segunda-feira, 4 de agosto de 2014

PT: um peso e 13 medidas com a bandidagem

Luiz Moura, vereador Senival e Padilha, ex-camarada
Vem cá, quem o PT pensa que vai enganar com essa história de expulsão do deputado supostamente vinculado ao PCC?

Não adianta nada jogar para a plateia e simular um expurgo exemplar enquanto esconde a sujeira debaixo do tapete e ainda deixa o rabicho de fora.

Vamos aos fatos: comenta-se faz tempo sobre a origem do deputado Luiz Moura, seus antecedentes criminais e essa suposta (sim, suposta, afinal a investigação ainda não foi concluída) ligação com o partido do crime (calma petistas, estamos nos referindo ao PCC).

Mas tudo isso não impediu que o PT o elegesse deputado estadual por São Paulo, bancado pela direção nacional e pessoalmente por vários figurões do partido, que amavam posar ao lado do deputado. Né, Padilha?

Segundo prestação de contas registrada no TRE, contribuíram com dinheiro para a eleição de Luiz Moura, em 2010, o atual secretário de Transportes da gestão Haddad, Jilmar Tatto, a senadora Marta Suplicy, e o ex-líder do Governo Dilma e atual vice-presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (que assumiu a vaga de outro deputado expulso pelo PT, André Vargas).

Vejam só, a campanha do deputado Luiz Moura também recebeu contribuições dos mensaleiros condenados José Genoíno e João Paulo Cunha, entre outros deputados do PT (por exemplo, Candido Vacarezza, Carlos Zarattini, Janete Pietá e Vicente Cândido).

Outra coisa: o deputado Luiz Moura, defenestrado do PT, é irmão do vereador paulistano Senival Moura, que continua prestigiado no partido, tanto que é até candidato a deputado federal, ao lado da presidente Dilma, do ex-ministro Padilha e dos demais petistas que votaram por unanimidade pela expulsão de apenas um dos dois irmãos.

Estranho, porque ambos, Luiz Moura e Senival, tem a mesma base eleitoral, pertencem ao mesmo grupo político, atuam de forma muito semelhante na legenda, no parlamento e na zona leste de São Paulo. São ambos suspeitos da mesmíssima conduta irregular.

Daí conclui-se que: 1) Ou ambos são inocentes, e o PT tomou uma medida injusta; 2) Ou ambos são culpados, mas a justiça interna se faz só parcialmente para atender a um clamor público; 3) Ou o PT acertou na decisão salomônica e fez um corte cirúrgico, ceifando pela metade o mal da família Moura e deste grupo político.

Emídio de Souza e João Paulo: de Osasco para o mundo
Presidente do PT paulista, Emídio de Souza, ex-prefeito de Osasco, terra do também parceiro João Paulo, justifica a expulsão ao afirmar que, mesmo sem uma condenação formal, Luiz Moura já provocou danos à imagem do partido.

Hmmm... Faz sentido.

"A decisão do PT não precisa esperar fatos policiais ou a conclusão do inquérito. Nós somos um partido político, não um departamento de investigação", explicou o petista.

"A conduta dele trouxe um dano à imagem do PT por conta das acusações e depois ainda concluído com a ação que ele fez contra o PT, desestabilizando toda a nossa coligação."

Tem toda a razão, presidente! Apoiadíssimo! Digo, pelos padrões petistas, é claro!

Padilha e Emídio orgulhosos pelo apoio de Maluf, que se foi...
Afinal de contas, um partido que tem entre as suas principais figuras Zé Dirceu, Genoíno, Delúbio, João Paulo e André Vargas, além de se aliar a personagens do calibre de um Paulo Maluf, eterno procurado da Interpol, não pode aceitar ter a sua imagem arranhada por um Luiz Moura qualquer.

Somados esses exemplos, chegamos a treze? Ops, ficamos em sete. 

Diziam os mais velhos que sete é conta de mentiroso. Até isso o PT subverteu. Hoje é 13.

Aprenda a contar aqui com a Dilma. É revelador!

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