sábado, 4 de fevereiro de 2017

Vejinha detona os supersalários da Câmara

Com matéria de capa, a revista Veja São Paulo detona aquilo que denomina "a farra dos super-salários na Câmara", e conta que o novo presidente Milton Leite (DEM) "tenta extinguir remunerações que extrapolam o teto municipal e chegam ao triplo do rendimento do prefeito".

Diz a reportagem: "Décadas de concessão de gratificações, abonos e adicionais variados transformaram a Câmara dos Vereadores de São Paulo em uma fábrica de holerites recheados. A farra de benefícios — ainda que previstos em lei, diga-se — faz a casa gastar mais da metade do orçamento anual, de 600 milhões de reais, com o salário de 2020 funcionários."

"Pelos corredores do Palácio Anchieta, não é incomum esbarrar em servidores que usufruem rendimentos até vinte vezes maiores que os praticados no mercado. Mais absurdo, 192 deles, ativos ou mesmo aposentados, recebem valores mensais superiores ao teto de 24 100 reais do funcionalismo municipal, estipulado com base na remuneração do prefeito. Somente para manter essa seleta comitiva, cerca de 80 milhões de reais saem todo ano dos cofres da capital. Ou seja, 10% dos empregados do Palácio Anchieta abocanham quase um quarto da folha de pagamentos."

"De tempos em tempos, surgem tentativas para acabar com a distorção. Todas inevitavelmente naufragam na burocracia ou em disputas judiciais. O assunto voltou à baila nas últimas semanas. Eleito em 1º de janeiro para o cargo de presidente do Parlamento municipal, o vereador Milton Leite (DEM) assinou na primeira semana de mandato um ato com o objetivo de limitar todos os salários ao teto. Para isso, intimou os beneficiários dos vencimentos mais altos a justificar a bolada extra até o fim deste mês. A ideia é que, após o Carnaval, ninguém receba acima do máximo permitido pela Constituição."

E por aí vai, expondo (inclusive com fotos) alguns dos funcionários públicos que recebem os maiores salários do Legislativo paulistano.

Acompanharemos a repercussão pelo Câmara Man.