quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Saúde: quem vier em 2017 que resolva!

Artigo de Carlos Fernandes (PPS/SP)
Quando afirmamos que o prefeito Fernando Haddad não tem palavra, é despreparado, incompetente e irresponsável, alguém pode atribuir a crítica à picuinha pessoal ou à marcação cerrada da oposição. Mas ele próprio vem confirmar o que dizemos aqui semanalmente!

Não satisfeito em não cumprir as promessas de campanha nem as metas do mandato, agora o prefeito inova ao empurrar para o sucessor, só depois de 2017, os compromissos da sua péssima gestão. Haddad chama isso de "deslizar para a frente" os planos da Prefeitura. Nós chamamos de empurrar com a barriga, lavar as mãos, fugir da responsabilidade, fazer o paulistano de otário.

Haddad acaba de vir a público prometer que vai diminuir o tempo de espera por consultas médicas e exames de saúde para "apenas" 60 dias. Mas repare para quando é a previsão de cumprir a promessa: 2017! Epa! Espera aí! O mandato do Haddad termina em 2016! Ou seja, o prefeito cara-de-pau simplesmente está empurrando o compromisso dele para a próxima gestão!

Há, em média, segundo dados da própria Prefeitura, uma espera de 205 dias na fila para consultas e de 124 dias para exames. Ou seja, o paulistano leva SEIS MESES para ser consultado e mais QUATRO MESES à espera de um exame clínico. Quase UM ANO perdido só para descobrir se está doente.

Aí vem Haddad, que não consegue cumprir nenhum compromisso que não seja passar tinta no asfalto para mostrar que está fazendo alguma coisa, com a promessa (requentada da campanha) de reduzir para 60 dias a espera máxima por consultas e exames. O cidadão paulistano até se anima, mas descobre que a solução não veio em 2014, assim como também não virá em 2015 nem em 2016.

Esperar 60 dias para ser atendido numa consulta, em qualquer país civilizado do mundo, já seria tempo demais. Mas nem esse prazo de dois meses Haddad vai atingir. Quem vier depois dele que se mexa para cumprir a promessa. Na rede particular, determina-se que a espera não passe de 14 dias para consultas e dez dias para exames.

Das 32 unidades da Rede Hora Certa anunciadas por Haddad, apenas dez foram concluídas. Com as Unidades Básicas de Saúde a situação é muito pior: das 65 prometidas, apenas quatro foram entregues.

A Secretaria Municipal da Saúde divulga a seguinte notícia: "População se prepara para a chegada de 13 novas Unidades de Pronto Atendimento". Mais uma mentira! Quem vai atrás da informação fica sabendo que as obras nem começaram e não serão concluídas antes de 2016. O blablablá é só para tentar enganar o povo até as próximas eleições.

Não é à toa que apenas 15% dos paulistanos pesquisados pelo Ibope e pela Rede Nossa São Paulo avaliam como “ótima” e “boa” a administração municipal. Outros 45% julgam “regular” e 40% consideram “ruim” e “péssima” a gestão atual.

Conclusão: Haddad continua sendo uma decepção para 85% do eleitorado paulistano. Afinal, ninguém gosta de ser vítima de golpe. Quem votou no PT percebe hoje que caiu num conto do vigário. Avalie as últimas notícias de São Paulo e de Brasília e responda: é ou não é estelionato?

Carlos Fernandes é presidente do PPS de São Paulo e foi subprefeito da Lapa.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

"Não temos mais dinheiro para jogar pela janela", diz Dilma aos 39 ministros. Então já teve e jogou? Aff!!!

A presidente Dilma Roussef teve um início de semana particularmente difícil: após dias de sumiço, retornou para a primeira reunião dos 39 ministros (que devem ter usado crachá para serem todos reconhecidos), acordou engasgada com o chacoalhão de Marta Suplicy, não conseguiu concatenar uma só frase do discurso (pior que o seu padrão, que já é ruim) e brigou até com o operador do teleprompter (o monitor onde lê o texto escrito pelo marqueteiro). Aí, saiu do script e se perdeu.

Afirmou aos ministros que "não temos mais dinheiro para jogar pela janela". Ou seja, se não tem mais, é porque já teve um dia. Então, o governo jogou dinheiro pela janela, Dona Dilma? Que horror, hein?

No desfecho do dia infeliz, a presidente também fez aquela bravata petista de praxe: convocou os integrantes do governo e a militância para uma guerra de informação na mídia, para deleite dos PTbulls amestrados e shownarlistas cooPTados que salivam por dinheiro público.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

E a vaca do PT até engasgou de tanto tossir...

Definitivamente, o "nem que a vaca tussa" não foi das frases mais brilhantes de Dilma Roussef ditadas pelo marqueteiro João Santana. De eficácia duvidosa e um mau gosto a toda prova, foi usada como bravata de campanha pelo PT.

Mas a vaca tossiu. Aliás, "engasgou de tanto tossir", como afirma a senadora e ex-ministra Marta Suplicy no contundente artigo de hoje na Folha. É a pá de cal na suposta ingenuidade dos petistas. Está escancarado o estelionato praticado para a reeleição.

O diagnóstico - preciso, direto, objetivo - é todo ele da ex-prefeita de São Paulo, que, como protagonista da história do PT e partícipe da máquina governista, tem todas as credenciais para dizer o que pensa, com absoluta propriedade. Confira:
Crise econômica, política, moral, ética, hídrica, energética e institucional. Ausência de transparência, de confiança e de credibilidade. Erros. Situação de descalabro. O aumento desmedido das tarifas, a volta do desemprego, a diminuição de direitos trabalhistas, a inflação, o aumento consecutivo dos juros, a falta de investimentos e o aumento de impostos.
O PT vive situação complexa, pois embarcou no circo de malabarismos econômicos, prometeu, durante a campanha, um futuro sem agruras, omitiu-se na apresentação de um projeto de nação para o país, mas agora está atarantado sob sérias denúncias de corrupção.
É preciso algo mais? A vaca tossiu e o Brasil está engasgado, com esse sapo preso na garganta (o PT que cospe no prato que comeu). Precisamos seguir a receita constitucional e expelir esse corpo estranho da nossa História, com uma fórmula expectorante absolutamente democrática e republicana, para desobstruir o poder desses corruPTos e voltar a viver em equilíbrio e harmonia.

Leia também:

O desabafo de Marta Suplicy e o fim-de-feira do PT

Dia de apagão, pacote de aumentos e mais mentiras

A Pátria (des)Educadora do PT: dá zero pra eles!

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Editorial da Folha confirma alerta do Blog do PPS

No dia seguinte ao aniversário de 461 anos da fundação da cidade, após toda a artificialidade daquele clima de festa oficial da Prefeitura, com dinheiro público e roteiro chapa-branca, é que voltamos à realidade e percebemos que temos muito pouco a comemorar.

O prefeito Haddad, que anunciou seu retorno como professor na USP, foi à missa pedir chuva de presente. Deu aula de demagogia. Também assinou o artigo babaca de um ghost-writer qualquer, expondo o mundo surreal criado pelo marketing petista, que só existe nas propagandas mentirosas da TV.

O editorial "Deslizamento na Saúde", da Folha de S. Paulo desta segunda-feira, 26 de janeiro, confirma ainda o alerta publicado na sexta-feira em dois posts do Blog do PPS. "Deslizar para o futuro" é a senha de Haddad para dizer que não vai cumprir as promessas do mandato. É um neologismo covarde que tem o mesmo significado de "vou empurrar com a barriga" ou "estou tentando fazer o povo de otário".

Relembre:

Haddad promete de tudo, sempre ao gosto do freguês; mas entrega fica para 2017, quando prefeito será outro!

Nós amamos São Paulo, apesar de Haddad e do PT... Mas vamos "deslizar a festa" para 2017, quando não teremos mais o desprazer de conviver com um prefeito inoperante à frente da cidade. Até lá, vamos seguir denunciando a incompetência e a irresponsabilidade da gestão "ruinddad"! #foraPT

A mentira deslavada na propaganda de Haddad na TV



A Prefeitura de São Paulo mente descaradamente na propaganda de TV sobre a tarifa de ônibus na cidade. Aliás, presta um desserviço não só por mentir, mas também por omitir o tema principal: na prática, há uma negação do aumento de 17%. (Freud explica?)

A peça publicitária oficial nem menciona o reajuste de R$ 3 para R$ 3,50 - que é tratado de forma enviesada, como se fosse uma medida em benefício da população.

Primeiro, Haddad se apropria indevidamente do termo "passe livre" - que está de volta às ruas com o movimento homônimo que ficou conhecido nos protestos de junho de 2013, marcado pelo mote "Não é só pelos 20 centavos".

Pois se não era por R$ 0,20 agora é por R$ 0,50 e mais uma dose extra de mentiras - na escola da propaganda nazista de Joseph Goebbels e de seus discípulos do PT, marqueteiros e políticos que colocaram em prática o lema "vale fazer o diabo" para iludir o povo e ganhar eleições.

"A Prefeitura de São Paulo aprovou o passe livre para os alunos do Ensino Fundamental e Médio da rede pública, estudantes de universidades públicas e privadas, beneficiários de programas sociais", afirma o garoto-propaganda da Prefeitura, alter-ego de Haddad. "Os demais estudantes continuam pagando meia."

Está aí a primeira meia-verdade da propaganda, porque #PasseLivre (ou #TarifaZero) é uma reivindicação PARA TODOS os usuários do transporte público, não uma vantagem exclusiva dos beneficiários cooPTáveis dos programas assistenciais do governo.

A Prefeitura também omite que estabeleceu um limite de 48 viagens por mês para os estudantes. Então, que raios de "passe livre" capenga é esse?

"O Bilhete Único mensal, semanal e diário não teve reajuste. Você usa quantas vezes quiser, pelo período contratado", prossegue a locução, omitindo tanto a restrição citada acima quanto a informação principal mais óbvia: houve reajuste na tarifa de ônibus de São Paulo, cidadão! (Lê-se nas entrelinhas: Estamos tentando fazer você de otário!)

Mas a maior mentira vem na última afirmação da propaganda: "Quanto mais você usa, menos você paga". Não é verdade, prefeito Haddad. Não é verdade, secretário Jilmar Tatto. E vocês sabem disso!

O preço do Bilhete Único é - com o perdão da redundância - ÚNICO. Então, tanto faz se o usuário fizer duas viagens ou quarenta por mês, o preço será o mesmo.

Proporcionalmente, pode até ser vantajoso usar mais vezes o Bilhete Único, mas o cidadão terá pago o mesmo valor pelo período. Ou seja, o usuário não desembolsa menos se usar mais. Paga tanto quanto qualquer outro. Então, a Prefeitura está mentindo. Simples assim.

Não é pouca coisa para um prefeito que, na campanha eleitoral de 2012, derrubou o seu principal adversário (Celso Russomanno, do PRB) exatamente com uma "pegadinha" sobre quem pagaria mais ou menos usando a tarifa proporcional, uma proposta mal explicada do oponente.

A diferença é que, naquela oportunidade, Russomanno tinha muito menos tempo no horário eleitoral gratuito da TV para responder à campanha negativa protagonizada pelo PT.

Agora, Haddad vem com essa mentira deslavada sobre o mesmo assunto, reciclando os mesmíssimos argumentos da campanha de 2012, mas dessa vez de modo favorável à sua gestão. Ô ruinddad, sô!

Leia também:

Haddad promete de tudo, sempre ao gosto do freguês; mas entrega fica para 2017, quando prefeito será outro!

IRBEM? Ah, vá! Haddad vai de MAL a PIOR, isso sim!

Haddad terá Padilha na "articulação" com a Câmara

Dia de apagão, pacote de aumentos e mais mentiras

A ruindade da gestão Haddad: 2015 promete!

Artigo: "São Paulo, dos CEUs ao inferno"

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Haddad promete de tudo, sempre ao gosto do freguês; mas entrega fica para 2017, quando prefeito será outro!

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, age assim: ele promete ar-condicionado em TODOS os ônibus da cidade. Só não diz quando.

Mas dá uma pista ao prometer também diminuir o tempo de espera por consultas médicas e exames de saúde para "apenas" 60 dias. Previsão para cumprir a promessa: 2017! (Detalhe sórdido: o mandato do prefeito termina em 2016; ou seja, ele simplesmente empurrou o compromisso para o sucessor na Prefeitura).

É a estratégia do avestruz que Haddad já havia anunciado, com toda a cara-de-pau, irresponsabilidade, incompetência e mediocridade: são metas que ele vai "deslizar para a frente". Em português claro: empurrar com a barriga!

É ou não é estelionato?

Leia também:

IRBEM? Ah, vá! Haddad vai de MAL a PIOR, isso sim!

Vamos ter uns dedinhos de prosa? Nem com muito esforço e criatividade, a nova edição do IRBEM (Indicadores de Referência de Bem-Estar no Município), pesquisa anual divulgada pelo Ibope e pela Rede Nossa São Paulo, na sua mais recente versão publicada nesta quinta-feira (22/1), conseguiu levantar a bola da gestão do prefeito Fernando Haddad. E olha que tentaram, hein?

Até desviar o foco da análise dos problemas da Prefeitura de São Paulo para o Governo do Estado essa edição conseguiu! É verdade que a crise hídrica, com a drástica redução do volume das represas e a possibilidade concreta de falta d´água na cidade, é o tema emergente de 2015. Daí a deixar Haddad em segundo plano e eleger Alckmin como o principal personagem da pesquisa, quase um vilão paulistano, é apelar demais. Ou não?

Mas nem se juntarem três dos mais crédulos personagens do nosso universo literário - a Velhinha de Taubaté, de Luis Fernando Veríssimo, Eremildo, o idiota, de Elio Gaspari, e a menina Pollyana com seu "jogo do contente", que procura extrair algo de bom e positivo em tudo, até nas coisas mais desagradáveis - vão conseguir convencer o cidadão paulistano das qualidades enrustidas do prefeito petista e da suposta vilania do governador tucano.

O IRBEM se propõe a avaliar a gestão pública municipal, o nível de satisfação dos moradores de São Paulo em relação à qualidade de vida e ao bem-estar na cidade, além de quantificar os índices de confiança nas principais instituições (Prefeitura, Câmara Municipal, Polícia Militar, Tribunal de Contas, Poder Judiciário, entre outras).

A pesquisa aborda 25 temas, tanto os relacionados às condições objetivas de vida na cidade – nas áreas de saúde, educação, transporte, meio ambiente, habitação e trabalho – quanto os ligados a questões subjetivas, como sexualidade, espiritualidade, consumo e lazer.

A versão recém-divulgada foi realizada entre os dias 24 de novembro e 8 de dezembro de 2014. Ou seja, o levantamento livra Haddad do impacto negativo dos pacotes de maldades instituídos por ele e pela presidente Dilma agora no mês de janeiro.

Em resumo: não abrange o período do aumento da tarifa de ônibus, nem dos reajustes do IPTU e do ITBI, da zona azul, dos combustíveis, dos juros, da conta de luz etc.

A pesquisa também foi realizada antes do caos provocado com as chuvas de verão, as enchentes, o apagão energético e as milhares de árvores caídas em decorrência da falta de cuidados e de manutenção da Prefeitura.

Quer dizer, se a avaliação do governo petista já é péssima sem incluir o último tsunami de incomPTência e inaPTidão, imagine se os 1.512 cidadãos pesquisados pudessem rever seus conceitos diante das últimas notícias. 

Mas vamos nos ater aos dados mais relevantes do IRBEM sobre a gestão "ruinddad", que o olhar de Pollyana dos amigos do PT tentou transformar em algo positivo para o prefeito na divulgação da pesquisa:

Revelou-se como o dado mais positivo, em tese, que a qualidade de vida na cidade de São Paulo "melhorou" para 37% dos entrevistados. Se não bastasse a subjetividade da avaliação, para outros 50% a qualidade de vida "permaneceu estável".

Olha quanta incoerência! Como pode ter melhorado a "qualidade de vida" numa cidade que - segundo a própria pesquisa - aponta a falta d´água como principal problema? Entende-se que aqui há uma mãozinha para destacar as ciclovias e as faixas de ônibus de Haddad como ganhos para a "qualidade de vida". Tá bom, vai... Faz-de-conta.

Outros dados festejados pela claque petista: a espera nos pontos de ônibus teria caído, assim como o tempo para ser atendido nas unidades de saúde, tanto para consultas médicas quanto para exames e procedimentos mais complexos. Será?

Aí você vai atrás dos números que embasam esse positivismo pró-governo e depara com a realidade: o tempo de espera nos pontos teria baixado de 25 para 20 minutos na comparação com a pesquisa anterior. Ok, com a proliferação de faixas exclusivas de ônibus pela cidade é o mínimo que se espera (e ainda foi pouco!). Mas nem uma palavra sobre o Movimento Passe Livre que voltou às ruas!

Porém, o mais gritante se observa ao detalhar os números da suposta melhora no atendimento à saúde (informação que, por si só, já causa suspeita para quem conhece a trágica realidade do SUS):

Segundo a pesquisa, o tempo médio da espera por consultas no sistema público de saúde passou de 60 dias, em 2013, para 56 em 2014. Para exames, de 79 para 78. E para procedimentos mais complexos, de 170 para 169 dias. (É brincadeira, né?)

Os dados oficiais da Prefeitura mostram calamidade ainda maior: há uma espera de 205 dias na fila para consultas e de 124 dias para exames. Ou seja, o paulistano leva SEIS MESES para ser consultado e mais QUATRO MESES à espera de um exame clínico. Quase um ano perdido só para descobrir se está doente.

Aí vem os patrocinadores do IRBEM dizer que "melhorou" o atendimento à saúde, pois os prazos teriam sido reduzidos (vale a pena repetir) de 60 para 56 dias (consultas), de 79 para 78 (exames) e de 170 para 169 dias (procedimentos). Uau! Que beleza! É UM DIA a menos numa espera de UM ANO!!!

Em contrapartida, como era de se esperar, os amigos do PT trazem mais uma promessa de Haddad: reduzir para 60 dias a espera máxima por consultas e exames. Mas, calma cidadão paulistano, não se anime. Isso é só para 2017 (!!!) - já que o prefeito não cumpriu a meta para 2014 e já admite que também não cumprirá em 2015 nem em 2016 (detalhe: no seu último ano de gestão!). Então, o que Haddad faz? Simplesmente empurra a promessa para o sucessor, no incerto e distante 2017!!! (Que cara-de-pau!!!)

Outros números que, maquiados, animam o PT: a aprovação de Haddad aumentou 4 pontos percentuais!!! Uhuuu!!! Ulalá!!!! Passou de ridículos 11% para 15% os que consideram “ótima” e “boa” a gestão municipal atual. Por outro lado, diminuiu de 49% para 45% os que avaliam como “regular” e aumentou de 39% para 40% os que consideram “ruim” e “péssima”.

Conclusão: Haddad continua sendo uma decepção para 85% do eleitorado paulistano, que não vai cair outra vez no conto do vigário, nem se render aos factóides do marketing eleitoral petista. Basta de PT!

Leia mais:

Haddad terá Padilha na "articulação" com a Câmara

Leia o artigo "São Paulo: dos CEUs ao inferno"

Artigo de Carlos Fernandes (PPS/SP)
Não precisamos morrer de amores pela ex-prefeita Marta Suplicy para dar razão às críticas que ela faz ao PT nem para reconhecer alguns méritos inegáveis da sua gestão, ainda mais se compararmos às atuais administrações petistas, tanto do prefeito Fernando Haddad quanto da presidente Dilma Roussef.

Marta assumiu a Prefeitura de São Paulo em 2001, herdando a terra arrasada deixada pelos antecessores Paulo Maluf e Celso Pitta, após um intervalo de oito anos da primeira gestão petista, com a prefeita Luiza Erundina, de 1989 a 1992. Deixou marcas e realizações importantes, como os CEUs, o Bilhete Único, o Vai e Volta, o Passa Rápido, o Leve Leite ampliado.

O PT que dava os primeiros passos no poder era outro, tanto com Erundina quanto com Marta. Com um histórico oposicionista exemplar, tinha credenciais para se contrapor à velha política representada por Maluf, Sarney, Collor & cia. A gestão Erundina enfrentou dificuldades pelo comportamento dos próprios petistas. No governo Marta, porém, os problemas foram se agravando. O PT se apropriou do malufismo, aliou-se aos políticos que antes combatia, aparelhou a máquina, loteou a administração. Surgia ali o modus operandi que, aperfeiçoado em Brasília, culminaria nos escândalos do mensalão e da Petrobras.

Hoje a melhor definição do PT vem da própria Marta: "Cada vez que abro um jornal, fico mais estarrecida com os desmandos do que no dia anterior. É esse o partido que ajudei a criar e fundar? Hoje, é um partido que sinto que não tenho mais nada a ver com suas estruturas. É um partido cada vez mais isolado, que luta pela manutenção no poder. E, se for analisar friamente, é um partido no qual estou há muito tempo alijada e cerceada, impossibilitada de disputar e exercer cargos para os quais estou habilitada."

O desabafo - e até o seu possível viés eleitoral - não isenta Marta, como senadora do PT desde 2010 e ministra de Dilma Roussef até a sua reeleição, da responsabilidade de ter ajudado a eleger e a manter no poder o partido e as lideranças que hoje são alvo de suas críticas.

Mas nunca é tarde para a autocrítica e para uma correção de rumo. Marta segue os passos de figuras expressivas que deixaram o partido por discordar dos métodos e práticas petistas, como Marina Silva, Luiza Erundina, Heloísa Helena, Cristovam Buarque, Fernando Gabeira, Hélio Bicudo (ex-vice de Marta), Soninha Francine, entre outros.

Assim como apostamos na dissidência aberta no plano federal (a candidatura presidencial de Eduardo Campos, depois Marina Silva) como alternativa viável e consistente para ajudar a erradicar o PT do poder, num movimento que seguimos construindo no bloco partidário formado por PPS, PSB, PV e Solidariedade, também vemos com bons olhos o deslocamento de Marta Suplicy do campo governista.

O petismo faz mal para São Paulo e para o Brasil. A ruindade da gestão Haddad é tão notável que, veja só, a primeira candidatura oposicionista que se apresenta é originária do próprio PT. Não é à toa o desespero que já toma conta do governo com a simples possibilidade de Marta se candidatar à Prefeitura em 2016. O povo paulistano não é bobo. Vai usar a arma que tem - o voto - para botar essa turma para correr! Basta!

Carlos Fernandes foi subprefeito da Lapa e preside o PPS paulistano.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Haddad terá Padilha na "articulação" com a Câmara

Não basta estar desempregado e ter sido derrotado, é preciso ser desqualificado na função para integrar o quadro petista da Prefeitura de São Paulo.

Desculpe, mas essa é a impressão que fica após Fernando Haddad nomear o péssimo ex-ministro da Saúde e candidato derrotado ao governo paulista, Alexandre Padilha, como secretário de Relações Governamentais da Prefeitura - para se juntar ao time dos recém-chegados Eduardo Suplicy (derrotado ao Senado), Gabriel Chalita (derrotado à Prefeitura) e até do boa-praça Marco Aurélio Cunha (derrotado à Assembleia Legislativa). 

A função principal de Padilha será fazer a "articulação" de Haddad com a Câmara Municipal de São Paulo, tentando melhorar a relação do prefeito com os vereadores, visando facilitar o caminho para 2016. Por trás dessas nomeações também está a tentativa de neutralizar (ou até constranger) a senadora Marta Suplicy, que fez críticas consistentes ao PT e pode se tornar uma ameaça à reeleição do prefeito.

O que dizer dessa estratégia petista, além do fato de estarem subestimando a inteligência do eleitor paulistano?

Quer saber mais do que está acontecendo e lembrar quem é quem? Leia:

Petista confuso: 5% pro Padilha é voto ou comissão?

Onda de escândalos, mar de lama e Padilha faz água

Agora nem com muito Viagra, hein, Padilha?

PT, PP, Maluf, Padilha... Alguém ainda se surpreende?

PT tenta afastar de Padilha os amigos incômodos

Haddad e Chalita des(A)pontam na área da Educação

"O guru do subsolo", por Fernando de Barros e Silva

A Pátria (des)Educadora do PT: dá zero pra eles!

A ruindade da gestão Haddad: 2015 promete!

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Um verdadeiro Fla x Flu de bárbaros da Idade Média

Dois episódios atuais servem para demonstrar como o "mundo moderno" está distante do nosso ideal de civilidade: o fuzilamento do traficante brasileiro preso na Indonésia e o atentado terrorista ao jornal Charlie Hebdo, em Paris, serviram para despertar - além do tradicional confronto polarizado de opiniões, no pior estilo Fla x Flu - os instintos mais bárbaros e primitivos do ser humano.

Pena de morte, família, drogas, religião, segurança, justiça, vingança, liberdade de expressão, são pratos cheios para discussões acaloradas, por vezes agressivas, mas quase sempre baseadas em argumentos rasos, parciais e subjetivos, de um lado ou do outro da "torcida".

É difícil, quando ninguém se escuta, rebater raciocínios tão simplistas quanto canalhas: ser contra a pena de morte é ser a favor das drogas e da morte de jovens vítimas de traficantes e blablablá. Defender os cartunistas franceses é ser anti-islâmico (ou anti-semita, ou anti-cristão, ou anti-tudo). Ser contra a execução do brasileiro na Indonésia é defender que ele fosse "solto", ficasse "livre", portanto incentivando o tráfico e novamente a morte de jovens vítimas e blablablá.

Somos uns imbecis retrógrados (e cúmplices da bandidagem) porque não acompanhamos o PROGRESSO da sociedade, que clama por pena de morte (queremos plebiscito já!) e sempre que possível faz "justiçamento" com as próprias mãos, afinal o Estado é ineficaz e lerdo, pois não mata logo todos esses bandidos em praça pública!

Que humanismo, que nada! Isso é coisa do passado, não está em sintonia com o mundo moderno!!! (Quem sabe se a Apple não lança um app para Iphone, para cada cidadão de bem apertar no seu aparelho o gatilho ou disparar uma descarga elétrica nos bandidos que estão sendo executados merecidamente pelo mundo?).

Afinal, o que pensa o tal "cidadão de bem": Eu certamente usaria o app em qualquer FDP que atingisse a mim ou à minha família, ou talvez àqueles que professam a minha fé e compartilham as minhas crenças e costumes, ou contra alguém que eu simplesmente considerasse merecedor de uma pena mais rígida (sou humano, porra!).

E, quer saber, a sociedade que se dane!!! Não vou me submeter às regras de uns idiotas que não respeitam a soberania de um país sério como a Indonésia e ainda se preocupam em defender a vida de bandido!!!

(aviso explícito para evitar mal entendido: neste ponto termina a ironia do texto)

Não é preciso todo esse debate para afirmar que nós do PPS somos humanistas, defendemos a vida, a liberdade, a igualdade, a democracia, a república...

No caso específico da pena de morte, o partido é contra. Deve ser assim. Essa é a nossa história, este é o nosso lado. Quem tem outra opinião (o que é legítimo), nesses casos pontuais, pode até querer mudar "o" partido, mas se insistir vai ter que mudar "de" partido.

Obviamente, o diálogo e o debate (viva a liberdade de expressão e pensamento) são necessários sempre, mas jamais para mudar nossos princípios.

Qualquer cidadão de bom senso deve defender punição rigorosa a qualquer criminoso, e neste caso do traficante brasileiro não seria diferente, mas isso não implica endossar a pena de morte. Pessoalmente, é até natural desejarmos a morte de um traficante (ou que fosse um assassino, sequestrador, estuprador etc.). Mas o Estado ter esse poder, não combina com o ideal que temos de mundo, de justiça e de sociedade.

Portanto, a crítica à presidente Dilma Roussef e ao governo do PT não deve se dar por ter cumprido o seu papel de tentar até o último momento proteger um cidadão brasileiro condenado à morte em outro país, mas exatamente por fracassar no cumprimento deste dever.

Não está em jogo aqui se o sujeito "merecia" ser condenado pelo crime cometido (claro que merecia!), mas se cabe a pena de morte no mundo civilizado. É muito mais que um julgamento subjetivo, moral, pessoal. Todo criminoso deve ser punido com o rigor da lei, mas dentro dos princípios humanos e dos limites que estabelecemos como aceitáveis.

Após a execução, Dilma se diz "consternada e indignada"? (...) Agora???!!!

Nunca antes na história deste país um brasileiro foi executado no mundo em pena de morte. Mais uma realização de Lula e Dilma.

O ministro Marco Aurelio Garcia (Mr. Top Top), famoso por festejar acidente da TAM, foi quem intercedeu pelo brasileiro executado na Indonésia? Explica-se.

Esse (des)governo Dilma, com suas Relações Internacionais padrão PT (pró-bolivarianos e ditadores), não tem o mínimo peso no mundo. Desmoralização total! #ForaPT

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Dia de apagão, pacote de aumentos e mais mentiras

Nunca antes na história deste país se testemunhou um estelionato eleitoral tão grande, em tão curto espaço de tempo.

Estamos apenas no 20º dia do segundo mandato de Dilma Rousseff e ela já fez tudo aquilo que prometeu que não haveria no seu governo.

Pior, o PT espetava tudo na conta do "pessimismo" da oposição.

Ontem, de uma só tacada, veio apagão e novo pacote de aumentos, para se juntar às doses diárias e homeopáticas de mentiras, maldades, irresponsabilidade e incompetência. Um horror!

E dias piores virão, afinal faltam mais 1.442 dias para aguentar o Partido dos Trabalhadores no poder... Meu Deus!!!


Propaganda enganosa do Haddad

Se não bastasse o show de mentiras no Governo Federal, a Prefeitura de São Paulo colocou no ar uma propaganda enganosa sobre a tarifa de ônibus na cidade. Além de omitir a informação principal (o aumento de R$ 3 para R$ 3,50), ainda mente sobre o Bilhete Único:

"Quanto mais você usa, menos você paga".

É mentira, prefeito Fernando Haddad! É mentira, secretário Jilmar Tatto!

Alô, Celso Russomanno, chame aí a sua Patrulha do Consumidor porque esses caras-de-pau estão enrolando o povo!!! (Que irônico, na campanha de 2012 eles não derrubaram a sua candidatura justamente com uma pegadinha sobre quem pagaria mais ou menos usando a tarifa proporcional etc. e tal? Pois veja agora...)

Proporcionalmente, pode até ser vantajoso usar mais vezes o Bilhete Único, mas o preço é o mesmo! Ou seja, o cidadão não paga menos se usar mais. Paga tanto quanto qualquer outro usuário. Então, a Prefeitura está mentindo. Simples assim. Ô ruinddad, sô!

Leia também:

Por que a batata do Haddad está assando?

A ruindade da gestão Haddad: 2015 promete!

Petistas à beira de um ataque de nervos...

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Por que a batata do Haddad está assando?

Um oásis no deserto: população reage à má gestão
O exemplo mais recente da falta de diálogo, de planejamento e de sensibilidade da Prefeitura de São Paulo, açodada pela incompetência e pela irresponsabilidade do prefeito Fernando Haddad, é o da intervenção feita no Largo da Batata.

A resposta popular veio na medida certa: a necessária, bem vinda e exemplar reação da comunidade, que por conta própria plantou árvores à revelia do poder público, dando um toque de vida à obra absurda do (des)governo petista.

Leia: Grupo desafia Prefeitura e planta 32 árvores no Lago da Batata

Mas não é só isso! Para onde o paulistano olha, vê o toque de Midas (ao contrário) do prefeito Haddad: basta ele pôr a mão para estragar tudo!

Farol pifado? Tem o toque de Haddad. Bueiro entupido? O toque de Haddad. Árvore caída? Haddad. Aumento do ônibus? Haddad. IPTU? Haddad. Zona azul? Haddad. Calçada esburacada? Haddad. Ciclovia mal feita? Haddad. Manancial invadido? Haddad. Cracolândia? Haddad. Creche sem vaga? Haddad. Metas não cumpridas? Haddad. Propaganda enganosa na TV? Haddad.

Ex-subprefeito da Lapa e presidente do PPS/SP, Carlos Fernandes reclamou
uma semana de bueiro entupido na Pompéia até a Prefeitura atender ao chamado

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

A ruindade da gestão Haddad: 2015 promete!

Iniciada a segunda metade do mandato de Fernando Haddad, é preciso ser didático e inteligível na oposição que fazemos ao prefeito de São Paulo. Primeiro, deixar claro que não somos contra só pelo fato dele ser do PT, ainda que o modus operandi petista mereça ser combatido. Segundo, mostrar que existe vida inteligente fora desse mundinho polarizado entre PT e PSDB.

Embora os confrontos binários (rico x pobre, centro x periferia, carro x bicicleta, meio ambiente x moradia) ajudem a perpetuar a simbiose entre petistas e tucanos, é crescente a rejeição a esses dois pólos tradicionais. Não por acaso, surge um bloco inédito com PPS, PSB, PV e Solidariedade.

Fazemos oposição ao prefeito pela sua ruindade. Haddad é o pior gestor que o paulistano tem lembrança nos últimos trinta anos - e repare que não é tarefa simples superar todas as dificuldades que enfrentaram Kassab, Serra, Marta, Pitta, Maluf, Erundina, Jânio.

Vamos aos fatos? Anunciar que o ônibus vai custar R$ 3,50 a partir de 6 de janeiro, um aumento de 17% em pleno período de festas de fim de ano, férias escolares e recesso parlamentar, é uma canalhice.

Pior: promover esse reajuste após uma auditoria revelar que, ao invés do aumento, o custo do transporte poderia ser reduzido se houvesse uma gestão minimamente eficaz e responsável no cumprimento do contrato em vigor (que segue prorrogado indefinidamente por incapacidade administrativa desta Prefeitura).

Outra ruindade de Haddad, travestida de bondade, foi a anunciada "redução do aumento do IPTU". Depois de criar uma expectativa de reajuste de até 20% do IPTU residencial e 35% do comercial, a Prefeitura estabeleceu um "teto" de 10% para imóveis residenciais e 15% para pontos comerciais, como já era previsto em 2014, e ainda aumentou o ITBI, que passa de 2% para 3% em 2015.

É óbvia a rejeição a qualquer aumento abusivo, fora o impacto na inflação. Então o marketing do PT inventou uma historinha (que parte da opinião pública acreditou) para reduzir o fardo de um prefeito e de um partido que vão mal das pernas e precisam começar a construir o longo caminho da reeleição.

Não contente com o festival de incompetência e improviso ao implantar faixas para ônibus e bicicletas sem critério, sem diálogo e sem planejamento, Haddad aprontou mais uma: liberou as ciclovias para skates, patins, patinetes e até cadeiras de rodas (!?).

Ou seja, o desvirtuamento das ciclovias e ciclofaixas virou lei por decreto do próprio Haddad! É um atestado do insucesso do abominável homem-das-faixas e a institucionalização do caos.

O mesmo problema acontece com as áreas de mananciais invadidas por movimentos partidarizados pró-moradia. A Prefeitura diz não ter dinheiro para implantar os parques prometidos. Resultado: para a especulação imobiliária, tudo! Para a qualidade de vida, nada?

Necessidade prioritária de qualquer metrópole que se pretende moderna, civilizada e sustentável acaba ridicularizada pela inabilidade de um prefeito desqualificado. Por sorte de Haddad, os militantes do MTST ainda não perceberam que o espaço mais ocioso da cidade, portanto sujeito à ocupação, é a cadeira de prefeito.

Leia também:

Loteamento de Haddad promove dança das cadeiras na Câmara de SP

Petistas à beira de um ataque de nervos...

O desabafo de Marta Suplicy e o fim-de-feira do PT

PPS lança manifesto: "São Paulo, a cidade pós-Haddad"

A Pátria (des)Educadora do PT: dá zero pra eles!

Ei, Haddad vai destruir a Paulista e tudo bem?

Ônibus mais caro é fruto de uma administração barata

O abominável homem-das-faixas ataca novamente...

Prefeitura dá dinheiro público a entidade que ataca jornalistas

Haddad, o prefeito amigo do mercado imobiliário

Enganador do presente, exterminador do futuro

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Artigo: "Haddad, Tatto e a negligência da gestão"

Artigo de Carlos Fernandes (PPS/SP)
O prefeito Fernando Haddad e o secretário Jilmar Tatto agem como "pais desnaturados" ao tratarem dos problemas do transporte público na cidade de São Paulo. Veja se não cabe a analogia: o contrato em vigor com as empresas de ônibus é "filho" da gestão anterior do PT, assinado há dez anos pelo mesmo secretário de Transportes que hoje renega a cria.

A Prefeitura de São Paulo contratou uma auditoria externa para diagnosticar as falhas do sistema, tal qual os pais que recorrem a um psicólogo para ajudar na orientação do rebento mal comportado. Mas eis a surpresa na conclusão da análise quando o filho recebe alta, enquanto os próprios genitores acabam responsabilizados por negligência, maus tratos e abandono.

Mal comparando, foi esta a conclusão da auditoria: o problema não está no contrato do transporte, mas na sua gestão. Ou seja, se a qualidade do serviço prestado se mostra insatisfatória, não é por falta de mecanismos legais. Estão todos ali, previstos contratualmente, para remunerar o trabalho eficaz e punir as ineficiências.

Voltando ao exemplo inicial: é como em nossa casa, se não dermos a necessária atenção aos filhos, estabelecendo regras, colocando limites e cobrando responsabilidades, a tendência natural é a acomodação. Depois que os pais perdem a autoridade, não adianta lamentar a rebeldia do filho, a falta de respeito e consideração.

No caso do transporte foi a mesma coisa. A Prefeitura tinha nas mãos todos os instrumentos de fiscalização e controle do sistema. Podia acompanhar passo a passo cada ônibus da frota, a quantidade de passageiros transportados, os quilômetros percorridos, a velocidade, o tempo de percurso, o número de partidas por dia, a localização exata por GPS.

E o que Haddad e Tatto fizeram com todos esses recursos disponíveis? Absolutamente nada! A Prefeitura é frouxa na gestão do transporte e leniente com os problemas que foram se avolumando: ônibus superlotados, veículos mal conservados ou com idade superior à permitida, lucro mal auferido, partidas não realizadas, entre outras falhas que deveriam gerar multas e outras punições (no limite, até a exclusão da empresa), mas que foram sendo toleradas.

Conclusão: apesar de constatar que o serviço prestado é caro e insatisfatório, a única ação da Prefeitura após a auditoria foi aumentar o valor da tarifa e anunciar que está prevista para este ano uma nova licitação para o sistema (no lugar do atual contrato, vencido e prorrogado indefinidamente).

Mas Haddad e Tatto fingem desconhecer que o problema central é a má gestão. Se prosseguirem neste autismo político, podem abrir concorrência, fazer auditoria e dissecar a planilha de custos que não vão resolver a demanda da população por um serviço eficaz, de qualidade, com ônibus pontuais e confortáveis, em linhas bem planejadas e por um preço justo. São ruins de direção e não dão passagem para quem entende (inclusive o corpo técnico da SPTrans) poder avançar.

Carlos Fernandes foi subprefeito da Lapa e preside o PPS paulistano.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Loteamento partidário na gestão Haddad promove dança das cadeiras de vereadores na Câmara de SP

Kassab é especialista em atrair parlamentares para a base
A posse em breve dos vereadores paulistanos eleitos deputados, que ocorrerá respectivamente nos meses de fevereiro (federais) e março (estaduais), e a anunciada reforma do secretariado do prefeito Fernando Haddad, com a eventual nomeação de parlamentares para o governo, vai mexer sensivelmente com a Câmara Municipal de São Paulo.

Todos os movimentos são estratégicos para a eleição de 2016: com baixa popularidade e um governo medíocre, Haddad se aproxima de figuras como Gabriel Chalita (PMDB), nomeado secretário da Educação e cotado para vice-prefeito daqui a dois anos, e Gilberto Kassab (PSD), ministro das Cidades e novo queridinho do PT com seu pragmatismo situacionista, na esperança de dar um gás à gestão "ruinddad".

O prefeito também atende, enfim, a mais antiga e recorrente reivindicação de vereadores e partidos da base, promovendo o tradicional loteamento da máquina e entregando na bacia das almas secretarias, subprefeituras e cargos de confiança no governo.

Quintas, Cabrabom e Camilo tomaram posse em 6 de janeiro
Já foram empossados no dia 6 de janeiro, na reunião inaugural da nova Mesa Diretora presidida pelo vereador Antonio Donato (PT), os suplentes Valdecir Cabrabom (PTB), Coronel Camilo (PSD) e Adolfo Quintas (PSDB), que substituem Jean Madeira (PRB), novo secretário estadual de Esportes, Lazer e Juventude, Antônio Carlos Rodrigues (PR), nomeado para o Ministério dos Transportes, e Floriano Pesaro (PSDB), secretário estadual de Desenvolvimento Social.

Em 1º de fevereiro, data do término do recesso e também da posse dos deputados federais eleitos, Antonio Goulart (PSD) - ele próprio cotado para ser secretário de Haddad - deve renunciar à vereança e, assim como o tucano Floriano Pesaro, assumir sua cadeira na Câmara dos Deputados. No lugar de Goulart será efetivado o atual suplente Anibal de Freitas, tucano que foi eleito em 2012 na chapa composta por PSDB, PSD, DEM e PR.

Wadih Mutran está de volta
Em 15 de março será a vez dos novos deputados estaduais assumirem seus cargos na Assembleia Legislativa. Assim, na véspera, devem deixar a Câmara Municipal os vereadores Coronel Camilo (PSD), José Américo (PT), Coronel Telhada (PSDB), Marta Costa (PSD) e Roberto Trípoli (PV).

Vão substituir os cinco vereadores eleitos a deputado estadual, respectivamente, os suplentes João Carlos "Jonas Camisa Nova" (DEM), Wadih Mutran (PP), Quito Formiga (PR), Salomão Pereira (PSDB) e Abou Anni (PV), este último que já atua no lugar do titular Ricardo Teixeira, secretário das Subprefeituras, abrindo espaço para mais um suplente (Marcos Belizário, dirigente do PV e ex-secretário de Kassab).

Outros 11 vereadores disputaram a eleição de 2014, mas não se elegeram. Aspiravam a vaga de deputado federal: Paulo Frange (PTB), Conte Lopes (PTB), Eliseu Gabriel (PSB), Netinho de Paula (PCdoB) e Senival Moura (PT). A deputado estadual, concorreram sem sucesso os vereadores José Police Neto (PSD), Marco Aurélio Cunha (PSD), Gilson Barreto (PSDB) e Marquito (PTB). E ainda disputaram o cargo de governador do Estado os vereadores Gilberto Natalini (PV) e Laércio Benko (PHS).

Marco Aurélio Cunha é cotado
Porém, alguns deles são cotados para compor a administração Haddad: fala-se em Marco Aurélio Cunha para assumir a empresa São Paulo Turismo e Netinho de Paula para retornar à Secretaria da Igualdade Racial. No lugar deles assumiriam Ushitaro Kamia (PSD) - pois o próximo da lista, Rogério Farhat (PR), faleceu no mês passado - e Jamil Murad (PCdoB), dois veteranos da política.

Outros nomes dados como certos para assumir como secretários de Haddad são Nabil Bonduki (PT) na Cultura e um vereador do PMDB (Rubens Calvo ou Ricardo Nunes) na Segurança Urbana. Na fila de suplentes aparecem Alessandro Guedes (PT) e Luiza Nagib Eluf (que migrou para o PRP e por isso pode ter a vaga questionada na Justiça) ou o suplente seguinte da coligação entre PMDB, PSL, PSC e PTC em 2012, o pastor e ex-deputado Lelis Trajano (PSL).

Outros vereadores da base governista ainda almejam virar secretários. Seja como for, Haddad seguirá tendo maioria esmagadora nas votações em plenário e nas comissões internas da Câmara. A oposição não vai ter vida fácil até a sucessão do prefeito Haddad, em 2016. Porém, a última palavra, como sempre, será do eleitor paulistano - que não costuma reeleger seus prefeitos (Amém!).

Leia também:

Petistas à beira de um ataque de nervos...

O desabafo de Marta Suplicy e o fim-de-feira do PT

PPS lança manifesto: "São Paulo, a cidade pós-Haddad"

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Petistas à beira de um ataque de nervos...

A crise provocada no PT pelas declarações da ex-prefeita Marta Suplicy afeta diretamente a gestão paulistana de Fernando Haddad, que já vinha mal das pernas e agora precisa definitivamente começar a se mexer para tentar a reeleição em 2016 (Deus, livrai-nos dessa malddad!).

O que faz, então, o prefeito-gênio para reagir? Começa a dialogar com a população e melhora o seu governo? Não!!!! Ele simplesmente aumenta o loteamento da administração, manipula as metas do mandato e multiplica os factóides (e dá-lhe tinta!) para virar notícia.

Se não bastassem as ciclovias espalhadas pela cidade sem nenhum critério nem planejamento (a não ser o do marketing) e o Pato Donald que Haddad grafitou num dia desses para melhorar a própria imagem (que está pior que o desenho ridículo que fez), ele segue como principal incentivador da indústria de tintas, merecedor dos apelidos de "Prefeito Lukscolor" ou "Prefeito Suvinil", reforçados agora com os grafites patrocinados pela Prefeitura na 23 de Maio.

E dá-lhe factóides! Basta ler as notícias do dia nos jornais para ter uma amostra:

De olho em 2016, Haddad deve trocar 10 dos 27 secretários

Chalita aceita convite de Haddad para assumir secretaria da Educação


Prefeitura de SP calcula duas vezes vagas em creches

Para o PT, Haddad enfrenta 'risco real' contra Marta

Entrevista de Marta é sinal amarelo para Haddad

Para PT paulistano, saída de Marta é 'desastrosa' para Haddad

Corredor de grafite deixa Avenida 23 de Maio lenta

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

O desabafo de Marta Suplicy e o fim-de-feira do PT

"Ou o PT muda, ou acaba". A sentença não é de nenhuma figurinha carimbada anti-petista, mas de uma digna e até então leal representante do Partido dos Trabalhadores, a senadora Marta Suplicy, ex-prefeita de São Paulo e candidata outras vezes a prefeita e governadora do Estado, em entrevista imperdível à jornalista Eliane Cantanhêde, no Estadão deste domingo (11/1).

"Cada vez que abro um jornal, fico mais estarrecida com os desmandos do que no dia anterior. É esse o partido que ajudei a criar e fundar? Hoje, é um partido que sinto que não tenho mais nada a ver com suas estruturas. É um partido cada vez mais isolado, que luta pela manutenção no poder. E, se for analisar friamente, é um partido no qual estou há muito tempo alijada e cerceada, impossibilitada de disputar e exercer cargos para os quais estou habilitada", desabafa Marta, absolutamente sincera e direta, como de praxe.

É o PT em decomposição, como avalia outro excelente jornalista, Josias de Sousa:
Não foi ninguém da imprensa golpista nem da oposição retrógrada. Foi Marta Suplicy quem disse cobras e lagartos de Dilma, do governo e do PT. Foi Marta quem desancou companheiros como Aloizio ‘Inimigo’ Mercadante e Rui ‘Traidor’ Falcão. Foi Marta quem declarou ter participado de conversas nas quais o próprio Lula, “extremamente incomodado” com Dilma, a “decepava”. Foi Marta quem sentenciou: “Ou o PT muda ou acaba”. 
Para o PT, só há dois tipos de seres humanos: o petista e o idiota. Vem daí a convicção do petismo de que todas as críticas ao governo e ao partido são suspeitas. Mesmo as opiniões negativas de aparência mais sensata têm essa falha de origem: são de idiotas. De repente, surge um terceiro tipo de ser humano: Marta Suplicy — uma quase ex-petista transitando da militância dogmática, movida à base de fé e revelações divinas, para a idiotia plena, que convive com a dúvida e a crítica.
Espantosa fase essa que o PT atravessa. O absurdo adquiriu para o partido uma doce, uma persuasiva naturalidade. Os petistas se espantam cada vez menos. Se o banquete inclui ensopadinho de dinheiro sujo à moda de Valério, nenhum petista fará a concessão de uma surpresa. Adicionaram-se as propinas do petrolão no cardápio? Pois que seja propina, e com abóbora.
Ao desenhar um quadro devastador da legenda, Marta Suplicy apenas reintroduz nos seus hábitos o ponto de exclamação. Faz isso com um atraso hediondo. Marta demorou tanto para acordar que acabou perdendo o essencial. “Ou o PT muda ou acaba”, disse ela. Ora, o PT já acabou faz tempo. Só Marta não notou que isso que está aí na praça é um ex-PT bem mequetrefe. Aquele partido casto e imaculado da década de 80 morreu. Saiu da vida para cair na esbórnia.
Perfeito o obituário traçado por Josias de Sousa a partir do diagnóstico de Marta Suplicy. Ela sabe que não vai ser fácil enfrentar a ira dos petistas atingidos por suas declarações. Mas quem tem medo da verdade? Marta já mostrou que não tem. Entre os defeitos da ex-prefeita certamente não estão a covardia e a fuga de suas convicções. Ao contrário. Muitas vezes ela peca por ser turrona e suscetível ao sincericídio.

O rumo anunciado por Marta - a porta de saída do PT - não é novidade para quem acompanha a política e tem estômago sensível para a podridão do poder a qualquer custo. Segue os passos de outras mulheres honradas como Luiza ErundinaMarina SilvaHeloísa HelenaSoninha Francine.

Nas redes sociais, os ataques já começaram. Aliás, a agressão se dá contra tudo e contra todos que, na visão estreita do petismo, representam qualquer possibilidade de obstáculo político ou ameaça eleitoral.

Além das mulheres mencionadas acima, que deixaram a legenda, a própria jornalista Eliane Cantanhêde é vítima frequente do ódio da milícia PTbull. Seu crime? Exercer a profissão sem aceitar ser cooPTada pelos atuais inquilinos do poder.

Uma conclusão óbvia: a ruindade do PT é tão grande, mas tão grande, que a oposição mais consistente se origina dentro do próprio partido (repare que não foi à toa que os principais concorrentes de Dilma na eleição de 2014, além do tucano Aécio Neves, eram todos ex-petistas: Marina SilvaEduardo JorgeLuciana Genro, entre outros candidatos de partidos menores).

O que pensamos disso tudo? Parabéns, Eliane, pela ótima entrevista. Parabéns, Marta, pela coragem de dizer as verdades, doa a quem doer. E vamos, sim, dialogar sobre o futuro de São Paulo e do Brasil. Não são poucos os que se sentem frustrados e traídos ao ver no que se transformou o antigo Partido dos Trabalhadores. Precisamos dar um basta a esse modus operandi criminoso do PT na política.

Leia também: