quarta-feira, 16 de setembro de 2015

É o começo do fim do ex-governo Dilma (e já vai tarde!)



Começou na prática o impeachment da presidente Dilma Roussef (PT) com o questionamento da oposição ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), sobre como será o rito processual. As diversas representações serão reunidas na peça apresentada por Hélio Bicudo, figura emblemática da redemocratização brasileira, que foi vice-prefeito de São Paulo (gestão Marta Suplicy) e fundador do PT.

O que existe hoje no Brasil é um ex-governo. Acabou qualquer possibilidade de recuperação. Não há nenhuma credibilidade ou capacidade de reação. Dilma Roussef, menos de um ano após a sua reeleição, é mera peça decorativa da novela que se vai se arrastar por algum tempo, mas que todos conhecemos o fim.

A pá de cal foi a última ação desastrada, de uma série: o anúncio de um ajuste fiscal que recai sobre os ombros dos cidadãos brasileiros, com a saída mais óbvia e cômoda para o governo, que é o aumento de impostos, a proposta de ressurgimento da CPMF e o fantasma do desemprego e da inflação.

Não é novidade que os movimentos sociais que davam sustentação à Dilma Roussef já estavam pulando do barco. Esse aviso foi dado nas manifestações de 20 de agosto. Enquanto parte do PT (e da imprensa míope) enxergava um ato pró-Dilma, nós mostrávamos com exclusividade que havia ali até defensores do impeachment. Enfim, todos estavam descontentes com os rumos da política econômica.

Uma minoria (oportunista, agarrada a cargos e verbas estatais) ainda aposta na defesa de Dilma, apontando um fantasioso "golpismo" de quem defende o afastamento dentro das regras democráticas e republicanas. Aliás, como o próprio PT sempre defendeu o impeachment dos antecessores de Lula e Dilma. Reveja o que dizia Lula sobre o impeachment.

Mas estão certos os que garantem que Dilma fica no cargo até o fim. O problema para eles é que o fim está cada vez mais próximo. Aguardemos.