sexta-feira, 28 de abril de 2017

Nenhum direito a menos! (nem seu, nem meu)

Você conhece alguém que, em sã consciência, queira perder seus direitos? Difícil, né? Então, se for preciso para tornar claro, vamos desenhar: fazer greve ou manifestação quando algum direito seu está sendo ameaçado é, por si só, igualmente um direito de todos, sagrado, constitucional, conquistado a muito custo, com sangue e suor. Ter direitos dá trabalho!

Por isso, essa palavra de ordem "Nenhum direito a menos", que vemos pulular nas redes e nas ruas (diga-se, ultimamente, bem mais nas redes que nas ruas), é um mantra imperioso. Mas, cá entre nós, "nenhum direito a menos" deve servir para todos, sem distinção. Leis, governos, chefes, poderosos em geral devem respeitar os seus, os meus, os nossos direitos! Inclusive o de ir e vir, aliás um direito fundamental.

Pois como alguém vai me convencer a respeitar os direitos de um determinado grupo se os meus próprios estão sendo desrespeitados? Pior, por esse mesmo grupo que se acha no direito de tutelar a consciência e o livre-arbítrio do povo! Desculpe, mas quem saiu às ruas nessa tal "greve geral" que prometeu parar o Brasil? Foi a massa de trabalhadores? Não! Foram grupelhos organizados que, em vez de argumentos e do poder do convencimento por palavras e ideias, usa a força física para impedir o deslocamento da maioria que não se sente representada por eles.

Tem gente que não entendeu nada! Queridos, "parar" o Brasil assim é fácil! Turminha de partidos e sindicatos, abram os olhos para a realidade: quem grita #ForaTemer hoje não quer necessariamente o #VoltaPT - ao contrário; a não ser os próprios beneficiários dos esquemas que aprodreceram o nosso sistema partidário-eleitoral e nos trouxeram a essa política de terra arrasada. Em qual parte da mudança que está em curso no Brasil vocês cochilaram? Seus babacas! O descrédito da população é contra todos!

É até covardia - quanta desonestidade intelectual! - pegar carona no descontentamento de cidadãos contra reformas obviamente impopulares, mas que são sabidamente necessárias após décadas de (des)governos irresponsáveis e inconsequentes. Fazer a política do contra é sempre mais cômodo e oportuno, mas nas quatro vezes que estiveram na Presidência da República, por exemplo, quais reformas estruturais Lula e Dilma promoveram?

O governo de transição do presidente Michel Temer é ilegítimo? Bom, ele foi o vice escolhido duas vezes pelo PT, e sabemos que a única função do vice é substituir o presidente (ou a presidenta, para usar o termo que agrada a turma da mortadela). É golpista? Se acreditarmos em duende, papai noel e saci-pererê, por que não endossar a narrativa petista de um golpe orquestrado pelas "elites" com aval da mídia, do Supremo Tribunal Federal, do Congresso Nacional, do Ministério Público e da Polícia Federal?

O fato é que chegamos ao fundo do poço. Ou nos resignamos e seguimos nas mãos dessa casta política dominante, ou retomamos as rédeas do nosso futuro para construirmos um novo Brasil. Não será pneu queimado, patrimônio público depredado e ônibus atravessado em avenida que vai parar o tempo da mudança que bate à nossa porta. Como disse Victor Hugo: "Nada é mais poderoso do que uma ideia cujo tempo chegou".

Em clima de greve geral e das reformas trabalhista e previdenciária, o #ProgramaDiferente debate o Dia do Trabalhador e a revolução tecnológica



Antecipando o Dia do Trabalhador, em 1º de maio, o #ProgramaDiferente debate o Mundo do Trabalho, a Revolução Tecnológica e a Crise do Estado Democrático. Em pleno cenário de desemprego, economia desordenada, greve geral e das reformas trabalhista e previdenciária, esses são temas que estão na pauta do dia. Os convidados são André Gomyde, presidente da Rede de Cidades Inteligentes; Ana Stela Alves de Lima, presidente do Sindicato dos Bancários de Campinas; e a economista Dora Kaufman. Assista.

quinta-feira, 27 de abril de 2017

Brasil: Tudo ao mesmo tempo agora...

Lei contra o abuso de autoridade, lei contra o foro privilegiado, reforma trabalhista, reforma previdenciária, delação premiada de X, Y e Z, greve geral na sexta-feira, confronto de índio com a polícia montada na frente do Congresso, prefeito que faz parceria com motoristas de Uber e táxi para transportar servidores contra a greve geral convocada para sexta-feira, ameaça dos movimentos sociais de parar o país...

Sem trocadilho, mas o país não para! Está difícil acompanhar todos os acontecimentos. Parece que vivemos um momento caótico do "tudo ao mesmo tempo agora", para lembrar o sucesso do grupo musical Titãs, se bem que os nossos titãs da política se assemelham mais ao significado mitológico do termo: os gigantes que quiseram escalar o céu para destronar Júpiter (primeiramente, #ForaJúpiter).

Não vamos competir com o noticiário. Leia. Informe-se. Reflita. Que Deus nos proteja e que o Santo Google socorra os aflitos em busca de informação.

terça-feira, 25 de abril de 2017

Transição: Para onde caminha o Brasil?

O livre pensar é um direito. Uma conquista. Então, vamos lá: Para onde caminha o Brasil? Parece haver consenso nos dois lados da trincheira, entre governistas e opositores, que o governo do presidente Michel Temer é simplesmente uma transição do pós-PT para algo que está por vir, um futuro ainda desconhecido. A escolha democrática se dará em outubro de 2018. O grupo que está hoje no poder é simplesmente consequência dos caminhos políticos e institucionais trilhados - e não há aqui qualquer julgamento de mérito, apenas uma constatação óbvia dos fatos.

Esteja você do lado que estiver, tendo gritado "Fora Dilma" ou "Fora Temer" (ou ambos), situado mais à direita ou mais à esquerda no velho mapa partidário e ideológico, a sua cota de responsabilidade será cobrada nas eleições de 2018, quando escolheremos o(a) Presidente da República, senadores e deputados federais que guiarão os rumos do país no Executivo e no Congresso Nacional.

Grosso modo, teremos em 2018 um menu bastante variado de opções, possibilitando que os eleitores votem livremente naqueles candidatos que considerem melhores, mais preparados ou mais adequados para o momento que o país vive. Nunca se teve tanta informação e transparência tão reveladora das entranhas do sistema político-eleitoral como se tem agora, o que não se traduzirá necessária e automaticamente na melhoria da qualidade dos eleitos.

É por isso que este convite à reflexão nos parece tão urgente e oportuno. De que adianta seguirmos militando nas redes e nas ruas, manifestando nossas preferências ou, ao contrário, protestando contra tudo aquilo e todos aqueles que repudiamos, às vezes em disputas fratricidas dentro de um mesmo campo democrático e republicano, se não formos capazes de promover ações verdadeiramente transformadoras através do voto?

O cenário das próximas eleições é ainda bastante incerto, mas já começam a se desenhar no horizonte as primeiras candidaturas. Num contexto global de exacerbação do radicalismo, com o quadro nacional propenso também a buscar salvadores da pátria aleatórios diante do descrédito da política mais tradicional, tornam-se preocupantes os destinos do país, da economia, dos direitos sociais e individuais, das garantias constitucionais de liberdade, segurança, desenvolvimento, bem-estar, igualdade e justiça como valores supremos.

Mas não venham apontar a Lava Jato e outras operações da Polícia Federal e do Ministério Público, nem suas gravíssimas implicações na Justiça, como "culpadas" da degradação que macula, desonra e constrange a maioria dos partidos e de seus mandatários. É triste que tenhamos chegado tão fundo do poço moral e ético, mas é alvissareiro que ainda possamos reagir democraticamente para sanear e desenxovalhar a política sem atalhos fascistas, autoritários e antirrepublicanos.

É salutar que velhos caciques, sobretudo os envolvidos em esquemas de corrupção e caixa 2, percam o lugar cativo que mantinham há décadas, abrindo espaço para novas lideranças e organizações que possam arejar a nossa democracia representativa, aprimorar a democracia participativa e instituir mecanismos cada vez mais necessários da democracia direta.

Portanto, é difícil afirmar diante das incertezas da política para onde caminha o Brasil, mas seguramente o rumo certo será dado na medida em que o maior número de cidadãos tiver a capacidade de se reunir, refletir e agir com isenção, responsabilidade, consciência, ética, equilíbrio, maturidade e espírito coletivo para enfrentar os desafios que se colocam à nossa frente. Que essas dores do crescimento sejam apenas sintomas naturais da construção de uma verdadeira Nação.

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Transporte, Saúde, Tecnologia e Urbanismo: #ProgramaDiferente acompanha encontro de especialistas que debatem as cidades do futuro



O #ProgramaDiferente, da TVFAP.net, acompanhou nesta segunda-feira, 24 de abril, o evento "Mitos & Fatos - Jovem Pan discute as cidades do futuro", em São Paulo, com a presença de autoridades e especialistas dos setores público e privado.

O encontro foi promovido pela rádio Jovem Pan e se propôs a debater quais são as soluções de tecnologia, saúde, mobilidade e urbanismo para construirmos cidades mais sustentáveis no aspecto humano, ambiental e econômico.

A abertura do encontro foi realizada pelo prefeito de São Paulo, João Doria, e pelo empresário Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho, conhecido como Tutinha, proprietário da Rádio Jovem Pan. Veja aqui a apresentação de Tutinha, a fala do prefeito João Doria e trechos da sua entrevista durante o evento.

Veja um resumo dos painéis do encontro e clique nos links abaixo para assistir a íntegra e alguns trechos das participações:

O Painel 1:Transportes reuniu André Loureiro, gerente-geral no Brasil e líder na regional da América Latina do aplicativo Waze; Francisco Christovam, presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros (SP Urbanuss), e Sérgio Avelleda, secretário de Transportes da cidade de São Paulo, ex-presidente do Metrô e da CPTM.

O Painel 2: Saúde teve a presença do ministro da Saúde, Ricardo Barros, e do médico infectologista David Uip, secretário de Saúde do estado de São Paulo. Eles falaram, respectivamente, sobre o SUS e necessidade de integração do Governo Federal com os municípios; e sobre novos modelos de gestão em saúde e os principais desafios do setor.

O Painel 3: Tecnologia contou com a participação do ministro da Tecnologia, Gilberto Kassab, prefeito da cidade de São Paulo por dois mandatos; de Fabro Steibel, diretor do ITS - Instituto de Tecnologia & Sociedade do Rio de Janeiro; de Mario Rachid, diretor executivo de Soluções Digitais da Embratel; e de Daniel Mangabeira, diretor de políticas públicas da Uber no Brasil.

O Painel 4: Urbanismo reuniu Índio da Costa, secretário de Urbanismo, Infraestrutura e Habitação da cidade do Rio de Janeiro; Nabil Bonduki, arquiteto e urbanista, ex-secretário de Cultura e Relator do Plano Diretor da cidade de São Paulo; e Daniel Annenberg, secretário de Inovação e Tecnologia da cidade de São Paulo.

Corinthians x Ponte Preta: 40 anos no #ProgramaDiferente



Quis o destino que o confronto decisivo do Campeonato Paulista de Futebol de 2017 repita a final histórica de 40 anos atrás, quando o Corinthians se sagrou campeão contra a Ponte Preta, com um gol heróico de Basílio, após um longo jejum de 23 anos sem títulos. Foi um momento inesquecível na vida de todo amante do esporte e de cada cidadão paulistano.

Neste especial, o #ProgramaDiferente revive o clima das finais de 1977 entre Corinthians e Ponte Preta com imagens e narrações da época, relembrando os gols das três partidas decisivas, o depoimento do ídolo corinthiano Basílio e até esclarecendo as suspeitas de o título ter sido "comprado", culminando com a homenagem de Jadson, craque do time atual, que joga com a camisa 77 justamente para homenagear essa conquista. Assista.

sábado, 22 de abril de 2017

22 de abril no #ProgramaDiferente: O Brasil tem jeito?

Uma pergunta recorrente nestas três primeiras temporadas do #ProgramaDiferente, da TVFAP.net, é: O Brasil tem jeito?

Pois neste 22 de abril, dia em que é comemorado oficialmente o descobrimento do Brasil, no ano de 1500, lançamos esta série especial com um primeiro grupo de personalidades que respondem exatamente a esta pergunta e refletem sobre o futuro do país.

Clique no link de cada nome e veja as respostas de Neca Setubal, Soninha Francine, Mario Sergio Cortella, Juca Kfouri, Silvio Luiz, Alfredo Sirkis, Mario Covas Neto e Eduardo Jorge.

Vem mais por aí... Assista, comente, compartilhe, participe!

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Você tem ideia do que se passa na Câmara de SP?

Nesta semana muito se falou sobre o retorno da vereadora Soninha Francine (PPS) à Câmara Municipal de São Paulo, após uma passagem rápida mas intensa pelo secretariado do prefeito João Doria (PSDB).

Porém, o que pouca gente sabe é o que se passa de fato no plenário (e nos bastidores) do Legislativo paulistano, e que a grande imprensa desconhece ou não se interessa em divulgar.

O site Câmara Man (disponível também no Facebook) dá uma boa amostra do que acontece por lá. Vale conferir.

Esta quarta-feira, 19 de abril, por exemplo, foi um dia bastante produtivo e emblemático sobre a atuação dos 55 vereadores de São Paulo.

Projeto aprovado do vereador Claudio Fonseca, que é também professor, determina avaliação periódica da infraestrutura das escolas públicas municipais

Câmara Municipal de São Paulo aprova vistorias em infraestrutura de escolas públicas municipais. O PL 390/2010, de autoria do vereador Claudio Fonseca (PPS), determina a realização de avaliação periódica dos prédios escolares da rede municipal de ensino.

A proposta aprovada cria uma Comissão Multidisciplinar de Infraestrutura Escolar composta por engenheiros, arquitetos, profissionais de educação e administradores para realizar avaliações nas unidades escolares a cada três anos.

"Estamos falando de uma rede com mais de 1.300 unidades escolares que precisam de reparos, manutenção e conservação. É um projeto que permite ao Poder Público fazer o planejamento desses reparos", disse o vereador e professor Claudio Fonseca.

"Manter a saúde física das escolas e prédios da rede municipal de ensino é muito importante​ para garantir um ambiente seguro para alunos e profissionais da Educação", reforça o parlamentar. "Este é o melhor projeto aprovado para a cidade, pois cria uma política pública estrutural para as 1.300 unidades escolares da rede municipal. Sancionada, a lei vai possibilitar aos dirigentes do poder público fazer o planejamento financeiro e o calendário de obras necessárias."

Aprovado nesta quarta-feira, 19 de abril, o projeto segue para sanção do prefeito João Doria.

quarta-feira, 19 de abril de 2017

Sim, o #ProgramaDiferente é um "programa de índio"



O #ProgramaDiferente desta semana é um especial sobre o Dia do Índio. Como é a situação dos povos indígenas no Brasil? Quem os representa e quais são os seus interesses? Basta manter os índios nas páginas dos livros de História, lá em 1500, ou é preciso dar voz a eles e reconhecer as suas necessidades atuais? Na passagem deste 19 de abril, fazemos assumidamente um "programa de índio". 

Numa roda de conversa com jovens reunidos pela FAP (Fundação Astrojildo Ribeiro) no Rio de Janeiro, o líder indígena Marcos Terena expôs todas as dificuldades encontradas pelo seu povo no Brasil atual, principalmente pela falta de representatividade. Acentuou que mesmo na FUNAI a representação indígena está aquém do ideal e que até hoje pouquíssimos indígenas tem alguma atuação política.

Onde estão os índios brasileiros? Quem são? Quantos? Quais as lutas dos povos indígenas nos dias de hoje? Ouvimos também o indigenista André Villas Boas e a jovem Silmara, oriunda da etnia Terena, do Mato Grosso do Sul, sobre as novas gerações e o convívio urbano dos índios. Sem preconceito e pela unidade dos povos. Assista.


O Brasil da mentira, do escárnio e da propinocracia



O #ProgramaDiferente traz um especial sobre as delações da Odebrecht e o escândalo que envolve políticos de vários partidos em esquemas de corrupção e caixa 2 eleitoral: "O Brasil da mentira, do escárnio e da propinocracia". É inacreditável! Assista.

Leia também:

Lava Jato: Cumpra-se a lei; punam-se os culpados!

terça-feira, 18 de abril de 2017

Soninha Francine volta à Câmara Municipal de SP

A vereadora Soninha Francine, eleita em 2016 pelo PPS com 40.113 votos e até então licenciada para uma rápida mas intensa passagem pela Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social da gestão do prefeito João Doria (PSDB), retornará à Câmara Municipal de São Paulo.

Em vídeo publicado nas redes sociais nesta segunda-feira, 17 de abril, gravado ao lado de Soninha, o prefeito diz que os dois "tiveram uma boa conversa" e que ele pretende colocar "um pouco mais de força" na Assistência e no Desenvolvimento Social.

"Continuo tendo as mesmas referências dos valores que me fizeram fazer o convite à Sônia: humana, dedicada, com sentimento. Além de todos esses valores, vamos colocar um pouco mais de força na gestão administrativa dessa Secretaria. Construção, obra, implementação dos novos CTAs, dos Espaços Vida, tudo isso está numa demanda que não está no espírito da Sônia", afirmou Doria.

Ela será substituída por Filipe Sabará, filiado ao Partido Novo e até então seu secretário-adjunto, que já vinha tocando alguns dos principais programas da pasta, como o Trabalho Novo e os Espaços Vida. Soninha passará a integrar o Conselho de Gestão da Secretaria. Na Câmara, retorna no lugar do suplente Rodrigo Gomes (PHS), formando um bloco com os vereadores Claudio Fonseca (PPS) e Zé Turin (PHS).

Também pelas redes sociais, Soninha se manifestou sobre a passagem pelo Executivo:
Foram 175 dias incrivelmente intensos - desde que aceitei o convite, como era de se imaginar. Amei (como sempre amo) cada uma das longas horas de expediente, as pilhas de processos (juro!), as vistorias de madrugada, os amanheceres no Viaduto do Chá, os despachos com o Jurídico e as Coordenadorias Básica e Especial e a CAPE, as reuniões com Defensoria Pública e ONGs e movimentos e outras Secretarias, as audiências com Judiciário e Ministério Público, as noites estudando minutas de decretos e termos de convênio e portarias e indicadores e planilhas e instrumentais e o MROSC de cabo a rabo, os debates sobre crianças e adolescentes e famílias e idosos e pessoas com deficiência e cadastro e benefícios e mulheres vítimas de violência e... população de rua!, a construção com esmero de um plano para cenas de uso, começando pelo território hiper complexo da “cracolândia” ETC . 
Não correspondi ao ritmo do prefeito, e olha que eu ando rápido rs. Mas eu sou minuciosa, questionadora, (chata!), “pessimista no pensamento e otimista na ação” (a tradução do Gramsci que mais me contempla). Fico chacoalhando os alicerces para ter certeza de que sustentarão a estrutura; para que caia o que não está firme e consigamos reforçá-los na medida exata. Até porque tem coisas que exigem um pouco menos de pressa. Mas serei uma vereadora muito, mas muito mais bem informada do que seria se não tivesse passado por aqui. Agradeço às trabalhadoras e trabalhadores querid@s da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social - SMADS pelas semanas intensas. E não pensem que vão ficar livres de mim.

Saída de Soninha repercute bastante na mídia

Deu no Câmara Man: A saída de Soninha Francine do secretariado do prefeito João Doria e o seu retorno à Câmara Municipal de São Paulo vem repercutindo bastante (e mal) na imprensa e nas redes sociais.

O que causou maior polêmica foi o vídeo gravado pelo prefeito e a forma como foi anunciada a demissão.

Segundo alguns críticos, tratou-se de um posicionamento machista. Para outros, mais um ato midiático que lembrou a passagem de Doria como apresentador de TV no programa "O Aprendiz".



Veja parte da repercussão nas redes sociais:

segunda-feira, 17 de abril de 2017

Lava Jato: Cumpra-se a lei; punam-se os culpados!

Mal comparando - e vai aí uma explicação bastante simplista e simplificada da Teoria Geral da Relatividade de Einstein, buracos negros são regiões que possuem uma quantidade tão grande de massa concentrada, maciça e compacta que nada consegue escapar da atração da sua força de gravidade, nem mesmo a luz. No coração de um buraco negro, o tempo para e o espaço deixa de existir. Em resumo, seria o estágio final de uma estrela após o seu colapso gravitacional.

A publicação das delações dos executivos da Odebrecht mostra, com todos os detalhes sórdidos e uma crueza deprimente, o colapso do nosso sistema político-partidário dominado por uma organização mafiosa que se apoderou do Estado. Por outro lado, a Operação Lava Jato é o foco de luz que desafia as leis do crime e da Física: conseguiremos escapar desse buraco negro?

O escárnio dos delatores narrando a compra de políticos com seus codinomes ridículos (mas apropriados), o envolvimento de legendas à esquerda e à direita, no governo e na oposição, tudo isso regado com o derramamento de dinheiro público para manter essa estrutura putrefata mostra que, não por acaso, chegamos à fase decisiva das investigações no clima que justamente se apelidou de "fim do mundo".

Agora, neste momento apocalíptico, ou nos perdemos todos na implosão que engole tudo que parecia sólido em nosso universo político (naves, sondas, asteroides, luas, planetas e até resquícios de vida inteligente) após a falência da última missão tripulada do partido da estrela e de seus satélites em governos de coalizão que nos deixaram perdidos no tempo e no espaço, ou nos reinventamos e partimos verdadeiramente para a construção de um novo mundo, com princípios éticos, democráticos e republicanos.

Da suspeita generalizada e empírica de que no Brasil existia uma corrupção empresarial e política sistêmica, arraigada há décadas, partimos para a certeza comprovada da podridão como única regra do jogo, com o mau cheiro típico e o transbordamento de um esgoto a céu aberto que exige saneamento urgente.

O que fazer, então, a não ser defender que se cumpra a lei e punam-se os culpados? Doa a quem doer, sem protecionismo, corporativismo ou partidarismo. Não podemos ser cúmplices, já que fomos todos omissos ou negligentes - para dizer o mínimo - diante dos sinais cada vez mais evidentes da necrose que tomava conta do tecido social, político e institucional que protege a nossa frágil democracia.

Ou reagimos permanentemente, com o máximo rigor, à máfia instalada na máquina estatal, ou damos por barato que todos são venais na sociedade e tudo tem seu preço: das medidas provisórias, licitações, leis, tempos de TV, alianças partidárias, perguntas em debates eleitorais, notícias, fim de greves, impeachments etc. até o pastor, o sindicalista, o servidor, o índio, a polícia, o promotor, o delegado, o juiz, o candidato, o político eleito e o eleitor.

Que sejam punidos exemplarmente corruptos e corruptores, políticos e empresários, delatores e delatados, partidários do campo azul ou do campo vermelho do nosso mapa tão fortemente polarizado mas que - chegamos à triste conclusão - não se diferenciam tanto assim na hora e nos métodos da pilhagem dos cofres públicos para se manterem no poder.

Bandido é bandido, seja rico ou pobre, culto ou ignorante, amigo ou inimigo. Não há como compactuar com esse sistema. Não há como ser condescendente com a corrupção. Que as investigações, apurações e o julgamento das denúncias vá às últimas consequências, com celeridade, independência e responsabilidade. Todo apoio às ações saneadoras do STF, da Procuradoria Geral da República, do Ministério Público e da Polícia Federal. Que se resgate no Congresso Nacional o mínimo de pudor e de espírito público para fazer avançar as reformas estruturais e profiláticas.

Passar o Brasil a limpo deixou de ser força de expressão. É uma necessidade vital. Ou, do contrário, abriremos caminho para salvadores da Pátria que, a pretexto de sanear o País, atendendo aos anseios difusos da turba que se manifesta nas ruas e nas redes contra a corrupção e a imoralidade, descambem para atalhos autoritários e desprezem as conquistas do nosso valoroso Estado Democrático de Direito. A saída, ainda que traumática e tortuosa, é pela Política. Vamos traçar o nosso rumo.

quinta-feira, 13 de abril de 2017

O que a juventude espera da política e do futuro?



Nesta Páscoa, o #ProgramaDiferente fala sobre a juventude e o que os jovens esperam da política e do futuro do mundo, fazendo um link interessante entre representantes de vários países na ONU e os participantes de um encontro promovido pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira) no Rio de Janeiro, que reuniu delegações de diversos estados brasileiros, para a formação de novas lideranças.

Cobrimos com exclusividade este encontro organizado pela FAP e apresentaremos, a partir desta semana, uma série de programas especiais sobre os temas que foram debatidos com os jovens. Nesta semana, o humorista Marcelo Madureira conta um pouco da história da Colônia Kinderland, local do evento. Também ouvimos o jornalista Luiz Carlos Azedo, diretor-geral da FAP; o deputado estadual Davi Zaia, presidente nacional do PPS; e o ilustrador e designer Alex Leal, especialista na criação de games políticos. Assista.

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Câmara de São Paulo é um mundo à parte

Não chega a ser novidade que a Câmara Municipal de São Paulo gere notícias a partir, principalmente, de seus acontecimentos inusitados.

Mas nesta terça-feira, 11 de abril, abrindo a semana da Páscoa (e também fechando, até porque já foram desconvocadas todas as demais sessões extraordinárias dos próximos dias), houve uma série de fatos e pronunciamentos dignos de estudo.

O site Câmara Man, que propõe mostrar, com muita informação de bastidores e bom humor, "quem são", "onde vivem", "como agem" e "o que pensam?", repetindo aquele meme já tradicional nas redes sociais sobre o Globo Repórter, traz nesta semana duas postagens bastante reveladoras deste mundo à parte, quase uma realidade paralela:

Sessão "animada" tem projeto de Doria aprovado em 1ª votação e discursos dignos de entrar para os anais da Câmara

Tucano Eduardo Tuma diz que há "carne podre" no governo Doria

O Brasil da mentira, do escárnio e da propinocracia



O #ProgramaDiferente traz um especial sobre as delações da Odebrecht e o escândalo que envolve políticos de vários partidos em esquemas de corrupção e caixa 2 eleitoral: "O Brasil da mentira, do escárnio e da propinocracia". É inacreditável! Assista.


segunda-feira, 10 de abril de 2017

PPS não pode se calar no #ApoioAlexandreSchneider

O PPS não pode se calar diante de acontecimentos políticos e campanhas nas redes sociais que, se no início pareciam até de menor relevância, vem ganhando agora um contorno muito mais emblemático do que entendemos ser essencial, tanto para os conceitos de Democracia e de República quanto para o novo Brasil que desejamos construir.


Mas não parou por aí: o MBL prosseguiu numa cruzada de ódio e difamação, dessa vez contra o secretário da Educação Alexandre Schneider, que culminou nesta campanha virtual espontânea #ApoioAlexandreSchneider, como contraponto aos absurdos e impropérios disparados pela turminha que mistura alhos com bugalhos, não junta lé com cré e se julga acima de todos os preceitos democráticos e republicanos para instituir os seus preconceitos como verdades absolutas.

Eis o manifesto que circula por aí, do qual o PPS de São Paulo também é signatário:

Na semana passada, o Secretário de Educação do município de São Paulo Alexandre Schneider, gestor competente e respeitado pela comunidade educacional, foi atacado por simpatizantes de movimentos que defendem o controle de manifestações ideológicas, políticas e morais nas escolas. O ataque veio após o secretário Schneider defender a promoção da tolerância e os princípios constitucionais da liberdade de ensinar, de aprender e do pluralismo de ideias.

O vereador Fernando Holiday defende o projeto de lei "Escola sem Partido", que busca restringir as opiniões de professores em sala de aula. Importante destacar que muito recentemente, em março de 2017, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a suspensão imediata de lei similar do estado do Alagoas. A lei foi considerada inconstitucional segundo o artigo 206, inciso II, da Constituição Federal, que dispõe a “liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber”. Em sua decisão, o ministro afirmou que a lei traz “previsões de inspiração evidentemente cerceadora da liberdade de ensinar assegurada aos professores, que evidenciam o propósito de constranger e de perseguir aqueles que eventualmente sustentem visões que se afastam do padrão dominante”, e promove uma “desconfiança com relação ao professor”.

A tentativa de controle ideológico dos professores é um movimento que infelizmente cresce no Brasil, no Congresso Nacional, junto ao Ministério da Educação, nos legislativos estaduais e municipais.

Por essa razão, reafirmamos nossa convicção de que a educação deve considerar o pluralismo político, de ideais e de concepções pedagógicas para a construção da cidadania, tal como prevê a Constituição Brasileira.

É nosso dever promover a carreira docente e desenvolver uma Base Nacional Comum Curricular pertinente aos tempos atuais, que, conforme diretriz do Plano Nacional de Educação (PNE 2014-2024), promova “a superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação”.

#ApoioAlexandreSchneider

domingo, 9 de abril de 2017

João Doria tem aprovação recorde em São Paulo: pesquisa Datafolha mostra resultado extraordinário

Com uma aprovação recorde de 76% (ou 43% de ótimo/bom e 33% de regular), contra apenas 20% dos que o consideram ruim/péssimo, o prefeito João Doria (PSDB) tem a melhor avaliação entre todos os administradores de São Paulo nos últimos 30 anos. Um resultado extraordinário!

É preciso também compreender o levantamento do Datafolha dentro de um cenário de crise política e econômica, em que os políticos tradicionais atingem os mais baixos índices de credibilidade. O tucano João Doria, ao contrário, martelando a imagem de gestor e trabalhador, conseguiu conquistar (e, o mais importante, MANTER) a confiança da maioria dos cidadãos paulistanos nestes primeiros 100 dias à frente da Prefeitura de São Paulo.

Veja que João Doria foi eleito em outubro do ano passado com 53,29% dos votos válidos. O segundo colocado, seu antecessor, o então prefeito Fernando Haddad (PT), terminou com 16,7%. Em terceiro ficou Celso Russomanno (13,64%), seguido de Marta Suplicy (10,14%), Luiza Erundina (3,18%), Major Olímpio (2,02%) e outros cinco candidatos que, juntos, somaram pouco mais de 1%.

Vale registrar ainda que nas eleições de outubro de 2016 houve quantidade elevadíssima de abstenções (21,84%), votos nulos (11,35%) e brancos (5,29%). Tanto que, em números absolutos, a soma de ausências, votos nulos e brancos foi de 3.096.304, ou seja, maior que os 3.085.187 votos que elegeram João Doria.

Portanto, se jogássemos esse índice de 43% dos que consideram João Doria ótimo/bom sobre o total do eleitorado paulistano (8.886.195 eleitores na última eleição), chegaríamos a 3.821.063 votos - um número superior, portanto, ao obtido pelo prefeito na eleição de 2016.

"O que essa pesquisa demonstra é a consolidação do eleitorado do prefeito João Doria, que o considera ótimo e bom", opina Carlos Fernandes, prefeito regional da Lapa e presidente do PPS paulistano. "Os 20% de rejeição são praticamente a soma dos eleitores de Haddad e Erundina, enquanto os eleitores de todos os demais candidatos estão na faixa do regular, o que também é uma avaliação favorável".

Veja aqui um vídeo de Carlos Fernandes avaliando os primeiros três meses de gestão.

quinta-feira, 6 de abril de 2017

Para comemorar o centésimo #ProgramaDiferente fomos direto a uma das nossas fontes de inspiração: o repórter Ernesto Varela, criação de Marcelo Tas



No #ProgramaDiferente de número 100, nada melhor do que homenagear quem deu os primeiros passos neste jornalismo diferenciado que procuramos fazer. Para quem não conhece ou não se lembra, uma criação genial de Marcelo Tas e Fernando Meirelles no período final da ditadura militar, há mais de 30 anos, que revolucionou o humor e a reportagem: o repórter Ernesto Varela e seu fiel escudeiro Valdeci. Direto dos anos 80 e mais atual do que nunca. Assista.

Muito antes de Tas se tornar um dos apresentadores mais conhecidos da TV e Meirelles o cineasta de fama mundial indicado ao Oscar por Cidade de Deus, eles já inovavam na comunicação televisiva. O tipo de reportagem que o #ProgramaDiferente faz hoje, abordando assuntos e personalidades de forma direta, indiscreta e irreverente, não chega a ser novidade. O repórter Ernesto Varela, que perguntava aquilo que todo mundo queria saber mas ninguém tinha coragem de perguntar, já fazia isso há mais de 30 anos.

Relembramos alguns programas desenvolvidos pela produtora independente Olhar Eletrônico, verdadeiros tesouros resgatados, como a clássica pergunta “É verdade que o senhor é corrupto?” para Paulo Maluf :-)

Além de Marcelo Tas e Fernando Meirelles, que criaram para a TV Gazeta, em 1983, o repórter de mentira que fazia perguntas a entrevistados do mundo de verdade, ouvimos outro oriundo da Olhar Eletrônico que também deixou um importante legado para o jornalismo atual. Criador do revolucionário programa TV Mix, em 1987, Marcelo Machado lançou o repórter-abelha, entre outras inovações que influenciam a TV até hoje.

Aqui você relembra alguns momentos memoráveis do personagem Ernesto Varela na época da campanha pelas Diretas, entrevistando o então líder sindical Lula e outras personalidades que fariam parte da história política do país, como Fernando Henrique Cardoso, Eduardo Suplicy, Marta (bem antes de entrar para a política) e o próprio Maluf, com perguntas e respostas hilárias. Direto do túnel do tempo para comemorar o centésimo #ProgramaDiferente: fomos direto a uma das nossas fontes de inspiração!

terça-feira, 4 de abril de 2017

A cruzada de Fernando Holiday por uma "escola sem partido" e contra a doutrinação ideológica é sobretudo uma ação política, partidária e ideológica

O vereador Fernando Holiday (DEM) provocou mais uma polêmica na Câmara Municipal de São Paulo ao promover sua cruzada pela "escola sem partido" e pedir que alunos e familiares denunciem a "doutrinação partidária e ideológica" nas salas de aula.

Ao realizar "visitas surpresa" para, segundo ele, "fiscalizar a estrutura física e o conteúdo das aulas", Fernando Holiday foi acusado por colegas do PT, do PSOL e do PPS de extrapolar as suas funções e constranger professores no exercício da profissão. Veja a aqui a posição do vereador do DEM e a resposta do vereador Claudio Fonseca (PPS) para compreender as opiniões divergentes.

Não podemos nos calar diante da polêmica. Eis o posicionamento do Blog do PPS:

Valorizamos a participação dos jovens na política, até porque a democracia necessita da pluralidade e do arejamento proporcionado por esses novos atores. Sob esse aspecto, é louvável que uma cidade como São Paulo tenha entre os seus vereadores eleitos um jovem de apenas 20 anos, como é Fernando Holiday, coordenador do Movimento Brasil Livre.

Que ele anuncie entre as suas prioridades a preocupação com a qualidade da Educação, então, é ainda melhor. Porém, para que esse voluntarismo não se transforme em açodamento, nem que o entusiasmo juvenil no exercício do poder acabe se confundindo com abuso de autoridade, alguns esclarecimentos devem ser feitos, além de um chamamento à responsabilidade.

O vereador Fernando Holiday tem anunciado nas suas redes sociais que vem realizando "visitas surpresa" em algumas escolas municipais para "fiscalizar a estrutura física e o conteúdo das aulas". Dentre os seus objetivos, diz o neófito político, estaria garantir a "escola sem partido", com a missão de "denunciar e coibir os casos de doutrinação partidária e ideológica".

Parece haver aí uma enorme confusão do que é ideologia. Ora, vereador Fernando Holiday, não há como combater a ideologia como conjunto de ideias, de pensamentos e de visões de mundo, que são legítimas e indissociáveis no processo de Educação, até porque é papel de professores e educadores orientar o indivíduo para suas ações sociais e também políticas, como cidadão em formação.

A "doutrinação ideológica" que o vereador do DEM parece desejar combater é aquela usada como instrumento de dominação de quem age por meio do convencimento persuasivo ou da alienação do indivíduo, que teria portanto diminuída a sua capacidade de pensar ou agir por conta própria.

Mas, veja que contradição: Esta ação de Fernando Holiday, por si só, é altamente ideológica por expressar a sua particular doutrinação partidária e política, no sentido mais restrito e mesquinho. Também é abusiva, no sentido de extrapolar as funções de um vereador no exercício do seu mandato, e até injusta, por ele se julgar imbuído do direito de estabelecer, com critérios absurdamente subjetivos e pessoais, se os profissionais do ensino que ele "fiscaliza" estão desempenhando a contento as suas obrigações.

Diz o vereador Fernando Holiday que a sua luta é contra "o discurso fascista e totalitário" da esquerda, mas não percebe - ou do contrário agiria por má-fé, o que sinceramente não nos parece ser o caso - que ao atuar no sentido radicalmente oposto, faz ele próprio um discurso fascista, totalitário e desrespeitoso com os educadores, com os colegas parlamentares e demais servidores públicos.

Não cabe a militância partidária na sala de aula, seja ela socialista ou liberal, para impingir aos alunos as suas crenças e visão de mundo. Por outro lado, é inaceitável o clima de caça às bruxas ou de mordaça que tenta se impor ao professor, inclusive ao criticar genericamente e sem razão a sua atuação em movimentos, partidos e sindicatos. Pior ainda quando esse carimbo preconceituso e intimidatório contra a "esquerda" parte de alguém que tem a sua própria origem num movimento político e a sua atuação declaradamente de "direita", o que é legítimo e democrático.

Sinceramente, não precisamos nem de escolas de títeres, nem de tiranos. À direita ou à esquerda, vereador Fernando Holiday, devemos combater os excessos. O que compete à União - e não casuísticamente aos nossos mandatários locais - é garantir a pluralidade de ideias no ambiente de ensino. Há instrumentos de controle da sociedade - todos eles amparados nos princípios democráticos e republicanos - para garantir a qualidade e o bom rumo da nossa Educação.

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Lula e Dilma ressurgem das catacumbas do PT



Assim como submergiram após a repercussão das primeiras delações da Lava Jato envolvendo políticos e os primeiros meses pós-impeachment, agora Lula e Dilma Rousseff ressurgiram juntos (ou, para ser mais preciso, cada um no seu canto, mas ao mesmo tempo e com a mesmíssima estratégia de tentar encontrar sinal de vida na terra arrasada).

Enquanto Lula estrela a propaganda partidária, Dilma Rousseff aparece em entrevista na Folha de S. Paulo desancando o governo do presidente Michel Temer e apelando para a vitimização e a nostalgia do "nunca antes na história deste país" fomos tão felizes quanto éramos com o PT... Se vai colar ou não o contra-ataque, ainda não se sabe.