segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Prioridade de Haddad é "fazer uma social", enquanto verdadeiras pastas sociais permanecem sucateadas

Cada vereador paulistano tem direito de apresentar individualmente R$ 3 milhões de emendas ao Orçamento da Cidade para 2015.

Uma conta rápida: são 55 vereadores, a R$ 3 milhões por cabeça, totalizando R$ 165 milhões.

Esse montante é maior que o Orçamento de cada uma das 32 subprefeituras. Na verdade, precisamos juntar o que se gasta efetivamente com quase 10 delas para chegar nesse valor.

Esse dinheiro carimbado para os vereadores é equivalente ao Orçamento anual de uma Secretaria como Assistência e Desenvolvimento Social.

Ou, ainda mais chocante, para exemplificar, é DEZ VEZES mais que o Orçamento da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida; e QUINZE VEZES o Orçamento da Secretaria de Igualdade Racial.

O que dizer disto?

Até o vereador Netinho de Paula (PCdoB), da base de sustentação de Haddad e seu primeiro secretário de Promoção da Igualdade Racial, critica o desprezo da administração.

"Uma secretaria que deveria manter programas voltados aos jovens carentes do nosso município é desprezada no Orçamento", afirma Netinho.

Ele disse que outros vereadores da base e integrantes do Executivo chegaram a rir dele quando foi pedir mais verbas para esta pasta, que serve apenas de "vitrine" para o suposto viés social da gestão, mas que na prática não tem a mínima estrutura para funcionar de fato.

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