quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Como nunca antes na história deste pais...

A prisão do tal Delcídio Amaral é mais uma pá de cal no longo e doloroso funeral petista.

Como nunca antes na história deste país, parodiando o pai-de-todos, vemos preso um senador no exercício do mandato.

Pior: não é qualquer um. É o líder do governo Dilma que foi parar atrás das grades.

Ah, mas essas prisões da Lava Jato são abusivas e blablablá...

Então, para não deixar dúvida, a prisão foi pedida pelo Procurador Geral da República, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal e referendada pelo Senado Federal. Calou a boca do "coitadismo" petista.

Aí vem Rui Falcão, o presidente do PT, "intempestivo e covarde" (nas palavras insuspeitas do presidente do Senado, Renan Calheiros, e do líder do aliado PSD, Omar Aziz), negar solidariedade ao senador preso. Como assim? Logo o PT, que louva todo e qualquer "guerreiro do povo brasileiro"...

Tem líder do governo preso, tem tesoureiro do PT preso, tem presidente do PT preso... Mas o governo e o PT não tem nada com isso, claro! (Meu Deus!)

Também não surpreende que 13 senadores tenham votado contra a decisão do STF. Além do número emblemático, quase cabalístico, são 13 também os senadores investigados na Lava Jato.

A preocupação de Renan Calheiros e Jáder Barbalho, tanto ao defenderem o voto secreto quanto ao tentarem barrar a prisão de senadores no exercício do mandato, não é por acaso.

Quem mais tem pendências com a Justiça é geralmente quem expressa maior "preocupação com a democracia" e manifesta solidariedade com o colega preso.

Foi descabido também o discurso emocionado do líder do PSDB, Aloysio Nunes. Quase um desagravo ao amigo petista, "querido por todos". Não era o momento. Parece que uns e outros precisavam pedir uma desculpa antecipada para votar pelo cumprimento da lei. Desnecessário. (Ou não?)

Só para descontrair, veja Duda Mendonça criando o jingle da campanha do Delcídio, e também Lula chegando como estrela da carreata de campanha de Dilma e Delcídio. Realmente imperdível. Como nunca antes...