sexta-feira, 19 de outubro de 2012

TV Estadão entrevista o vereador Ari Friedenbach

A TV Estadão entrevistou ao vivo, na tarde desta sexta-feira, 19, o vereador eleito Ari Friedenbach (PPS). O advogado foi o quarto convidado da série com os novos nomes da Câmara de São Paulo em 2013.

A série da TV Estadão convidou dez dos novos vereadores com maior número de votos. O mais votado, Roberto Tripoli (PV), recusou o convite. Ricardo Young, mais votado pelo PPS, também foi convidado, mas não vai participar por estar fora de São Paulo. Já foram entrevistados Andrea Matarazzo (PSDB), Conte Lopes (PTB) e Nabil Bonduki (PT).

"Bancada da segurança será ativa", diz Ari Friedenbach. O vereador eleito pelo PPS fala sobre sua motivação para entrar na política e diz que união de vereadores eleitos sob a bandeira da segurança é importante para solucionar o problema da violência em na cidade.

"Justiça foi feita", diz pai de Liana Friedenbach. O vereador eleito Ari Friedenbach conta como foram punidos os assassinos de sua filha, morta em 2003, e explica sua proposta de redução da maioridade penal para quem cometer crimes hediondos.

Leia o resumo da entrevista, minuto a minuto:

14h33 – “Eu acho que Cidade Limpa foi uma medida interessante, a cidade ficou com um visual melhor. Os corredores de ônibus tiveram um crescimento, mas o trânsito ainda continua ruim. Acho que o transporte público deveria ser prioridade. Acho que é fundamental desenvolver a periferia para que as pessoas tenham emprego próximo de casa e não viajem horas para trabalhar”.

14h29 – Friedenbach diz que a 1ª gestão de Kassab foi muito boa, mas “a 2ª não foi tão boa assim”. Vereador diz que é errado classificar gestão em “bom” ou “ruim”. “Existem erros e acertos. Algumas medidas foram boas, mas a gestão Kassab poderia ter sido melhor”.

14h27 – Questionado se vai trabalhar em conjunto com a dita “bancada da segurança”, vereador responder que é importante o trabalho em união e visões diferentes. Ele ainda aponta a importância da questão de segurança ser mais municipalizada.

14h25 – Vereador diz que a reposta mais rápida do Judiciário é importante para conter a violência. Para ele é preciso educação de qualidade, “em que os jovens passem pelo menos das 7h até 15h na escola e com cursos de dança, teatro, esporte”.

14h24 – “Eu entendo que um jovem que agride um professor, um mês na Fundação Casa vai ser extremamente educativo para ele”.

14h22 – Vereador diz que a iluminação pública ajuda a diminuir a violência e aponta a falta de luz nas ruas. Para ele, a Guarda Civil Metropolitana pode ser usada dentro das escolas públicas. “Temos que ter no mínimo 1 guarda nas escolas. Ele vai intimidar o tráfico, a violência, o estupro. É muito importante ter autoridade dentro das escolas para colocar limites”.

14h20 – Vereador diz que a segurança de SP está “caótica”. “Assistimos hoje a impunidade, por isso, os jovens fazem o que querem e vemos até violência na escola. Eles agridem e ainda filmam e colocam no Youtube. Essa falta de limites leva à situações como de um caso de um garoto que levou fora da namorada e a matou”. Vereador diz que jovens precisam aprender que existem limites.

14h19 – Vereador diz que crimes precisam ser diferenciados e não se pode punir jovens que furtam com a mesma rigidez dos que cometem crimes hediondos.

14h17 – Para ele a medida não é eficaz, porque “os criminosos que recrutam menores de 16 anos, então, vão recrutar menores ainda mais novos”.

14h16 – Ari diz que é contra a redução da maioridade penal porque enxerga como uma medida inócua. “Seria um debate muito longa, com resultado zero, porque precisaria fazer uma nova Constituição”.

14h14- “A dor é constante mesmo depois de anos, continua diária. Mas tenho claro na minha cabeça se fizesse as coisas com desejo de vingança me equiparia a eles, seria tão lixo como eles. Sempre procurei agir de uma forma racional para poder mudar a sociedade”.

14h12 – Vereador conta que Champinha (assassino de Liana) cumpriu os 3 anos na Fundação Casa e como foi constatado como psicopata, e por isso, foi interditado civilmente. “Nenhum deles quero ver, espero não olhar para a cara dessas pessoas, porque não vai me fazer bem, não vai acrescentar em nada”.

14h11 – Friedenbach diz que justiça foi feita no caso de sua filha. “Mas temos Lianas todos os dias sendo assassinadas e famílias não vêem justiça acontecer”.

14h10 – Vereador diz que sua plataforma se baseia na segurança e educação, “dois temas que andam sempre juntos”.

14h08 – Friedenbach diz que depois da tragédia com sua filha se empenhou na questão criminal e o menor infrator. Para o vereador o Código Penal do Adolescente tem que haver mudanças. “Depois de alguns anos, eu percebi que por mais que eu conseguisse implementar o debate política, era preciso uma força maior para essas decisões tormassem corpo. Por isso, decidi me filiar a um partido político e entrei no PPS”.