quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Será mais uma farra do PT com dinheiro público?

Conheça duas novas bizarrices de Haddad, que vive obrando em São Paulo

Que a "ruinddad" é a principal marca da gestão Haddad, a nulidade do PT, nós e 80% da população paulistana já sabíamos. Mas a proeza de conseguir piorar sempre mais é verdadeiramente admirável!

Hoje, de uma só tacada, foram noticiadas duas novas bizarrices no governo do homem-faixa: a criação de uma ouvidoria na Prefeitura que terá como maior atribuição receber denúncias contra policiais civis e militares, e a contratação de "olheiros" do PT em "bairros violentos" da periferia, pagos com dinheiro público.

Disse Luís de Camões: "O fraco rei faz fraca a forte gente". Preocupado em salvar a própria pele - e não ser responsabilizado por afundar ainda mais os candidatos petistas às vésperas das eleições, Haddad reproduz o desespero que tomou conta do seu partido. Vale "fazer o diabo" para ganhar, ensinou Dilma, e o "homem novo" do PT segue à risca.

O prefeito Haddad invade a seara estadual, com objetivo claramente eleitoreiro, ao criar um órgão municipal para confrontar e rivalizar com o governo Alckmin, acentuando a polarização simbiótica entre PT e PSDB.

Ora, ainda que fosse uma ação bem intencionada (e não é!), não cabe à Prefeitura essa tarefa de fiscalizar supostos desvios da PM ou da Polícia Civil. Para isso existe o Ministério Público, a Justiça, a imprensa e a sociedade civil organizada.

Que credibilidade tem o PT - com seus dirigentes históricos presos e condenados, além de frequentemente associado a práticas criminosas - para colocar Haddad nesse papel ilegítimo de "ombudsman" dos Direitos Humanos?

Mas, para a gestão petista, não basta uma única proposta eleitoreira - flagrantemente ilegal, inconstitucional e imoral. Apresenta logo duas, uma pior que a outra, e convoca uma espécie de seleção remunerada de militantes "sub 30" do PT.

A bizarrice injustificável fica entre uma espécie de regulamentação dos "X9" (delatores) na periferia e a oficialização de cabos-eleitorais do PT contratados por edital público.

A medida anunciada pelo militante petista Gabriel Medina, coordenador de políticas para a juventude da Prefeitura, é a contratação de 21 jovens entre 18 e 29 anos para ajudar a gestão Haddad a "implantar lazer e cultura como prevenção à violência".

O edital também prevê, como na proposta da ouvidoria, "denunciar violação de direitos humanos" nos bairros apontados como os mais violentos da cidade (onde, registre-se a coincidência, o PT historicamente tem as suas maiores votações).

Cada um desses "olheiros" receberá R$ 1.800 mensais, irá se reportar a um "coordenador de projeto" vinculado à Prefeitura (com salário de R$ 2.200,00), e também terá entre outras funções "mapear e contatar grupos de jovens e coletivos que atuam nos bairros".

Em tese, por esse "emprego" que qualquer brasileiro pediu a Deus, basta o jovem ter concluído o ensino médio e morar num desses bairros periféricos: Capão Redondo, Campo Limpo, Jardim São Luís, Jardim Ângela, Pirituba, Brasilândia, Jardim Helena, Itaim Paulista, Itaquera e São Mateus.

Estranhamente, porém, a informação oficial é que apenas 107 pessoas atenderam ao edital da Prefeitura e se inscreveram para preencher essas 21 vagas dos sonhos (uma procura absurdamente baixa por uma remuneração bastante significativa, resultando em apenas cinco candidatos por vaga).

Portanto, merece um estudo detalhado o perfil desses 107 jovens inscritos, bem como dos 21 eventuais contratados, porque - perdoem os mais inocentes - tudo leva à suspeita de direcionamento da contratação e privilégio no acesso à informação.

Que o Ministério Público - aquele que o PT por ora despreza - e o Tribunal de Contas do Município cumpram mais uma vez o papel de fiscalizar e garantir total transparência a essas propostas nebulosas da gestão Haddad - como tantas outras já investigadas, contestadas e até suspensas.

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