quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Por debates mais amplos, inclusivos e representativos

Já tratamos deste assunto aqui, mas agora que começou oficialmente a campanha eleitoral e acontece o primeiro debate entre os candidatos à Prefeitura na Band, na próxima segunda-feira, 22 de agosto, é importante reforçar a nossa posição: defendemos debates mais amplos, democráticos, inclusivos e representativos.

É até compreensível que se queira dar um mínimo de qualidade aos debates ao se estabelecer uma quantidade razoável de participantes, porém é inaceitável que se use uma regra burocrática para simplesmente calar a voz de segmentos representativos do eleitorado e da população. É isso que ocorre quando estão excluídos, por exemplo, Luiza Erundina (PSOL) e Ricardo Young (Rede Sustentabilidade).

Por considerarmos que a diversidade, a pluralidade e o embate de ideias são essenciais para a democracia, e que os eleitores têm o direito de conhecer e saber o que pensam todos os candidatos a prefeito nas próximas eleições, subscrevemos o artigo publicado na Folha de hoje por Ricardo Young, vereador eleito pelo PPS e atual candidato a prefeito pela Rede.

Um critério muito simples seria incluir nos debates, além dos candidatos com direito garantido pela nova legislação (de partidos ou coligações que somam mais de nove deputados federais), também aqueles que têm representação no Senado Federal e na própria Câmara Municipal de São Paulo, o que, independente do tamanho da bancada de deputados federais, demonstra a representatividade destes partidos.

Com isso estariam nos debates sete candidatos (em vez de cinco, como será agora): Celso Russomanno (PRB), Marta Suplicy (PMDB), Fernando Haddad (PT), João Doria (PSDB), Major Olímpio (Solidariedade) e também os até então excluídos Luiza Erundina (PSOL) e Ricardo Young (Rede).

A democracia dá trabalho, mas o resultado compensa. Simples assim.