sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Depois do STF, o que acontece com o #ForaDilma?

Passada a ressaca da decisão de encomenda do STF, que a princípio parece ter jogado um balde de água fria na oposição ao PT, vamos analisar os fatos com equilíbrio e bom senso: obrigado, ministros, vocês deram a turbinada que faltava para a população voltar às ruas e exigir o impeachment, a renúncia ou a cassação de Dilma Rousseff.

Afinal, ao atender o desejo governista para o rito processual no Congresso Nacional, estão descartados os argumentos de "golpe" contra o PT e acaba o papo furado de que o impeachment é mera vingança do deputado Eduardo Cunha. Fortalecendo o Senado, como queria o Executivo, e apesar da interferência descabida do Judiciário em questões internas do Legislativo, está montado por vias tortas o cenário que a oposição idealizava.

O recesso - que até então era dúvida - está confirmado. O receio de que a pecha de manipulação oportunista do calendário recaísse sobre os parlamentares anti-Dilma caiu por terra. Tudo voltou à estaca zero por iniciativa da própria base governista. Além disso, a decisão sobre a paralisação do Congresso até fevereiro foi do aliado preferencial, Renan Calheiros, o presidente do Senado.

Ou seja, a manifestação convocada para o dia 13 de março de 2016 tem tudo para coincidir exatamente com o prazo de definição do impeachment por deputados e senadores. Até lá, certamente, novas revelações da Lava Jato, decisões do TSE e a incompetência administrativa do (des)governo petista vão agravar a crise. Nada melhor para levar de volta às ruas os 93% de brasileiros que desaprovam Dilma e não precisam de mortadela para aderir às manifestações.

A barganha com parlamentares no vale-tudo para dar sobrevida a um governo-zumbi é uma vitória ilusória. A queda de braço e os constrangimentos causados ao vice Michel Temer também acirram os ânimos e forçam de vez a ida do PMDB para a oposição. É só questão de tempo. A maioria que hoje Dilma tem na Câmara e no Senado vai se desmanchar no ar.

Leia abaixo a nota divulgada pelo Movimento Brasil Livre e endossada publicamente pelo Vem Pra Rua, os dois principais organizadores das manifestações de 2015 e que prometem repetir a dose em 13 de março de 2016: