quarta-feira, 31 de maio de 2017

Temer vai tremer ou não há nada a temer?

Como diria a sua avó: dos males, o menor. Pois a velha política, com seus métodos arcaicos e práticas obsoletas, parece já ter definido que é "menos pior" manter o presidente Michel Temer em banho-maria do que fritá-lo de uma vez, como ensaiaram os seus próprios aliados logo após virem à tona as delações da JBS e como recomendaria qualquer manual mequetrefe de ética, governança e transparência.

É incrível como esses políticos, tanto à esquerda quanto à direita, naquilo que se convencionou chamar de campo azul ou campo vermelho, vivem em tão completa dissonância da realidade e agem com tamanha insensatez. Danem-se os fatos, às favas com os escrúpulos e as evidências, que se exploda a vontade do povo! Brasília é um mundo à parte, uma realidade paralela. O status quo decidiu simplesmente que vai tentar empurrar com a barriga Temer até as eleições de 2018.

Velhaco, o presidente não se constrange nem um pouco nesse figurino de Dona Carochinha contando suas histórias para Friboi dormir, numa estratégia de defesa tão desprovida de sentido e coerência que já não convence nem seu círculo mais íntimo de apaniguados. Ao contrário, negocia descaradamente, na bacia das almas, com a malta congressista - aquelas figurinhas carimbadas de sempre, a quem Lula chamou de "300 picaretas" antes dele próprio virar governo, comprar, ampliar, chefiar e transformar em base fiel (vide o mensalão e o petrolão) para os 13 anos de desmandos do PT no assalto ao Planalto Central.

Até que os ventos do impeachment soprassem forte o suficiente para desmanchar a maioria de Dilma Rousseff, os vendilhões arrendavam apoio em troca de emendas, mesadas, cargos e ministérios. É o modus operandi que se repete neste fim de feira que se instalou no governo, como demonstram o troca-troca na Justiça, o desprezo pela Transparência, Fiscalização e Controladoria, o incômodo com a independência da Polícia Federal e com a ousadia constitucional do Ministério Público. Até a Cultura, que parecia viver novos tempos, enfim liberta do viés partidário-ideológico da última década, voltou a ser tratada como reles mercadoria para garantir o foro privilegiado do comparsa da mala de R$ 500 mil ou para ampliar o espaço de outros amigos da onça, cheios de apetite.

De novo, é preciso desenhar para que não desvirtuem os nossos argumentos e princípios: somos favoráveis à transição, dentro dos preceitos legais, democráticos e republicanos, e à série de reformas estruturais necessárias para tornar o Estado mais moderno, dinâmico e eficiente. Porém, não a qualquer custo, atropelando a ordem, a probidade e a justiça.

Devemos defender o governo de transição, até porque somos também responsáveis por ele ao termos defendido o impeachment, mas não queiram nos cobrar solidariedade a um réu da Operação Lava Jato (lembrem-se que não votamos em Michel Temer para a vice-presidência, nem o consideramos adequado para tal função; embora reconheçamos a legalidade da sua ascensão para o lugar de Dilma). Há uma tênue linha que não pode ser ultrapassada, para que o apoiador não se torne cúmplice. Eu não tenho corrupto de estimação, você tem? Que todos, sem exceção, sejam punidos. O meu compromisso como cidadão e agente político é com o Brasil e com a minha própria consciência. E o seu?

Mauricio Huertas, jornalista, é secretário de Comunicação do PPS/SP, diretor executivo da FAP (Fundação Astrojildo Pereira) e apresentador do #ProgramaDiferente

terça-feira, 30 de maio de 2017

Ainda sobre a Cracolância: polícia, política, saúde, assistência social, direitos humanos... Como resolver?



Que uma ação enérgica sempre foi necessária na região da Luz, no centro de São Paulo, a chamada "Cracolândia", todo mundo concorda. Que era preciso acabar com a zona livre para o tráfico de drogas, com barracas controladas pelo PCC, ninguém duvidava. Que, somada à repressão aos traficantes, era urgente um atendimento especializado aos dependentes do crack, reunindo equipes de saúde, assistência social e direitos humanos, parece óbvio a quem tenha um mínimo de responsabilidade como gestor público e alguma sensibilidade como cidadão.

Mas alguma coisa parece não ter dado certo. Seja na "ação desastrosa", nas palavras da demissionária secretária de Direitos Humanos, a vereadora Patricia Bezerra (PSDB), seja na "ação açodada", na definição da também vereadora e ex-secretária de Assistência Social, Soninha Francine (PPS). As duas primeiras baixas na equipe do prefeito João Doria. Duas mulheres absolutamente competentes e que criticam com sensatez algumas ações do governo, sem negar que uma intervenção do poder público seja necessária para resolver os problemas da Cracolândia.

As imagens do vídeo acima falam por si. É impressionante e revoltante que um trator a mando da Prefeitura simplesmente saia derrubando as paredes de uma pensão, uma propriedade particular, com pessoas dentro. Fere seres humanos e a nossa dignidade.

Abaixo, o complemento nonsense: um convite para uma "confraternização" da Secretaria de Assistência Social, que seria realizada na quinta-feira passada e foi cancelada após publicarmos o fato no facebook pelo absurdo da ideia num momento tão conturbado e impróprio. Veja:


Alguma coisa parece fora da ordem na gestão do prefeito João Doria. Essa "confraternização" daSecretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social - SMADS parece provocação desnecessária num momento de crise: após a polêmica desocupação da cracolândia, a entrega do cargo de Patrícia Bezerra, a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo ocupada por manifestantes...

É sério isso, secretário Filipe Sabará? Que coisa mais nonsense! Certamente vão suspender a festa de hoje, afinal alguém por aí deve ter escrúpulos... Mas que idéia infeliz, hein? Que falta de sensibilidade...



Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social - SMADS Informamos que a confraternização prevista para hoje (25/5) estava marcada há mais de uma semana, portanto, antes da operação na Cracolândia. A confraternização foi cancelada, pois estamos empenhados em garantir acolhimento e tratamento humano às pessoas que ainda estão na região da Cracolândia.

sexta-feira, 26 de maio de 2017

#ProgramaDiferente com Deltan Dallagnol, Guilherme Leal e Carlos Melo trata da Lava Jato, da luta contra a corrupção e do agravamento da crise política



O #ProgramaDiferente da semana trata deste momento de agravamento da crise política brasileira: exibimos com exclusividade um bate-papo bastante informal e esclarecedor do promotor do Ministério Público Federal e coordenador da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, com a jornalista Mariana Godoy. Assista.

Durante o lançamento do seu livro "A Luta Contra a Corrupção", ele fala sobre as acusações dos delatores da JBS contra o presidente Michel Temer e o senador Aécio Neves, além de detalhar os rumos das investigações coordenadas por ele a partir de Curitiba, revelar as motivações do seu trabalho e defender a renovação da política como medida necessária para transformar a realidade do país.

Em seguida, o programa apresenta a Rede de Ação Política pela Sustentabilidade (RAPS), constituída em 2012 por iniciativa do empresário Guilherme Leal, fundador do Instituto Ethos, sócio da indústria de cosméticos Natura, um dos poucos brasileiros listados entre os bilionários mundiais no ranking da revista Forbes e candidato a vice-presidente na chapa de Marina Silva em 2010 pelo Partido Verde.

Presidente do Conselho Diretor da RAPS, ele defende e justifica o #ForaTemer. Também ouvimos sobre as incertezas da crise e seus possíveis desdobramentos, o cientista político Carlos Melo, professor do Insper, colaborador da RAPS e do jornal O Estado de S. Paulo, colunista e blogueiro do UOL.

quinta-feira, 25 de maio de 2017

As peculiaridades da Câmara Municipal de São Paulo

Deu no Câmara Man: Semana dos vereadores em plenário termina na quarta-feira, com 1ª votação do PPI e novo foco de crise na base do prefeito João Doria

Após acordo entre situação e oposição, o PPI (Programa de Parcelamento Incentivado) da Prefeitura foi aprovado em primeira votação por 41 votos (com oito contrários), na sessão plenária desta quarta-feira, dia 24, mas deverá ser respeitado um intervalo de 10 dias até que seja novamente pautado para segunda e definitiva votação, a pedido do líder do PT, vereador Antonio Donato, "para que todos os vereadores possam contribuir com o aprimoramento do projeto".

A intenção é que sejam negociadas emendas e até um substitutivo ao projeto original do PPI apresentado pelo Executivo, mas muitos vereadores (inclusive da base) ironizam, com a experiência do que já ocorreu na recente aprovação do Conselho de Desestatização: "Nós negociamos, o líder do governo faz acordo e o prefeito veta todas as emendas".

Além dessa desconfiança sobre os acordos com o governo, o clima no plenário também esquentou na hora de votar os projetos dos próprios vereadores: vários deles - como Abou Anni (PV), Adilson Amadeu (PTB), Reis (PT) e Sandra Tadeu (DEM) - reclamaram da retirada de projetos que já estavam em pauta. Mas a sessão foi inviabilizada de vez com a tentativa de inclusão no chamado "pé de pauta" de projetos de última hora, entre eles alguns polêmicos ou que não chegaram sequer a tramitar pelas comissões internas da Casa, nem tiveram a devida publicação na pauta do dia que consta do Diário Oficial.

Fim-de-semana antecipado

Como virou praxe, as sessões de quinta-feira vem sendo desconvocadas para uso do plenário pela CPI (antes eram substituídas também por sessões temáticas ou comemorativas), realizando as sessões extraordinárias (e agora até as ordinárias) apenas às terças e quartas-feiras. Com isso, na prática a semana dos vereadores já está encerrada.

Uma nova tentativa de acordo, apenas na próxima terça-feira, uma hora antes do plenário, no chamado "colégio de líderes". O mais provável é que estabeleçam uma nova "cota" de projetos a serem aprovados simbolicamente, em 1ª e 2ª votação, por vereador. Lembrando que há vários anos funciona esse esquema de compensação, ou, como define o presidente da Câmara, vereador Milton Leite (DEM), a "lista de débito e crédito" por vereador.

Para que nenhum vereador se destaque pela quantidade de projetos, a qualidade também fica em segundo plano. Independente do mérito, fica acordado que cada vereador tem uma cota idêntica de projetos a serem aprovados na legislatura. Algumas boas iniciativas ficam de fora por "estourar" a cota. Outros vereadores saem literalmente "caçando" projetos para serem colocados em pauta já com a certeza de terem a sua aprovação simbólica (o conteúdo, na maioria das vezes, tanto faz - a não ser que afronte brutalmente o interesse da maioria). Um horror para a cidade!

Mais uma baixa no Executivo

Para botar mais fogo na crise, à noite foi comunicado que Patricia Bezerra (PSDB) entregou o cargo de secretária de Direitos Humanos e, portanto, retomará a sua cadeira de vereadora (na vaga do suplente Quito Formiga). Além de sair "atirando" contra a atuação do prefeito João Doria e do governador Geraldo Alckmin na cracolândia, ainda permitiu que manifestantes ocupassem a sede da Secretaria. É a segunda baixa no time do prefeito: Soninha Francine (PPS), ex-secretária de Assistência Social, já tinha retornado no final de abril. A semana que vem promete!

quarta-feira, 24 de maio de 2017

Pedra e fogo no patrimônio público ou privado resolve?

Se quebra-quebra, vandalismo, depredação, intolerância e violência resolver alguma coisa, vocês estão certos. Senão, é simplesmente lamentável o que estão fazendo esses "manifestantes". Triste.





Câmara de SP prepara reforma administrativa que modifica estrutura dos gabinetes e acaba com GNA

Os vereadores paulistanos discutem uma reforma administrativa para reorganizar o seu quadro funcional e acabar com a chamada GNA (Gratificação de Nível de Assessoria), valor mensal que cada gabinete distribui livremente entre seus 18 assessores, dentro de um teto global de cerca de R$ 150 mil (entre salários e gratificações).

Por ordem do presidente da Câmara Municipal de São Paulo, vereador Milton Leite, a Procuradoria da Casa já preparou três minutas de projetos que foram distribuídas aos parlamentares para apreciação, nos mesmos moldes que já fizeram a Câmara dos Deputados e a Assembleia Legislativa de São Paulo.

Isso porque existe uma ação direta de inconstitucionalidade movida pelo Ministério Público do Estado contra a redação atual do artigo da Lei nº 13.637/2003, que cuida da distribuição da GNA aos cargos em comissão que compõem a estrutura dos Gabinetes dos Vereadores, Lideranças Partidárias, Presidência e 1ª Secretaria, bem como as estruturas da Ouvidoria, Corregedoria e Escola do Parlamento.

Com a reforma, a atual Mesa Diretora da Câmara pretende criar novos padrões de vencimentos para todos os cargos em comissão na Casa, detalhando as suas especificidades e estabelecendo faixas salariais com atribuições e requisitos mais detalhados.

De modo geral, devem ser extintos os atuais cargos genéricos de Assistente Parlamentar, consequentemente exigindo a criação de novos cargos nos 55 gabinetes de vereador, nas lideranças e na estrutura administrativa da Câmara. Vamos acompanhar. (Câmara Man)

A RAPS, ou Rede de Ação Política pela Sustentabilidade, do empresário Guilherme Leal, discute a crise brasileira e propõe o #ForaTemer



A Rede de Ação Política pela Sustentabilidade (RAPS), constituída em 2012 por iniciativa do empresário Guilherme Leal, fundador do Instituto Ethos, sócio da indústria de cosméticos Natura, um dos poucos brasileiros listados entre os bilionários mundiais no ranking da revista Forbes e candidato a vice-presidente na chapa de Marina Silva em 2010 pelo Partido Verde, debateu neste fim-de-semana a crise brasileira e pediu a saída do presidente Michel Temer do cargo, após as denúncias dos delatores da JBS na Operação Lava Jato.

O #ProgramaDiferente acompanhou o encontro no Hotel Maksoud Plaza, em São Paulo, e conversou com o presidente do Conselho Diretor da RAPS, Guilherme Leal, e com o cientista político Carlos Melo, que tem mestrado e doutorado pela PUC-SP, é desde 1999 professor do Insper, colaborador da RAPS, do jornal O Estado de S. Paulo, colunista e blogueiro do UOL. Assista.

O objetivo declarado da RAPS é "contribuir para o fortalecimento e o aperfeiçoamento da democracia e das instituições republicanas mediante o apoio à formação de lideranças políticas que colaborem com a transformação do Brasil em um país mais justo, próspero, solidário, democrático e sustentável".

Após as eleições de 2010, o grupo de fundadores da RAPS (Guilherme Leal, Neca Setúbal, Oded Grajew, Ricardo Young e Marcos Vinicius de Campos, entre outros) entendeu que "esta transformação deveria ser travada na arena política, mediante a ação pluripartidária e com diferentes matizes ideológicos".

São Líderes RAPS, hoje, por exemplo, parlamentares como os deputados federais Alessandro Molon (REDE/RJ), Mendes Thame (PV/SP), Thiago Peixoto (PSD/GO), Otávio Leite (PSDB/RJ), Jean Wyllys (PSOL/RJ) e Mara Gabrilli (PSDB/SP), os senadores José Reguffe (sem partido/DF) e Randolfe Rodrigues (REDE/AP), além de políticos como os vereadores paulistanos José Police Neto (PSD), Janaína Lima (NOVO), Aline Cardoso (PSDB), e secretários da gestão do prefeito João Doria, como Gilberto Natalini (Verde e Meio Ambiente) e Alexandre Schneider (Educação).

Entre os valores declarados da Rede e assinados como compromissos mútuos pelos seus participantes, sejam eles classificados como Líderes RAPS, Jovens RAPS ou Empreendedores Cívicos, além da "amizade cívica", estão: ética, transparência, independência, justiça, sustentabilidade, interdependência, responsabilidade social, coragem, apartidarismo e meritocracia. Veja mais informações sobre a RAPS aqui.

terça-feira, 23 de maio de 2017

Por favor, senhores, respeitem a inteligência do povo

Pelo que se lê na tentativa desesperada (e por vezes desvairada) de defesa dos mais recentes denunciados no mar de lama que engole a política nacional, o discurso da "vítima" é sempre o mesmo: "eu não sabia de nada", "não foi bem assim", "é armação", "o denunciante não merece credibilidade" etc.

Até aí, consideramos que tanto delatores quanto delatados são igualmente bandidos, os dois lados da mesma moeda da corrupção, sejam agentes ativos ou passivos dessa relação promíscua entre agentes públicos e os donos do capital (aliás, dinheiro que muitas vezes também é público, como se vê nessas operações escandalosas de empréstimos do BNDES, caixa 2, propinas, contribuições eleitorais e mesadas a políticos, seja em troca de favores, seja como cala-boca para "passarinhos" dentro ou fora da gaiola).

Mas, convenhamos, dá para acreditar que o presidente Michel Temer é tão ingênuo e desinformado a ponto de receber clandestinamente no Palácio um investigado em múltiplas operações da Polícia Federal e do Ministério Público sem saber disso? Pior, quem no Brasil não sabia que os donos da JBS, figuras notórias no meio político e maiores patrocinadores de partidos e candidaturas nas últimas eleições, estavam envolvidos em uma série de suspeitas de ilegalidades?

Dá para acreditar, sinceramente, que o senador Aécio Neves tenha igualmente caído em uma armação do "empresário falastrão" e seja simplesmente vítima de calúnia, como quer nos fazer crer ao lermos seu apelo emocionado, de alguém "de carne e osso", jurando uma suposta "ingenuidade" e "boa fé" ao ser delatado injustamente por "um criminoso sem escrúpulos, sem interesse na verdade, querendo apenas forjar citações que o ajudassem nos benefícios de sua delação"?

Dá para levar a sério quando os caras-de-pau Lula e Renan Calheiros, dois dos campeões de inquéritos na Operação Lava Jato, vem a público com declarações estapafúrdias de que ambos teriam muito a ensinar ao país sobre o combate à corrupção, como disse o ex-presidente da República sobre o seu partido, o enlameado PT, ou o ex-presidente do Senado que garante que daria voz de prisão a quem conversasse com ele sobre propina?

Por favor, senhores, respeitem a inteligência do povo. Este, sim, o eleitor brasileiro, muitas vezes peca verdadeiramente por ingenuidade ou desinformação, votando seguidamente em figuras tão sórdidas e inescrupulosas como estas que vão (ou deviam) parar atrás das grades após condenações exemplares, para que o Brasil possa minimamente voltar ao rumo da normalidade e as nossas instituições democráticas e republicanas sejam preservadas do assalto praticado por esses mafiosos nas últimas décadas. 

Contra o imediatismo e a irresponsabilidade destes que só desejam salvar o próprio pescoço, e dane-se a economia e a sociedade brasileira, o melhor antídoto é mesmo o povo nas ruas e nas redes. O #ForaTemer é inevitável. Por isso, inclusive, consideramos legítimo e salutar o movimento espontâneo pelas #DiretasJá.

Mas, espera lá, qualquer argumento e sensatez caem por terra quando vemos, na mesma manifestação, um bando de lunáticos associar o slogan "Diretas Já" com "Lula Presidente", como assistimos nesse fim-de-semana. Ai não dá! Deve ter sido o excesso de chuva que embolorou o cérebro dos manifestantes. Anti-propaganda mais eficaz não existe! Tô fora!

Ora, meus caros, como alguém pode defender ao mesmo tempo o #ForaTemer e o #VoltaLula se ambos estão enredados no mesmíssimo modus operandi da velha política e dos esquemas de compadrio, aliciamento, improbidade e desvirtuamento da coisa pública, como foram vergonhosamente flagrados no Mensalão, no Petrolão e em outros escândalos que estão por vir se não barrarem por baixo dos panos a devida apuração?

Portanto, é preciso repetir, alto e bom som: quem foi a favor do impeachment de Dilma Rousseff não pode se calar diante dos fatos que colocam diretamente o nome do presidente Michel Temer no olho do furacão de irregularidades e malfeitos da política nacional. Por outro lado, quem encampou a narrativa do "golpe" não deveria agora jactar-se da queda semelhante do governo que a sucedeu após um processo constitucional amparado pela sociedade civil, pelo Congresso e pelo Supremo Tribunal Federal. Não cola! É contraditório! É burrice!

Então, pelo bem do Brasil, vamos reiterar o apoio à transição para as eleições de 2018, vamos ser favoráveis às reformas estruturais necessárias à volta do crescimento, ao combate da recessão e do desemprego, ao saneamento da política nacional, ao fortalecimento das nossas instituições e à consolidação da nossa jovem democracia. Sem atalhos, sem aventuras e sem improvisos, com respeito à lei e à ordem, e a obediência à soberania popular com as regras que estão colocadas desde a promulgação da Constituição de 1988. É o único caminho justo e seguro a seguir.

quinta-feira, 18 de maio de 2017

"Diretas Já" é um movimento salutar e inevitável

"Verás que um filho teu não foge à luta" 

Dissemos aqui, neste mesmo espaço, há um ano: "Caia quem for preciso para o Brasil ficar em pé!". Há um mês, reforçamos: "Lava Jato: Cumpra-se a lei; punam-se os culpados!". E há seis meses parecíamos prever: "#ForaTemer: eleições diretas já ou daqui a pouco?".

A situação dos maiores partidos do governo e da oposição, bem como de seus principais dirigentes, é insustentável. Agora, mais grave, parece selado o destino do presidente Michel Temer. Por renúncia ou cassação, seus dias estão contados. Não há clima político nem moral para tocar as reformas necessárias e seguir com uma transição minimamente segura e estável para o país até 2018.

A sociedade está farta desses métodos condenáveis de (des)cuidar da coisa pública. Tolerância zero para a corrupção foi o recado dado pelo apoio da maioria da população à Operação Lava Jato - e que parece não ter sido compreendido por alguns políticos que seguiram na prática do crime e, enfim, acabaram flagrados com provas irrefutáveis.

O movimento pelas #DiretasJá parece a saída mais provável e salutar para a normalidade democrática do Brasil. É certo que, ao pé da letra, pode até ser apontada como uma solução "inconstitucional", tendo em vista que não está prevista em lei. Mas os efeitos de uma eleição indireta hoje, como prevê a Constituição, seriam ainda mais deletérios para as instituições.

É necessário um pacto republicano e democrático para garantir o nosso futuro. Para não afundarmos de vez o país numa crise econômica e social de consequências traumáticas. Além da eleição direta para presidente e vice-presidente da República, no mais curto prazo possível, parece que a renovação do atual Congresso Nacional também é uma medida emergencial necessária.

Portanto, neste momento crucial, senadores e deputados federais deveriam aprovar uma emenda constitucional convocando eleições diretas e, ato contínuo, junto com o presidente, renunciar a seus cargos coletivamente. E que os partidos tenham sensibilidade e um mínimo entendimento, pelo bem da Nação, para não apresentarem como candidatos nenhuma destas figuras denunciadas e que maculam a sua própria história e a construção desta Nação que desejamos renovada e faremos por merecer. Muda Brasil!

Mauricio Huertas, jornalista, é secretário de Comunicação do PPS/SP, diretor executivo da FAP (Fundação Astrojildo Pereira), e apresentador do #ProgramaDiferente

Renúncia Já! Peçam pra sair, corruptos!

O Brasil precisa avançar. A renúncia é a solução mais rápida e eficaz para o país não sangrar em outro lento e burocrático processo de impeachment. Não sabemos o que virá pela frente, mas a saída imediata de todos os envolvidos nesses esquemas mafiosos é o caminho inevitável para essa situação lastimável causada por maus políticos que traíram a esperança do nosso povo.

Aqui faço um depoimento pessoal: eu convivi de perto com essa geração que trazia a esperança da consolidação da democracia, como Aécio Neves, Sérgio Cabral e todo o Partido dos Trabalhadores, por exemplo, vindos logo depois da velha guarda - de Tancredo Neves, Ulysses Guimarães, Franco Montoro, Mário Covas e figuras ilustres do MDB e do PCB, para citar apenas as legendas mais emblemáticas - ter lutado e dado a vida pela redemocratização do país.

Como é triste, frustrante, deprimente, ver essa minha geração trair a confiança do povo e manchar a própria história para terminar a trajetória como ladrãozinho de quinta categoria. Oriundos de famílias de tradição democrática, filhos de presos políticos, flagrados décadas depois num mau-caratismo típico de prisioneiro pé-de-chinelo em delegacia de fundo de quintal. 

Precisamos renovar! Uma nova composição de forças políticas é necessária no Congresso para destravar a pauta política nacional, que exige reformas profundas e duradouras. O atual ciclo de poder morreu - não só pela idade mas pela decrepitude de métodos, conceitos e práticas que nos enchem de vergonha!

Depositamos nossa confiança em uma geração que não honrou o papel democrático e republicano que lhe cabia. Agora é virar a página! Renúncia Já! Peçam pra sair! O país não pode continuar nas mãos sujas de políticos criminosos e desonrados. Vamos em frente reconstruir o Brasil!

Carlos Fernandes é presidente do PPS paulistano e prefeito regional da Lapa.

#ProgramaDiferente: O socialismo morreu?



O #ProgramaDiferente desta semana debate o socialismo e a questão democrática, os partidos de esquerda e os novos atores políticos. No centenário da revolução russa e com o excesso de polarização que vemos hoje em dia nas ruas e nas redes, isso dá uma boa discussão. Não precisamos pensar igual, mas respeito é bom e todos gostamos. Assista.

Os participantes são o historiador Alberto Aggio, o cientista político Hamilton Garcia e o jovem vereador de Guarapuava, no Paraná, Samuel da Silva, que falam sobre a situação da esquerda no Brasil e no mundo. O socialismo morreu ou só está fora de moda? Afinal, hoje em dia, o que é ser esquerda ou direita? E você se identifica mais com qual pólo ideológico?

O historiador Alberto Aggio abriu a discussão dizendo que não há como definir a esquerda como algo imutável. A esquerda hoje, em sua visão, é situacional e aberta na medida em que podemos ver governos considerados de direita tomando medidas de esquerda em situações especificas, e vice-versa. Os termos direita e esquerda não estão mais engessados como antigamente. Hamilton Garcia, por sua vez, disse que a esquerda deve se adaptar ao mundo atual e não querer, como fez e faz o PT, que o mundo se adapte à sua narrativa. Encerrou colocando o desafio de se reinventar a esquerda e a democracia para os novos tempos.

quarta-feira, 17 de maio de 2017

Comissão de Finanças convoca secretário de Assistência Social de João Doria que não atendeu ao primeiro convite para Audiência Pública da LDO

Por requerimento da vereadora Soninha Francine (PPS), a Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara Municipal de São Paulo aprovou, por seis votos favoráveis e um contrário, a convocação do secretário municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, Filipe Sabará, ou de seu adjunto para a próxima semana, tendo em vista a ausência injustificada do secretário ou de qualquer representante desta Secretaria na Audiência Pública da Lei de Diretrizes Orçamentárias que ocorreu nesta quarta-feira, 17 de maio, e da qual todos os demais convidados de diversas secretarias participaram.

Os vereadores integrantes da Comissão de Finanças, com exceção do líder do governo, vereador Aurélio Nomura (PSDB), consideraram um desrespeito à Casa o não comparecimento do secretário ou de seu adjunto, nem mesmo de qualquer representante da Secretaria à Audiência Pública. Votaram favoráveis ao requerimento de convocação (que vai além do simples convite inicial e exige a presença do convocado) os vereadores Jair Tatto (PT), Atilio Francisco (PRB), Reginaldo Tripoli (PV), Ricardo Nunes (PMDB) e Rodrigo Goulart (PSD), além da própria autora do requerimento.

Lembrando que Soninha Francine esteve à frente da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social até o dia 17 de abril, quando o prefeito João Doria anunciou em vídeo postado nas redes sociais a sua exoneração e posterior substituição pelo então adjunto, Filipe Sabará. A pasta é responsável, por exemplo, pelo atendimento a moradores de rua e o enfrentamento de problemas sociais crônicos como a cracolândia, na região central da cidade.

Diário Oficial formaliza doação de propaganda da Ultrafarma sobre "Cidade Linda" de João Doria

Com quase dois meses de delay (para ficar no termo técnico do atraso entre o envio e o recebimento de um sinal ou informação em sistemas de comunicação, por exemplo), o Diário Oficial da Cidade de São Paulo publica nesta quarta-feira, 17 de maio, as doações da Ultrafarma à Prefeitura de São Paulo referentes à publicidade do programa "Cidade Linda", principal cartão de visitas dos primeiros meses do prefeito João Doria (PSDB), nos jogos da seleção de Tite nas eliminatórias da Copa 2018.

A publicação dos contratos no Diário Oficial, firmados entre Sidney de Oliveira, o dono da Ultrafarma, e o secretário de Comunicação da Prefeitura de São Paulo, Fabio Souza dos Santos, não estima o valor da doação, apenas os minutos de veiculação em painéis de LED durante os jogos da Seleção Brasileira: três minutos contra o Uruguai, em Montevidéu, no dia 20 de março; e cinco minutos contra o Paraguai, na Arena Corinthians, em São Paulo, no dia 28 de março. As partidas foram transmitidas pela TV Globo para todo o país.

Além dos painéis de publicidade nos jogos do Brasil, a Ultrafarma, que é patrocinadora da CBF, também fechou parceria para doar medicamentos em falta na rede municipal de saúde. Para retribuir a "gentileza", o prefeito João Doria atacou de "garoto-propaganda" da Ultrafarma, apresentando diversos produtos da empresa, como suplementos vitamínicos e complexos minerais (veja o vídeo).

A inserção da marca "São Paulo, Cidade Linda" foi bastante questionada por quem entende que o ato poderia configurar promoção pessoal ou propaganda eleitoral antecipada, tendo em vista que o nome de João Doria é cogitado para as eleições de 2018. A Prefeitura nega qualquer ilegalidade.

terça-feira, 16 de maio de 2017

PT: É pra rir ou pra chorar? :-D

É pra chorar de rir! Se não bastasse o PT viver na maior draga da sua história, alguns caciques sobreviventes (por enquanto) ao mar de lama ainda se julgam no direito de meter o bedelho no partido dos outros.

Na Folha de S. Paulo de hoje, um artigo do ex-vereador Nabil Bonduki e uma nota do deputado estadual José Américo Dias, ambos contra o prefeito João Doria e desavergonhadamente pró-Geraldo Alckmin (como se isso fosse possível!) dão o tom do ridículo do ocaso petista. Mal conseguem consolidar Lula como candidato petista, querem escolher agora o adversário tucano... kkkkkkk


Artigo de Nabil Bonduki: Doria adota métodos antiquados de gestão

Recentemente, Doria foi convidado a abrir o seminário Cidades do Futuro, promovido por uma rádio paulistana. Esperava-se que ele apontasse os desafios que as grandes cidades devem enfrentar no século 21 (mudanças climáticas, desigualdade, novos modos de vida, violência, mobilidade) e a estratégia proposta para São Paulo.

Para surpresa do público, o prefeito proferiu mais um discurso ideológico e raivoso, no tom da polarização simplificadora que domina o debate, defendendo o golpe parlamentar de 2016 e o governo Temer. Em 12 minutos, nada falou sobre o futuro das cidades.

Muito ruim para um político que diz não ser político. Pior ainda para uma cidade que requer um prefeito que administre o presente com os olhos voltados para o futuro, implementando mudanças estruturais no seu modelo urbano, como propõe o Plano Diretor Estratégico.

O prefeito busca forjar uma imagem de gestor moderno. Com marketing eficiente, tem obtido bons resultados, mas sua gestão não resiste a uma avaliação qualificada. Nada tem de moderna; é antiquada nos métodos e tímida nos objetivos.

É autoritária e vertical, desprezando os métodos participativos e colaborativos, contemporâneos. Não trabalha em equipe, impondo aos secretários iniciativas equivocadas e superadas, que contrariam a experiência acumulada de políticas públicas.

Exemplos não faltam. O Conselho de Política Urbana não se reuniu neste ano. Secretários são cobrados por resultados impossíveis de serem alcançados, como mostrou a demissão de Soninha. Outros não são respaldados, caso do secretário de Educação. A relação com o Legislativo é a de sempre.

Afirmando priorizar a educação, fecha salas de leitura, de informática e de brinquedos, quando é consenso entre os educadores que a formação infantil requer atividades lúdicas combinadas com educação formal.

Acelerando, reforça a superada cultura do automóvel, ameaça desativar ruas abertas e ciclovias e aumenta a velocidade, os acidentes e as mortes nas marginais. A solução é recolher as vítimas, com mais rapidez, aos hospitais ou aos cemitérios...

Doria prometeu trazer a eficiência do setor privado para a gestão pública, mas isso está longe de acontecer, como no caso do Programa de Metas. Reduziu as metas a níveis tão insignificantes que será fácil alcançá-las, preservando sua imagem, mesmo sem trazer benefício algum para a população. A proposta é tão tímida e mal formulada que o gestor de uma empresa que propusesse resultados tão inexpressivos seria trocado pelos acionistas.

Se os políticos tradicionais estão desgastados, mais arriscado é investir em fraudes midiáticas. Em tempo, Alckmin, que fechou o seminário, falou com mais pertinência sobre o futuro das cidades.

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Mulheres dominam a semana no #ProgramaDiferente

Na semana marcada pelo Dia das Mães, neste domingo, o #ProgramaDiferente coincidentemente apresentou uma variedade incrível de matérias especiais com mulheres de todas as origens e perfis para todos os gostos. Veja aqui:

Especial: Ocupação Conceição Evaristo no #ProgramaDiferente

Moda, Beleza e Diversidade: #CasadeCriadores20anos no #ProgramaDiferente

Especial: Conheça a biografia de Hebe Camargo no #ProgramaDiferente

Quatro mulheres, quatro vozes femininas em Canções do Caos

Dia das Mães no #ProgramaDiferente: não basta comemorar a data, é preciso conscientizar as famílias e reforçar o combate da violência contra a mulher

Nesta sua terceira temporada, em 2017, o #ProgramaDiferente vem mantendo os princípios e o mesmo conteúdo cult e abrangente que nos levaram a conquistar respeito, credibilidade e mais de 2,5 milhões de views no Youtube e no Facebook: apresentar semanalmente um bom programa jornalístico, informativo e colaborativo (com entrevistas, debates, notícias e prestação de serviços), que propicie um olhar isento e alternativo ao da imprensa tradicional.

Desde a estreia da primeira temporada, em março de 2015, prosseguindo na segunda temporada, em 2016, o programa vem se destacando por um jornalismo qualificado, com pautas diferenciadas e uma abordagem leve, plural e democrática, ouvindo diversas personalidades brasileiras das mais diversas áreas (política, artes, cultura, direito, educação, esportes, meio ambiente, urbanismo, tecnologia, comunicação, redes sociais etc.).

Exibido na TVFAP.net e na TV Aberta (Canal Comunitário de São Paulo, NET Canal 9, Vivo Canal 186 e Vivo Fibra Canal 8) aos domingos (21h30) e terças-feiras (1h30 da manhã), o foco do programa é ajudar a debater a crise do país e a buscar saídas e soluções criativas para os problemas políticos, sociais e econômicos.

O objetivo também é discutir e promover a cidadania, a qualidade de vida, a diversidade, a justiça social, a igualdade de direitos e de oportunidades, e a chamada governança democrática, acima de preconceitos e de divisões partidárias e ideológicas, além de valorizar ações sustentáveis, empreendedoras e responsáveis, através de iniciativas culturais, comportamentais, políticas, acadêmicas e tecnológicas que apontem para cidades inteligentes, modernas e inclusivas. 

sábado, 13 de maio de 2017

Ocupação Conceição Evaristo no #ProgramaDiferente



Aos 70 anos, a escritora mineira Conceição Evaristo é um dos nomes mais relevantes da literatura brasileira contemporânea. Nascida em Belo Horizonte, mudou-se para o Rio de Janeiro na década de 1970 e, desde então, vem se dedicando ao ensino.

Oriunda da favela e militante do movimento negro, ela compõe sua obra com base no que chama de “escrevivência”, ou a escrita que nasce do cotidiano e das experiências vividas. Em seus romances, contos e poemas, a autora explora sobretudo o universo – a realidade, a complexidade, a humanidade – da mulher negra.

Foi empregada doméstica até concluir o curso normal, em 1971, já aos 25 anos. Depois passou num consurso público para o magistério e estudou Letras na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Hoje é mestra em Literatura Brasileira pela PUC-Rio e doutora em Literatura Comparada pela Universidade Federal Fluminense.

Apesar de escrever desde a juventude, Conceição Evaristo só ganhou o merecido reconhecimento no meio literário recentemente. Exemplo disso é o romance "Becos da Memória", que a autora produziu a partir de situações vividas e observadas na extinta favela do Pindura Saia, na capital mineira, onde passou a infância e a adolescência. Concluída no final dos anos 80, a obra foi publicada apenas em 2006, após o lançamento do livro de estreia da artista, "Ponciá Vicêncio" (2003).

Entre as suas obras, todas marcadas pela crítica social, pelo combate à discriminação racial, de gênero e de classe, e pelo registro histórico da ancestralidade negra, também se destacam "Insubmissas Lágrimas de Mulheres" (2011) e "Olhos d´Água" (2014).

A "Ocupação Conceição Evaristo" está aberta em São Paulo até o dia 18 de junho, no Itaú Cultural (Avenida Paulista, 149), com entrada grátis, expondo manuscritos, fotos, correspondências e objetos pessoais, além de conteúdos audiovisuais e acessíveis para pessoas com deficiência. Assista aqui o especial "Conceição Evaristo e a Consciência Negra" no #ProgramaDiferente.

sexta-feira, 12 de maio de 2017

Dia das Mães no #ProgramaDiferente: não basta comemorar a data, é preciso conscientizar as famílias e reforçar o combate da violência contra a mulher



No fim-de-semana do Dia das Mães, data tradicionalemente marcada pelo apelo comercial e muito sentimentalismo, vamos sair um pouco na contramão e tratar de um tema ainda mais pungente, complexo e traumático: a violência contra a mulher. Não é possível que nos dias de hoje esse tipo de comportamento ainda seja visto como uma coisa normal ou minimamente aceitável. Assista.

É isso mesmo: comemorar o Dia das Mães é bom, gostoso, merecido e necessário, claro! Mas aproveitar a data para reforçar a campanha de conscientização e o combate à violência contra a mulher, diante de uma realidade tão chocante e contumaz, parece ainda mais oportuno.

A partir do filme Vidas Partidas, que trata do tema, o #ProgramaDiferente apresenta uma palestra e um bate-papo da atriz e cineasta Naura Schneider no encontro promovido pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira) com jovens e futuras lideranças políticas no Rio de Janeiro. Vale a pena refletir sobre o assunto e divulgar essa causa.

É muita sujeira para sair no ralo dessa Lava Jato ;-)

Diante de todo esse bololô envolvendo o primeiro e o segundo time, os juvenis, os veteranos e até os aspirantes da política nacional na Operação Lava Jato, o melhor do dia é o texto bem humorado do jornalista Ruy Castro (leia abaixo).

Afinal, falar o que do depoimento de Lula e suas mãos inquietas denunciando um nervosismo incomum para um homem tão probo e inocente diante do juiz Sergio Moro?

Pensar o que das delações premiadas com detalhes tão precisos da bandidagem que nem nas aventuras de Ali Babá e os 40 ladrões encontraremos de forma tão surreal? Olha, já sabíamos que o marqueteiro João Santana era bom mesmo em construir personagens, mas a realidade supera a ficção.

Dizer o que dos argumentos pífios de que Lula não foi beneficiário da corrupção por não existirem contratos assinados da propriedade do tríplex do Guarujá ou do sítio de Atibaia? (Aliás, nem da Arena Corinthians, ao que se sabe...)

Comentar o envolvimento de Fernando Haddad e Lindbergh Farias no esquema de caixa 2 oriundo de propina para suas campanhas eleitorais? Não vale a pena. Vamos deixar isso para o pessoal especializado do Ministério Público e da Polícia Federal. É muita podridão para tratarmos por aqui. Vamos manter a sanidade e o bom humor.

Ruy Castro: A fim do tríplex

O ex-presidente Lula fez bem em não querer comprar o tríplex do edifício Solaris, na praia das Astúrias, em Guarujá, que o empreiteiro Léo Pinheiro insistia em lhe vender. Imagine o dono de uma das maiores empresas do país, com faturamento de R$ 50 bilhões por ano e atuação em vários continentes, sair de seus cuidados para dar uma de corretor, abotoar pessoalmente um cliente e tentar empurrar-lhe um imóvel no valor de reles R$ 1 milhão e quebrados. Alguma coisa devia estar errada —com o comprador, com o vendedor ou com o imóvel.

Pois aconteceu que o ex-presidente, ao visitar o tríplex ainda em obras e fazer um tour pelas dependências, em 2014, logo enxergou tudo. O imóvel tinha mais de 500 defeitos —que ele fez questão de apontar para Léo. Havia problemas na área gourmet, espaço habitualmente reservado à churrasqueira, na escada e na cozinha. Léo concordou, exceto quanto à cozinha —afinal, do mesmo fabricante e modelo da que fora instalada no sítio em Atibaia que não é do ex-presidente e que o ex-presidente usou nas 111 vezes em que pernoitou nele a partir de 2012.

Além disso, alegou o ex-presidente, o tríplex, com seus 215 metros quadrados, era muito pequeno para abrigar sua família, composta do casal, cinco filhos e seus cônjuges, oito netos e, agora, um bisneto. Como se sabe, os filhos do ex-presidente ainda moravam com ele, embora todos tivessem mais de 40 anos, fossem casados e comandassem grandes e prósperas empresas, cada qual com dois ou três funcionários.

Para completar, disse o ex-presidente, o tríplex ficava em frente à praia, que ele só poderia frequentar na Quarta-Feira de Cinzas —único dia em que não seria atazanado pela plebe.

Léo Pinheiro entendeu. Quem não entendeu foi dona Marisa, que, sem avisar ao ex-presidente, continuou a fim do tríplex.

(Folha de S. Paulo, sexta-feira, 12 de maio)

quinta-feira, 11 de maio de 2017

Moda, beleza e diversidade no #ProgramaDiferente



O #ProgramaDiferente acompanha os 20 anos da Casa de Criadores e aproveita a semana de desfiles para refletir sobre moda, beleza e diversidade. Da iniciativa quase despretensiosa de revelar novos talentos, o evento passou a ser uma vitrine prestigiada para grandes estilistas brasileiros e para a economia criativa. Nesta edição - a 41ª (pois acontecem duas por ano, verão e inverno) - o tom é bastante politizado, refletindo o atual momento do Brasil.

A passarela ocupada por negros, trans, drags, gordos - quebrando padrões, tabus e clichês - mostra que ter estilo, atitude e personalidade é o que está verdadeiramente na moda. Acompanhe este programa especial com a participação do idealizador da Casa de Criadores, o jornalista André Hidalgo; o estilista Dudu Bertholini; a drag queen, cantora e performer Pablo Vittar; e o secretário de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo, Floriano Pesaro. Assista.

quarta-feira, 10 de maio de 2017

Exclusivo: acompanhe os bastidores do 28º título paulista do Corinthians no #ProgramaDiferente



O #ProgramaDiferente fez uma incrível viagem no tempo e acompanhou os bastidores do 28º título corinthiano no Campeonato Paulista contra a Ponte Preta, revivendo a final histórica de 1977 e conversando dentro de campo com os campeões de 2017 e de 40 anos atrás, além de torcedores ilustres como o apresentador Serginho Groisman e o cantor Belutti (da dupla Marcos & Belutti).

Foi o primeiro título conquistado na Arena Corinthians, no 100º jogo do time dentro de casa, registrando também um novo recorde de público, com 46.017 pagantes. O empate por 1 a 1, com gol do atacante paraguaio Romero, o artilheiro da Arena, foi suficiente para garantir o campeonato estadual, já que o Timão tinha vencido o jogo de ida, em Campinas, por 3 a 0, com dois gols de Rodriguinho (suspenso da partida final) e um de Jadson, dono da emblemática camisa 77.

Com uma colagem de imagens separadas por quatro décadas, você sente o clima da chegada para a grande final, acompanha a emoção dos campeões na volta olímpica, reencontra ídolos como Basílio, Vladimir, Zé Maria, Vaguinho, Tobias e a viúva do presidente no título de 77, o folclórico Vicente Matheus, a também ex-presidente do clube, Marlene MatheusAssista.

Soninha e Covas reclamam da exclusão de emendas

A Câmara Municipal aprovou em segunda votação e definitiva votação, com 35 vereadores favoráveis e 7 contrários, o substitutivo da bancada governista ao Projeto de Lei 240/2017 do Executivo, que cria o Conselho Municipal de Desestatização, além de estabelecer o Fundo Municipal de Desenvolvimento Social.

Este novo Conselho será responsável por elaborar e gerenciar o Plano Municipal de Desestatização, programa do prefeito João Doria (PSDB) que prevê a criação de PPPs (Parcerias Público-Privadas), concessões e privatizações de equipamentos e espaços públicos. Ele será integrado pelos secretários municipais de Governo, Gestão, Fazenda, Relações Internacionais e Justiça.

No substitutivo também foi incluída a participação dos secretários de Educação, Saúde e Transportes para que eles decidam como usar o dinheiro do fundo.

A derrubada em bloco de emendas ao projeto foi criticada por vereadores da base, como Mario Covas Neto (PSDB) e Soninha Francine (PPS), que aprovaram o projeto mas se abstiveram nesta segunda votação, específica para as emendas. "Há emendas boas e emendas ruins. Eu não consigo ficar de um lado só", afirmou Covas. "Também registrei abstenção exatamente porque sou contra votar emendas em bloco, por princípio. Eu aprovaria algumas e rejeitaria outras", completou Soninha.

Privatização de parques

O primeiro edital de chamamento para a privatização de 14 parques municipais será lançado pelo Executivo nesta quarta-feira (10/5) e já cairá nas mãos do novo Conselho. O órgão também vai decidir sobre outras concessão grandiosas e polêmicas, como a do Autódromo de Interlagos, na zona sul de São Paulo, do complexo do Anhembi, na zona norte, e do Estádio do Pacaembu, na zona oeste.

Caravana pró-Lula em Curitiba

Vereadores do PT estarão em Curitiba nesta quarta-feira, em apoio ao ex-presidente Lula durante o seu depoimento ao juiz Sergio Moro na Operação Lava Jato. Com isso, por acordo de lideranças, não haverá mais nenhuma sessão durante esta semana. Na sexta-feira, o vereador Milton Leite (DEM), presidente da Câmara, assume interinamente a Prefeitura de São Paulo, na ausência do prefeito e do vice, Bruno Covas.

Reposição da inflação para os servidores
Após a votação do projeto do Executivo, os vereadores também aprovaram em definitivo o PL 216/2017, da Mesa Diretora, que prevê atualização monetária de 4,75% nos vencimentos dos servidores da Casa.

terça-feira, 9 de maio de 2017

É chegada a hora de uma nova geração?

A sociedade emite sinais que às vezes são percebidos apenas com distanciamento histórico, mas o que está acontecendo hoje na política e no futebol certamente já simboliza uma transformação em curso. Olhos abertos e ouvidos atentos, portanto, para não sermos atropelados pelos acontecimentos...

Quando FHC dá uma entrevista em que afirma que o prefeito João Doria e o apresentador Luciano Huck representam o "novo" na política, porque "não estão sendo propelidos pelas forças de sempre", e quando vemos jovens treinadores de futebol campeões - todos novatos no cargo em grandes clubes brasileiros - nessa época de desdobramentos ainda imprevisíveis da Lava Jato e das mudanças que ela já vem causando, precisamos fazer a leitura correta desse novo quadro.

Os técnicos campeões paulista, carioca, paranaense e mineiro - para ficar apenas nos times mais emblemáticos - estão na casa dos 40 anos. O corinthiano Fabio Carille tem 43 anos; o flamenguista Zé Ricardo, 46; o curitibano Pachequinho, 46; e o atleticano Roger Machado, 42. Paralelamente, na política, João Doria com 59 anos talvez seja a exceção entre os quarentões, apesar de aparentar menos idade e de ser também um neófito nas disputas eleitorais. Luciano Huck tem 45 anos. O juiz Sergio Moro, 44. O procurador Deltan Dallagnol, 37.

O novo presidente francês, Emmanuel Macron, tem 39 anos. Não que a juventude, por si só, seja sinônimo de progresso, evolução, inovação ou modernidade. Está aí Kim Jong-un, na Coreia do Norte, com 33 anos, para provar o contrário. Mas é certo que modelos antigos (em idade, em conceitos e nas práticas políticas), como Donald Trump, aos 70 anos, ou Michel Temer, aos 76, Lula, 71, e Dilma, 69, estão de fato saindo de linha.

Ou seja, tanto na política quanto no futebol, o protagonismo está mudando de mãos. A velha guarda passa o bastão, ainda que por vezes a contragosto. Uma nova safra desponta no cenário. Não é por acaso. O mundo vem mudando. A sociedade busca novos caminhos. É chegada a hora de uma nova geração.

Novas organizações políticas no mundo todo vem crescendo e se destacando, desde a onda de manifestações globais - da Primavera Árabe e do Occupy Wall Street às passeatas que no Brasil fizeram surgir o Movimento Brasil Livre, o Vem Pra Rua e, do lado oposto, o MTST, por exemplo, todos liderados por jovens na casa dos 20, 30 e 40 anos.

São os novos atores tomando o palco central. E nós, vamos nos contentar apenas em assistir, vamos desempenhar um papel meramente coadjuvante ou, enfim, compartilharemos o protagonismo destes novos tempos?

sábado, 6 de maio de 2017

Em novo programa de TV, Gregório Duvivier faz paródia da Xuxa e detona políticos como o prefeito regional de Pinheiros e o vereador Fernando Holiday



O humorista Gregório Duvivier estreou nesta sexta-feira, 5 de maio, no canal HBO, o programa "Greg News", a versão brasileira do "Last Week Tonight", apresentado por John Oliver na HBO americana. Com humor crítico, muita acidez e ironia, foram tratados vários temas políticos atuais, como a greve geral da semana passada, os escândalos de corrupção e a escola sem partido.

Entre os momentos mais divertidos e originais está o "Abecedário Comuna", paródia da música da Xuxa com viés esquerdista (ou, melhor, sob o olhar enviesado da direita tupiniquim), e comentários pontuais sobre a declaração infeliz do prefeito regional de Pinheiros, Paulo Mathias (PSDB), que disse ser "a favor do direito à greve, mas não em dia de trabalho", e a atuação do vereador paulistano Fernando Holiday (DEM), que na semana passada já havia sido contestado pelo também vereador e professor Claudio Fonseca (PPS). Assista aqui.

sexta-feira, 5 de maio de 2017

#ProgramaDiferente: Crise, sim, mas com bom humor



O #ProgramaDiferente desta semana trata da crise brasileira sem perder o bom humor. O tema é o jovem, a crise de representação política e os novos coletivos cidadãos, reunindo opiniões divertidas, experiências e atitudes concretas para o Brasil viver dias melhores. Os convidados são o humorista Marcelo Madureira, a urbanista Debora Nunes e o prefeito de Vitória (ES), Luciano Rezende. Assista.

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Emenda do vereador Claudio Fonseca protege escolas públicas do pacote de privatizações de João Doria

Avança mais uma etapa do programa de privatizações do prefeito João Doria: a Câmara Municipal de São Paulo debateu e aprovou nesta quarta-feira, ainda em primeira votação, a criação do Conselho Municipal de Desestatização e do Fundo Municipal de Desenvolvimento.

O PL 240/2017, do Executivo, foi aprovado com 38 votos favoráveis, 8 contrários e 1 abstenção. Deverá ser pautado para segunda e definitiva votação na próxima semana, quando está previsto um novo pacote de projetos de vereadores e também antecipando a posse do vereador Milton Leite como prefeito interino por seis dias.

Entre as atribuições do Conselho está a elaboração e gerência do Plano Municipal de Desestatização, que tratará dos modelos e programas de PPPs (Parcerias Público Privadas), concessões e privatizações anunciadas pelo prefeito João Doria. O Conselho deve ser composto pelos secretários de Governo, Justiça, Fazenda, Planejamento, Desestatização e Relações Internacionais.

Já o Fundo Municipal de Desenvolvimento terá seus recursos oriundos deste pacotão de privatizações e, de acordo com o prefeito, será destinado para investimentos nas áreas de saúde, educação, mobilidade urbana, habitação e segurança pública.

O PL foi aprovado com duas emendas ao texto original, uma de autoria de diversos vereadores que inclui os artigos 13 e 112 da Lei Orgânica do Município, ressaltando a obrigatoriedade da aprovação da Câmara nos processos de PPPs, concessão e privatização.

A segunda emenda aprovada é de autoria do vereador Claudio Fonseca (PPS), que exclui dos programas de desestatização as unidades educacionais, atuais e futuras, pertencentes à rede municipal de ensino. Ou seja, impede a "privatização da educação", como temem educadores e profissionais do ensino.

“Incluindo este artigo na Lei, afasta-se qualquer possibilidade de privatização de equipamentos da educação, sejam eles equipamentos de educação infantil, escolas municipais de educação fundamental e média, e escolas destinadas a deficientes”, explica o vereador Claudio Fonseca, que é também professor.

Compensação para débitos tributários

Outro projeto aprovado - este em segunda e definitiva votação - que contribui para o caixa da Prefeitura é o 272/2016, de autoria do Executivo (desde a gestão Haddad), prevê a inclusão da compensação de créditos tributários com débitos tributários para quitar dívidas com a Prefeitura.

O texto aprovado, com emenda da liderança do governo, permite que o contribuinte faça o encontro das contas a pagar com os crédito a receber, desburocratizando a quitação das dívidas. A proposta segue para sanção do prefeito João Dória.

(Com informações do Câmara Man)

quarta-feira, 3 de maio de 2017

Qual é o recado do STF para a Lava Jato?

Quatro envolvidos na Operação Lava Jato são soltos em apenas uma semana pelo Supremo Tribunal Federal. Entre eles, dois presos altamente emblemáticos para a sociedade, como José Dirceu e Eike Batista.

No caso do empresário (bilionário graças ao dinheiro público), além da prisão domiciliar, a fiança foi arbitrada em R$ 52 milhões pelo juiz do Rio de Janeiro que não se fez de rogado em sinalizar que o STF está agindo na contramão do que espera a opinião pública.

Enfim, o que esperar a partir de agora? O ministro Gilmar Mendes, ao revogar a prisão de Dirceu, aproveitou para criticar a força-tarefa da Operação Lava Jato, que apresentou nova denúncia contra o ex-ministro e ex-presidente petista no mesmo dia do julgamento do seu habeas corpus. Afirmou que o STF não poderia ceder à pressão dos procuradores, a quem chamou de “jovens sem vivência institucional”.

“A imprensa publica que as razões que os valorosos procuradores de Curitiba dão para a data de hoje é porque nós julgaríamos o habeas corpus hoje (…). Se nós devêssemos ceder a esse tipo de pressão, quase que uma brincadeira juvenil, são jovens que não têm a experiência institucional nem vivência institucional, e por isso fazem esse tipo de brincadeira… Se nós cedêssemos a esse tipo de pressão, nós deixaríamos (…) de ser ‘supremos’. Curitiba passaria a ser ‘suprema’. Nem um juiz passaria a ser ‘supremo’. Seriam os procuradores. Quanta falta de responsabilidade em relação ao Estado de Direito”, afirmou Gilmar Mendes ao ler o seu voto, que desempatou o julgamento pela anulação da prisão de Dirceu.

Dias sombrios virão por aí...

terça-feira, 2 de maio de 2017

Por iniciativa de Davi Zaia, presidente do PPS, Assembleia de São Paulo lança Frente Parlamentar Franco Montoro em Apoio ao Parlamentarismo



Foi lançada na Assembleia Legislativa de São Paulo, por iniciativa do deputado estadual Davi Zaia, presidente nacional do PPS, a Frente Parlamentar Franco Montoro em Apoio ao Parlamentarismo. O objetivo é criar um movimento em prol da implantação do sistema de governo parlamentarista no Brasil e homenagear um dos seus mais fiéis e entusiastas defensores, o ex-governador André Franco Montoro, no centenário do seu nascimento.

Segundo Davi Zaia, a crise política por que passa o país mostra que o presidencialismo não é a melhor solução, pois não permite uma correção de rumo nem uma consulta à população. Por isso, ele defende uma profunda reforma política e eleitoral, além de manifestar esperança de que essa Frente Parlamentar consiga ampliar o debate sobre o parlamentarismo, repercutindo também nas câmaras municipais.

O #ProgramaDiferente acompanhou o lançamento da Frente Parlamentar Franco Montoro e ouviu com exclusividade o seu coordenador, Davi Zaia; o ex-deputado federal e presidenciável do PV, Eduardo Jorge, autor da Proposta de Emenda à Constituição 20/1995 que estabelece o parlamentarismo no Brasil; e o deputado estadual Roberto Tripoli; todos militantes convictos da tese.

Este programa especial que discute o parlamentarismo enriquece a reflexão sobre a reforma política com as opiniões do presidente Michel Temer, do historiador Marco Antonio Villa, do jornalista Reinaldo Azevedo e do próprio Franco Montoro, em trecho de uma entrevista memorável ao jornalista Carlos Chagas, falecido nesta semana. Assista.