quarta-feira, 31 de agosto de 2016

O PT tinha razão: parte do PMDB é mesmo golpista e alguns senadores rasgaram a Constituição Federal

Num "morde e assopra" surreal e surpreendente depois da histórica aprovação do impeachment, um ato político-jurídico absolutamente democrático e constitucional, parte do Senado resolveu enriquecer a "narrativa do golpe", esperança derradeira para a sobrevida petista nos próximos anos, aprovando uma espécie de anistia à condenada Dilma Rousseff após ela ser defenestrada da Presidência da República.

Capitaneados pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, com respaldo do ministro do STF Ricardo Lewandowski, dos 20 fiéis escudeiros pró-Dilma e de outros 16 senadores vira-casaca que optaram inexplicavelmente por rasgar de fato a Carta Magna do país, um total de 36 senadores votou para desmembrar o julgamento do impeachment em duas apreciações distintas, o que permitiu a aprovação do afastamento definitivo da presidente por 61 votos a 20, mas poupou-a da punição prevista constitucionalmente, por não ser atingido o quórum mínimo de 54 votos para cassar seus direitos políticos por 8 anos.

Quer dizer, deram uma no cravo e outra na ferradura. Não faz o mínimo sentido votar SIM pelo impeachment, apontando o crime de responsabilidade de Dilma, e NÃO pela punição prevista na Constituição para esse tipo de crime. Caíram direitinho no jogo do PT e do próprio grupo de Renan Calheiros, que sinalizou para o presidente Michel Temer que, para garantir maioria no Senado, terá que comer na sua mão. Típico do sujeito que é governo desde a época do Collor, passando por Itamar Franco, FHC duas vezes, Lula duas vezes e Dilma duas vezes.

Veja quem são os 16 senadores que aprovaram destituir Dilma da Presidência, mas rejeitaram inabilitá-la a exercer cargos públicos:

Acir Gurgacz (PDT-RO)
Antonio Carlos Valadares (PSB-SE)
Cidinho Santos (PR-MT)
Cristovam Buarque (PPS-DF)
Edison Lobão (PMDB-MA)
Eduardo Braga (PMDB-AM)
Hélio José (PMDB-DF)
Jader Barbalho (PMDB-PA)
João Alberto Souza (PMDB-MA)
Raimundo Lira (PMDB-PB)
Renan Calheiros (PMDB-AL)
Roberto Rocha (PSB-MA)
Rose de Freitas (PMDB-ES)
Telmário Mota (PDT-RR)
Vicentinho Alves (PR-TO)
Wellington Fagundes (PR-MT)

Três senadores que votaram "sim" pelo afastamento definitivo se abstiveram na segunda votação. São eles:

Eunício Oliveira (PMDB-CE)
Maria do Carmo Alves (DEM-SE)
Valdir Raupp (PMDB-RO)

Lamentamos ainda que o senador Cristovam Buarque (PPS/DF), sempre coerente, sensato e certamente por motivos distintos dos chantagistas do PMDB, tenha também caído nessa conversinha-mole dos protetores de Dilma Rousseff. Ao votar SIM pelo impeachment e NÃO pela sua punição constitucional, ele conseguiu a proeza de desagradar ambos os lados, ou 100% do eleitorado.

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Alberto Saraiva, o homem que uniu coxinhas e mortadelas durante as manifestações pelo impeachment, está no #ProgramaDiferente



Um dos maiores empresários do país, criador e presidente das redes Habib's e Ragazzo, Alberto Saraiva lança o livro "25 Verbos para Construir Sua Vida" e concede entrevista exclusiva ao #ProgramaDiferente, aonde fala de campanhas publicitárias marcantes durante as manifestações pró e contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, como a "Caiu!", a "Fome de Mudança" e até a invenção da coxinha de mortadela.

Além de opinar sobre a crise política e econômica, o empresário conta ainda como herdou uma pequena padaria do pai, que havia sido assassinado, e começou a construir em 1988 aquela que hoje é a maior cadeia de fast-food árabe do mundo, com 430 lojas e 22 mil funcionários.

Durante o lançamento e aproveitando o tema do livro, o #ProgramaDiferente também ouviu os jornalistas e apresentadores de TV Amaury Jr. e Otávio Mesquita, o publicitário Washington Olivetto, o presidente da RedeTV!, Amilcare Dallevo, e o governador Geraldo Alckmin sobre os verbos de cada um para construir e mudar uma vida. Assista.

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Manifesto pró-Dilma e contra o impeachment soma 41 apoiadores; um a mais que os ladrões de Ali Babá

É exatamente o discurso do "golpe", em pleno Senado, num processo amparado pela Constituição e avalizado pelo Supremo Tribunal Federal, o que mais se aproxima de um golpe em si, propriamente dito. Ora, afinal, que "golpe" é este que o PT e Dilma acusam, se todo o rito está legitimado pela lei magna do país e por todas as instituições democráticas brasileiras?

O que o PT e seus apoiadores tentam, está claro, é vitimizar Dilma para um sonhado (por eles) retorno eleitoral de Lula em 2018, construindo a narrativa que mais lhes convém. Tanto faz a estes manipuladores dos fatos, para escrever a sua própria História, se as palavras do discurso de Dilma são vazias e inverossímeis. Interessa apenas a versão que eles querem eternizar. Para tanto, golpeiam a verdade e o bom senso.

Daí a insistência de políticos petistas e aliados, jornalistas "independentes", artistas, intelectuais e juristas no mantra do golpe.“Os senadores que defendem o impeachment ficarão marcados na história por protagonizar o ataque mais cruel à nossa democracia desde o golpe militar”, afirma manifesto que tem apoio de Caetano Veloso e Chico Buarque, entre outros cidadãos equivocados politicamente.

“Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.” (Lucas 23, 34)

Veja a íntegra do texto e as assinaturas:

“Artistas e Intelectuais brasileiros pedem que senadores respeitem o resultado das eleições de 2014

O Brasil vive um dos momentos mais dramáticos de sua história, com a proximidade da votação final sobre o impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

O mundo assiste com preocupação a essa ameaça à democracia, como no caso de nossos colegas do Reino Unido, Estados Unidos, Canadá e Índia, que publicaram uma declaração alertando que o impeachment representaria “um ataque as instituições democráticas”, que levaria ao retrocesso econômico e social.

Os senadores que defendem o impeachment ficarão marcados na história por protagonizar o ataque mais cruel à nossa democracia desde o golpe militar de 1964. A história cobrará explicações, já que não existe base legal para justificar o impeachment.

De acordo com o Ministério Público Federal, a presidenta Dilma Rousseff não cometeu crime. Por isso, seu afastamento é claramente uma manobra política para tomada de poder sem a aprovação das urnas.

Esse ataque aos processos democráticos representa uma ameaça aos direitos humanos e levará o Brasil a uma situação de maior instabilidade política e desigualdade social e econômica.

O ator Wagner Moura afirmou: “Estamos profundamente agradecidos por essas importantes palavras de apoio de nossos colegas na Grã-Bretanha, Estados Unidos, Canada e Índia. Os políticos corruptos que lideram a articulação para depor Dilma têm de saber que há um holofote internacional iluminando suas ações. Se eles derem continuidade ao seu plano, serão lembrados pela história como os responsáveis pelo mais sinistro ataque à democracia desde o Golpe de 1964″.


1. Adair Rocha, professor
2. Aderbal Freire Filho, diretor teatral
3, Alice Ruiz, poeta
4. André Lázaro, professor
5. Augusto Sampaio, professor
6. Bete Mendes, atriz
7. Biel Rocha, militante de direitos humanos
8. Caetano Veloso, compositor e cantor
9. Camila Pitanga, atriz
10. Carla Marins, atriz
11. Cecília Boal, psicanalista
12. Cesar Kuzma, teólogo e professor
13. Célia Costa, historiadora e documentarista
14. Charles Fricks, ator
15. Chico Buarque, compositor e cantor
16. Clarisse Sette Troisgros, produtora
17. Cristina Pereira, atriz
18. Dira Paes, atriz
19. Dulce Pandolfi, cientista política
20. Eleny Guimarães-Teixeira, médica
21. Generosa de Oliveira Silva, socióloga
22. Gilberto Miranda, ator
23. Gaudêncio Frigotto – escritor e professor
24. Isaac Bernat, ator
25. José Sérgio Leite Lopes, antropólogo
26 Julia Barreto, produtora Julia Barreto
27. Jurandir Freire Costa, psicanalista e professor
28. Leonardo Vieira, ator
29. Leticia Sabatella, cantora e compositora
30. Luis Carlos Barreto, cineasta e produtor
31. Luiz Fernando Lobo, diretor artístico
32. Marco Luchesi, poeta e professor
33. Maria Luisa Mendonça, professora e jornalista
34. Marieta Severo, atriz
35. Paulo Betti, ator
36. Ricardo Rezende Figueira, padre e professor
37. Roberto Amaral, escritor
38. Sílvia Buarque, atriz
39. Tuca Moraes, atriz e produtora
40. Virginia Dirami Berriel, jornalista
41. Xico Teixeira, jornalista

Personalidades pró e contra o impeachment debatem o futuro do país e o pós-PT no #ProgramaDiferente



Na reta final do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o #ProgramaDiferente relembra que acompanhou, desde o início, em 2015, todas as manifestações pelo #ForaDilma e os atos de apoio às investigações da Operação Lava Jato. Mas também não deixou de dar voz aos protestos #ForaTemer. Foram inúmeras entrevistas, matérias, debates, eventos e programas especiais sobre o assunto, como o desta semana. Assista.

Ouvimos personalidades tanto em defesa do impeachment quanto apoiadores da presidente Dilma, sem distinção: Pedro SimonMiguel Reale Jr.Geraldo AlckminAécio NevesRoberto FreireRonaldo CaiadoRui FalcãoPaulo FioriloJamil MuradGilberto NataliniAlexandre Padilha, José MentorLuis Nassif, Carina VitralGuilherme BoulosRogerio ChequerKim KataguiriFernando HolidayLeonardo Sakamoto, Franklin MartinsRaul Jungmann, Alberto Aggio, Luiz Carlos Azedo, Juarez AmorimBrasilio Sallum, Luiz Sérgio Henriques, Marco Antonio VillaRegina Duarte, entre outros.

Nessa linha do tempo desde as primeiras manifestações de rua, quando ninguém levava muito a sério a possibilidade de afastamento da presidente Dilma, passando pelo agravamento da crise que deu corpo a este processo político e jurídico, chegamos finalmente à reta final da votação do impeachment pelo Senado de forma legítima e democrática.

Na segunda parte do programa, você assiste trechos de uma entrevista exclusiva seguida de palestra inédita com o jornalista Reinaldo Azevedo, odiado por dez entre dez petistas. Ele fala sobre política, o futuro do país e principalmente sobre os "petralhas" - termo que ele se gaba de ter criado da junção de petistas com metralhas, numa alusão aos irmãos bandidos das histórias em quadrinhos do Tio Patinhas.

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Geraldo Alckmin diz o que espera do "pós-PT"



O governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), fala com exclusividade ao #ProgramaDiferente sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, a crise política e econômica do país, e revela também o que espera do período "pós-PT" para o Brasil. Assista.

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Publicitários, jornalistas e especialistas em marketing político falam ao #ProgramaDiferente sobre o momento do país, o impeachment e a reforma eleitoral



Durante o lançamento do livro "Neuropropaganda de A a Z" (Editora Record), parceria do sociólogo Antonio Lavareda com o jornalista João Paulo Castro, o #ProgramaDiferente ouviu publicitários, jornalistas e especialistas em marketing político sobre o momento do Brasil, o impeachment da presidente Dilma Rousseff e as recentes mudanças na legislação eleitoral, que já estão influenciando profundamente as campanhas que se iniciaram oficialmente nesta semana para as eleições municipais de 2 de outubro.

Além dos autores, que falam sobre o livro e explicam a relação da neurociência com a propaganda, foram entrevistados o historiador, escritor e comentarista político Marco Antonio Villa, o ex-senador Jorge Bornhausen, o jornalista Carlos Maranhão e os publicitários Nelson Biondi, Chico Santa Rita e Washington Olivetto. Também presente, Nizan Guanaes preferiu não comentar a situação do país. Assista.

O princípio do fim: o impeachment da presidente Dilma Rousseff e a piada do golpe na Casa de Portugal



Como diria o impagável jornalista José Simão sobre o "país da piada pronta": a presidente afastada Dilma Rousseff escolheu justamente a Casa de Portugal para seu último ato em São Paulo contra o suposto golpe, em que faz malabarismos com a língua pátria para construir uma narrativa conveniente para o impeachment que começa a ser julgado definitivamente nesta quinta-feira, 25 de agosto. Assista.

E o que é uma piada, afinal, senão um conto curto e humorístico, utilizando situações críticas para levar ao riso? Pois o "golpe" acabou virando piada para todos: para quem defende a posse definitiva de Michel Temer, para quem defende a volta de Dilma e até para quem prega a saída de ambos e deseja novas eleições presidenciais antes de 2018.

O "Ato contra o Golpe, em Defesa da Democracia e dos Direitos Sociais" aconteceu na Casa de Portugal, no bairro da Liberdade, região central de São Paulo, e teve como principal bandeira a oposição à suposta retirada de direitos sociais pelo governo interino do presidente Michel Temer.

A ausência mais notada foi de Lula, mas o ato pró-Dilma contou com a presença de Fernando Haddad, prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, e Rui Falcão, presidente nacional do PT. Na falta de artistas e personalidades, o mais tietado foi o ex-senador e agora candidato a vereador em São Paulo Eduardo Suplicy. Travestido do tradicional personagem, ele se emocionou e disse acreditar ainda que a presença de Dilma no Senado possa reverter os necessários 28 votos para impedir o impeachment.

A presidente afastada Dilma Rousseff comparou-se aos ex-presidentes João Goulart, deposto pelos militares no golpe de 1964, e Getúlio Vargas, que se suicidou, em 1954, pressionado para renunciar ao cargo. "Não renunciei porque hoje temos espaço democrático. Eles não me obrigaram a me suicidar, como obrigaram o Getúlio, e não fui obrigada a pegar um avião e ir para o Uruguai, como fizeram com o Jango", afirmou a petista, para quem "a luta pela democracia não tem data para terminar".

A dois dias do início do julgamento final do impeachment pelos 81 senadores, rito que deve se estender por pelo menos uma semana, Dilma ainda encontrou tempo e motivação para reclamar que ela e Lula foram "esquecidos" pelos organizadores dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, encerrados no último domingo (21):

"Eu tenho certeza de que a coisa que o presidente Lula mais se orgulha é do fato de o país ter passado de 23 para 13 [no ranking geral, conforme o número de medalhas]. Esse é o ganho do nosso povo. Eu fiquei muito orgulhosa. E do que eu tenho mais orgulho é que isso beneficiou atletas. Não tenho nada contra atleta loiro, de olhos azuis e de cabelo lindo, mas beneficiou os nossos atletas negros, mulheres, LGBT. Eu olhei para os atletas e falei: é a nossa cara. É a cara do Brasil."

"Nem eu nem o Lula [fomos lembrados]. A gente foi devidamente esquecido. Por quem? Vocês sabem por quem. Não posso deixar passar essa oportunidade. Acabou no domingo e eu posso chegar hoje e falar. Sempre me perguntaram: Qual é a sua reação? A minha reação é aquela que qualquer um aqui entenderá. Você pega e organiza a festa, né? Arruma a casa. Contrata a melhoria das instalações da casa. Arruma os móveis e, no dia da festa, te proíbem de entrar na casa."

As duas caras de Haddad

O prefeito Fernando Haddad, candidato à reeleição em São Paulo, anda um pouco titubeante com relação ao suposto golpe contra a presidente afastada Dilma Rousseff. Ele resolveu adaptar o discurso e a sua própria opinião ao gosto do freguês: entre petistas, Haddad declara com firmeza calculada que o impeachment é golpe. Já como candidato, tentando se descolar da rejeição ao PT, ele ora afirma que golpe é uma "palavra um pouco dura", ora finge que o assunto não é com ele, como fez no debate da Band entre os prefeituráveis e foi bastante criticado internamente no partido.

No "Ato Contra o Golpe" realizado em São Paulo nesta terça-feira, 23 de agosto, a dois dias do início do julgamento final do impeachment no Senado, para um público de militantes do PT e de movimentos sociais pró-Dilma, Haddad voltou a repetir que a presidente afastada é vítima de um golpe institucional, na versão 1.3 do seu discurso. Sentou-se ao lado de Dilma no ato e foi ovacionado pelo público presente.

O prefeito diz que considera este um "momento negro da história". Para Haddad, o impeachment está sendo "forjado" por um crime de responsabilidade que "nunca foi cometido". Ele afirma: "A presidenta Dilma, que já foi vítima de um golpe nos anos 60, é vítima de agora de uma outra modalidade de golpe, um golpe institucional contra a Constituição."

Enfático, Haddad acusou ainda o governo Temer de abrir uma "agenda de intolerância contra mulheres, comunidade LGBT e negros". O prefeito criticou a proposta de fixar um teto para os gastos públicos conforme a inflação do ano anterior. "Como vamos dizer aos brasileiros que esqueçam seus direitos por 20 anos? Os nossos direitos estão sendo ceifados por uma confusão que se estabeleceu, e ninguém diz as consequências do que está sendo aprovado no Congresso Nacional."

E, aclamado pelos manifestantes, concluiu: "Presidenta, estamos aqui para defender uma causa que remonta muito distante à história do Brasil. É uma história marcada pela violência, desde o tempo colonial, desde tempo da República Velha, depois passado pelo golpe contra o Getúlio, o golpe militar; estamos vivendo um momento negro da nossa história e que só pode ser impedido se esse impeachment não passar."

Marta, José Anibal e Aloysio: "senadores golpistas"

No mesmo evento, Raimundo Bonfim, coordenador da Central de Movimentos Populares, acusou de golpistas os senadores tucanos José Anibal e Aloysio Nunes, além da ex-petista Marta Suplicy, vaiada e duramente criticada pelos ex-companheiros de partido, com a concordância expressa da presidente Dilma.

O evento, que começou com mais de uma hora de atraso à espera de público que preenchesse todas as cadeiras disponíveis no salão da Casa de Portugal, no bairro da Liberdade, local escolhido para o último ato da presidente Dilma em São Paulo antes do impeachment, terminou com uma versão do funk "Baile de Favela" adaptada para a narrativa do #ForaTemer.

Veja a letra da paródia pró-Dilma:

"Governistas e coxinhas, eu já vi essa novela
A treta é maior do que a Globo põe na tela
Eles querem a Petrobrás, nós vamos defender ela
A casa grande pira quando chega a favela.

Vem pra luta,
Larga essa panela,
O pré-sal é nosso,
Que se exploda o José Serra,


Quer desafiar,
Não tão entendendo
O povo não tem medo
E a casa grande tá tremendo."

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

As duas caras de Haddad: é golpe ou não é?



O prefeito Fernando Haddad, candidato à reeleição em São Paulo, anda um pouco titubeante com relação ao suposto golpe contra a presidente afastada Dilma Rousseff. Ele resolveu adaptar o discurso e a sua própria opinião ao gosto do freguês: entre petistas, Haddad declara com firmeza calculada que o impeachment é golpe. Já como candidato, tentando se descolar da rejeição ao PT, ele ora afirma que golpe é uma "palavra um pouco dura", ora finge que o assunto não é com ele, como fez no debate da Band entre os prefeituráveis e foi bastante criticado internamente no partido.

No "Ato Contra o Golpe" realizado em São Paulo nesta terça-feira, 23 de agosto, a dois dias do início do julgamento final do impeachment no Senado, para um público de militantes do PT e de movimentos sociais pró-Dilma, Haddad voltou a repetir que a presidente afastada é vítima de um golpe institucional, na versão 1.3 do seu discurso. Sentou-se ao lado de Dilma no ato e foi ovacionado pelo público presente.

No mesmo evento, Raimundo Bonfim, coordenador da Central de Movimentos Populares, acusou de golpistas os senadores tucanos José Anibal e Aloysio Nunes, além da ex-petista Marta Suplicy, vaiada e duramente criticada pelos ex-companheiros de partido, com a concordância expressa da presidente Dilma.

O evento, que começou com mais de uma hora de atraso à espera de público que preenchesse todas as cadeiras disponíveis no salão da Casa de Portugal, no bairro da Liberdade, local escolhido para o último ato da presidente Dilma em São Paulo antes do impeachment, terminou com uma versão do funk "Baile de Favela" adaptada para a narrativa do #ForaTemer. Assista.

Veja a letra da paródia pró-Dilma:

"Governistas e coxinhas, eu já vi essa novela
A treta é maior do que a Globo põe na tela
Eles querem a Petrobrás, nós vamos defender ela
A casa grande pira quando chega a favela.

Vem pra luta,
Larga essa panela,
O pré-sal é nosso,
Que se exploda o José Serra,


Quer desafiar,
Não tão entendendo
O povo não tem medo
E a casa grande tá tremendo."

terça-feira, 23 de agosto de 2016

O próximo debate poderia até ser pelo twitter... ;-)

Uma certeza sobre o primeiro debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo: o maior derrotado foi o eleitor. Fala sério, ninguém aguenta mais esse modelo de debate político que não permite escolher o candidato mais preparado para ser prefeito, mas apenas o melhor (ou mais canastrão) ator.

O próximo debate poderia até ser pelo twitter. Tanto faz. Ao menos seria mais prático, barato e moderno, evitando que candidatos e suas respectivas comitivas passassem frio, perdessem tempo no trânsito e ficassem acordados à toa. O resultado seria idêntico, talvez até melhor.

O que se vê nos debates, afinal? Mensagens telegráficas, como se dizia antigamente, adaptando melhor o velho sentido da comparação hoje com o twitter, mesmo, ou instagram, facebook e snapchat. Tempo restrito, espaço limitado, repetições de frases de efeito, decoreba sobre promessas irrealizáveis, crítica ensaiada ao que o outro fez ou deixou de fazer, frases treinadas em horas de media training e poses dignas da espontaneidade de uma selfie no espelho com biquinho (no caso, forçado pelo botox).

O debate é revelador menos pelo que se diz do que pelo não se diz, pelos silêncios, tropeços, gaguejadas e dessa vez até pelas ausências. Muita gente não sabe, mas as assessorias de partidos e candidatos passam meses indo a reuniões nas emissoras para engessar o máximo possível as regras destes encontros, evitando surpresas, improvisos e confrontos fora do script.

Nada da câmera flagrar expressões fora do combinado, nenhum movimento que tire o debate da mesmice. Agora, amparados pela lei, conseguiram calar até candidaturas expressivas como a da ex-prefeita Luiza Erundina (PSOL) e a do vereador Ricardo Young (Rede Sustentabilidade), que fizeram cada um seu "debate do debate"Erundina com o vice Ivan Valente em um canto, e em outro Young com Marina Silva e a vice Carlota Mingolla.

Melhor seria se ambos tivessem feito um único debate alternativo, com a cobertura conjunta da mídia independente e amplamente difundido nas redes sociais. Ampliaria a audiência, agregaria "valor" democrático à ação partidária de cada um e haveria realmente um contraponto qualitativo à cartilha decadente dos debates oficiais.

Pois o #ProgramaDiferente, que já havia sondado informalmente os candidatos com essa proposta, agora faz um convite formal: mediar um encontro entre Ricardo Young e Luiza Erundina, que são candidatos de partidos com representação na Câmara dos Deputados, no Senado Federal e na Câmara de São Paulo, possibilitando até mesmo a participação dos demais excluídos (PSDC, PRTB, PCO e PSTU), simultâneo ao próximo debate na TV e aberto ao público, às redes e à mídia alternativa. Dá até pra apostar que teria mais repercussão que o original. Alguém duvida?

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

"A nossa bandeira jamais será vermelha"... Já era!

O grito de guerra mais identificado com as manifestações pró-impeachment e anti-PT, um dos mais ouvidos e talvez o mais emblemático nos últimos anos ("a nossa bandeira jamais será vermelha"), foi desmentido ao vivo para bilhões de pessoas no mundo inteiro, em pleno encerramento das Olimpíadas no Rio de Janeiro.

Bastou o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, trocar as bolas na tradução simultânea do seu próprio discurso, em que alternava o português e o inglês, para a gafe chegar ao topo das citações nas redes sociais.

Ao traduzir o trecho "Vocês coloriram de verde e amarelo, e renovaram em nossos corações o orgulho e a autoestima de ser brasileiro", Nuzman trocou o "verde e amarelo" por um inexplicável "yellow and red". Ai já era! Ninguém nem prestou mais atenção no resto do discurso festivo, patriótico e emocionado.

Enfim, o Brasil "bateu o recorde de medalhas" na Rio 2016. É verdade. Também é verdade que ficou bem abaixo da expectativa, na maioria das modalidades, por todo o investimento feito.

Mas, afinal, o que esperavam? Acharam que bastaria investir alguns tantos milhões de reais, até por vias tortas, como o patrocínio aos "atletas-militares" das Forças Armadas batendo continência em troca de um soldo mensal, ou trazer duas dezenas de técnicos internacionais? E o investimento na base? E o planejamento a longo prazo? E a formação esportiva dos nossos jovens nas escolas?

Sobre a quantidade de medalhas, basta fazer um comparativo do Brasil com a Grã-Bretanha, vice-campeã no quadro de medalhas do Rio de Janeiro como principal legado dos Jogos de Londres, em 2012. Veja que nas Olimpíadas de Sydney (2000) e Atenas (2004), a Grã-Bretanha era apenas a 10ª colocada, com 28 e 30 medalhas, respectivamente.

Em Pequim (2008), já sabendo que sediaria os Jogos de 2012, a Grã-Bretanha saltou para a 4ª colocação, com 47 medalhas. Em casa, em 2012, ficou em 3º com 65 medalhas, e finalmente saiu do Rio em 2º com incríveis 67 medalhas, a melhor posição da História. Isso é legado olímpico, indiscutível.

E o Brasil? Em 2000 não ganhou nenhum ouro, ficou em 52º com 12 medalhas. Em 2004 o Brasil subiu para 16º, com 5 medalhas de ouro (até então o recorde do país), mas apenas 10 no total. Em 2008 o Brasil caiu para 23º, com 17 medalhas (3 ouros). Em 2012 subiu uma posição, ficou em 22º com 17 medalhas (3 ouros).

No Rio, quando a expectativa declarada pelos organizadores era ganhar entre 28 e 30 medalhas e ficar em 10º lugar, o Brasil acabou em 13º, com 19 medalhas (7 ouros). Ou seja: duas medalhas a mais que em Londres e Pequim, apenas.

Subiu o número de medalhas de ouro graças ao sucesso do futebol e do vôlei, além de talentos individuais. Mas há alguma expectativa real de melhorar o desempenho do Brasil em Tóquio 2020? Não! Não há! Isso é legado olímpico?

O que falta para o Brasil, com planejamento do governo e respaldo da iniciativa privada, é um projeto olímpico a longo prazo: não simplesmente para ganhar posições no quadro de medalhas, mas por tudo o que o Esporte representa para um país que de fato se empenha na formação e no desenvolvimento dos seus jovens talentos.

Se vale a dica para os próximos três anos de gestão do presidente Michel Temer, aquele que assumirá os rumos do país cuja "bandeira jamais será vermelha", é esta: investimento na formação de jovens atletas e esportistas.

A cultura do esporte, da saúde e da qualidade de vida. Simples assim.

Veja mais sobre o legado da Rio 2016 no #ProgramaDiferente

domingo, 21 de agosto de 2016

#ProgramaDiferente discute o legado da #Rio2016: além do velho jogo político e de medalhas conquistadas pelo talento individual de alguns atletas brasileiros, o que o país ganhou de fato?



Com o fim dos Jogos Olímpicos do Rio, o #ProgramaDiferente desta semana retoma a questão que já tinha surgido depois da Copa do Mundo: Qual é, afinal, o legado da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016 para o Brasil? Passados alguns grandes momentos de emoção, valeu a pena tanto investimento político e financeiro? Quem ganhou com isso, afinal? Sobrou alguma coisa proveitosa para o povo? Assista.

Tirando as honrosas exceções de talentos individuais do Esporte, o legado mais notável das Olimpíadas, assim como já havia ocorrido com a Copa do Mundo e os Jogos Panamericanos, foram obras superfaturadas, muita desorganização, falta de planejamento, gafes e declarações desastradas. Muita gente se beneficiou desse estelionato eleitoral. Resta saber o que vai ficar para a História do Brasil em termos de aprendizado e infra-estrutura. Será que o resultado para o Esporte compensou? E qual imagem do país ficou para o mundo?

Um caso emblemático das consequências da #Rio2016 é o que aconteceu com a pequena comunidade carioca da Vila Autódromo. Simbolicamente, espírito esportivo à parte, é este o maior legado das Olimpíadas para a maioria do povo brasileiro: problemas sociais deixados em segundo plano para garantir a beleza do megaevento. Neste exemplo específico, moradores pobres vistos como um incômodo para a realização dos jogos por políticos e organizadores.

Terminada a Olimpíada no Brasil, as atenções se voltam novamente para a política. Além da reta final do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, nesta semana começa de fato a campanha para as eleições de 2 de outubro, com o início da propaganda eleitoral no rádio e na TV e a realização do primeiro debate entre os candidatos a prefeito. Na segunda parte do programa, você relembra momentos memoráveis dos debates que ajudaram a escrever, para o bem e para o mal, a história da democracia brasileira.

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Então Haddad quer uma TV pra chamar de sua?

Essa história do prefeito Fernando Haddad (PT), candidato à reeleição, prometer a criação de uma TV municipal por R$ 10 milhões anuais (segundo ele, menos de 10% do Orçamento da Prefeitura de São Paulo para publicidade oficial) é mais uma dessas peças de campanha sem pé nem cabeça. Fora da realidade. Pura demagogia e irresponsabilidade. Estelionato eleitoral.

No capítulo "Por uma alternativa de comunicação", do seu plano de governo, Haddad faz um claro aceno aos petistas órfãos da máquina federal, que viveram os últimos anos pendurados na mídia estatal e nos veículos autointitulados "independentes" ou "alternativos", rótulos politicamente (in)corretos para a imprensa chapa-branca pró-PT mantida com patrocínio dos governos Lula e Dilma, que acabaram de perder a boquinha e agora abrem um bocão com tanto mimimi e chororô.

O programa de Haddad descreve o controle privado dos meios de comunicação como um "perigoso fator de desequilíbrio democrático" no país. Certinho. Só esqueceu de dizer que, na mão inversa, foi criado um cabidão no plano federal, a TV Brasil, com um custo que deve chegar a R$ 535 milhões neste ano. Nem precisa dizer que ninguém assiste, precisa? Mas , fala sério: como a TV do prefeito custaria apenas 0,2% desse montante? Ou é uma promessa mentirosa no município, ou um rio de dinheiro jogado fora a partir de Brasília. Ou os dois? E aí, arrisca um palpite?

A proposta oficial é "fomentar a cultura digital e incentivar a comunicação comunitária e a pluralidade de opiniões dentro de uma política pública integrada". Perfeito. Para isso, o petista promete criar o Conselho Municipal de Comunicação e Implantação de TV e Rádios Públicas.

Papel (ou página de internet) aceita tudo, né? Depois de quatro anos de gestão e com uma rejeição crescente, chega com esse papo de "se for reeleito"... Igual a tantas outras promessas futuras: eleição para subprefeito, não sei quantas mil moradias, um novo contrato para o transporte, blablablá na Saúde, revolução na Educação... Coisas que não realizou no primeiro mandato, por que realizaria no segundo?

Somos contra, mas o que responde Haddad? A desculpa esfarrapada contra os críticos (e adversários na sucessão paulistana): “Não entendo como alguém possa ser contra a periferia se expressar num canal específico. É muita crueldade não querer, tendo a tecnologia disponível, que as pessoas se expressem. Deixar a comunidade se expressar virou pecado”.

Aham! Senta lá, Claudia.

Veja uma amostra da atuação de Haddad nessa área da Comunicação:

Prefeitura de São Paulo dá dinheiro público a entidade que ataca os jornalistas da Globo, da Folha e da Veja

Para o prefeito Haddad, quem vale mais: um professor da rede municipal ou um "blogueiro amigo" do PT?

Vem aí mais um encontro dos "blogueiros amigos"

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Por debates mais amplos, inclusivos e representativos

Já tratamos deste assunto aqui, mas agora que começou oficialmente a campanha eleitoral e acontece o primeiro debate entre os candidatos à Prefeitura na Band, na próxima segunda-feira, 22 de agosto, é importante reforçar a nossa posição: defendemos debates mais amplos, democráticos, inclusivos e representativos.

É até compreensível que se queira dar um mínimo de qualidade aos debates ao se estabelecer uma quantidade razoável de participantes, porém é inaceitável que se use uma regra burocrática para simplesmente calar a voz de segmentos representativos do eleitorado e da população. É isso que ocorre quando estão excluídos, por exemplo, Luiza Erundina (PSOL) e Ricardo Young (Rede Sustentabilidade).

Por considerarmos que a diversidade, a pluralidade e o embate de ideias são essenciais para a democracia, e que os eleitores têm o direito de conhecer e saber o que pensam todos os candidatos a prefeito nas próximas eleições, subscrevemos o artigo publicado na Folha de hoje por Ricardo Young, vereador eleito pelo PPS e atual candidato a prefeito pela Rede.

Um critério muito simples seria incluir nos debates, além dos candidatos com direito garantido pela nova legislação (de partidos ou coligações que somam mais de nove deputados federais), também aqueles que têm representação no Senado Federal e na própria Câmara Municipal de São Paulo, o que, independente do tamanho da bancada de deputados federais, demonstra a representatividade destes partidos.

Com isso estariam nos debates sete candidatos (em vez de cinco, como será agora): Celso Russomanno (PRB), Marta Suplicy (PMDB), Fernando Haddad (PT), João Doria (PSDB), Major Olímpio (Solidariedade) e também os até então excluídos Luiza Erundina (PSOL) e Ricardo Young (Rede).

A democracia dá trabalho, mas o resultado compensa. Simples assim.

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Mooca, 460 anos. Parabéns, bello!

A Mooca é muito mais que um bairro tradicional de São Paulo. É um estado de espírito. Os mooquenses comemoram hoje 460 anos da sua fundação, ocorrida em 17 de agosto de 1556, ou seja, apenas 56 anos após o descobrimento oficial do Brasil pelos portugueses.

Quem nasce na Mooca tem tanto orgulho deste pedaço especial da cidade, com vida e história próprias, que ostenta a sua própria bandeira, hino e até um dialeto peculiar, bello!

Influência mais óbvia, visível (e audível... rs) da imigração italiana que tomou conta do bairro de nome indígena ("moo-oca" = "fazer casa") erguido às margens do rio Tamanduateí.

A origem fabril do bairro também deixou as suas marcas. Como o prédio histórico do Cotonifício Crespi, fundado em 1896, que foi a maior tecelagem paulistana, e outras fábricas tradicionais no bairro, como a Companhia Antarctica e o Açúcar União.

Aliás, o Conde Rodolfo Crespi dá nome também a outro local dos mais associados à Mooca: o campo do Juventus, na Rua Javari, palco do gol mais bonito dos mais de mil marcados por Pelé.

Pizzarias, restaurantes, docerias, festas típicas... Quem nunca ouviu falar na pizza da São Pedro ou nos doces da Di Cunto? E na festa de San Gennaro?

A educação e a cultura também deixaram as suas marcas em colégios tradicionais como São Judas, Santa Catarina e até escolas estaduais como o Firmino de Proença, onde mooquenses como José Serra estudaram.

Se hoje existe o Teatro Arthur Azevedo, a memória dos mais antigos não esquece do Cine Teatro Moderno, Cine Santo Antonio, Cine Aliança, e o Imperial, o Icaraí, o Ouro Verde, o Patriarca...

E o "footing" na Paes de Barros (quando os jovens andavam para passar o tempo e paquerar, muito antes da moda de caçar pokemon em aplicativo de celular)? Os campos de várzea de times inesquecíveis como Danúbio Azul, Madri, Urano, Pascoal Moreira, Paulista, Máquinas Piratininga, União Vasco da Gama...

Hoje a Mooca é um dos bairros com menor índice de área verde por habitante, muito longe do recomendado para uma vida saudável. Mal tratada pelo poder público (alô, prefeito Ruinddad), pede mais atenção e a implantação de um parque na área da antiga Esso (num terreno de 100 mil metros quadrados que pode ser uma ilha verde no bairro, mas o interesse econômico quer fazer um caça-níqueis com prédios e condomínios fechados).

Apesar de tudo, a Mooca sobrevive. Viva!

 

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Enfim, começa oficialmente a campanha eleitoral

Terça-feira, 16 de agosto, começa oficialmente a campanha para as eleições municipais de 2 de outubro. Serão apenas 45 dias de propaganda (35 no rádio e na TV), segundo a nova legislação. Ver a imagem que cada candidato à Prefeitura de São Paulo soltou nas redes sociais a partir da 0h de hoje (ou mesmo verificar quem ainda não atualizou a página pessoal) talvez revele algo sobre todos eles. Vale conferir:






Não atualizaram:




Leia também:

Conheça os candidatos a vereador do PPS paulistano

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

No Dia dos Pais, o #ProgramaDiferente fala de economia, futebol e política com Belluzzo



Comemorando o Dia dos Pais neste 14 de agosto e fazendo um registro sobre o Dia do Economista, na véspera, sábado, dia 13, o #ProgramaDiferente desta semana entrevista o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, que foi um dos pais do Plano Cruzado e acabou se transformando em conselheiro de Lula e Dilma. Assista.

Lembrando que Lula, aliás, é chamado em algumas regiões mais pobres do Brasil de Pai Lula. Falamos de economia, da crise no Brasil e no mundo, mas também de outra paixão de 10 entre 10 pais de família no país: o futebol.

A trajetória de Belluzzo como economista influente na política, desde os anos 80 até o fim conturbado do governo Dilma, e também como ex-presidente do Palmeiras, é um respeitável cartão de visitas. Em longa entrevista, ele fala de economia global, da saída do Reino Unido da União Europeia e, entre outros assuntos, critica tanto a presidente afastada Dilma Rousseff quanto o "golpismo" do presidente interino Michel Temer.

Num dos trechos mais polêmicos, destacado na coluna de Monica Bergamo, na Folha de S. Paulo, ele defende abertamente a convocação de novas eleições presidenciais e aponta o ex-ministro e ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, como o melhor e mais preparado candidato à Presidência da República.

Declarado amigo do ministro e eterno presidenciável José Serra, além de ser considerado um dos mais próximos conselheiros de Lula e Dilma, tanto que é apontado como uma espécie de guru de ambos, a defesa apaixonada do nome de Ciro Gomes surpreende - até porque descarta o possível retorno de Lula.

No final, Belluzzo ainda faz graça e, apesar de garantir que conversa regularmente com Serra, diz que o amigo descobrirá a sua preferência por Ciro Gomes somente após assistir esta entrevista. Assista aqui ao trecho que mencionado na Folha e veja também a íntegra da entrevista, sem edição.

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

O que pensa, afinal, o jornalista Reinaldo Azevedo, considerado inimigo nº 1 dos "petralhas"?



Odiado por dez entre dez petistas, Reinaldo Azevedo é uma espécie de ícone contra os "petralhas" - termo que ele se gaba de ter criado da junção de petistas com metralhas, numa alusão aos irmãos bandidos das histórias em quadrinhos do Tio Patinhas. Mas, afinal, o que pensa e opina sobre a política, o PT e o Brasil este jornalista que lista com orgulho os seus "cinco empregos"?

#ProgramaDiferente foi ouvir o blogueiro, colunista da Folha de S. Paulo, comentarista político do jornal RedeTV! News, comentarista do Jornal da Manhã e apresentador do programa Os Pingos nos Is, ambos na rádio Jovem Pan. Natural de Dois Córregos, no interior paulista, ex-militante da Libelu (Liberdade e Luta), tendência trotskista do movimento estudantil contra a ditadura militar na década de 70, Reinaldo Azevedo foi de um extremo a outro no espectro ideológico: hoje ele se coloca abertamente no campo mais conservador e adepto do liberalismo político e econômico. Adora polemizar com ideias tachadas de direita e anti-esquerdistas. Assista.

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Haddad afirma que fez São Paulo avançar na crise e compara suas medidas anti-corrupção com Lava Jato



Com mais de uma hora e meia de atraso, após a última agenda pública do dia como prefeito (uma rápida vistoria, já no breu da noite de inverno, às obras do CEU Vila Alpina, que não será entregue antes da eleição de 2 de outubro), o candidato Fernando Haddad (PT) participou de um ato de campanha no Círculo de Trabalhadores Cristãos da Vila Prudente. Veja a reportagem exclusiva.

Acompanhado dos vereadores Juliana Cardoso e Senival Moura, dos subprefeitos de Vila Prudente, Miguel Ângelo Gianetti, e de Aricanduva / Vila Formosa, Paulo Sérgio Maciel, e dos ex-deputados Adriano Diogo e Devanir Ribeiro, o prefeito concedeu uma entrevista ao jornal Folha de Vila Prudente e ao #ProgramaDiferente antes de encerrar a plenária que reuniu centenas de militantes petistas (muitos transportados em ônibus reservados pelo partido, como registrado pela reportagem).

Em meia hora de discurso (assista aqui), Haddad resumiu o conteúdo do que será a sua campanha eleitoral: vai tentar convencer o paulistano que, apesar da crise e da elevada rejeição à sua gestão, promoveu avanços inestimáveis para a cidade, principalmente nas áreas de transporte, educação e saúde.

Exaltou ainda um projeto de sua autoria recém-encaminhado à Câmara Municipal, uma operação urbana que atinge essa região visitada por ele (Vila Prudente, Mooca e Ipiranga), e que enfrenta forte resistência porque, entre outras consequências, prevê triplicar a população desses bairros que já sofrem com gargalos de trânsito, falta de equipamentos públicos, excesso de poluição e o menor índice de parques e áreas verdes de toda a região metropolitana.

O prefeito Fernando Haddad também falou das medidas da sua administração que supostamente reduziram a corrupção na Prefeitura de São Paulo (comparáveis, segundo ele, à Operação Lava Jato) e mostrou como pretende enfrentar os principais concorrentes à sua sucessão (além dos opositores tradicionais, como o tucano João Doria, também as ex-prefeitas e ex-petistas Luiza Erundina e Marta Suplicy). Assista.

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

PPS lança candidatos em todo o Estado de São Paulo

O PPS terá candidaturas próprias à Prefeitura em diversas cidades importantes do interior e da Grande São Paulo.

Sob a presidência local do deputado estadual Davi Zaia e nacional do deputado federal Roberto Freire, o partido demonstra força e desponta com favoritismo em vários municípios.

Abaixo você vê alguns destaques:

O deputado federal Alex Manente, como previsto, foi oficializado no último dia do prazo para a realização das convenções eleitorais como candidato do PPS a prefeito em São Bernardo. O vice é o ex-vereador Admir Ferro (PTB). A coligação de Manente é formada por sete partidos: PPS, PTB, PMN, PPL, DEM, PV e PRB.

A vereadora Pollyana Gama (PPS) é candidata a prefeita e Rubinho Fernandes (PRB) a vice-prefeito em Taubaté. A coligação que já reunia PPS, PRB, PC do B, PTN e PSL ganhou na última hora também o apoio do PV.

O vereador Marcelo Del Bosco (PPS) concorre a prefeito em Santos. O vice é o jornalista e consultor empresarial Moyses Fernandes (DEM).

No Guarujá, o candidato é o comerciante e ex-prefeito Farid Madi (PPS). O advogado Miguel Calmon (PRTB) disputa como vice.

Em Osasco, Claudio Piteri (PPS) oficializou sua candidatura a prefeito. O vice é Délbio Teruel (PMN). A coligação reúne também o PPL.

Em Ferraz de Vasconcelos, o PPS disputará o cargo de prefeito com o vereador Aurélio da Costa, mais conhecido como Alegrete. O vice é o Dr. Luiz Antonio (PR). A coligação, formada com PR, DEM, PSD, PTN e PPL homologou também a candidatura de cerca de 80 pré-candidatos a vereador.

Em Jundiaí, o PPS anunciou o lançamento da candidatura de Ricardo Benassi para prefeito. O pastor Val Freitas (PSC) é o vice. A coligação, formada ainda pelos partidos PSC, Solidariedade, PEN, PPL e PT do B, contará com 87 candidatos a vereador.

Em Presidente Prudente, com apoio de sete partidos, o PPS ratificou o nome do empresário Fábio Sato para prefeito. A chapa é formada com o ex-prefeito Carlos Roberto Biancardi (DEM) para vice. Integram a coligação: PSB, DEM, PSD, PROS, PP, PTN e PEN.

Em São Manuel, o candidato é Ricardo Salaro (PPS) com Major Rubin (PSDB) a vice-prefeito. A coligação conta ainda com PRB, Solidariedade, PRP e PT do B.

Em Paulínia, Tuta Bosco (PPS) e Adilson Domingos Censi, o Palito (Solidariedade), foram aclamados candidatos a prefeito e vice-prefeito, respectivamente, pela coligação PPS, PSD, DEM, PROS, PMN e PCdoB.

Em Ribeirão Preto, o promotor Carlos Cezar Barbosa, do PPS, foi designado como vice na chapa do deputado Duarte Nogueira (PSDB), que concorre a prefeito numa coligação que reúne ainda PP, DEM, PSD, PHS e PTC.

Na capital paulista, o PPS integra a candidatura de João Doria (PSDB) à Prefeitura de São Paulo e pretende eleger pelo menos dois vereadores. Os puxadores de votos são Soninha Francine e Claudio Fonseca, ambos que já ocuparam cadeiras pelo PPS na Câmara Municipal. (Leia: Soninha e Claudio Fonseca precisam voltar à Câmara).

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

#ProgramaDiferente propõe diálogo construtivo e civilizado em vez de polarização burra e intolerante



"Esquerda" x "direita"; "nós" x "eles"; "petralhas" x "tucanalhas"; "coxinhas" x "mortadelas". Como escapar da armadilha do discurso reducionista, que divide o país ao meio, como se tudo se resumisse à briga entre os dois pólos mais tradicionais da política?

Como propor um diálogo construtivo e civilizado, que fuja desta polarização burra e intolerante, e mostre que a política não é um campo de batalha com exércitos armados de verdades absolutas, mas um desafio diário para o diálogo entre os opostos e à busca de consensos para o bem comum?

Como evitar cenas de insensatez e ignorância explícita, como a pancadaria entre militantes de um lado e de outro, ou episódios como os xingamentos à atriz Letícia Sabatella, registrados no fim-de-semana por diversas pessoas na rua e até por ela mesma em seu telefone celular?

"O Brasil precisa conversar" é o tema do debate que contou com a participação de Rodrigo Guima, artista social da Ben & Jerry´s; Pedro Kelson, da Associação Palas Athena; Carla Mayumi, ativista e pesquisadora de Educação; e Drica Guzzi, doutora em Comunicação e Semiótica; entre outros. Foi promovido pelo vereador Ricardo Young, da Rede Sustentabilidade, que é também candidato à Prefeitura de São Paulo.

Aliás, a menos de dois meses das eleições municipais, os candidatos a prefeito e a vereador já estão definidos pelos partidos em todo o Brasil. A Sabatina Folha/UOL/SBT com os candidatos que lideram as pesquisas de intenção de voto em São Paulo mostra um pouco do que pensam Celso Russomanno (PRB), Marta Suplicy (PMDB), Luiza Erundina (PSOL), Fernando Haddad (PT) e João Doria (PSDB) sobre assuntos cotidianos. Assista.

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Soninha e Claudio Fonseca precisam voltar à Câmara

Se tem uma coisa que ninguém em sã consciência discorda é da altíssima qualidade dos mandatos exercidos por Soninha Francine (2005 a 2008) e por Claudio Fonseca (2001 a 2004 e 2009 a 2012) na Câmara Municipal de São Paulo.

Agora, para as eleições de 2 de outubro, ambos serão novamente candidatos à vereança e, cá entre nós, vamos nos empenhar muito para que Soninha e Claudio Fonseca tenham mais quatro anos para nos representar no Poder Legislativo.

Vale a pena conhecer melhor o que pensam estes dois pré-candidatos do PPS. São políticos diferenciados, preparados, testados e aprovados.

Reveja as entrevistas que ambos deram ao #ProgramaDiferente tratando de problemas do dia-a-dia da política nacional e municipal:

Soninha Francine

Claudio Fonseca

Relembre também como foram as campanhas de Soninha à Prefeitura de São Paulo, em 2008 e 2012, quando ela pautou temas que hoje fazem parte do dia-a-dia da administração, como a implantação de ciclovias, a prioridade para o transporte público e a preocupação com uma cidade sustentável.

Ou ainda como os mandatos do vereador Claudio Fonseca, professor e presidente do Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem), foram todos voltados à Educação.

Acompanha também os perfis de Soninha Francine e de Claudio Fonseca no Facebook.

Assumimos aqui abertamente essa tarefa de ajudar a reelegê-los, após longo e sentido período de ausência. Neste momento de grave crise ética e política, votar em gente honesta e de caráter é essencial. Se tiverem ainda carisma, personalidade, experiência, bom senso e currículo exemplar, formam a receita perfeita para dar um basta ao nível sofrível da atual representação dos cidadãos paulistanos na Câmara. Fique de olho!

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Soninha fala sobre apoio ao candidato João Doria

A ex-vereadora e jornalista Soninha Francine, que disputou pelo PPS as duas últimas eleições para a Prefeitura de São Paulo (2008 e 2012), pretende retornar à Câmara Municipal para a legislatura de 2017 a 2020.

Neste ano, o PPS apóia a eleição de João Doria (PSDB) à Prefeitura de São Paulo. Depois de dialogar também com Marta Suplicy (PMDB) e com Ricardo Young (Rede), o partido optou por integrar a coligação do candidato tucano no 1º turno.

Abaixo, leia a entrevista de Soninha ao jornal O Estado de S. Paulo:
Ex-vereadora do PT entre 2004 e 2007, a jornalista Soninha Francine, hoje no PPS, decidiu subir no palanque de João Doria (PSDB) na campanha municipal em 2016 para tentar voltar à Câmara dos Vereadores.  Nessa entrevista ao Estado, ela fala sobre a aliança, defende o impeachment de Dilma Rousseff e afirma que o PSDB é alvo de preconceito.
Por quê você decidiu fazer campanha para João Doria? 
O primeiro voto difícil que ele conquistou foi meu. Eu tinha resistências. A imagem era de um cara que achava que resolveria tudo por ser do setor privado, mas ele me convenceu. 
Acha que seu eleitorado vai estranhar essa decisão? 
Uma parte  do eleitorado sim, mas devido a um preconceito e uma imagem consolidada injusta do PSDB como um partido que tem compromisso com as pautas conservadoras. Em relação à pauta LGBT, por exemplo, isso é de uma injutiça cruel. Os governos do PSDB desde Franco Montoro foram pioneiros em políticas LGBT, incluindo o Alckmin. 
Como avalia o projeto De Braços Abertos da prefeitura na cracolândia?
É ineficaz. As ONGs têm ações muito mais efetivas com moradores de rua do que a (operação) De Braços Abertos. O programa custa muito caro e tem efeito reduzido. 
Defende a proposta de privatizar equipamentos públicos encampada pelo Doria?
Mudei de ideia sobre privatização e concessão. O PT também mudou. Dilma fez campanha descendo o pau em privatização e fez concessão de aeroporto. Há um carimbo injusto de que o PSDB quer o estado mínimo. O partido é social-democrata. O PSDB foi acertivo em pautas progressistas em tempos de resistência da Igreja Católica. A privatização virou uma guerra pseudo-ideológica.      
Defende o impeachment de Dilma?
Sou a favor. Houve crime de responsabilidade. Ela cometeu crimes inerentes ao exercício do cargo.

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Manifestação #ForaDilma na reta final do processo de impeachment mostra que população segue mobilizada contra a corrupção e no apoio ao juiz Sergio Moro



Na reta final do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT), novas manifestações populares tomaram as ruas em pelo menos 20 estados brasileiros e no Distrito Federal, neste domingo, 31 de julho. Como já virou tradição desde a primeira manifestação pró-impeachment no início de 2015, o #ProgramaDiferente acompanhou o ato da Avenida Paulista. Assista.

Os protestos ocorrem para demonstrar que a população segue mobilizada pelo afastamento definitivo da presidente Dilma e pela condenação dos corruptos de todos os partidos, além de defender a continuidade da Operação Lava Jato, a aprovação das 10 medidas contra a corrupção e a atuação do juiz Sergio Moro, do Ministério Público e da Polícia Federal.

A reportagem ouviu Rogério Chequer, porta-voz do Movimento Vem Pra Rua; o historiador e radialista Marco Antonio Villa; o jurista Modesto Carvalhosa; e a atriz Regina Duarte. Relembre aqui toda a cobertura da TVFAP.net nos atos pelo impeachment da presidente Dilma e contra a corrupção na política, além do programa especial nesta data (1º de agosto) que é também o aniversário do juiz Sergio Moro.

Compromisso pela igualdade na diversidade. Participe!