidenciável Jair Bolsonaro, transmitido online para a multidão que se manifestava neste domingo, 21 de outubro, na Avenida Paulista, e um arquivo de pronunciamentos de outro conhecido líder político, tratado como um mito por seus fiéis seguidores e morto em 1945, na Alemanha.

Por sorte vivemos ainda numa sociedade democrática, dentro de um estado de direito, em que a liberdade de expressão e de pensamento são garantias constitucionais. Em plena era das "fake news", apenas foram juntadas imagens e falas reais, separadas por décadas no tempo e no espaço, para a nossa livre interpretação.

Virou um discurso #bolsonazi. Algo que nos faz refletir e desejar que não se repita nada parecido. Talvez, para não deixar dúvidas, seja prudente alertar: "Esta é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência". Ou não. O resultado você assiste aqui.

domingo, 21 de outubro de 2018

Avança aproximação entre Rede Sustentabilidade e PPS, a partir da parceria entre as fundações ligadas aos dois partidos; fusão é possibilidade concreta

Ao reeleger o jornalista Luiz Carlos Azedo como diretor-geral e o senador Cristovam Buarque presidente do seu Conselho Curador, neste sábado, 20 de outubro, a FAP (Fundação Astrojildo Pereira) deu também um passo concreto na aproximação entre a Rede Sustentabilidade e o PPS, que junto com o PV conversam sobre a formação de um bloco parlamentar no Congresso Nacional e ensaiam até mesmo uma fusão entre esses partidos.

Além de renovar o mandato de seus dirigentes (eleitos por dois anos com direito a uma reeleição), a FAP, que é a fundação vinculada ao PPS mas que tem entre seus conselheiros a maioria de integrantes não filiados ao partido, oriundos principalmente do meio acadêmico, fez um gesto decisivo neste diálogo suprapartidário: incorporou no Conselho Curador recém-eleito dois novos membros indicados pela direção da Rede Sustentabilidade, que são também dirigentes da sua Fundação Rede Brasil Sustentável.

Presente à reunião da FAP deste sábado em Brasília, o porta-voz nacional da Rede, Pedro Ivo Batista, indicou em nome da direção do partido de Marina Silva e de Heloisa Helena, presidente da Fundação Rede Brasil Sustentável, seus dois representantes para o Conselho Curador da FAP: o economista Bazileu Margarido, eleito vice-presidente de Cristovam Buarque, e a antropóloga Jane Villas Boas.

Este pode ser o primeiro e histórico passo para o nascimento de uma nova formatação partidária, ao menos no seu conteúdo teórico e programático, que tenha a defesa da democracia e da sustentabilidade como princípios, faça oposição responsável ao próximo governo e que poderá surgir com a participação ainda do PV, dos movimentos pela renovação da política (que já selaram parceria com a Rede e o PPS nas eleições deste ano) e de parlamentares egressos de outras legendas.

Além de Azedo e Cristovam Buarque, patrocinadores dessa aproximação entre as fundações dos dois partidos, também o presidente do PPS, Roberto Freire, dirigentes nacionais, estaduais e parlamentares estão empenhados no diálogo para possibilitar uma fusão. Pelo PV,  Eduardo Jorge e Alfredo Sirkis também já manifestaram publicamente seu entusiasmo com a ideia.

Um bloco ou uma fusão entre PPS, PV e Rede resultaria de imediato em uma bancada de 8 senadores (cinco eleitos pela Rede, dois pelo PPS, mais o senador Reguffe, atualmente sem partido) e 13 deputados federais (oito eleitos pelo PPS, quatro pelo PV e uma pela Rede).

O Blog do PPS e o #ProgramaDiferente acompanham a Rede Sustentabilidade desde a sua criação, e sempre defenderam e promoveram essa aproximação entre PPS, PV e Rede. Veja abaixo uma série de postagens, entrevistas exclusivas e opiniões sobre o partido de Marina Silva e este caminho da democracia e da sustentabilidade que enfim parece estar sendo trilhado por todos.

Sustentabilidade em festa, velha política em luto











quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Pausa na Câmara de São Paulo para eleição

À espera da definição entre Bolsonaro ou Haddad na Presidência da República e João Doria ou Marcio França no Governo do Estado, que certamente terá efeitos na política local, os vereadores paulistanos voltarão ao trabalho no plenário da Câmara Municipal de São Paulo só depois do 2º turno das eleições.

A próxima sessão ordinária está convocada apenas para o dia 30 de outubro, após um único projeto do Executivo ter sido apreciado (e ficado pendente de votação) na última sessão extraordinária de outubro, nesta quarta-feira, 17, que aumentaria as gratificações concedidas aos guardas civis municipais e policiais militares a serviço da Prefeitura.

Agora este projeto pendente só retorna à pauta depois de passada a ressaca eleitoral, quando também está prevista a votação do tradicional pacotão de projetos de vereadores, cumprindo uma espécie de cota anual de aprovações, idêntica para todos os parlamentares.

Em novembro começam ainda as discussões sobre o Orçamento da Cidade para 2019 e os acordos para a composição da Mesa Diretora da Câmara, para eleição que ocorre em dezembro.

Além disso, projetos polêmicos do Executivo também serão colocados em pauta, como a revisão do Plano Diretor, da lei de uso e ocupação do solo e do código de obras; além de uma anistia a ilegalidades neste setor.

Assunto não vai faltar. Que a imprensa e os cidadãos paulistanos fiquem de olhos abertos.

Especial sobre música caipira no #ProgramaDiferente



O #ProgramaDiferente desta semana vai fundo na raiz sertaneja do Brasil para buscar as origens da música caipira, guiado por dois mestres no assunto: o cantor e apresentador Rolando Boldrin e o jornalista José Hamilton Ribeiro - que, aliás, formam uma bela dupla caipira. Não de cantadores, mas de grandes contadores de causos e histórias. Assista.

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Boa política é a maior derrotada neste 2º turno



Na reta final deste 2º turno das eleições para presidente e governador, o que chama atenção é o acirramento dos discursos de ódio, a polarização acentuada do "nós" x "eles" no tom agressivo das campanhas eleitorais e o resgate de um rançoso e rancoroso enfrentamento entre esquerda e direita, muito mais no campo retórico do que propriamente no conteúdo pragmático das candidaturas, que se assemelham pelo vazio programático, pelo empobrecimento do debate e pela generalidade das propostas.

Há intensa troca de acusações entre os candidatos que disputam o 2º turno. Dos dois lados, parece interessar mais a desconstrução do adversário do que conseguir mostrar as suas próprias qualidades. O marketing de direita apela ao anti-petismo insurgente na sociedade. Do lado contrário, a cartilha da velha esquerda tenta nos convencer da necessidade de uma frente de resistência à suposta escalada fascistoide saída das urnas neste 2018 e que poderia colocar em risco os avanços democráticos brasileiros. Pura guerra publicitária.

Com a postura beligerante dos candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) na corrida presidencial, ou mesmo a reprodução dessa polarização insana na disputa pelo governo paulista entre João Doria (PSDB) e Marcio França (PSB), o #ProgramaDiferente registra por meio da propaganda oficial dos concorrentes neste 2º turno o absoluto fracasso do diálogo, do equilíbrio e do bom senso como instrumentos da prática da boa política. Um retrocesso imensurável. Assista.

terça-feira, 16 de outubro de 2018

Haddad, os fiéis de Edir Macedo, os babacas de Cid Gomes e a aula de latim que explica essas alianças: "auri sacra fames", a maldita fome do dinheiro



O #ProgramaDiferente mostra dois acontecimentos que estão sacudindo a campanha presidencial nessa reta final e parecem ser a pá de cal definitiva sobre a candidatura de Fernando Haddad: primeiro, uma polêmica com o bispo Edir Macedo, definido como "charlatão" pelo presidenciável do PT.

O duro ataque se deve ao apoio do líder da Igreja Universal do Reino de Deus e dono da Rede Record ao candidato Jair Bolsonaro (PSL), adversário de Haddad no 2º turno e líder nas pesquisas. O petista só esquece que, antes, Edir Macedo apoiou os governos de Lula e Dilma Rousseff. Talvez a explicação para essas alianças esteja na frase em latim que o próprio Haddad desenterrou para atacar o evangélico, sem se dar conta que estava dando um tiro no pé: "Auri sacra fames", ou a ambição desmedida, uma maldita fome pelo dinheiro e pelo poder.

Para completar o inferno astral de Haddad, o ataque mais agudo e certeiro vem de um potencial aliado: o senador eleito Cid Gomes, ex-governador do Ceará e irmão do presidenciável Ciro Gomes (PDT), que afirmou que o PT vai perder a eleição para Bolsonaro, merecidamente, graças aos "babacas" do partido. Assista.

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Os 110 anos de Cartola no #ProgramaDiferente



O #ProgramaDiferente desta semana é um especial sobre os 110 anos do nascimento do músico e compositor carioca Angenor de Oliveira, o saudoso Cartola, completados neste 11 de outubro. Autor de canções como “Alvorada”, “As Rosas Não Falam” e “O Mundo É um Moinho”, além de fundador da escola de samba Estação Primeira de Mangueira, Cartola é dono de um repertório que ultrapassa os limites do samba – como letrista e poeta, ascendeu à galeria dos artistas brasileiros mais geniais de todos os tempos. Assista.

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

50 anos da Cidade da Criança no #ProgramaDiferente



Antecipando o nosso festejado 12 de outubro, o #ProgramaDiferente conta a história dos 50 anos da Cidade da Criança, o primeiro parque infantil temático do Brasil, construído em São Bernardo do Campo e inaugurado em 10 de outubro de 1968.

Em plena época de repressão na ditadura militar, a Cidade da Criança inovou ao eleger diretamente seus "prefeitos mirins", incutindo na cabeça das crianças os fundamentos da cidadania, da liberdade e da democracia. Esperamos que os adultos de hoje tenham aprendido alguma coisa. Assista.

terça-feira, 9 de outubro de 2018

Uma oposição responsável contra Haddad e Bolsonaro

Não é à toa que o PT de Lula e Haddad e o PSL de Jair Bolsonaro são os campeões de votos nesse polarizado 2018, tanto ao levar seus candidatos majoritários ao 2º turno das eleições presidenciais quanto ao fazer de suas bancadas as maiores da Câmara dos Deputados e, por exemplo, da Assembleia Legislativa de São Paulo, para citar pelo simbolismo.

Venceu com larga vantagem o discurso do "nós" x "eles", o radicalismo, o ódio, o preconceito e o revanchismo. Perdemos todos os outros - e, que fique claro se ainda não caiu a ficha nessa ressaca eleitoral, somos minoritários.

Mais de 80 milhões de brasileiros, ou 75% dos votos válidos, optaram nas urnas por Bolsonaro ou por Haddad neste emblemático 7 de outubro. Ao acentuar, aparentemente, as diferenças entre esses dois campos opostos da política, fica subjacente no resultado dessas eleições uma contradição essencial: a irmandade siamesa do lulismo e do bolsonarismo, variantes à esquerda e à direita de um populismo rançoso e do descrédito da maioria do eleitorado na política tradicional.

Em cenário de terra arrasada, vencem os mais adorados e consequentemente os mais rejeitados por um lado e pelo outro. O chamado "centro democrático", ou como queiram denominar as lideranças e os partidos que tentaram se afastar destes dois polos extremados, foram aniquilados neste 1º turno. O eleitor simplesmente não desejava razão, moderação, equilíbrio. Ao contrário, o espírito é de guerra!

A polarização vai se acentuar perigosamente neste 2º turno e no futuro governo, ganhe quem ganhar. A divisão partidária, ideológica e até geográfica, marcadamente do Nordeste como resistência do petismo contra o resto do Brasil "endireitado", vai fazer proliferar atos de preconceito, racismo e intolerância. Imagine-se então o comportamento do futuro Congresso Nacional, amplamente dominado por uma base conservadora (vide o crescimento das bancadas evangélica, da bala e ruralista) e notadamente fisiológica, com raras e honrosas exceções, diante de um governo Haddad ou Bolsonaro.

Certamente o resultado das urnas será questionado pelo lado derrotado. Se não houver autoridade, responsabilidade e competência para acalmar os ânimos e convencer a sociedade da tranquilidade republicana e da normalidade democrática, seja quem for o eleito, o clima de ódio e insatisfação pode crescer nos meses seguintes até a posse do futuro presidente e gerar alguma turbulência institucional.

Os primeiros atos do novo governo também serão importantes para sinalizar que Brasil podemos esperar pelos próximos anos. Diante do nosso histórico recente, é difícil acreditar num quadro pacificado e civilizado na relação entre os poderes. Daí a nossa importância, os derrotados neste 1º turno das eleições, para ajudar a garantir o pleno funcionamento do Estado democrático de direito, fundamentalmente o respeito das liberdades civis e das garantias fundamentais da cidadania.

Não é que exista alguma ameaça concreta e objetiva à nossa ainda jovem estabilidade democrática e constitucional, mas para que nenhum lunático ou mal intencionado ouse pensar algo do tipo, e para afastarmos definitivamente qualquer fantasma autoritário, é que precisa ser formado um bloco oposicionista responsável, suprapartidário e qualificado com lideranças da sociedade reunidas em torno de conceitos e princípios inabaláveis, que tenha força e resistência suficientes para ser um ponto de equilíbrio sustentável e que não vergue com o vento que sopra à direita ou à esquerda.

Mauricio Huertas, jornalista, é secretário de Comunicação do PPS/SP, diretor executivo da FAP (Fundação Astrojildo Pereira), líder RAPS (Rede de Ação Política pela Sustentabilidade), editor do Blog do PPS e apresentador do #ProgramaDiferente

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

#ProgramaDiferente: Bolsonaro, que mito foi esse?



Com mais de 46% dos votos válidos, ou a confiança declarada de 49.275.358 brasileiros, o presidenciável Jair Messias Bolsonaro chega ao 2º turno das eleições de 2018, que será disputado no próximo dia 28 de outubro contra o petista Fernando Haddad, com amplo favoritismo para governar o Brasil pelos próximos quatro anos.

Neste 1º turno, mesmo afastado da campanha desde 6 de setembro para se recuperar do atentado a faca sofrido nas ruas de Juiz de Fora, fez do minúsculo PSL o 2º maior partido do Brasil, com 52 deputados federais e 4 senadores eleitos, além de já desenhar uma enorme base de sustentação no Congresso Nacional e ter garantido apoio da maioria dos futuros governadores.

A onda dessa "nova direita" liderada por Bolsonaro é avassaladora. Ele chegou perto de definir a eleição presidencial neste 7 de outubro, ao aniquilar todas as candidaturas do chamado "centro democrático" em nome do "voto útil" contra o petismo. Cresceu ao apostar no discurso conservador, no descrédito da população com a política tradicional e nessa polarização ao identificar em Lula o inimigo a ser combatido.

Tornou o filho, Eduardo Bolsonaro (PSL/SP), o deputado federal mais votado da história do Brasil, com 1.843.735 votos, superando o folclórico Enéas (PRONA). O mesmo recorde, como a deputada estadual mais votada de todos os tempos, acaba de ser obtido pela advogada Janaína Paschoal (PSL/SP), autora do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), eleita para a Assembleia Legislativa de São Paulo com 2.060.786 votos.

O que explica esse fenômeno Bolsonaro? O que faz dele o mais novo líder político do Brasil, com aura de mito para uma legião de seguidores fiéis? Quem é e o que pensa, afinal, este paulista da cidade de Glicério, na região de Araçatuba, capitão da reserva do Exército com trajetória política de 30 anos no Rio de Janeiro, onde se elegeu vereador pela primeira vez em 1988 e depois, a partir de 1990, sete vezes consecutivas para a Câmara dos Deputados? Assista.

PPS terá bancada de 8 federais e 2 senadores

O PPS elegeu oito deputados federais e dois senadores nestas eleições de 2018. Atualmente o partido conta com este mesmo número de deputados federais. Em 2014, tinham sido eleitos dez parlamentares. Além disso, também foram eleitos 21 deputados estaduais do PPS em todo o país.

O estado de São Paulo contribuiu com a reeleição de dois deputados federais (Arnaldo Jardim e Alex Manente) e de dois deputados estaduais (Fernando Cury e Roberto Morais).

Para a Câmara Federal, além dos paulistas Arnaldo Jardim e Alex Manente, foram eleitos Carmen Zanotto (SC), Da Vitória (ES), Daniel Coelho (PE), Marcelo Calero (RJ), Paula Belmonte (DF) e Rubens Bueno (PR).

No Senado, o PPS vai contar com Eliziane Gama (MA) e Marcos do Val (ES).

Nacionalmente, o PPS teve mais de 1,5 milhão de votos nos seus candidatos a deputado federal. Em 12 estados (Acre, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Roraima, Santa Catarina e São Paulo), o partido ultrapassou o índice de 1,5% dos votos válidos exigidos pela cláusula de desempenho. Em outros três (Ceará, Minas Gerais e Rio de Janeiro), ficou acima de 1%.


Confira abaixo a votação de todos os candidatos do PPS de São Paulo:

DEPUTADO FEDERAL

VOTOS NA LEGENDA (0,06%) - 13.275 votos

ARNALDO JARDIM (0,63%) 132.363
ALEX MANENTE (0,60%) 127.366
POLLYANA GAMA (0,13%) 27.956
ROBERTO FREIRE (0,12%) 24.914
ARLINDO ARAÚJO (0,09%) 18.187
HUMBERTO LAUDARES (0,06%) 11.713
WALLACE (0,03%) 5.531
YVES CARBINATTI (0,02%) 4.624
DORA MARIANO (0,01%) 1.982
CARLOS JAPONÊS (0,01%) 1.951
HILDA GUERREIRA (0,00%) 620


DEPUTADO ESTADUAL

VOTOS NA LEGENDA PPS (0,10%) 20.710 votos

FERNANDO CURY (0,48%) 99.815
ROBERTO MORAIS (0,30%) 63.447
DAVI ZAIA (0,20%) 41.629
JULINHO FUZARI (0,15%) 30.325
CLAUDIO PITERI (0,12%) 24.961
DRA. MAYRA COSTA (0,11%) 22.072
EDNA FLOR (0,09%) 18.460
PAULO ANDRE FANECO (0,04%) 8.223
GUI MENDES (0,01%) 2.964
ORESTES PIMENTEL (0,01%)  1.458
ALESSANDRA BERRIEL (0,01%)  1.291
ANA CHANG (0,01%) 1.123
JULIO COSTA (0,00%) 902

Mudança na Câmara de SP fica abaixo da expectativa

Dos 18 vereadores paulistanos que foram candidatos a outros cargos nestas eleições de 2018, apenas três foram eleitos: David Soares (DEM) e Sâmia Bomfim (PSOL) para deputados federais, e Conte Lopes (PP) para deputado estadual.

Tiveram ainda uma votação destacada os vereadores Alfredinho e Juliana Cardoso, 1º e 4ª suplentes de deputados federais do PT; Patricia Bezerra (PSDB), estadual, e Ricardo Nunes (MDB), federal, também os primeiros suplentes de suas coligações.

Além disso, a então 1ª suplente do PSOL na Câmara Municipal, Isa Penna, que assumiu por um período o mandato de vereadora, também foi eleita deputada estadual. O 1º suplente do PV, Abou Anni, foi eleito deputado federal pelo PSL de Jair Bolsonaro. O 1º suplente petista, Paulo Fiorilo, também se elegeu para a Assembleia Legislativa.

A maior frustração entre todos os vereadores que foram candidatos talvez tenha sido Eduardo Suplicy, na sua segunda derrota consecutiva para tentar voltar ao Senado - o que todas as pesquisas indicavam como favas contadas.

A vaga de vereador aberta no PSOL deverá ser ocupada a partir de janeiro de 2019 pelo suplente Celso Giannazi, irmão do deputado estadual Carlos Giannazi. No lugar de Conte Lopes (PP) e Davi Soares (DEM), devem assumir os tucanos Beto do Social Adolfo Quintas, atuais 1º  e 2º suplentes na coligação formada em 2016 por PSDB/PSB/PP/DEM.


Veja abaixo a votação dos 18 vereadores que disputaram a eleição:

Candidatos ao Senado

Eduardo Suplicy (PT) - 4.667.565 votos

Mario Covas Neto (eleito pelo PSDB, hoje no Podemos) 2.127.983

João Jorge (PSDB) - suplente do candidato Ricardo Tripoli (PSDB) - 3.154.058

George Hato (MDB) - suplente do candidato Marcelo Barbieri (MDB) - 386.880


Candidatos a Deputado Federal

Alfredinho (PT) 62.146 - 1º suplente

Caio Miranda (PSB) - 18.302

David Soares (DEM) - 99.865 - ELEITO

Eliseu Gabriel (PSB) - 36.074

Juliana Cardoso (PT) 54.746 - 4ª suplente

Natalini (PV) - 27.316

Ricardo Nunes (MDB) - 47.258 - 1º suplente

Ricardo Teixeira (PROS) - 30.910

Sâmia Bonfim (PSOL) - 249.887 - ELEITA


Candidatos a Deputado Estadual

Aurélio Nomura (PSDB) - 39.464

Conte Lopes (PP) 116.806 - ELEITO

Patricia Bezerra (PSDB) 57.609 - 1ª suplente

Toninho Vespoli (PSOL) - 21.597

Zé Turin (PHS) - 19.276

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Chegou a hora! Vote 23 nos deputados do PPS!

Aqui estão todos os candidatos e candidatas do PPS de São Paulo, em ordem alfabética, com o nome que aparece na urna eletrônica e o respectivo número:

DEPUTADOS FEDERAIS

ALEX MANENTE - 2343

ARLINDO ARAÚJO - 2362

ARNALDO JARDIM - 2345

CARLOS JAPONÊS - 2363

DORA MARIANO - 2313

HILDA GUERREIRA - 2322

HUMBERTO LAUDARES - 2303

POLLYANA GAMA - 2351

ROBERTO FREIRE - 2323

WALLACE - 2333

YVES CARBINATTI - 2300


DEPUTADOS ESTADUAIS

ALESSANDRA BERRIEL - 23888

ANA CHANG - 23120

CLAUDIO PITERI - 23111

DAVI ZAIA - 23123

DRA MAYRA COSTA - 23500

EDNA FLOR - 23789

FERNANDO CURY - 23456

GUI MENDES - 23000

JULINHO FUZARI - 23423

JULIO COSTA - 23300

ORESTES PIMENTEL - 23444

PAULO ANDRE FANECO - 23222

ROBERTO MORAIS - 23623

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Movimentos visíveis e invisíveis até o domingo

A polarização é a marca desta eleição. Até aí, não chega a ser novidade. Desde a primeira eleição direta pós-redemocratização, em 1989, temos um quadro polarizado. Vencidas sete eleições até esta de 2018 que será a oitava, em seis delas tivemos a disputa polarizada PT x PSDB, mesmo quando foi desnecessário o 2º turno.

Naquele ano de 1989, o cenário "azul x vermelho" foi representado por Collor x Lula, tendo Brizola quase tomado o lugar daquele que o caudilho chamava de "sapo barbudo", numa diferença de cerca de 450 mil votos, ou inferior a um ponto percentual (indetectável até mesmo na margem de erro das pesquisas).

Nos anos de 1994 e 1998, FHC ganhou de Lula no 1º turno, tendo os demais concorrentes longe de ameaçar o embate de tucanos e petistas. A partir de então houve apenas a inversão do quadro, com o início do domínio do PT. Em 2002, Lula derrotou Serra; em 2006, atropelou Alckmin; em 2010, empurrou Dilma para esmagar Serra outra vez; e, em 2014, teve seu último sucesso eleitoral, com Dilma ganhando por pouco de Aécio.

Chegamos em 2018 com o acirramento deste clima plebiscitário entre o petismo e o anti-petismo, ou, mais que isso, entre o lulismo e o anti-lulismo, com o requinte dramático de termos os dois principais personagens desta eleição confinados: um condenado preso numa cela da Polícia Federal, outro convalescente num leito hospitalar.

Com outra grande novidade: depois de 24 anos, o PSDB está novamente fora da polarização com o PT. Repetindo 1989, dessa vez é Bolsonaro quem ocupa na urna e no imaginário popular aquele espaço representado por Collor há quase três décadas.

Movimentos visíveis e invisíveis

Feita toda essa introdução histórica dos movimentos cíclicos da política, há algumas tendências visíveis e outras ainda ocultas para este domingo, 7 de outubro. O que parece mais evidente nesta versão revisitada de 1989 é a semelhança entre os principais personagens. Como martela insistentemente a propaganda, Lula é Haddad. Já foi dito aqui, Collor repete Bolsonaro, com todas as suas características pessoais e fragilidades partidárias. Consequentemente, Brizola revive em Ciro no espólio do velho PDT.

Os coadjuvantes também parecem reproduzir os papéis do final dos anos 80. Temos Alckmin de certo modo repetindo tanto Covas quanto Ulysses; O insosso Meirelles numa cópia fiel de Aureliano; vemos o liberal moderninho, Amoêdo no lugar de Afif; temos o esquerdista descolado, com Boulos reeditando Roberto Freire. Sobram Marina e Álvaro Dias renovando um pouco o quadro que contava com Maluf e outros aventureiros dentre as 22 candidaturas lançadas naquele ano (hoje são 14), incluindo até a cota dos malucos folclóricos, com Cabo Daciolo clonado do DNA de Enéas com Marronzinho.

Mas, enfim, que movimentos surpreendentes são possíveis ainda nesta eleição?

Nesse quadro em que a maioria aposta num 2º turno entre Bolsonaro e Haddad, qualquer coisa diferente dessa polarização significaria um fato novo. Vamos então às possibilidades:

1) É possível que Bolsonaro encampe o "voto útil" anti-petista e vença já no 1º turno, somando mais de 50% dos votos válidos (com índices de abstenção e votos nulos significativos).

2) O segundo movimento, este sim improvável e surpreendente (notado nas redes sociais mas não detectado nas pesquisas), seria Ciro Gomes ultrapassar Haddad (com votos anti-Bolsonaro e anti-PT) e chegar ao eventual 2º turno. Já pensou?

3) Completamente improvável - para não dizer impossível - seria Alckmin ou Marina chegarem lá, domingo, até porque muitos dos eleitores de ambos já pularam do barco por conta das pesquisas. Nada mais inconsequente.

Fechando o exercício de futurologia, dois pitacos sobre movimentos eleitorais visíveis e invisíveis que podem ocorrer até domingo: 1) Na disputa pelo Governo de São Paulo, seria plenamente possível Marcio França ultrapassar Paulo Skaf e disputar o 2º turno contra João Doria; 2) Como também não parece impossível, embora surpreendente, João Doria vencer no 1º turno se conseguir somar os votos anti-petistas que receberá da maioria dos eleitores de Alckmin e de Bolsonaro. Vai saber...

quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Cresce chance de Bolsonaro ser eleito no 1º turno

Resumo da ópera: a intenção de voto em Jair Bolsonaro cresce, a rejeição ao petista Fernando Haddad dispara. Enquanto isso, as opções de candidaturas que tentavam se credenciar como uma terceira via, alternativa aos dois polos mais extremistas e intolerantes, estacionam ou se desmancham no ar.

Faltando poucos dias para a eleição, o mercado emite sinais definitivos da tranquilidade e satisfação com a expectativa de vitória do candidato do PSL. Para eles, se a fatura estiver liquidada no 1º turno, tanto melhor. A bolsa sobe, o dólar cai. Quem faz análise sem misturar torcida e preferência pessoal, sente que a onda é arrasadora.

Não surpreende que depois de tanta propaganda negativa contra Bolsonaro, marcada pelo #EleNão que dominou as redes e levou milhares de pessoas às ruas no fim-de-semana, o crescimento do candidato seja ainda mais destacado. É uma curva ascendente consolidada e aparentemente inquebrantável.

Num cenário polarizado, quando você define o seu inimigo, é óbvio que estimula também o lado contrário. Afinal, o argumento do "voto útil" acabou por dar ao 7 de outubro um tom plebiscitário entre o anti-petismo e que restou da velha esquerda brasileira após 14 anos dos governos Lula e Dilma à luz da era da Lava Jato. Será difícil intuir o lado que leva vantagem?

O eleitorado viu a eleição se afunilar num indesejável #ElesNão. Não quero A nem B, mas o C ficou muito distante. E agora? A explosão dos índices de rejeição dos líderes nas pesquisas - todos eles com números bem superiores de "não voto" ao total de eleitores declarados - mostra que o Brasil vai optar por aquilo que considera o mal menor para os próximos quatro anos.

Quem, afinal, apresenta mais chances de derrotar aquele que eu não quero em nenhuma hipótese ver eleito presidente? Então é nele que eu voto. Ou seja, quanto mais rejeitados os dois líderes nas pesquisas, à direita ou à esquerda, mais fortalecida e cristalizada estará a polarização. Eis o dilema mortal do tal centro democrático ao propor equivocadamente o voto útil contra ambos.

E para você, quem é mais prejudicial ao Brasil? Haddad ou Bolsonaro? A propaganda negativa, até o momento, parece ter repetido o efeito eleitoral norte-americano que ajudou a eleger Trump presidente dos Estados Unidos, apesar da rejeição estratosférica, principalmente entre artistas, celebridades e formadores de opinião. O povão deu uma banana para a recomendação destes supostos influenciadores.

Será que o nosso destino já está traçado antes mesmo da abertura das urnas? Teremos Jair Bolsonaro presidente do Brasil? No 1º ou no 2º turno? Talvez fique uma lição para as próximas eleições, mas tem gente que insiste em repetir os mesmos erros. Se tivessem feito uma leitura correta dos fatos, esse "déjà vu" de 1989 não seria tão gritante. Vivendo e (não) aprendendo...

A reta final das eleições no #ProgramaDiferente



Numa campanha eleitoral marcada pelo ódio e pela polarização dos extremos, aonde a tendência do eleitor é priorizar aquilo que ele não quer ao invés de escolher quem considera o melhor candidato com as melhores propostas, o #ProgramaDiferente é um oásis de informação qualificada, tratando de temas complexos com leveza e bom humor, para te ajudar a refletir o que é melhor para o Brasil. Conheça, compartilhe, siga nossas postagens, assine o nosso canal. Assista.


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terça-feira, 2 de outubro de 2018

O Brasil que eu quero e vou buscar em 7 de outubro

O Brasil que eu quero, parodiando a campanha que se encerra na TV, é muito mais justo, colorido, feliz, fraterno, sustentável e igualitário. Tem espaço para as nossas crenças e ideias, para a sua e a minha ideologia e para o livre desejo de viver, cada um como bem entender, respeitando o direito de todos e a múltipla diversidade.

No Brasil que eu quero, como ensinaram na insistente chamada global, o celular devia ficar deitado, mas o povo necessita seguir de pé, firme, altivo, combativo, alerta. Em berço esplêndido, só vai repousar eternamente a nossa história. Porque o dia-a-dia é de luta incessante, travada nas ruas e nas redes sem descanso. É a nossa hora!

No Brasil que eu quero, está liberado o porte de ALMA. Todo cidadão de bem precisa e merece andar AMADO. No Brasil que eu quero, cabe preto, cabe branco e cabe índio. Cabe mulher, cabe homem e cabe aquilo que para mim ainda parece indefinido. Cabem os direitos humanos e os direitos dos bichos.

No Brasil que eu quero cabe tudo e todo mundo, menos o ódio, a intolerância e o preconceito. Porque grita mais alto o orgulho do que cada um é e ainda pode ser, com o devido respeito. Pode ser hétero, pode ser gay, pode ser trans, pode ser ou não ser. Rico ou pobre, jovem ou velho, sulista ou nortista, conservador ou liberal. Pode ser ateu, evangélico, católico, espírita e macumbeiro. Pode querer. Pode não querer. Sim é sim. Não é não.

No Brasil que eu quero, nossos filhos vão à escola. Não vão para o farol pedir esmola. Voam alto nos sonhos de criança, não viram avião do tráfico como única esperança. Tem creche, tem merenda, tem bala e doce, não tem bala perdida. No Brasil que eu quero tem casa, tem emprego, tem segurança e riqueza dividida. Tem praça, tem parque, tem saúde preventiva, médico e hospital para quem precisa.

No Brasil que eu quero a política é a oportunidade da mediação dos interesses, palco de negociação da coisa pública, não o teatro da esperteza interesseira dos oportunistas da República. É a independência dos poderes, que funcionam em harmonia. Não a ladainha dos poderosos, que transformam a democracia em circo, o plenário em picadeiro e a tribuna em rinha. É o espaço para a vocação dos bons, não o despacho para a invocação do mal.

No Brasil que eu quero não precisamos de falsos heróis, salvadores ou profetas. Dispensamos saídas extremistas à direita ou à esquerda. Preferimos a mão dupla, mais acessível, acolhedora, mediadora, equilibrada, ambidestra. O Brasil que eu quero está logo ali no horizonte do dia 7. Está ao alcance do meu e do seu dedo. Pois então que apontemos certo na urna para o Brasil que queremos.

Mauricio Huertas, jornalista, é secretário de Comunicação do PPS/SP, diretor executivo da FAP (Fundação Astrojildo Pereira), líder RAPS (Rede de Ação Política pela Sustentabilidade), editor do Blog do PPS e apresentador do #ProgramaDiferente

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Voto Consciente avalia Davi Zaia como o melhor deputado estadual da Assembleia de São Paulo

O deputado estadual Davi Zaia (PPS/SP) foi eleito o melhor parlamentar da Assembleia Legislativa de São Paulo, segundo avaliação do Movimento Voto Consciente, neste trabalho suprapartidário que ocorre tradicionalmente de dois em dois anos, às vésperas das eleições municipais e estaduais.

São avaliados quesitos como leis de impacto aprovadas, presença em votações e comissões e outros itens importantes como fiscalização, transparência e coerência. Veja aqui a avaliação completa.

Merece destaque na atuação de Davi Zaia, por exemplo, entre outras iniciativas, o empenho para levar o programa Frentes de Trabalho para o interior paulista; a ampliação do Banco do Povo; a criação do curso básico do empreendedor, auxiliando o pequeno empresário; a ampliação de 31 para 73 unidades do programa Poupatempo; a expansão dos postos do Acessa São Paulo; e o repasse de R$ 40 milhões ao Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista, que atende pequenos produtores rurais.

Neste 7 de outubro, vote nos deputados do PPS.

Veja aqui quem são todos os candidatos a deputado do PPS/SP