segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

O julgamento sobre a moralidade e a razoabilidade dos salários serve apenas para o Legislativo? E o caso do desembargador que vetou o reajuste dos vereadores paulistanos, ganhando R$ 92 mil?

A coluna da jornalista Monica Bergamo, na Folha de S. Paulo, revelou que o desembargador que barrou o reajuste salarial dos vereadores de São Paulo – de R$ 15 mil para quase R$ 19 mil brutos – recebeu R$ 92 mil de salário em novembro. Dimas Borelli Thomaz, assim como outros desembargadores da corte, possui ganhos bem acima do teto constitucional, de R$ 33,7 mil.

O mais curioso é que, na sentença sobre a Câmara Municipal, Thomaz escreveu que o reajuste dos vereadores "mostra-se incompatível com os primados da moralidade, da proporcionalidade, da razoabilidade e da economicidade".

O salário dos desembargadores parte de R$ 30 mil. O excedente, segundo o TJ-SP, refere-se a subsídios e verbas indenizatórias. Em defesa própria, Thomaz diz que sua folha de novembro inclui uma parcela do 13º e recomposições. "Não existe ilegalidade nem imoralidade", afirma.

Curioso, sem dúvida ;-)                                            (Publicado pelo Câmara Man)