quarta-feira, 31 de julho de 2013

Como ficam os nomes da oposição para 2014?

Com a presidente Dilma Roussef despencando nas pesquisas - será que posar ao lado do Papa Francisco vai ter o poder milagroso de estancar essa queda? - e a rejeição à sua reeleição crescendo até mesmo dentro do PT e entre os partidos aliados, aumentam as apostas, a menos de um ano do início oficial da campanha eleitoral de 2014, sobre qual nome da oposição conseguirá se credenciar neste período para um eventual 2º turno.

As pesquisas mais recentes confirmam a tendência pró-Marina Silva, que enfim parece estar consolidando o seu  novo partido, a Rede Sustentabilidade, e foi quem mais cresceu no rescaldo das manifestações históricas que tomaram as ruas e as redes, além do recall positivo dos 20 milhões de votos obtidos em 2010 e o amadurecimento das suas propostas.

O governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) vai empurrando a decisão sobre ser ou não candidato, abandonando a base de apoio do governo Dilma, para 2014. Mas há quem já considere a sua candidatura inevitável, com o mote "é possível fazer mais", ou seja, não representará uma oposição declarada ao governo do PT, mas um upgrade após 12 anos do contestado modelo petista.

O maior partido de oposição ao PT continua sendo o PSDB, presidido agora pelo senador mineiro Aécio Neves - ele próprio o candidato defendido pela maioria absoluta dos tucanos. Porém, Aécio enfrenta dois grandes desafios. O primeiro é crescer nas pesquisas pré-eleitorais. O segundo é vencer algumas resistências internas, leia-se José Serra, que alimenta boatos de outra eventual candidatura, deixando no ar se continua no PSDB ou se procura outro partido (e vem dialogando com PPS, PV, PTB e PSD).

Dentro do PPS, com o fim de qualquer possibilidade de fusão com o PMN (consequentemente sem abrir a "janela" que beneficiaria sobretudo Eduardo Campos) e a novela interminável do sonho da "candidatura própria" com a possível (mas improvável) vinda de José Serra, volta a crescer a hipótese de coligação com Marina Silva, num movimento protagonizado pela #REDE23 em defesa de uma "frente sustentável, democrática e de esquerda contemporânea".

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