sexta-feira, 28 de março de 2014

Artigo: "Haddad, incompetente e irresponsável"

Artigo de Carlos Fernandes (PPS/SP)
Já era pública e notória a incompetência de Fernando Haddad à frente da Prefeitura de São Paulo. Pois agora ficou patente também a sua irresponsabilidade para gerir a maior capital do país, com um inaceitável desvio de conduta que ultrapassa a simples inaptidão e imperícia.

O que o prefeito fez nesta semana para driblar o protesto dos trabalhadores sem-teto foi de uma sordidez sem tamanho. O nosso Pilatos de plantão no Palácio do Anhangabaú lavou as mãos e jogou um problema que era exclusivo dele - insolúvel pela sua incapacidade, estupidez e despreparo - no colo dos vereadores paulistanos.

Avesso ao decoro do cargo e às mínimas regras democráticas e republicanas, principalmente a independência entre os poderes e as prerrogativas de cada um, fez demagogia barata com o povo e uma chantagem vexatória com o Legislativo.

Ao prometer que o Executivo vai atender a reivindicação do movimento pró-moradia se os vereadores aprovarem rapidamente o novo Plano Diretor, Haddad faz o povo de bobo e usa manifestantes que em tese lutam por uma causa justa como massa de manobra para pressionar a sua própria base de sustentação. Uma vergonha!

E qual a resposta da Câmara Municipal? Praticamente nula, com a maioria cooptada se dobrando passivamente a um prefeito chantagista e a reação praticamente isolada dos vereadores Ricardo Young (PPS) e Gilberto Natalini (PV), que cobram um mínimo de decência e honestidade do Executivo.

Mais uma vez, é o falso "novo" do PT - cuja máscara anunciada pela propaganda eleitoral enganosa já caiu nos primeiros meses de governo - agindo como um político velhaco, com métodos arcaicos e abomináveis. Na contramão da sustentabilidade, o prefeito conseguiu a proeza de opor as demandas sociais às ambientais, como se ambas tivessem soluções inconciliáveis.

De uma só tacada, o prefeito desmoralizou (mais?) a Câmara, instituiu a chantagem como instrumento de pressão política, legitimou a invasão de terras para furar a fila da habitação, estimulou que novas áreas de preservação ambiental sejam invadidas e patrocinou o ressurgimento da indústria da especulação imobiliária e das ocupações irregulares em áreas de mananciais, muito em voga em décadas passadas.

Esse mega-acampamento denominado Nova Palestina, no Jardim Ângela, terreno particular de 1 milhão de metros quadrados ocupado por 8 mil famílias em área de mata atlântica nativa e vizinha à represa Guarapiranga, virou um grande caça-níqueis. Destinado pela gestão anterior para implantação de um parque, seria desapropriado por um valor "x". Transformado em Zona Especial de Interesse Social, e loteado para habitação, sua desapropriação valerá "3x". 

Quem vai lucrar com a ação desastrada de uns e a omissão criminosa de outros, não se sabe. Líquido e certo é que o prejuízo será nosso, de cada cidadão paulistano que sofre com a degradação urbana e os consequentes danos ambientais, problemas de abastecimento e a deterioração da saúde e da qualidade de vida em São Paulo. Resultado direto da incompetência e da irresponsabilidade deste prefeito fanfarrão.

Carlos Fernandes é presidente municipal do PPS de São Paulo e foi subprefeito da Lapa (2010/2011) 

quarta-feira, 26 de março de 2014

Plano Diretor de Haddad: outra "calamiddad" do PT?


Imagine o monstrengo em que pode se transformar o Plano Diretor Estratégico diante da sanha arrecadatória do prefeito Fernando Haddad, da falta de zelo pela "coisa pública", do desprezo da sua base pela cidadania e pela qualidade de vida, da incompetência administrativa, da incapacidade de gestão voltada para o futuro, da falta de visão urbanística e da completa ignorância sobre o desenvolvimento sustentável?

Dá para ter uma idéia do que vem por aí, se tomarmos como base a falta de planejamento para implantar as faixas e corredores de ônibus, a inabilidade para enfrentar o trânsito caótico, a inoperância para resolver minimamente as enchentes (a não ser com faixas informativas e ineficazes sobre o risco de alagamento) e outros problemas de moradia, áreas verdes, cidade limpa, ocupações irregulares, código de obras, zoneamento, fiscalização (que se desdobram nas máfias do ISS, do IPTU, dos camelôs, dos transportes) etc.

A preocupação com a chegada do Plano Diretor Estratégico para ser votado pelos vereadores não é apenas nossa, da oposição (minoritária na Câmara). É de urbanistas, ambientalistas, jornalistas e de todos os cidadãos que conhecem os meandros da política local e dessa fábrica de salsichas e leis, como questiona a competente arquiteta Raquel RolnikPlano Diretor na Câmara. E agora?

O máximo de "plano estratégico" que o PT conhece e pratica é eleitoral: "rico x pobre" ainda é o mantra preferido. Era "direita x esquerda", mas ambos (este mais que o outro) estão caindo em desuso desde que Maluf, Collor, Sarney, Delfim, banqueiros, megaempresários, igrejeiros, mensaleiros e ruralistas se juntaram todos nos governos fisiológicos petistas e desequilibraram a balança.

A Prefeitura alega, satisfeita, que o novo Plano Diretor Estratégico (PDE) está "em debate desde o final de setembro", naquele truque tipicamente petista de reunir uma centena de militantes e assessores em meia dúzia de reuniões espalhadas pela cidade e chamar isso de "governo democrático e popular". Com divulgação e participação nula para fora de seus domínios, essas audiências públicas são feitas para "cumprir tabela".

Agora, nesta quarta-feira, 26 de março, o vereador Nabil Bonduki, relator do projeto, vai apresentar na Câmara Municipal o novo PDE, que a base haddadista promete aprovar a toque de caixa. Como se fosse possível estabelecer o plano de desenvolvimento para uma metrópole como São Paulo, para os próximos dez anos (no mínimo), com tão pouco conhecimento.

De acordo com Nabil Bonduki, fiel ao script petista, após a aprovação serão realizadas outras audiências públicas temáticas, quatro macrorregionais e uma grande audiência nos dias 5 e 6 de abril, no Centro de Convenções do Anhembi. Puro marketing.

Em apresentação na quinta-feira, 20 de março, aos membros do Conselho da Cidade e do Conselho de Política Urbana, o relator apresentou algumas mudanças propostas. “A cidade precisa continuar produzindo para continuar crescendo e o Plano vem para planejar esse processo, para que ele possa regular a produção para o interesse social”, falou (e não disse nada de novo) Nabil.

A tramitação do PDE

Desde que chegou à Câmara, entregue pelo prefeito Fernando Haddad em setembro de 2013, o projeto do novo Plano Diretor Estratégico passou oficialmente por 44 audiências públicas, temáticas e regionais, em todas as subprefeituras da cidade.

Para o relator, esse processo foi fundamental para compreender as necessidades da cidade. “O Plano Diretor não é de um governo, é da sociedade; e vai orientar este e os próximos dois governos. Então, é muito importante que ele tenha amplo apoio da sociedade e dos vereadores”, afirmou Nabil.

Após essas audiências públicas, Nabil e sua equipe técnica elaboraram um texto substitutivo que ainda pode passar por mudanças entre as duas votações no plenário da Câmara Municipal e antes de seguir para sanção ou veto (total ou parcial) do prefeito Fernando Haddad.

A seguir, veja algumas das mudanças destacadas pelo relator Nabil Bonduki (que até o momento, como tudo na gestão Haddad, não passa de uma carta de intenções):

Criação da zona rural
Após 12 anos de extinção (pela gestão Marta Suplicy e o próprio Nabil, diga-se), a zona rural, no extremo-sul da cidade, será recriada e abrangerá 25% do território paulistano. Segundo Nabil,o objetivo é “conter a expansão horizontal da cidade e fazer essas áreas serem melhor utilizadas, criando emprego e renda com atividades que garantam a preservação do meio ambiente, como a agricultura orgânica e o ecoturismo”.

Território cultural
Será criado um "território cultural" que liga o centro à Avenida Paulista. A área demarcada como território cultural concentra um grande número de espaços culturais que podem ser enquadrados com ZEPEC APC (zonas especiais de preservação cultural), cujo objetivo é resguardar locais com importância para a cultura da cidade, evitando seu fechamento, como aconteceu com o Cine Belas Artes, na Rua da Consolação, que será reaberto em maio.


Evitar imóveis ociosos
Imóveis desocupados próximos às zonas destinadas a moradias populares e nos eixos de mobilidade, como nas Marginais e nos corredores de trem, ônibus e metrô, terão IPTU mais caro. “Isso é para forçar que um terreno não fique ocioso ou subutilizado e que o proprietário o utilize apenas para especulação imobiliária. Com isso, queremos baixar o preço dos terrenos, aumentar a produção habitacional e estimular mais a economia da cidade”, afirmou Nabil.

Habitação Popular
Novas Zeis (Zonas Especiais de Interesse Social) serão criadas, ampliando áreas nas quais é incentivada a construção de habitação popular. Além disso, a maioria das áreas serão destinadas principalmente às famílias com renda de até 3 salários mínimos. A habitação do mercado popular, antes destinada a famílias com renda entre 6 e 16 salários mínimos,agora atenderá famílias com renda entre 6 e 10 salários mínimos.


Além da ampliação das Zeis, o novo texto do Plano Diretor contempla a habitação de interesse social por meio da regulamentação da Cota de Solidariedade, que cria condições para que sejam definidos mecanismos de contrapartida para o licenciamento de grandes empreendimentos imobiliários ou projetos urbanos, visando a função social da propriedade e da cidade e da vinculaçao de 30% dos recursos do FUNDURB para a compra de terra para habitação popular.

Aproximar moradia e emprego
O novo mapa de Zeis pretende aumentar o número de residências no centro, ao mesmo tempo em que haverá incentivo para que empresas sejam instaladas nas regiões periféricas, aproximando moradia de emprego.


Moradia mais barata no centro
A outorga onerosa, imposto no qual o proprietário paga para construir entre o gratuito e o máximo permitido pela lei, será mais cara no centro, desestimulando a construção de imóveis comerciais, enquanto os residenciais serão barateados, principalmente para famílias com renda de 6 a 10 salários.


Prédios mais baixos
Construção de prédios com mais de oito andares só serão permitidas em áreas próximas a infraestrutura de transporte público (metrô, trens e corredores de ônibus). Em áreas nos miolos (inseridas no interior dos bairros), o limite é de oito andares, ou aproximadamente 25 metros. Um dos principais objetivos é aumentar o número de moradias nas margens das grandes avenidas, que são eixos de mobilidade.

Preservação ambiental/parques
Para preservar o que resta de áreas verdes serão ampliadas as Zepams (Zonas Especiais de Proteção Ambiental). Nas novas Zepams há projetos para construção de parques públicos. Serão 82 km² de áreas verdes, quase o dobro dos 42 km² de área dos parques atuais na cidade. “A proposta é criar editais semestrais para que sejam remuneradas as empresas que preservarem, por exemplo, áreas remanescentes de mata atlântica”, explica Nabil.

terça-feira, 25 de março de 2014

Carlos Fernandes: "Dilma segue os passos de Marta"

Tenho um sentimento cada vez mais forte de que a presidente Dilma Roussef, em 2014, começa a seguir os passos desastrados da ex-prefeita Marta Suplicy, que a levaram à derrota na eleição de 2004. 

Não só pelos atentados verbais destemperados, desta que pronuncia discursos indecifráveis ou declara bobamente que o PMDB só lhe dá alegrias, versão atualizada da madame do "relaxa e goza", mas porque todo o contexto paulistano de dez anos atrás parece se repetir agora no cenário político nacional.

Naquela época, a então prefeita do PT tinha uma gestão bem avaliada pela ampla maioria dos eleitores de São Paulo. Começava aquele ano do pleito municipal favoritíssima à reeleição, após ter assumido a herança maldita das administrações de Paulo Maluf e de Celso Pitta, e colocado certa ordem na casa. 

A prefeita Marta apresentava uma vitrine respeitável de realizações: criou e implantou o bilhete único no transporte; construiu 21 CEUs, centros de excelência na educação, na cultura e no lazer, instalados em pontos estratégicos da periferia; deu uniforme e material escolar a 1 milhão de crianças; transporte para mais de 100 mil alunos e criou 200 mil novas vagas nas escolas.

Mas não bastaram essas obras chamativas nem as ações cosméticas de Marta em 4 anos à frente da Prefeitura para convencer o eleitor a reeleger a deletéria gestão petista. E olhe que qualquer coisa teria sido muito melhor que as gestões anteriores, de Pitta e Maluf, principalmente nos quesitos ética, moralidade pública e transparência. Mas até aí o PT conseguiu naufragar.

O loteamento da administração entre vereadores (os mesmos que davam sustentação às ações mafiosas que o PT fingia combater enquanto liderava a oposição) foi o início do modus operandi que, anos depois, no governo federal, daria origem ao mensalão. 

O aparelhamento da máquina pública, a cooPTação dos opositores, a partidarização de conselhos e movimentos populares, o fingimento de um governo popular e participativo quando na realidade tudo se dava com cartas marcadas, o desprezo pelos princípios democráticos e republicanos: tudo isso, lá como cá, são as marcas do PT. Tal Marta, tal Dilma.

E se a ex-prefeita espetou nas contas a pagar pelo seu sucessor um rombo de R$ 7 bilhões, a presidente Dilma supera esse valor num único gesto de incomPTência na área energética, resultando no maior e mais escandaloso estelionato eleitoral ("nunca antes visto na história deste país", para usar a frase-feita do todo poderoso Lula). 

Se antes dizíamos ironicamente que a maior prova da incompetência de Dilma como gestora tinha sido quebrar sua lojinha de R$ 1,99 no passado, ela agora incrementa esse currículo com o rombo bilionário causado na Petrobras, para citar um único exemplo, o mais recente.

Mas quem se elegeu em 2010 com a fama de gerentona responsável e eficiente, a mãe do PAC, entra na disputa presidencial de 2014 completamente desmoralizada e desacreditada. Caiu a máscara do PT. As invenções de Lula, como Dilma e Haddad, antes tidas como toques de Midas, mostram-se um fracasso retumbante que não resistiram ao choque de realidade.

O eleitor não é bobo. Pode até ser enganado, eventual e momentaneamente, por uma boa propaganda e um discurso bem engendrado. Mas quando percebe a tentativa de engodo, a armação, a falácia, reage no voto e dá o rumo de casa, sem volta, para aquele governante que se julgava destinado ao caminho fácil da reeleição. Tchau, Dilma. 

Carlos Fernandes é presidente municipal do PPS de São Paulo e foi subprefeito da Lapa (2010/2011) 

segunda-feira, 24 de março de 2014

DilMÁ gestora, incomPTência a toda prova


Com o escândalo da Petrobras, que merece uma CPI pois apresenta um fato novo a cada dia, a presidente Dilma Roussef conseguiu surpreender quem ainda pensava que a sua maior prova de incomPTência fosse ter quebrado uma lojinha de R$ 1,99 no passado.

Vale conhecer a opinião dos principais candidatos de oposição, Eduardo Campos (PSB/Rede/PPS) e Aécio Neves (PSDB), sobre o assunto.

sábado, 22 de março de 2014

A saúde e a doença do PT e o seu governo terminal

Parece emblemático que o novo ministro da Saúde, Arthur Chioro, que acaba de substituir Alexandre Padilha, o ex que usou e abusou da máquina como anabolizante eleitoral, esteja se metendo em seguidas lambanças, em tão pouco tempo.

Primeiro, viajou em pleno Carnaval, num jatinho da FAB, para quatro capitais ao lado da esposa. Flagrado no ato imoral (no mínimo), pago com dinheiro público, saiu-se com a pior e mais deslavada cara-de-pau: avisou que não vai devolver o dinheiro da viagem da mulher porque a companhia dela teve como objetivo "evitar situações constrangedoras".

Oi? O senhor poderia ser mais claro na justificativa, ministro, por gentileza?

"Sou casado há 26 anos e sei como é o ambiente do Carnaval", esclareceu (?) o ministro Arthur Chioro. Ele ainda classificou a viagem, ao longo de quatro dias de Carnaval, como "absurdamente estafante".

Espera lá. Vamos ver se entendemos realmente a sua explicação... Ele levou a mulher para "evitar situações constrangedoras" e porque sabe "como é o ambiente de Carnaval"? Então, trocando em miúdos, nós pagamos a viagem para segurar o casamento do ministro e evitar "deslizes" ou uma "pulada de cerca", foi isso?

Assim, durante a folia, o ministro carnavalesco viajou ao lado da esposa para São Paulo, Recife, Salvador e Rio. O argumento oficial: "reforçar ações de prevenção de DST-Aids, inaugurar serviços e conceder entrevistas". Segundo Chioro, o espaço obtido na mídia com informações úteis para prevenção, se pagos, custariam aos cofres públicos o equivalente a R$ 6 milhões.

"Dormimos pouquíssimo", contou, talvez para reforçar seus inequívocos e originalíssimos argumentos. Ah! Tá! (Pensando bem, até dá para imaginar que nisso ele foi sincero...)

O ministro informou também que não vai pagar uma outra viagem anterior, realizada para assumir o cargo de professor da Universidade Federal de São Paulo. Chioro usou igualmente um avião da Força Aérea Brasileira. "Não fiz nenhum malfeito", disse. Para tomar posse no cargo de professor, o ministro pediu exoneração por 24  horas. Ele informou que a viagem foi feita no dia anterior à posse, antes de pedir exoneração e, portanto, ainda na condição de ministro. "Fiz tudo dentro do rigor da lei".

Se não bastasse o samba-enredo (à Stanislaw Ponte Preta) protagonizado durante o Carnaval, o novo ministro da Saúde acabou de rasgar a fantasia ao ter o seu carro oficial fotografado ocupando uma vaga reservada para pessoas com deficiência, na Câmara dos Deputados.

Sobre esse assunto, leia o diálogo surreal, via twitter, travado entre o @23pps e :

Flagrante desrespeito Arthur Chioro fotografado em vaga reservada p/PcD na Câmara


O motorista já foi advertido pelo . Ressaltamos que o ministro Arthur Chioro não estava no carro.


Entendi, E a culpa tbm é do piloto pelo jato da FAB usado no Carnaval por Chioro e pela esposa, é isso? Vergonha é pouco 


, os voos do ministro Arthur Chioro estão de acordo c/ decreto presidencial 4.244/2002 e são tornados públicos no site do .

Poderia nos informar se o decreto autoriza o Ministro a viajar com a esposa para o Carnaval, prezada e atenta assessoria do do PT?

O , que parecia tão solícito e prestativo, parou de responder quando questionamos se o decreto mencionado autorizava a esposa junto.

Ex-secretário da Saúde de São Bernardo, na gestão do prefeito Luiz Marinho (PT), o ministro Arthur Chioro já teria protagonizado, de acordo com o Diário do Grande ABC, uma série de escândalos no segundo semestre do ano passado. 

O jornal mostrou que a empresa do ministro prestava serviços para diversas prefeituras, muitas delas administradas por colegas petistas. As contratações, no entanto, conflitavam com a LOM (Lei Orgânica do Município), que em seus artigos 28 e 84 proíbe secretários municipais de serem proprietários de empresas com contratos vigentes com poderes públicos.

A Consaúde Consultoria, Auditoria e Planejamento Ltda. tinha acordo firmado com a administração municipal de Botucatu no último ano de governo do petista Antônio Mário de Paula Ferreira Ielo e no primeiro ano de mandato do também petista Maurício Morozimato à frente da gestão em Ubatuba. O caso está sob apuração do Ministério Público estadual.

O ministro Chioro também foi servidor do Ministério da Saúde na gestão Lula e, em 2005, foi intimado a devolver R$ 420 recebidos irregularmente da União por ressarcimento de aluguel em Brasília.

Ou seja, em fase terminal, esse governo se perde em trapalhadas vexatórias e já não consegue distinguir o que é legal ou moral, nem como lidar com a "coisa pública" e separá-la da vida privada, respeitar a cidadania ou prestar contas de atos e comportamentos das autoridades.

É para rir ou chorar? Com a palavra as viúvas carpideiras do PT...

sexta-feira, 21 de março de 2014

#SãoPauloEmMovimento: Economia e Mobilidade

Gregori, Sandroni, Célio Turino e Carlos Fernandes
Foi promovido na noite chuvosa desta quinta-feira, 20 de março, com auditório cheio no Sindicato dos Engenheiros, o 2º Encontro do #SãoPauloEmMovimento

Dois temas foram apresentados, a partir de uma exposição dos problemas atuais e propostas para suas respectivas soluções: "Crise Econômica", pelo professor e economista Paulo Sandroni; e "Mobilidade Urbana", pelo engenheiro Lúcio Gregori, ambos ex-secretários municipais na gestão da prefeita Luiza Erundina (1989-1992).

Nascido da mobilização de representantes do PSB, da Rede, do PPS e do PV, o #SãoPauloEmMovimento tem como objetivo discutir e promover uma "nova política" em busca de uma sociedade sustentável (no aspecto econômico, social e ambiental) e na defesa da ética, das instituições democráticas e dos princípios republicanos.

Com reuniões abertas para a sociedade, tanto por meio de movimentos organizados quanto da participação espontânea de cidadãos, nas redes e nas ruas, estão sendo estabelecidas diretrizes temáticas e programáticas, possibilitando a ampliação deste novo bloco democrático para além do interesse eleitoral imediato e da polarização tradicional da política.

Também participaram do encontro, pela primeira vez, militantes de outros dois partidos: PHS e PPL. Além de representantes, dirigentes e potenciais candidatos do PV (Gilberto Natalini e Eduardo Jorge), PSB (Marcio França, Luiza Erundina, Muna Zeyn, Eliseu Gabriel, Walter Feldman), PPS (Ricardo Young, Carlos Fernandes, Mauricio Huertas, Angelo Vaz, Leo Santos, Ronaldo Sagres, César Hernandes) e Rede Sustentabilidade (Célio Turino, Mara Prado, José Gustavo Fávaro), entre outros.

Representando a classe artística e o mundo da Cultura, participou da abertura do evento o ator Fabio Villa Verde, no ar atualmente com a novela "Pecado Mortal", da Rede Record, e que tem uma forte atuação social e política além dos partidos.

O próximo tema do #SãoPauloEmMovimento deve ser a crise da Segurança Pública, em data a ser anunciada. Já foram citados entre os convidados os juristas Antonio Claudio Mariz de Oliveira e Miguel Reale Júnior, ambos ex-secretários de Segurança de São Paulo; o antropólogo Luiz Eduardo Soares, ex-secretário estadual de Segurança do Rio de Janeiro e nacional do Governo Lula; e José Affonso da Silva, ex-secretário de Segurança do Governo Covas.

Informe-se e participe pelo Facebook e pelo Twitter.




quinta-feira, 20 de março de 2014

#SãoPauloEmMovimento terá ato nesta quinta, dia 20

A partir da mobilização de representantes do PSB, da Rede, do PPS e do PV, o objetivo do movimento é discutir e promover uma "nova política" em busca de uma sociedade sustentável (no aspecto econômico, social e ambiental) e na defesa da ética, das instituições democráticas e dos princípios republicanos.

Com reuniões abertas para a sociedade, tanto por meio de movimentos organizados quanto da participação espontânea de cidadãos, nas redes e nas ruas, serão estabelecidas diretrizes temáticas e programáticas, possibilitando a ampliação deste novo bloco democrático para além do interesse eleitoral imediato e da polarização tradicional da política.

Iniciativa semelhante acontece em âmbito nacional na "construção programática" da coligação que apóia Eduardo Campos e Marina Silva, ampliada em São Paulo pelo PV, que apresentou as pré-candidaturas do médico e ambientalista Eduardo Jorge à Presidência da República e do vereador Gilberto Natalini ao Governo do Estado, ambos atuantes nesta frente suprapartidária.

Representantes de outras legendas e fenômenos sociais como os “rolezinhos” e o Passe Livre também foram convidados a se integrar ao movimento. O mesmo convite está formulado ao PSOL, com seus pré-candidatos à Presidência, Randolfe Rodrigues, e ao Governo do Estado, Vladimir Safatle, e a todos que pretendam debater diretrizes para inaugurar a era "pós-PT".

No encontro desta quinta-feira, 20 de março, serão debatidos dois temas, com propostas para suas respectivas soluções: "Crise Econômica", apresentado pelo professor e economista Paulo Sandroni; e "Mobilidade Urbana", pelo engenheiro Lúcio Gregori, ex-secretário de Serviços e Obras e de Transportes na gestão da prefeita Luiza Erundina (1989-1992) e idealizador do projeto "Tarifa Zero".

Os próximos temas e as diretrizes do #SãoPauloEmMovimento sairão da proposta dos próprios participantes, em ambientes virtuais e encontros presencias que estão sendo agendados na capital e no interior do Estado. Informe-se e participe: curta o #SãoPauloEmMovimento no Facebook e siga o perfil @SP_MOV no Twitter.
Próximo ato do #SãoPauloEmMovimento 
Encontro democrático e suprapartidário com a sociedade, 
organizado por representantes do PSB, Rede Sustentabilidade, PPS e PV.

Data: Quinta-feira, 20 de março, às 19h.

Local: Sindicato dos Engenheiros de São Paulo

(Rua Genebra, 25, centro, ao lado da Câmara Municipal).
Leia também:

A nossa voz nas ruas, nas redes e nas urnas

Artigo na Folha: "São Paulo em movimento"



quarta-feira, 19 de março de 2014

PPS/SP se reúne e avalia (des)governo Haddad

O Diretório do PPS paulistano se reúne nesta quarta-feira, dia 19 de março, às 19h, para eleger sua Executiva Municipal, fazer um balanço dos primeiros 13 meses da gestão do prefeito Fernando Haddad, da nossa atuação na Câmara Municipal e da conjuntura política, social e econômica de São Paulo e do país. Local: Rua Boa Vista, 76 - 4º andar - Centro.

Para se ter uma ideia do balanço catastrófico da cidade:

terça-feira, 18 de março de 2014

A nossa voz nas ruas, nas redes e nas urnas


A partir da mobilização de representantes do PSB, da Rede, do PPS e do PV, o objetivo do #SãoPauloEmMovimento é discutir e promover uma "nova política" em busca de uma sociedade sustentável (no aspecto econômico, social e ambiental) e na defesa da ética, das instituições democráticas e dos princípios republicanos.

Com reuniões abertas para a sociedade, tanto por meio de movimentos organizados quanto da participação espontânea de cidadãos, nas redes e nas ruas, serão estabelecidas diretrizes temáticas e programáticas, possibilitando a ampliação deste novo bloco democrático para além do interesse eleitoral imediato e da polarização tradicional da política.

Iniciativa semelhante acontece em âmbito nacional na "construção programática" da coligação que apóia Eduardo Campos e Marina Silva, ampliada em São Paulo pelo PV, que apresentou as pré-candidaturas do médico e ambientalista Eduardo Jorge à Presidência da República e do vereador Gilberto Natalini ao Governo do Estado, ambos atuantes nesta frente suprapartidária.

No encontro de 20 de março serão debatidos dois temas, com propostas para suas respectivas soluções: "Crise Econômica", apresentado pelo professor e economista Paulo Sandroni; e "Mobilidade Urbana", pelo engenheiro Lúcio Gregori, ex-secretário de Serviços e Obras e de Transportes na gestão da prefeita Luiza Erundina (1989-1992) e idealizador do projeto "Tarifa Zero".

Os próximos temas e as diretrizes do #SãoPauloEmMovimento sairão da proposta dos próprios participantes, em ambientes virtuais e encontros presencias que estão sendo agendados na capital e no interior do Estado. 

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segunda-feira, 17 de março de 2014

Avança programa da aliança entre PSB, Rede e PPS

Mais de 700 pessoas participaram neste sábado, 15 de março, na cidade do Rio de Janeiro, do 2º Encontro Programático da aliança PSB-Rede-PPS para discutir as diretrizes do programa de governo de Eduardo Campos e Marina Silva à Presidência da República.

Além da presença de cidadãos anônimos ao lado de lideranças políticas e partidárias, o encontro contou com a participação especial do pianista Arthur Moreira Lima, que tocou no piano o Hino Nacional e composições clássicas, como “Jesus, Alegria dos Homens” e a "Polonaise", de Bach, “O Trenzinho do Caipira”, de Villa-Lobos, e  música popular, como “Odeon”, de Ernesto Nazareth, “Asa Branca”, de Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga, e “Carinhoso” de Pixinguinha.

A ex-senadora e porta-voz da Rede, Marina Silva; o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos; e o presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire, entre outros dirigentes regionais, são os anfitriões deste ciclo de encontros pelo Brasil, que reafirmam a importância da construção de um programa de governo pautado por ideias e propostas, e que pode inaugurar a partir de 2015 um período "pós-PT".

“Esse envolvimento nos enche de alegria e de esperança e nos traz a certeza de que estamos no caminho certo”, declarou Eduardo Campos. “São lideranças políticas, militantes, intelectuais, artistas, sonhadores e lutadores unidos nesse momento desafiador. E nosso desafio é unir os brasileiros de cada região para discutir o futuro deste país – porque todos nós queremos morar no futuro”.

Segundo Campos, essa participação crescente nos eventos e encontros da aliança deixa claro que o Brasil precisa cada vez mais trazer as ideias da sociedade para o centro do debate. “O povo sabe o que quer, mas o povo também quer o que não sabe ainda”, disse ele, citando Gilberto Gil. “Nós buscamos com esses debates pelo país justamente encontrar o querer do povo brasileiro e com esse querer reencontrar o nosso país, formado por uma gente generosa, um patrimônio humano e natural extraordinário”.

Cotadíssima para ser candidata a vice-presidente, Marina Silva também declarou estar “muito feliz com o que está acontecendo Brasil afora e Brasil adentro em torno de nosso projeto com Eduardo Campos.” Afirmou ainda estar “de alma plena e inspirada pela música de Arthur Moreira Lima, que aqui veio exercer seu patriotismo e ativismo político, compartilhar seus sonhos e ideais que também são os nossos: construir juntos o Brasil do encontro e não do confronto, do embate, e não do combate”.

“Queremos uma governabilidade programática, não pragmática. Quando dizemos o que estamos fazendo, queremos aprofundar a democracia, melhorar e ampliar a participação política”, disse Marina.

“Temos a maturidade e clareza que não vamos fazer a política do quanto pior, melhor. Queremos a política do quanto melhor, melhor. Não queremos fortalecer aqueles que usam de chantagem para mais um cargo, mais um ministério, mais um conselho. Vamos apoiar todas as propostas justas e corretas que passarão pelo Congresso.”

Tanto Marina Silva quanto Eduardo Campos reafirmaram o compromisso de aprofundar as conquistas e os avanços dos últimos governos (Itamar FrancoFHC e Lula), mas sem complacência com os erros.

“Temos o compromisso de fazer com o que os ganhos que tivemos nos últimos 20 anos, da democracia, da estabilidade da economia, da inclusão social, não sejam perdidos”, afirmou Marina. “O Brasil está a beira de perder estas conquistas porque não consegue institucionalizá-las. Boa parte dos problemas que enfrentamos não são técnicos, é falta de visão estratégica.”

A ex-senadora ressaltou a importância do avanço na implantação de programas sociais e a necessidade de um realinhamento político. “Estamos caminhando para os programas de terceira geração, para criar igualdade de oportunidades, políticas customizadas para aqueles que estão em situação fragilizada”, disse Marina, sobre o avanço que espera das políticas assistenciais implantadas até então.

O presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire, destacou a importância desse processo de discussão. “Aqui estão políticos que trazem na face, na palavra, na presença, na história esse dever da vitória. A vitória passa a ser um dever. Talvez daí talvez sabendo que esse sonho não será interrompido porque não tem escândalos.”

“São esses movimentos que trazem o fio condutor que nos permitem dizer hoje que estamos nos reencontrando”, avaliou. “Não estamos aqui sem nenhuma visão crítica nem sem reconhecer os avanços conquistados. Mas é preciso reconhecer que é um momento de esgotamento de um ciclo lá atrás, da política e da economia em crise”.

“O Brasil tem que olhar para trás, aprender com o que foi feito de bom e com os erros também. Ninguém pense que a direita está tranquila achando que está tudo certo no país depois das negociatas que esse governo aprontou – incluindo a preocupação com a crise energética que vem por  aí e que o Governo quer empurrar com a barriga, anunciando desde logo um estelionato eleitoral”, afirmou Freire.

Representantes do Rio

Parlamentares do Rio de Janeiro, estado que organizou e acolheu o encontro da região sudeste, foram as primeiras lideranças a falar. O vereador Jefferson Moura, representante da Rede-RJ, lembrou os 50 anos do famoso comício do presidente João Goulart na Central do Brasil. O presidente do PPS do Rio, deputado estadual Comte Bittencourt, e o deputado federal Glauber Braga, do PSB, também se pronunciaram como representantes de seus partidos.

O deputado federal Alfredo Sirkis (Rede/PSB) lembrou que o próprio centro de convenções onde o encontro acontecia foi resultado de um "acordo programático", assim como é a proposta atual. Naquela época, há 14 anos, foi um dos pontos que levaram o então candidato do PV a apoiar o prefeito Cesar Maia no 2º turno de 2000.

“Temos que avançar programaticamente. Numa profunda reforma tributária que desonere o trabalho e o investimento e onere a intensidade de carbono. Que dê recursos para os municípios, porque é lá que se resolve os problemas do Brasil”, afirmou Sirkis.

O deputado federal Miro Teixeira, do PROS, criticou a distribuição de cargos promovida pela presidente Dilma Roussef. Ele comparou, ironicamente, o "acordo programático" entre Eduardo e Marina com o que seria um "acordo pornográfico" para manter o chamado governo de coalizão de Dilma.

“Aqui está cheio de ministro do Lula – que não chegaram lá por loteamento. Chegaram porque éramos todos companheiros de luta”, afirmou.

“Não havia o loteamento. Não havia entrega dos cargos porque pura e simplesmente isso iria representar alguns minutos a mais na televisão. Ou mais adiante, como se viu, resultar no mensalão. Nós não temos nada a ver com essas práticas.”

Diretrizes do Programa

No período da tarde, os participantes do 2º Encontro Regional PSB-Rede-PPS se reuniram em grupos de trabalho para discutir as diretrizes do Programa de Governo de Eduardo Campos e Marina Silva.

Este foi o segundo encontro da série, reunindo os estados da região Sudeste. O primeiro aconteceu na região Sul, em Porto Alegre, no dia 22 de fevereiro.O próximo será no sábado, 22 de março, em Salvador, reunindo os estados do Nordeste. Nas semanas seguintes ocorrerão em Manaus (Norte) e Brasília (Centro-Oeste).

As cinco diretrizes para elaboração do Programa de Governo (leia detalhes em Mudando o Brasil) são:

1 – Estado e a Democracia de alta intensidade;
2 – Economia para o Desenvolvimento Sustentável;
3 – Educação, Cultura e Inovação;
 – Políticas sociais e qualidade de vida;
5 – Novo urbanismo e o pacto pela vida;

Representantes do PPS de São Paulo, liderados pelo presidente paulistano Carlos Fernandes, participaram da coordenação dos debates temáticos: Soninha Francine ficou com o grupo Novo Urbanismo; o professor Cláudio Fonseca com Educação, Cultura e Inovação. Ulrich Hoffmann com Economia para o Desenvolvimento Sustentável; e Maurício Huertas com políticas sociais e qualidade de vida.

Em todos os temas houve um debate altamente qualificado, com especialistas em cada área tratada e a participação espontânea de cidadãos que enriqueceram com suas propostas e observações o conteúdo do Programa de Governo que vem sendo elaborado de forma aberta e democrática, através desses encontros regionais e de contribuições pela internet.

Marcaram presença ainda pelo PPS o deputado federal Stepan Nercessian, o ex-ministro e vereador de Recife Raul Jungmann e o professor Demetrio Carneiro, ambos representando também a Fundação Astrojildo Pereira, além dos militantes e dirigentes Claudio VitorinoLeonardo Santos e pelo Rio de Janeiro Gilvan Cavalcanti, Armando Sampaio, Norma Shirley, Cleia Schiavo, Graziela Melo, Fátima, Rogério, Rosemberg, Carlos Eduardo Caminha, Aécio Nanci Filho e Eliseu Neto.

sexta-feira, 14 de março de 2014

Como estimular a participação do jovem na política?

Este é o grande desafio para o qual todos buscamos uma resposta: Como estimular a participação do jovem na política?

A partir desta premissa, surgem outras questões secundárias: Como promover de fato uma "nova política", que atenda aos interesses da maioria, respeitando as minorias? Como "democratizar a democracia"? Como melhorar a qualidade dos nossos representantes nos Três Poderes? Como priorizar a ética e a transparência de governos e parlamentos? Como garantir a cidadania, a sustentabilidade, a justiça social, a igualdade de oportunidades (...)?

A descrença da população nos partidos e nos políticos tradicionais, manifestada de forma cada vez mais veemente nas redes e nas ruas, não pode levar à simples negação da política, pondo em risco os avanços democráticos obtidos nas últimas décadas, as instituições e os valores republicanos.

Há várias ações construtivas neste sentido: por exemplo, a #Rede23 proposta e executada pelo PPS e pelo Blog do PPS, a Rede Sustentabilidade de Marina Silva, a Rede Nossa São Paulo e também a RAPS (Rede de Ação Política pela Sustentabilidade). Não por acaso, todas essas "redes" surgidas espontaneamente do Movimento por uma Nova Política, e que comungam basicamente dos mesmos princípios e anseios de mudanças.

Outra iniciativa recente está sendo colocada em prática a partir de São Paulo, reunindo a chamada sociedade civil com representantes do PPS, PV, PSB e Rede. Leia aqui: Movimento suprapartidário realiza 1º encontro.

Acompanhe em vídeo algumas posições defendidas nesta frente suprapartidária:

Há uma compreensão geral da falência do atual sistema político-partidário e da necessidade de renovação responsável e consciente da política, atraindo a juventude e radicalizando a participação direta e organizada da sociedade nas decisões coletivas. Ou, em linhas gerais:

1) Na democracia contemporânea os partidos não se bastam. Dependem, para fazer política, do estabelecimento e manutenção de redes de relações com movimentos, instituições, cidadãos e grupos na internet e na sociedade, e com personalidades influentes nos temas que trabalham. Os partidos não têm mais, atualmente, a posição de vanguarda da época da circulação restrita da informação e devem assumir a postura de interlocutores dos movimentos, co-formuladores de suas reivindicações, à luz de suas diretrizes mais gerais, e seus tradutores na linguagem das leis e das políticas públicas.

2) Os jovens, principalmente, não se vêem representados nos partidos e nos políticos tradicionais em grande parte pelo distanciamento entre a burocracia partidária e a rotina dinâmica da sociedade atual. O que a juventude exige é uma "nova política" (com mecanismos da democracia direta, facilitados pela revolução tecnológica em curso), na qual possa desempenhar um papel de protagonismo na busca de uma sociedade sustentável (no aspecto econômico, social e ambiental) e na defesa da ética, das instituições democráticas e dos princípios republicanos.

3) O jovem quer o resgate do "sonho roubado", protagonizado não mais pelo falso "novo" (o velho político travestido de novidade), mas de fato por gente de bem (seja por meio de movimentos organizados ou da participação espontânea dos cidadãos, nas redes e nas ruas) que clama por mudanças e não reconhece nos atuais mandatários e partidos políticos (todos recorrentes em vícios e ilicitudes) uma representação digna e legítima dos seus anseios.


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quarta-feira, 12 de março de 2014

Rio: 2º Encontro com Eduardo Campos e Marina Silva


O 2º Encontro Regional Programático da aliança formada por PSB, Rede e PPS em torno da potencial candidatura de Eduardo Campos à Presidência da República e Marina Silva a vice-presidente será realizado neste sábado, 15 de março, na cidade do Rio de Janeiro.

São cinco encontros que as direções nacionais destes três partidos promovem em todas as regiões do país para debater as diretrizes gerais do Programa de Governo da aliança e receber as sugestões locais ao documento.

A série teve início em Porto Alegre (RS), em 22 de fevereiro, reunindo representantes dos três estados do Sul do país. Nesta segunda edição, os participantes conhecerão as cinco diretrizes que compõem o programa e também irão discutir questões específicas da região Sudeste: demandas e sugestões dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo.

O presidente Nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, a ex-senadora e fundadora da Rede Sustentabilidade, Marina Silva, e o presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire, participam do evento (com transmissão ao vivo).

As cinco diretrizes para elaboração do Programa de Governo são:

1 – Estado e a Democracia de alta intensidade;
2 – Economia para o Desenvolvimento Sustentável;
3 – Educação, Cultura e Inovação;
4 -  Políticas Sociais e qualidade de vida;
5 – Novo Urbanismo e o pacto pela vida;

Leia todos os detalhes em Mudando o Brasil.
2º Encontro Programático PSB-REDE-PPS (Região Sudeste)
Data: Sábado, 15 de março

Horário: das 9h às 18h

Local: Centro de Convenções SulAmérica

Av. Paulo de Frontin, nº 01, Cidade Nova - Rio de Janeiro (RJ)

sexta-feira, 7 de março de 2014

Artigo na Folha: "São Paulo em movimento"

(Publicado em Tendências/Debates da Folha de S. Paulo na internet)

Marcado pelo espírito suprapartidário e pelo resgate do "sonho roubado", nasce em São Paulo um movimento das forças vivas da sociedade, tanto através de lideranças organizadas quanto da participação espontânea de cidadãos, para discutir os novos rumos que desejamos para o Brasil.

É um reencontro de ícones de lutas históricas, sensíveis às atuais manifestações e demandas populares, que buscam juntos praticar uma "nova política" por uma sociedade sustentável (no aspecto econômico, social e ambiental) e na defesa da ética, das instituições democráticas e dos princípios republicanos.

Com o aval de suas direções, representantes do PSB, da Rede e do PPS amplificam a aliança nacional em torno de Eduardo Campos e Marina Silva com uma grande novidade: aderiu a esta "construção programática" o Partido Verde, que apresenta as pré-candidaturas do médico e ambientalista Eduardo Jorge à Presidência da República e do vereador Gilberto Natalini ao Governo do Estado.

Representantes de outras legendas e fenômenos sociais como os “rolezinhos” e o Passe Livre também se integram ao movimento. O mesmo convite está formulado ao PSOL, com seus pré-candidatos à Presidência, Randolfe Rodrigues, e ao Governo do Estado, Vladimir Safatle, e a todos que pretendam debater diretrizes para inaugurar a era "pós-PT".

O diferencial deste bloco suprapartidário é ir além do interesse eleitoral e da polarização tradicional da política. Acima de nomes e siglas, que preservam sua autonomia e individualidade, estão princípios que nos unem.

Se a imprensa busca um rótulo, talvez seja a "esquerda democrática" se insurgindo contra o atual governo e a oposição tradicional, pois ambos não nos representam nesta cômoda e vexatória simbiose política das últimas duas décadas.

Da musa dos "rolezinhos", a menina Yasmin Oliveira, com apenas 15 anos, mais de 120 mil seguidores nas redes sociais e moradora da favela do Paraisópolis, à deputada federal e ex-prefeita Luiza Erundina, passando pelos juristas Miguel Reale Júnior e Antonio Claudio Mariz de Oliveira, o movimento vem crescendo e se consolidando.

É importante citar essa diversidade. Pelo PSB, além de Erundina, participam o deputado federal e presidente estadual do partido, Marcio França, o vereador Eliseu Gabriel, a professora Muna Zeyn, o advogado Pedro Dallari e o deputado federal Walter Feldman, ex-PSDB e fundador da Rede Sustentabilidade. Pela Rede, dirigentes como Célio Turino, Bazileu Margarido, Marcela de Moraes, Mara Prado e João Paulo Capobianco. Pelo PPS, o vereador Ricardo Young, os ex-vereadores Claudio Fonseca e Soninha Francine e o presidente paulistano Carlos Fernandes. Pelo PV, Arnaldo Juste, Gilberto Natalini e Eduardo Jorge. Entre outros.

O próximo ato será em 20 de março, no Sindicato dos Engenheiros, com dois temas: "Crise Econômica", apresentado pelo professor Eduardo Gianetti da Fonseca; e "Caos Urbano", pelo engenheiro Lúcio Gregori, ex-secretário de Serviços e Obras e de Transportes na gestão da prefeita Luiza Erundina (1989-1992) e idealizador do projeto "Tarifa Zero".

É #SãoPauloEmMovimento para fazer valer a nossa voz, nas redes, nas ruas e nas urnas.

Maurício Rudner Huertas, 42, jornalista, é secretário de Comunicação do PPS, líder Raps (Rede de Ação Política pela Sustentabilidade) e um dos organizadores do #SãoPauloEmMovimento

Leia também:

Como estimular a participação do jovem na política?

#SãoPauloEmMovimento terá ato em 20 de março

quarta-feira, 5 de março de 2014

#100diaspraCopa, #100vergonha, #100noção

E graças à Copa do Mundo, Ronaldo, o Fenômeno, teve seu dia de Pelé, o Rei. No caso, de Edson, o rei das abobrinhas fora das quatro linhas. Dentro de campo, eram gênios. Fora, Ronaldo Nazário repete nas mal traçadas linhas de um artigo chapa-branca os tropeços do cidadão Edson Arantes do Nascimento, aquele que outro craque, Romário, considera um poeta (de boca fechada).

Pô, Ronaldo! Que você ganhe dinheiro como garoto-propaganda da Copa e de seus patrocinadores, OK! Mas ter de bajular a Fifa e o Governo Dilma, assinando uma peça de marketing do PT como se fosse artigo seu, é demais, você não acha?

Não somos daqueles que adotam o lema #NãoVaiTerCopa, não defendemos boicote aos jogos, muito menos quebra-quebra ou manifestações que coloquem em risco atletas e torcedores das seleções que vão chegar ao Brasil.

Porém, também não engrossamos o coro governista da #CopaDasCopas, que esconde falta de planejamento, obras atrasadas, superfaturadas e a morte criminosa de operários, entre outras inúmeras falhas geradas pela incomPTência governamental.

Apoiamos a população que sai às ruas, pacificamente, para reivindicar também Saúde, Educação e Transporte "padrão Fifa". Porque o maior legado da Copa, se houver, será este: a união do povo definindo quais devem ser as prioridades para o país, a democracia e a liberdade de expressão.

Leia o artigo atribuído a Ronaldo Nazário, na Folha de S. Paulo: #100diaspraCopa.