segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Qual é o Brasil que sai das urnas? E o PPS?

Esse gráfico ao lado (clique nele para ampliar) é a nova divisão partidária do Brasil após os resultados do 2º turno das eleições municipais de 2016. Faz parte de um amplo e bem realizado trabalho do Estadão sobre o Brasil que sai das urnas. Veja aqui.

Em linhas gerais, o PSDB é o maior vencedor dessas eleições. O PT, o grande perdedor. O PMDB, do presidente Michel Temer, também cresceu nas urnas. Ou seja, quem apostava que a tal "narrativa do golpe" fosse gerar algum ganho eleitoral, caiu do cavalo.

O PSDB ficou com 803 prefeituras (tinha 695 em 2012), o que representará um total de 34,4 milhões de eleitores sob administrações tucanas. Um mundão de gente! O PMDB, com quase 21 milhões de eleitores, comandará o maior número de cidades, ou 1.036 prefeituras. O PT despencou de 638 prefeitos eleitos em 2012 para 256 em 2016, uma redução de 59,87%. Trágico legado de Lula e Dilma.

Outra constatação óbvia com os resultados eleitorais de 2016: não há nenhuma dúvida que Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, é a liderança política que obteve a maior vitória pessoal e larga hoje com ampla vantagem como candidato à Presidência da República em 2018. É o nome favorito não apenas entre os tucanos mas também para uma baciada de partidos das prováveis alianças que já se esboçam nos governos paulista e paulistano, e devem se consolidar para a disputa eleitoral daqui a dois anos.

Bons resultados para o PPS: 122 prefeitos eleitos no Brasil

Das sete cidades em que disputou o segundo turno das eleições municipais de 2016, o PPS venceu cinco (só ficou atrás do PSDB e do PMDB): reelegeu os prefeitos Luciano Rezende (Vitória-ES), Juninho (Cariacica-ES) e Marcelo Rangel (Ponta Grossa-PR), e conquistou também as prefeituras de São Gonçalo (RJ), com o deputado estadual José Luiz Nanci, e de Montes Claros (MG), com a eleição do ex-deputado federal Humberto Souto.

O PPS elegeu ainda dois vice-prefeitos no 2º turno: em Niterói (RJ), o vice será o deputado estadual Comte Bittencourt, com a vitória nas urnas de Rodrigo Naves, do PV. Em Ribeirão Preto (SP), o vice será o promotor de Justiça Carlos Cezar Barbosa, com a vitória do deputado federal Duarte Nogueira, do PSDB.

O PPS também concorria no 2º turno a outras duas prefeituras no Estado de São Paulo: em São Bernardo do Campo, com o deputado federal Alex Manente, e no Guarujá, com Haifa Madi. Não venceu, mas é de São Paulo o maior número de prefeitos eleitos pelo PPS: 33, seguido por Minas Gerais (31), Paraná (22) e Rio de Janeiro (7, mas disparado com o maior número de habitantes sob as suas futuras administrações).

Que o PPS saiba aproveitar estes bons resultados no 2º turno para implantar o modelo de governança democrática que tanto pregamos para as cidades brasileiras, além de focar os congressos partidários de 2017 com sensibilidade para fazer a melhor política e as mudanças necessárias para reposicionar o partido na sociedade e pavimentar os novos caminhos rumo às eleições de 2018.

Com 1.663 vereadores e os prefeitos do PPS eleitos em Vitória, Cariacica, Ponta Grossa, Montes Claros, São Gonçalo, além dos vices em Niterói, Ribeirão Preto e daqueles já eleitos no 1º turno, com destaque para as cidades fluminenses de São Gonçalo, Campos dos Goytacazes e Magé, além da paraense Castanhal e da paranaense Guarapuava, para citar os municípios com o maior número de habitantes, temos um quadro bem representativo e diversificado para fazer diferente e bem feito.

Isso tudo além de Mariana (MG), Santos Dumont (MG), Lagoa Santa (MG), Araucária (PR), Campo Mourão (PR), Sumaré (SP), Jaboticabal (SP) e Itatiba (SP), cidades médias entre as 122 prefeituras eleitas pelo partido, com mais de 3,3 milhões de votos recebidos no total, o que resultará em mais de 4 milhões de cidadãos sob o comando direto de prefeituras geridas pelo PPS a partir de 1º de janeiro de 2017.

Parabéns a todos e, depois da merecida festa democrática, vamos seguir neste trabalho de construção! Dá-lhe 23!

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

"Você é o que lê": assista no #ProgramaDiferente



Um incentivo à leitura: este é o objetivo do #ProgramaDiferente ao celebrar o Dia Nacional do Livro, neste 29 de outubro, e apresentar o evento "Você é o que lê", projeto que percorre o país com Gregório Duvivier, Maria Ribeiro e Xico Sá num diálogo sobre livros, literatura, hábitos de leitura e o papel deste universo literário na formação de cidadãos críticos e conscientes.

Desde a 1ª edição do "Você é o que lê", realizada em Salvador, a Livraria Cultura e a Noarr Cultura e Conteúdo vem repetindo a dose em outras capitais, com debates sobre a influência da leitura desde a infância, importante para o processo de formação de novos autores e leitores, além de provocar a reflexão sobre as redes sociais e as mais diversas mídias. Esta edição, com a mediação da jornalista e apresentadora de TV Sarah Oliveira, foi uma das realizadas em São Paulo. Assista.

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Sai daí, Renan, seu "senadoreco", ou senador-réu

São até compreensíveis as bravatas de Renan Calheiros, futuro senador-réu, com a cabeça a prêmio, contra a Justiça. Afinal, depois de tantos anos cantando de galo em sucessivos governos, de Collor a Dilma, passando por FHC e Lula, o oportunista-mor da República vai enfim para a fritura.

Se (e quando) vai fazer a ponte aérea Brasília-Curitiba, seguindo os passos do parceiro Eduardo Cunha, ainda não sabemos. Mas que não resistirá na presidência do Senado (e na linha sucessória na Presidência da República) são favas contadas.

Mas, enfim, se é ruim para o Renan, é bom para o Brasil.

Sob ameaça de, finalmente, ser "justiçado" (diga-se que não se tornará réu sem motivos), Renan dispara a metralhadora verborrágica: para ele, a PF usa "métodos fascistas", o Ministro da Justiça é um "chefete de polícia" e o juiz federal que "ousou" confrontá-lo é um "juizeco de primeira instância".

Nem é preciso fazer muito exercício de futurologia para prever dias ruins para o "senadoreco" Renan Calheiros, essa mistura mal ajambrada de senador com coronel da velha política. Já vai tarde!

Vaquejada: cultura popular ou pura ignorância?

Instalou-se mais uma polêmica daquelas no estilo Fla-Flu: quem é contra e quem é a favor as vaquejadas. Não há meio termo. Modalidade esportiva? Evento cultural? Ou simplesmente uma herança bárbara de pura maldade, crueldade e desrespeito aos animais?

Segundo seus admiradores, vaquejada é uma "atividade cultural" do Nordeste brasileiro, na qual dois vaqueiros montados a cavalo têm de derrubar um boi, puxando-o pelo rabo.

O Supremo Tribunal Federal considerou inconstitucional uma lei cearense que procurava disciplinar a prática como modalidade esportiva e evento cultural, sob o argumento de que a vaquejada impõe sofrimento aos animais e, portanto, manifestações culturais não se sobrepõem ao direito de proteção ao meio ambiente, consagrado no artigo 225 da Constituição Federal.

Muito popular na segunda metade do século XX, a vaquejada passou a ser questionada por ativistas dos direitos dos animais justamente em virtude dos maus-tratos aos bois, que muitas vezes têm o rabo arrancado ou sofrem fraturas na queda.

Pois então, isso pode ser chamado de esporte? Ser contra a vaquejada é ir contra as tradições nordestinas? É o que dizem seus defensores, entre eles inúmeros políticos do norte e nordeste do país. Ora, mas até a escravatura foi uma tradição no Brasil. Vamos mantê-la?

Ah, mas atletas se machucam por acidente em qualquer esporte, dizem os defensores das vaquejadas. Mas os "atletas", neste caso, são homens e mulheres conscientes dos riscos que correm na prática de suas atividades esportivas. Não são animais irracionais sofrendo maus tratos para a diversão do público.

Outro argumento: vaquejada é o ganha-pão de muito brasileiro. Proibir a sua prática é tirar o sustento de famílias que dependem dessa atividade para sobreviver. Ok, com esse argumento podemos oficializar até o tráfico de drogas, certo?

Enfim, somos contra qualquer atividade que cause sofrimento aos animais. Simples assim. Se isso nos torna impopulares diante dos defensores desta "tradição", lamentamos. Não é por isso que vamos defender vaquejada, rinha de galo, farra do boi, tourada ou até animais em circo (que, diga-se, também já é proibido por lei no Brasil).

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Só faltava essa: Haddad tirando leite de criança

Os jornais de hoje mostram que a gestão do prefeito Fernando Haddad (PT) reduziu neste mês a quantidade de leite entregue a 900 mil alunos de escolas e creches municipais pelo programa Leve Leite.

Em vez de quatro pacotes com 1 kg cada, os pais dos estudantes receberam apenas 1 kg e uma carta em que a Prefeitura de São Paulo atribui a redução à "crise econômica".

"A medida é necessária para fazer frente às restrições orçamentárias pontuais surgidas com a queda de arrecadação fiscal, fruto da crise econômica pela qual passa nosso país", diz a carta. Procurada, a Secretaria Municipal da Educação diz que o corte é temporário e por razões orçamentárias.

É um fim-de-feira, mesmo. Por sorte nos livramos desses gestores desqualificados em São Paulo.

Além da cracolândia, agora temos a "assaltolândia"


Reveladora matéria do Jornal Nacional, da Rede Globo, mostra a existência de uma "assaltolândia" no centro de São Paulo. Incrível que a Polícia Civil, a Polícia Militar e a Guarda Metropolitana não vejam ou nada façam para impedir dezenas ou centenas de assaltos diários, como a reportagem flagrou em oito dias de "plantão" para fazer o registro.

As quadrilhas agem à luz do dia. Bandos de ladrões - alguns já conhecidos da Polícia e da Justiça, que saíram da cadeia e voltaram para o crime - fazem do viaduto Santa Ifigênia o palco principal desse espetáculo deprimente. Com olheiros nas duas pontas do viaduto, fica mais fácil para agir e alertar os comparsas se algo pode dar errado.

Para quem se chocava com a "cracolândia" na região da Estação da Luz, descobre agora que existe também essa "assaltolândia" na região próxima à rua 25 de Março, ao Mosteiro de São Bento e à vizinhança da rua Santa Ifigênia, tradicional ponto do comércio de eletroeletrônicos.

Em alguns assaltos, a vítima é perseguida por até sete (!!!) ladrões, além dos olheiros que ficam em volta. É uma ação criminosa orquestrada e surpreendente - um empurra enquanto outro rouba celular ou carteira - numa rapidez que deixa qualquer cidadão de bem sem reação.

Há imagens de cada um desses assaltantes. De muitos já se conhece inclusive o nome e a ficha criminal. Será que as autoridades podem tomar alguma providência agora que a Globo escancarou o assunto em rede nacional?






sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Com direito à palinha de Suplicy cantando Bob Dylan, o #ProgramaDiferente conhece novatos da Câmara



O #ProgramaDiferente acompanhou o ato solene de boas-vindas promovido pela Câmara Municipal de São Paulo para os 22 novos vereadores eleitos que, nesta quinta-feira, 20 de outubro, puderam conhecer todos os setores do Palácio Anchieta e receberam instruções básicas para iniciar o mandato no dia 1º de janeiro de 2017, quando tomarão posse e também já vão escolher o futuro presidente e a mesa diretora para o início da legislatura. Assista.

Foram ouvidos pela reportagem o anfitrião e atual presidente da Câmara, vereador Antônio Donato (PT), o veterano Gilberto Natalini (PV) e alguns dos mais representativos novos eleitos no dia 2 de outubro: Soninha Francine (PPS), Eduardo Suplicy (PT), Reginaldo Tripoli (PV), Adriana Ramalho (PSDB), Aline Cardoso (PSDB), Daniel Annenberg (PSDB), Fernando Holiday (DEM), Janaina Lima (NOVO) e Sâmia Bomfim (PSOL).

O curioso é que, dos que chegam agora, nem todos podem ser considerados propriamente "novatos": do campeão de votos Suplicy, que já foi inclusive presidente do Legislativo paulistano durante a gestão da prefeita Luiza Erundina, aos dois eleitos do PPS, Claudio Fonseca e Soninha, além do Dr. Milton Ferreira (PTN) e de Alessandro Guedes (PT), são cinco os nomes que já foram vereadores e retornam à Câmara.

Além destes cinco que já exerceram mandato anteriormente, temos outros seis que pegaram carona e herdaram votos dos parentes que também são políticos: Adriana Ramalho é filha do deputado estadual Ramalho da Construção (PSDB). Aline Cardoso é filha do deputado estadual Celino Cardoso (PSDB). Gilberto Nascimento Jr. é filho do deputado federal Gilberto Nascimento (PSC). Rodrigo Goulart é filho do deputado federal Antonio Goulart (PSD). Rute Costa é irmã da deputada estadual Marta Costa (PSD). E o Tripoli da vez é Reginaldo, que fez toda a campanha na cola dos irmãos Ricardo Tripoli, deputado federal do PSDB, e Roberto Tripoli, deputado estadual do PV, embora os próprios eleitores tenham votado nele pensando estar escolhendo um dos outros irmãos, como revelam os comentários nas redes sociais de ambos.

Oito vereadores podem realmente ser considerados principiantes na Câmara: André Santos (PRB) é bispo da Igreja Universal. Daniel Annenberg (PSDB) presidiu o Detran e o Poupatempo. Fernando Holiday (DEM) é estudante e um dos líderes do Movimento Brasil Livre (MBL), que organizou as primeiras manifestações pelo impeachment. Janaina Lima (NOVO) é advogada, trabalhou no governo Alckmin e atuou no Movimento Vem Pra Rua. João Jorge (PSDB) também trabalhou no governo Alckmin e é membro da Assembleia de Deus. Rinaldi Digilio (PRB) se apresenta como "líder dos Inconformados, Mensageiro de Deus, prisioneiro da Esperança e coordenador nacional da juventude da Igreja Quadrangular". Sâmia Bomfim (PSOL) é funcionária da USP, oriunda do movimento estudantil e feminista. Zé Turin (PHS) é empresário do ramo de açougues e atua na região de Paraisópolis.

#ProgramaDiferente: propaganda e marketing político



Na reta final das eleições em todo o Brasil, enquanto diversos municípios se preparam para escolher seus prefeitos em 2º turno, o #Programa Diferente trata de propaganda eleitoral e marketing político. Especialistas falam sobre as mudanças na legislação e seus efeitos nas campanhas municipais em 2016. Também relembramos jingles e comerciais inesquecíveis: do "meu nome é Enéas" ao "Lula lá", passando por Getúlio, Jânio, JK, Brizola e FHC, entre outros. Assista.

Durante o lançamento do livro "Neuropropaganda de A a Z", parceria do sociólogo Antonio Lavareda com o jornalista João Paulo Castro, ouvimos as expectativas que publicitários, jornalistas e especialistas em marketing tinham sobre as campanhas de vereadores e prefeitos. Além dos autores do livro, falaram Nelson Biondi, Chico Santa Rita, Washington Olivetto e Carlos Maranhão.

Na sequência do programa, a entrevista é com um dos maiores empresários do país, criador e presidente das redes Habib's e Ragazzo, Alberto Saraiva, que lançou o livro "25 Verbos para Construir Sua Vida" e realizou campanhas publicitárias marcantes durante as manifestações pró e contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, como a "Caiu!", a "Fome de Mudança" e até a bem-humorada invenção da coxinha de mortadela.

Durante o lançamento e aproveitando o tema do livro, ouvimos também com exclusividade quais são os verbos motivadores dos jornalistas e apresentadores de TV Amaury Jr. e Otávio Mesquita, do publicitário Washington Olivetto, do presidente da RedeTV!, Amilcare Dallevo, e do governador Geraldo Alckmin.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Especial: Renato Russo, 20 anos depois, e o legado do Rock de Brasília no #ProgramaDiferente



Em outubro de 1996 morria Renato Russo, um dos maiores ídolos da história da música brasileira. Vinte anos depois, o #ProgramaDiferente, da TVFAP.net, mostra que o líder da Legião Urbana segue vivo no cenário e no imaginário nacional. Novos trabalhos são lançados, como o livro de uma banda inventada nos cadernos de Renato Manfredini Junior, até então um adolescente anônimo entre seus 15 e 16 anos. Assista aqui o especial sobre Renato Russo e o legado do rock de Brasília.

Fãs, amigos e discípulos como Dinho Ouro Preto, líder do Capital Inicial, e Egypcio, vocalista da banda Tihuana e idealizador do projeto Urbana Legion, ambos em entrevistas exclusivas ilustradas por imagens históricas (de vídeos domésticos à participação da Legião Urbana no programa Perdidos na Noite, de Fausto Silva), além do depoimento dos ex-parceiros Marcelo Bonfá e Dado Villa Lobos, ajudam a atualizar essa memória em 2016.

Recluso no quarto entre 1975 e 1976, sofrendo de epifisiólise, doença óssea que o obrigou a usar cadeira de rodas, Renato lia muito sobre música e cinema e, a partir das suas anotações, criou uma banda imaginária: futuros astros do rock que se juntaram em Londres na década de 1970 e conviviam com músicos da vida real, como Jeff Beck e Mick Taylor, dos Rolling Stones.

O material foi lançado agora no livro "The 42nd Street Band – Romance de uma banda imaginária" (Companhia das Letras), organizado por Tarso de Melo, que também fala sobre a obra em entrevista exclusiva ao #ProgramaDiferente e num debate na Livraria Cultura, revelando semelhanças quase premonitórias entre a ficção e a história da Legião Urbana, a começar pelo nome do líder da banda imaginária (Eric Russell), inspiração para Renato Manfredini se tornar Renato Russo.

O documentário "Rock Brasília – Era de Ouro", de Vladimir Carvalho, também reverenciado neste especial, é outra obra que registra como a reunião despretensiosa de jovens filhos de funcionários públicos, professores e diplomatas da capital federal se transformou em um dos movimentos mais criativos e efervescentes da cultura brasileira, a partir de bandas como Aborto Elétrico, Plebe Rude, Capital Inicial e principalmente a Legião Urbana. Assista.

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Para refletir sobre o atual momento do Brasil

Hoje vamos fazer diferente: indicar bons textos que ajudam a refletir o atual momento político e econômico do Brasil. Leia:

#ProgramaDiferente relembra um pouco da poesia de Vinicius de Moraes, nos 103 anos do seu nascimento



Há 103 anos, no Rio de Janeiro, em 19 de outubro de 1913, nascia Vinicius de Moraes, poeta, compositor, dramaturgo, jornalista, roteirista e diplomata brasileiro. O #ProgramaDiferente, da TVFAP.net, lembra um pouco da sua poesia imortal e das parcerias inesquecíveis, que marcaram para sempre a música, a arte e a cultura brasileira. Assista.

Desde jovem, Marcus Vinicius da Cruz de Mello Moraes, depois eternizado como Vinicius de Moraes, mostrou interesse pela poesia. Aluno do colégio Santo Inácio, em Botafogo, participou ativamente das atividades artísticas escolares. Em 1922 escreveu seus primeiros versos. Em 1930, ingressou na Faculdade Nacional de Direito. Formou-se em 1933, ano em que publicou seu primeiro livro de poemas, “O Caminho Para a Distância”. Em 1936 passa a frequentar as rodas literárias e boêmias do Rio de Janeiro.

Em 1938, ganhou uma bolsa do Conselho Britânico para estudar literatura inglesa na Universidade de Oxford. Nesse mesmo ano escreve o poema “O Soneto da Separação”. Em 1939, com a Segunda Guerra Mundial, permanece um período em Portugal e no ano seguinte retorna ao Brasil.

Em 1943, Vinicius de Moraes passa no concurso do Itamaraty e ingressa na carreira diplomática, função que ocupou até 1968. Em 1946 assume seu primeiro posto diplomático, como vice-cônsul em Los Angeles, Estados Unidos. Serviu em Paris e Montevidéu, regressando ao Brasil em 1964. Em 1968 é exonerado do Itamaraty.

De volta ao Rio de Janeiro, dedicou-se à poesia, a música, a trilhas para novelas e musicais, e à intensa vida de shows no Brasil e no exterior. Fez parcerias inesquecíveis com Tom Jobim, Toquinho, João Gilberto, Edu Lobo... Entre suas músicas destacam-se Garota de Ipanema, Gente Humilde, Aquarela, Eu Sei Que Vou Te Amar, entre outros sucessos eternos.

Casou-se nove vezes e teve cinco filhos. Em 1978 passou a viver com sua última esposa, Gilda Matoso, que o acompanhou até seus últimos dias. Vale a pena também rever aqui a entrevista ao amigo, jornalista e escritor Otto Lara Resende, de 1977. Vinicius de Moraes morreu no Rio de Janeiro, de edema pulmonar, no dia 9 de julho de 1980.

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Economista Maílson da Nóbrega fala sobre a "PEC do teto" e o atual momento de transição do Brasil



O economista Maílson da Nóbrega fala com exclusividade ao #ProgramaDiferente, da TVFAP.net, sobre o atual momento político e econômico do país, principalmente sobre a discussão em torno da Proposta de Emenda à Constituição que impõe um teto aos gastos públicos, a polêmica PEC 241, mais conhecida como "PEC do teto". Assista.

Ele também falou sobre o lançamento do seu mais novo livro ("A Economia: como evoluiu e como funciona", escrito em parceria com Alessandra Ribeiro) e ainda sobre os três anos de um documentário que idealizou e realizou: "O Brasil Deu Certo. E Agora?", com depoimentos de três ex-presidentes (Sarney, Collor e FHC), sete ex-presidentes do Banco Central e 13 ex-ministros, que aborda a conquista da estabilidade política e econômica no Brasil e os desafios ao crescimento do país.

Ex-ministro da Fazenda do presidente José Sarney (aliás, o último daquele governo, entre janeiro de 1988 e março de 1990), foi autor do Plano Verão, tentativa derradeira frustrada de conter a hiperinflação crescente (415,87% em 1987; 1.037,53% em 1988; e 1.782,85% em 1989), com a criação de nova moeda (cruzado novo), desvalorização de 14% perante o dólar e o congelamento de preços e salários. Afinal, o Brasil deu certo? E agora?

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Como responder todas as notas da Folha?

O presidente do PPS paulistano, Carlos Fernandes, responde ao Painel da Folha de S. Paulo: Ao contrário do que foi publicado hoje, o PPS não indicou absolutamente nada a interlocutores de João Doria, até porque não é verdade que cobiça secretaria alguma na futura gestão.

O PPS é apoiador de primeira hora da candidatura de João Doria e está preocupado única e exclusivamente em ajudar o futuro prefeito a reconstruir a cidade com os nossos dois vereadores eleitos, resgatar a autoestima do paulistano e solucionar o caos administrativo e o abandono deixado pela gestão petista. Não estamos atrás de carguinhos, Dona Folha.

Aliás, segundo o próprio jornal, o prefeito João Doria já teria convidado a vereadora eleita Soninha Francine para ser secretária na área social da Prefeitura. Em se plantando, tudo dá... Registre-se ainda que Soninha, pelo Painel, jamais teria sido candidata a prefeita, como foi em 2008 e 2012. Porque a coluna dizia ter informações privilegiadas que o PPS não lhe daria legenda. A Folha ainda não aprendeu que o PPS não funciona dessa forma. É um ritmo tão intenso de plantação de notas que não dá nem tempo de desmentir todas ;-)

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Morre Flavio Gikovate. Reveja no #ProgramaDiferente



Aos 73 anos, morreu na noite desta quinta-feira, 13 de outubro, o médico psiquiatra, psicoterapeuta, conferencista e escritor Flavio Gikovate. Reveja a íntegra da entrevista de Gikovate e também o especial sobre a mente exibido pelo #ProgramaDiferente.

Com 50 anos de profissão, ele falou de relacionamentos humanos, redes sociais e interatividade virtual, das mudanças e novidades no comportamento dos jovens, do aumento do individualismo e da mudança de paradigmas nas relações afetivas.

Também opinou sobre o ódio, a revolta e o ressentimento demonstrados na internet por um número crescente de pessoas. Com mais de 10 mil pacientes atendidos e um milhão de leitores dos seus diversos livros publicados, anunciou o seu mais novo lançamento até então: a obra autobiográfica intitulada "Gikovate, Além do Divã".

Era uma referência clara ao programa de rádio que completava oito anos no ar ("No Divã do Gikovate", exibido todos os domingos, na CBN) e também ao fato dele nunca ter usado divã no consultório nem seguir as doutrinas tradicionais.

Nos anos 70, Gikovate chocava a sociedade (e os colegas terapeutas) por desvincular sexo de amor. As relações atuais confirmaram essa percepção e exacerbaram esta separação. Também outra definição provocativa se acentua: o "sexo frágil", para ele, continua sendo o homem, e não a mulher. Ele esclareceu a polêmica.

Formado em Psiquiatria pela USP, foi assistente clínico do Institute of Psychiatry, na London University, e pioneiro nos estudos sobre sexo, amor e vida conjugal no Brasil. Além do programa semanal de rádio, já assinou, por muitos anos, colunas na Folha de S. Paulo e na revista Cláudia. A estreia foi na Capricho. Também já teve um programa na TV Bandeirantes e chegou a participar de uma novela de Silvio de Abreu (Passione, na Rede Globo), interpretando a si mesmo.

Outro desafio inovador de Gikovate foi integrar a chamada "Democracia Corinthiana", entre 1982 e 1984, movimento liderado por um grupo de jogadores politizados, como Sócrates, Wladimir, Zenon e Casagrande, que foi um marco na história do futebol brasileiro, numa época importante da redemocratização do país e da campanha "Diretas Já".

Este foi um período do Corinthians no qual contratações, regras de concentração, consumo de bebidas alcoólicas, liberdade para expressar publicamente opiniões políticas e outros direitos individuais e coletivos eram decididos através do voto igualitário de seus membros. Ou seja, em tese, o voto do treinador ou do diretor de futebol, por exemplo, valia tanto quanto o de um jogador ou de qualquer outro funcionário da comissão técnica.

O programa “No Divã do Gikovate” era gravado semanalmente no Teatro Eva Herz, na Avenida Paulista, com a participação do público. Acompanhe aqui, com exclusividade para o #ProgramaDiferente, a gravação na íntegra de um dos programas exibidos pela Rádio CBN. Veja também cenas inéditas dos bastidores do programa, com o "aquecimento" de Gikovate e da plateia momentos antes da gravação.

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Doutores da Alegria: palhaços que mudam o mundo



Se você juntar o Dia da Criança, neste 12 de outubro, com o Dia do Médico, no próximo dia 18, vai dar uma mistura bem divertida: os Doutores da Alegria invadem o #ProgramaDiferente. A promoção da saúde através da solidariedade, do humor e da diversão. Palhaços interagindo com a medicina tradicional. Como revela o título de um famoso filme sobre o tema: o amor é contagioso.

A nossa receita de hoje é em dose homeopática: 30 minutinhos de remédio para a alma. Conhecemos duas histórias incríveis: um brasileiro de São Paulo, Wellington Nogueira, idealizador dos Doutores da Alegria; e um norte-americano de Washington, D.C., Patch Adams, criador de uma metodologia inusitada para o tratamento de pacientes hospitalizados.

Humanistas, ativistas pela paz e por um mundo diferente, ambos são referências neste trabalho público voluntário que, através da arte do palhaço, proporciona dignidade e conforto a milhares de pessoas de todas as idades. O programa desta semana adverte: Não assistir faz mal à saúde. Assista.

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Será verdade que golpistas vão tirar dinheiro da Saúde e da Educação? Qual narrativa vai prevalecer?

Supondo que a narrativa petista esteja correta, os políticos que defendem o governo de transição do presidente Michel Temer (PMDB) são, além de golpistas, uns irresponsáveis, burros e inconsequentes: estão apoiando um projeto totalmente antipopular, que pode lhes custar o próprio mandato nas eleições de 2018, por pura maldade.

Pois é isso que se traduz das manifestações que afirmam que o governo está tirando dinheiro da Saúde e da Educação. Esse é o mote que "pegou" nas redes e nas ruas. Vai ser difícil convencer do contrário boa parte do eleitorado, até porque na própria base há deputados que estão alardeando que o grande perdedor com a aprovação dessas medidas será o trabalhador mais humilde.

Que é imprescindível ter um teto de gastos para equilibrar as contas públicas, parece óbvio. O exemplo da dona-de-casa que não pode gastar todo mês acima do que recebe é bastante simbólico: quem ganha salário de R$ 1.000,00 não pode ter despesas de R$ 2.000,00. Simples assim. Se essa regra é clara para a economia doméstica, deve igualmente servir de parâmetro para a responsabilidade fiscal (e social) de qualquer governo.

Porém, o detalhe crucial é que, nessa contenção de gastos familiares, ninguém começa o corte pelo remédio ou pela escola do filho. Mas é essa a impressão que as pessoas têm quando ouvem falar do que está se discutindo no Congresso pós-Temer: os políticos mantém seus privilégios, enquanto o trabalhador paga a conta. E o pavio do barril de pólvora está aceso.

Congelamento de salário, desemprego, mudança na aposentadoria e agora corte de investimentos na saúde e na educação. Pronto. É o fim do mundo! De tudo isso, uma coisa é certa: o governo é muito ruim de comunicação. Está sempre um passo atrás da "narrativa" que mais convém à atual oposição (os antigos governistas de Lula e Dilma, ou, para ser mais didático, a corja que institucionalizou a corrupção no governo federal na última década e quebrou a economia).

Ocorre que essa aprovação açodada, na Câmara dos Deputados, do texto base da proposta de emenda à Constituição que congela os gastos federais pelos próximos 20 anos, prioridade nº 1 do governo Temer para 2016, cai no colo dos deputados que votam favoravelmente com o potencial explosivo de uma bomba.

A imprensa também revela que, para aprovar a chamada PEC do Teto, muito político cara-de-pau está exigindo cargos e outras vantagens do governo. Como a imagem dos congressistas, do presidente e dos partidos em geral já é catastrófica, está dado o caldo de cultura para o caos.

Ou o governo aprende a comunicar melhor as suas ações e intenções ao povo brasileiro, e os políticos criam vergonha na cara, ou vão todos despencar juntos num buraco tão profundo como a dívida pública - e não basta o ministro Meirelles ir à TV ou o presidente jantar com os deputados da base.

Que não seria fácil o caminho para a retomada do crescimento do Brasil, para a recuperação da credibilidade e para a retomada de investimentos, todos já sabíamos. Mas, transformar isso num labirinto de desinformação e de gente ruim de vender seu peixe, sem contar os desonestos de ambos os lados, pode piorar bastante a situação.

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Esquadrão das Drags: combate à Aids e ao preconceito



O #ProgramaDiferente acompanhou o lançamento do livro "Esquadrão das Drags - Arte, Irreverência e Prevenção em Toda Parte", das jornalistas Roseli Tardelli e Fernanda Teixeira, que já antecipa uma edição especial do programa que irá ao ar na semana que antecede o Dia Mundial contra a Aids, em 1º de dezembro.

Mais de 30 anos depois das primeiras notícias sobre a doença que aterrorizou o mundo e levou à morte diversos artistas e personalidades, falar sobre a prevenção do HIV e manter as pessoas bem informadas ainda é um assunto fundamental para preservar vidas.

Além das autoras do livro, Roseli Tardelli e Fernanda Teixeira, a reportagem ouviu Floriano Pesaro, secretário de Desenvolvimento Social do Governo do Estado de São Paulo, e o publicitário Albert Roggenbuck, que se traveste na drag queen Dindry Buck, figura principal do Esquadrão das Drags. Assista.

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

O Centro está vivo no #ProgramaDiferente



O tema do #ProgramaDiferente desta semana é "O Centro da Cidade está Vivo". Fala a partir de São Paulo, mas o exemplo vale para qualquer canto do país. O debate trata da revitalização, da recuperação e da reocupação do centro. Apresenta intervenções urbanas e iniciativas da sociedade que servem de modelo para outras metrópoles.

Participam Antonio de Souza Neto, síndico da Galeria do Rock; Candinho Neto, presidente da Associação das Bandas Carnavalescas; e Carlos Beutel, empresário e idealizador da Caminhada Noturna. Encerrando o período de eleições, com a escolha de novos prefeitos e vereadores, o assunto é bastante atual e oportuno. Assista.

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Maria Lydia entrevista Soninha Francine



Eleita vereadora de São Paulo com 40.113 votos, Soninha Francine fala com Maria Lydia, no Jornal da Gazeta, sobre a nova composição da Câmara Municipal de São Paulo e o que virá por aí na legislatura de 2017 a 2020. Assista.

Quem é esse tal de Fernando Holiday, estudante de 20 anos do MBL e o vereador mais jovem de São Paulo?



Foi surpreendente para muita gente a eleição do mais jovem vereador de São Paulo, o estudante Fernando Holiday, de apenas 20 anos, um dos líderes do MBL (Movimento Brasil Livre), que organizou as primeiras manifestações pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff. Menos para o #ProgramaDiferente, que já registrava desde março de 2015 a sua escalada política e apostava no potencial que culminou nestes 48.055 votos pelo DEM, colocando-o como o 13º mais votado para o Legislativo paulistano.

Neste ano e meio de caminhada (literalmente, inclusive na marcha pró-impeachment até Brasília), ele manifestou as suas opiniões de forma clara, sincera e coerente, sem receio de causar polêmicas, e não se calou diante do patrulhamento daquilo que se convencionou chamar de "politicamente correto". Negro, nascido da periferia e de família modesta, ele prega uma política liberal e se opõe frontalmente às práticas e aos conceitos implantados pelo PT nos últimos anos. Mas o que pensa, afinal, esse tal de Fernando Holiday? Assista.

terça-feira, 4 de outubro de 2016

O "sobe e desce" da política partidária

Se as urnas demonstram que há um esgotamento da paciência da maioria dos cidadãos brasileiros com o atual sistema político-partidário, vide o número recorde de ausências, votos brancos e nulos em todo o país, também é verdade que, enquanto houver a obrigatoriedade de filiação a partidos políticos para se concorrer às eleições, o jogo a ser jogado é dentro das 35 siglas existentes (e outras que ainda estejam por vir).

Parece ser consenso que novas mudanças na legislação partidária e eleitoral são necessárias, muito além do puxadinho chamado de reforma que ocorreu para as eleições municipais de 2016. Correção de distorções à parte e avanços que talvez os atuais mandatários não tenham vontade política de encarar, o fato é que o cenário para 2018 começa a se desenhar a partir da correlação de forças demonstradas neste 2 de outubro.

Todas as análises apontam para o PT como grande derrotado em 2016 e, pelo resultado massacrante e surpreendente em São Paulo, o epicentro político das últimas décadas, Geraldo Alckmin (PSDB) desponta como a liderança política com mais força para a sucessão presidencial. Pensando em números e tratando a política como ciência exata, seria por aí. Mas é claro que há outras variáveis incontroláveis. De todo modo, precisamos partir de um ponto concreto para fazer o mapeamento político nacional.

Pois o que se viu foi Alckmin, padrinho do "não-político" João Doria, que ganhou a Prefeitura de São Paulo no 1º turno com 53% dos votos, impor ao PT (com os 16,7% de votos para Haddad) a maior derrota da sua história. Lembrando que em 1985, quando disputou a sua primeira eleição municipal com Eduardo Suplicy como candidato a prefeito, o PT teve 19,75% dos votos, ficando atrás do vencedor Jânio Quadros, com 37,53% e Fernando Henrique, com 34,16%. Na eleição seguinte, em 1988, ganhou Luiza Erundina (que tinha sido candidata a vice em 1985), e a partir daí o PT sempre esteve na disputa polarizada pela Prefeitura, primeiro contra o malufismo: Maluf (92), Pitta (96) e Maluf (2000); depois contra os tucanos ou seus satélites: Serra (2004), Kassab (2008), Serra (2012) e João Doria (2016). Venceu três vezes, em 1988, 2000 e 2012.

Portanto, nessa balança dos dois pólos mais tradicionais da política atual, que se traduz também desde 1994 nas eleições presidenciais, é inegável que o "lado azul" desponta com amplo favoritismo contra o "lado vermelho" para 2018, sendo que Alckmin se firma como potencial candidato tucano. Dos seus concorrentes internos, José Serra perdeu espaço (a não ser que migre para o PMDB ou se contente com a eleição para o governo do Estado) e Aécio Neves segue com o controle da máquina nacional partidária mas precisa cuidar da franquia mineira (afinal, a sua derrota em Minas, na eleição presidencial de 2014, foi determinante para a vitória de Dilma).

Embora direita e esquerda sejam conceitos cada vez mais anacrônicos, na parcela mais conservadora do eleitorado, à direita do PSDB, destacam-se figuras como Bolsonaro, que não vão vencer eleição majoritária nenhuma, mas indicam um volume crescente do eleitorado mais retrógrado. Ao centro, o PMDB permanece como uma federação de caciques e coronéis locais, agora alçado à Presidência da República para uma transição ainda indefinida.

Partidos como DEM, PSC, PSD, PP, PR e PRB também seguem crescendo ou (re)conquistando municípios importantes. A liderança jovem e mais bem sucedida é ACM Neto, eleito prefeito de Salvador com 74%. Já é nome forte para ser candidato ao Governo da Bahia ou a vice-presidente da República.

À esquerda, o PSOL vai tomando eleitores desiludidos com o PT. A Rede Sustentabilidade de Marina Silva sai da eleição enfraquecida e em crise de identidade. O PT vive um dilema na sucessão da liderança de Lula (às vésperas de se tornar ficha suja na Operação Lava Jato). O próprio Fernando Haddad, apesar da derrota fragorosa, e Eduardo Suplicy, com a votação recorde para vereador, são nomes cotados para um aggiornamento petista, que tem ainda em Ciro Gomes, hoje no PDT, uma alternativa para sobreviver a 2018.

Resta a chamada esquerda democrática, fundamentalmente representada por PPS, PV e PSB, que até pode se aliar pontualmente ao PSDB, mas que trabalha para superar a polarização tradicional e definitivamente se diferencia das práticas e dos conceitos da velha esquerda que não resistiu à queda do muro de Berlim. Está aí nesses partidos, e no que aflorar da Rede, o caminho que pode reaproximar a boa política das novas demandas da sociedade. Aguardemos.

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Reveja o apoio do PPS ao prefeito João Doria



O PPS paulistano integrou a coligação de partidos que lançaram o candidato João Doria (PSDB) à Prefeitura de São Paulo. Eleito no 1º turno com mais de 53% dos votos, vale rever a reportagem exclusiva sobre o ato de apoio ocorrido no dia 1º de julho, que reuniu pré-candidatos a vereador, parlamentares e dirigentes do PPS, do PSDB, do PV, do PSB e do PHS.

A TVFAP.net conversou com o então candidato João Doria e com os presidentes das diversas instâncias do PPS: Carlos Fernandes, municipal; Davi Zaia, estadual; e Roberto Freire, nacional; além do presidente de honra do PPS paulista, Moacir Longo. Assista.

Reveja também a entrevista exclusiva do então pré-candidato João Doria ao #ProgramaDiferente.

Quem é quem na nova Câmara de São Paulo

Dos 55 vereadores eleitos para a legislatura de 2017 a 2020 na Câmara Municipal de São Paulo, 33 já exercem mandato e 22 chegam agora, ainda que nem todos possam ser considerados "novatos": do campeão de votos Eduardo Suplicy (PT), que já foi inclusive presidente do Legislativo paulistano durante a gestão da prefeita Luiza Erundina, aos dois eleitos do PPS, Claudio Fonseca e Soninha Francine, além do Dr. Milton Ferreira (PTN) e de Alessandro Guedes (PT), são cinco os nomes que já foram vereadores e retornam à Câmara.

Os 33 reeleitos são: Adilson Amadeu (PTB), Alfredinho (PT), Antonio Donato (PT), Arselino Tatto (PT), Atilio Francisco (PRB), Aurélio Nomura (PSDB), Celso Jatene (PR), Claudinho de Souza (PSDB), Conte Lopes (PP), David Soares (DEM), Edir Sales (PSD), Eduardo Tuma (PSDB), Eliseu Gabriel (PSB), George Hato (PMDB), Gilberto Natalini (PV), Gilson Barreto (PSDB), Jair Tatto (PT), Juliana Cardoso (PT), Mario Covas Neto (PSDB), Milton Leite (DEM), Noemi Nonato (PR), Ota (PSB), Patricia Bezerra (PSDB), Paulo Frange (PTB), Police Neto (PSD), Reis (PT), Ricardo Nunes (PMDB), Ricardo Teixeira (PROS), Sandra Tadeu (DEM), Senival Moura (PT), Souza Santos (PRB), Toninho Paiva (PR) e Toninho Vespoli (PSOL).

As 22 caras novas, que representam uma renovação de 40% da Câmara, são: Adriana Ramalho (PSDB), Alessandro Guedes (PT), Aline Cardoso (PSDB), André Santos (PRB), Camilo Cristófaro (PSB), Claudio Fonseca (PPS), Daniel Annenberg (PSDB), Dr. Milton Ferreira (PTN), Eduardo Suplicy (PT), Fabio Riva (PSDB), Fernando Holiday (DEM), Gilberto Nascimento Jr (PSC), Isac Felix (PR), Janaina Lima (NOVO), João Jorge (PSDB), Rinaldi Digilio (PRB), Rodrigo Goulart (PSD), Rute Costa (PSD), Sâmia Bomfim (PSOL), Soninha (PPS), Tripoli (PV) e Zé Turin (PHS).

Curioso que, destes, além dos cinco citados que já exerceram mandato anteriormente, temos outros seis que pegaram carona e herdam votos dos parentes que também são políticos: Adriana Ramalho é filha do deputado estadual Ramalho da Construção (PSDB). Aline Cardoso é filha do deputado estadual Celino Cardoso (PSDB). Gilberto Nascimento Jr. é filho do deputado federal Gilberto Nascimento (PSC). Rodrigo Goulart é filho do deputado federal Antonio Goulart (PSD). Rute Costa é irmã da deputada estadual Marta Costa (PSD). E o Tripoli da vez é Reginaldo, que fez toda a campanha na cola dos irmãos Ricardo Tripoli, deputado federal do PSDB, e Roberto Tripoli, deputado estadual do PV, embora os próprios eleitores tenham votado nele pensando estar escolhendo um dos outros irmãos, como revelam os comentários nas redes sociais de ambos.

Essa espécie de franquia eleitoral de políticos em diversas instâncias que propagam o sobrenome famoso já funciona há sucessivas eleições: as famílias Tatto, Hato, Leite, Covas, Bezerra, Tadeu e Ota, assim como os próprios Tripoli, são a fonte de inspiração para essa expansão bem-sucedida dos Ramalho, Cardoso, Nascimento, Goulart e Costa.

Além dos cinco que regressam e dos seis parentes, outra linhagem entre os novos eleitos é o de ex-assessores que alçam vôo próprio: é o caso de Isac Felix, funcionário de confiança do ex-vereador, ex-ministro e suplente de senador Antonio Carlos Rodrigues (PR); Fabio Riva (PSDB), militante tucano e funcionário do deputado estadual Marcos Zerbini (PSDB); ou de Camilo Cristófaro (PSB), ex-chefe de gabinete de dois presidentes da própria Câmara: de Antonio Carlos Rodrigues e também de José Américo (PT), que fez toda a campanha batendo nas multas de Haddad.

Sobram, enfim, oito nomes que podem realmente ser considerados principiantes na Câmara: André Santos (PRB) é bispo da Igreja Universal. Daniel Annenberg (PSDB) presidiu o Detran e o Poupatempo. Fernando Holiday (DEM) é estudante e um dos líderes do Movimento Brasil Livre, que organizou as primeiras manifestações pelo impeachment.  Janaina Lima (NOVO) é advogada, trabalhou no governo Alckmin e atuou no Movimento Vem Pra Rua. João Jorge (PSDB) também trabalhou no governo Alckmin e é membro da Assembleia de Deus. Rinaldi Digilio (PRB) se apresenta como "líder dos Inconformados, Mensageiro de Deus, prisioneiro da Esperança e coordenador nacional da juventude da Igreja Quadrangular". Sâmia Bomfim (PSOL) é funcionária da USP, oriunda do movimento estudantil e feminista. Zé Turin (PHS) é empresário do ramo de açougues e atua na região de Paraisópolis.

Os 22 vereadores que não se reelegeram são: Abou Anni (PV), Adolfo Quintas (PSD), Anibal de Freitas (PV), Ari Friedenbach (PHS), Calvo (PDT), Dalton Silvano (DEM), Jamil Murad (PCdoB), Jean Madeira (PRB), Jonas Camisa Nova (DEM), Nabil Bonduki (PT), Nelo Rodolfo (PMDB), Paulo Fiorilo (PT), Pastor Edemilson Chaves (PTB), Quito Formiga (PSDB), Salomão Pereira (PSDB), Wadih Mutran (PDT) e Vavá (PT), sendo que alguns podem retornar como suplentes; além de Andrea Matarazzo (PSD), Antonio Carlos Rodrigues (PR), Aurélio Miguel (PR), Laercio Benko (PHS) e Ricardo Young (Rede), que nem disputaram a reeleição.

O PCdoB, a Rede Sustentabilidade e o PDT deixam de ser representados na Câmara. Também não se elegeram personalidades como Netinho de Paula, ex-vereador que teve o mandato cassado por infidelidade partidária ao trocar o PCdoB pelo PDT; Marcelinho Carioca (PRB); Marquito (PTB); Coronel Edson Ferrarini (PTB); Edson Aparecido (PSDB); Thammy Gretchen (PP); Simão Pedro (PT); Kamia (PTB); Cabrabom (PTB); entre outros.

domingo, 2 de outubro de 2016

PPS paulistano elege Soninha e Claudio Fonseca

Meta alcançada: estão de volta à Câmara Municipal de São Paulo, eleitos vereadores pelo PPS, Soninha Francine e Claudio Fonseca.

Além disso, como sentíamos na véspera (e postamos nas redes sociais), o "voto útil" acentuou a polarização tradicional e saiu vencedor o anti-petismo com mais de 53% dos votos: João Doria foi eleito prefeito no 1º turno.

Um rápido balanço positivo: foram eleitas 11 mulheres, o que é um recorde absoluto, ou 20% das cadeiras. Também dá uma boa mexida no Legislativo paulistano a eleição da primeira representante do Partido Novo, Janaina Lima, de uma feminista do PSOL, Sâmia Bonfim, e de um dos líderes do Movimento Brasil Livre, Fernando Holiday (DEM).

Ficam de fora nomes tradicionais, como Paulo Fiorilo (PT), Dalton Silvano (DEM), Abou Anni (PV), Nabil Bonduki (PT), Rubens Calvo (PDT), Wadih Mutran (PDT), Edson Aparecido (PSDB), Nelo Rodolfo (PMDB), Netinho de Paula (PDT), Marcelinho Carioca (PRB), Marquito (PTB), entre outros.

O eleitor de São Paulo, democraticamente, fez valer a sua vontade. Vamos analisar com mais calma o resultado dessas eleições durante a semana.

Chegou a hora de eleger Soninha 23023 e Claudio Fonseca 23000 para a Câmara de São Paulo

O PPS paulistano tem um time completo de candidatos e candidatas nas eleições de 2016, mas pelo menos dois nomes já foram testados e aprovados na função de vereador: Soninha Francine (23023) e Claudio Fonseca (23000). Precisamos fazê-los retornar à Câmara Municipal de São Paulo, para o bem da cidade.

A jornalista Soninha Francine foi vereadora de 2005 a 2008. Depois, foi lançada duas vezes candidata à Prefeitura de São Paulo pelo PPS, nas eleições de 2008 e 2012.

A marca da Soninha é a #VidaDeVerdade

Com as suas campanhas, pautou pela primeira vez assuntos que hoje se tornaram rotineiros, como mobilidade urbana, ciclovias, a aproximação entre moradia e local de trabalho, a transparência e a "tradução" daquilo que acontece na Prefeitura e na Câmara.

Entre as suas propostas, estão a atenção do poder público aos moradores de rua, o cuidado com os animais, políticas públicas para mulheres, juventude e LGTB, cultura, esporte, sustentabilidade. Vote 23023.

O professor Claudio Fonseca foi vereador por dois mandatos: de 2001 a 2004 e de 2009 a 2012.

A sua marca é #EducaçãoSempre.

Presidente do Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (SINPEEM), ampliou ainda mais sua atuação com a defesa e a luta por valorização, melhores condições de trabalho e direitos funcionais para os profissionais de educação, aliando este seu trabalho à defesa da escola pública gratuita, para todos, nos diversos níveis e modalidades de ensino.

Ele defende a educação como ação estratégica para o desenvolvimento humano, social, econômico, técnico e científico. Vote 23000.

sábado, 1 de outubro de 2016