terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Soninha é candidata à Prefeitura de São Paulo

Para quem ainda não sabe, finge não entender ou prefere não acreditar, o PPS reafirma: Soninha Francine é candidata à Prefeitura de São Paulo, sejam quais forem os adversários em 7 de outubro de 2012.

Raciocínio binário não cabe em eleição de dois turnos. A polarização PT x PSDB só interessa a ambos. A cidade exige mais. Há espaço para a construção de uma terceira via, com uma campanha dinâmica, afirmativa, inovadora, leve, propositiva, como foi a da própria Soninha à Prefeitura em 2008 ou a de Marina Silva à Presidência em 2010.

Lembrando que em 2008 foi a candidatura de Soninha Francine que introduziu no debate questões de mobilidade urbana, reconfiguração do território, proximidade casa-trabalho, repovoamento do centro, ciclovias etc.

Agora Soninha vem com experiência redobrada, no Executivo e no Legislativo, por ter sido vereadora de São Paulo e subprefeita da Lapa - região administrada durante três anos pelo PPS, primeiro por Soninha e em seguida pelo presidente do PPS paulistano, Carlos Fernandes (leia aqui).

Que venha a eleição de 2012 com um "sinal verde" para São Paulo, que é a síntese da proposta do PPS e de todos os seus candidatos por uma cidade sustentável. Não poderia haver simbologia melhor para a metrópole que não pode parar.

Sinal verde para a “nova política” que pede passagem. Sinal verde para a cidadania, o trânsito, o transporte alternativo, a saúde, a educação, a segurança, o esporte e o lazer. Sinal verde para a qualidade de vida. Sinal verde para a diversidade, a ética, a transparência, a decência na política. Verde do meio ambiente e da sustentabilidade.

No país inteiro, o PPS e os seus candidatos às eleições municipais de 2012 se comprometem publicamente a sensibilizar, mobilizar e oferecer um programa de governo para a promoção do desenvolvimento justo e sustentável.

Este compromisso público tem como referência o "Programa Cidades Sustentáveis", iniciativa pioneira da Rede Nossa São Paulo e do Instituto Ethos, com o objetivo de que as cidades brasileiras se desenvolvam de forma econômica, social e ambientalmente equilibrada.

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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Será o último sopro de vida da 3ª via em São Paulo?

Será que podemos avaliar o quadro político atual com clareza, honestidade e sem receio de melindrar algum figurão? Então, vamos lá!

A entrada de José Serra na corrida eleitoral muda o cenário paulistano e nacional, obviamente. Reforça a polarização PT x PSDB e enfraquece qualquer possibilidade de uma terceira via, certo? NÃO! ERRADO!

É exatamente o acirramento desta lógica binária que justifica a formulação de uma candidatura alternativa aos dois lados dessa mesma moeda desvalorizada, consistente como bolha de sabão e emblemática da velha política que provoca ojetiza na população.

O recado do eleitorado está dado: em todas as pesquisas de intenção de voto para a Prefeitura de São Paulo aparecem, nas quatro primeiras colocações, nomes de fora do quadro PT x PSDB: Celso Russomanno (PRB), com 21%. Netinho de Paula (PCdoB), com 13%. Soninha Francine (PPS), com 11%; e Paulinho da Força (PDT), com 10%.

Ou seja, esses quatro pré-candidatos "alternativos" são os preferidos, hoje, de 55% do eleitorado de São Paulo. É um sinal claro: os cidadãos paulistanos estão - em sua absoluta maioria - saturados desse revezamento entre PT e PSDB no poder.

O ungido de Lula, o ex-ministro Fernando Haddad, e os quatro pré-candidatos coadjuvantes do tucanato (José Aníbal, Bruno Covas, Ricardo Tripoli e Andrea Matarazzo) não passaram dos 5% de intenção de votos. Uma tragédia para ambos.

Se não bastasse o percentual ridículo de petistas e tucanos, podemos avaliar os índices de satisfação do morador de São Paulo, desde 2000, com a administração municipal, as subprefeituras e o serviço público em geral. É baixíssimo e segue praticamente inalterado, atravessando as gestões de Marta Suplicy (PT), José Serra (PSDB) e Gilberto Kassab (PSD), que (não por acaso) flerta igualmente com PT e PSDB.

3ª via: Vamos dar nomes?

Entendemos que legendas como PPS, PV, PSB e PDT - assim como o bloco dos partidos menores - podem ter um papel determinante na quebra desta polarização PT x PSDB, que é nociva para a política, para a "democratização da democracia" e para a alternância de poder.

Não deve prevalecer a lógica do "alinhamento automático" ou da mera cooptação partidária. Vem dessa geléia eleitoral a total descrença na política e nos partidos. Este pode ser o momento da afirmação de uma proposta alternativa, um salto qualitativo (e quantitativo, estão aí as pesquisas apontando), se houver compreensão e sensibilidade dos dirigentes e das militâncias partidárias.

Alguém imagina o que significaria, por exemplo, a união de ex-petistas de expressão nacional como Soninha Francine, Eduardo Jorge, Luiza Erundina, Heloísa Helena, Cristovam Buarque, Fernando Gabeira, Carlos Giannazi, Odilon Guedes, Ivan Valente e Marina Silva, entre outros, em uma proposta de terceira via?

São Paulo está saturada da mesmice. Será que os partidos conseguem enxergar isso? Ao menos PT e PSDB parece que enxergam. E qual a estratégia de sobrevivência de ambos? Lula tenta repetir com Haddad a forma pré-fabricada (e vitoriosa) de Dilma: aposta em um nome novo, com perfil técnico (quase apolítico), para tentar vender pelos marqueteiros como "mudança".

O tucano José Serra propõe o inverso: como o eleitorado se divide entre vários novatos, ressurge o único nome já testado nas urnas (e até por isso com um eleitorado cativo) para botar "ordem na casa". Ele seria a única opção viável para barrar a ameaça petista em São Paulo. Esse é o mote serrista, utilizado inclusive para cooptar os demais partidos contrários à hegemonia lulista. E o PT faz o mesmo, no sentido oposto.

O posicionamento do PPS

Bastou ser confirmado o nome de José Serra na sucessão paulistana para que críticos, analistas e palpiteiros em geral dessem como sacramentado o "apoio automático" do PPS. Mas por que isso?

Primeiro, por culpa do próprio PPS, que tem inegável dificuldade de reafirmar o seu papel, sua história e identidade. Mas, principalmente, porque a postura de oposição sistemática ao PT e ao lulodilmismo empurram o PPS por osmose para a vala comum ocupada por PSDB, DEM e PSOL (os únicos partidos que hoje se opõem nacionalmente ao PT, num universo de 29 legendas).

Outros dois movimentos recentes do PPS geram essa especulação simplista: primeiro, o apoio à candidatura presidencial de José Serra em 2010. Logo em seguida, as declarações do presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire, amigo pessoal de Serra, de que o partido estaria à disposição no caso de um desembarque serrista do PSDB.

Curioso que a imprensa só tenha destacado esse "convite" ao tucano, muito embora Roberto Freire tenha declarado que seja extemporânea a discussão sobre a sucessão presidencial de 2014 e que o PPS estará aberto, no momento oportuno, para discutir uma candidatura de oposição ao PT, seja com José Serra, com Marina Silva ou com quem se viabilizar (dentro ou fora do PPS) até lá.

Mas vamos tratar diretamente do tal "apoio automático" do PPS a Serra. O PPS apoiou Serra presidente, Soninha apoiou Serra presidente, o partido participou da gestão Serra/Kassab. Logo...

Acreditem ou não, PPS terá candidatura própria em São Paulo: Soninha Francine é candidata à Prefeitura, assim como foi em 2008, quando muitos apostavam que o PPS iria aderir a Alckmin ou Kassab, os dois pesos-pesados do campo oposicionista.

Mas a prioridade não é impedir a volta do "modus operandi" do petismo em São Paulo, seus métodos anti-republicanos e a tomada de assalto da máquina municipal? Isso, por si só, não justificaria o apoio a José Serra?

Então vamos esclarecer: num eventual confronto entre PT x PSDB, entre Serra x Haddad, se não houver nenhuma outra opção do campo que estamos genericamente denominando "Nova Política" (e para a qual apresentamos a candidatura de Soninha Francine, com base no Programa das Cidades Sustentáveis), o PPS apoiará Serra. É natural. É coerente. Mas essa é a decisão para um eventual 2º turno.

Por que Serra? Como disse a própria Soninha sobre o tucano: "Mal humorado, impaciente, carrancudo, ríspido demais às vezes? Sim. Mau caráter? Não."

Por que Serra? Porque o PPS entende que as administrações de Serra, tanto na Prefeitura quanto no Governo de São Paulo, foram acertadas. Se comparadas com as gestões petistas, então, não há nenhuma dúvida.

Mas o raciocínio binário não cabe em uma eleição de dois turnos. Entendemos que há espaço (como em 2008 com a própria Soninha e em 2010 com Marina Silva) para uma campanha dinâmica, afirmativa, inovadora, leve, propositiva. A sociedade clama por uma nova forma de fazer política, com outra postura ética, administrativa e uma visão diferenciada dos principais problemas urbanos e sociais.

Leia aqui a íntegra do texto em que Soninha justifica o apoio, em 2010, à candidatura de Serra à Presidência. Não somos inimigos, mas somos diferentes.

Veja abaixo o resultado eleitoral do 1º turno da eleição presidencial de 2010, na cidade de São Paulo, com José Serra em primeiro (com 40,33%), Dilma Roussef em segundo (com 38,14%) e Marina Silva (com 20,1%), em uma eleição essencialmente polarizada entre PT e PSDB; o que não impediu, contudo, que a então candidata do PV obtivesse 19,6 milhões de votos em todo o Brasil.


O mapa a seguir, das 57 zonas eleitorais paulistanas, demonstra na prática o resultado da polarização entre PT e PSDB. Acompanhe o que ocorreu em 2010:


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domingo, 26 de fevereiro de 2012

Pré-candidatos se reunem a partir de 1º de março

A partir do dia 1º de março - e nas quintas-feiras subsequentes, sempre às 19h, na Câmara Municipal de São Paulo - haverá encontros temáticos para a formulação do Programa de Governo do PPS e orientação da chapa de candidatos.

A primeira reunião, no dia 1º, vai tratar da Legislação Eleitoral: "O que pode e o que não pode fazer um pré-candidato", sobre calendário eleitoral, informações de campanha, comunicação etc. e também "O que é ser vereador: o funcionamento da Câmara".

Segue abaixo o calendário com os temas a serem debatidos, sempre às quintas-feiras, na Câmara Municipal de São Paulo, a partir das 19h, com a participação de especialistas e dos pré-candidatos do PPS, tendo como ponto em comum de todos os eventos a sustentabilidade:

1/3 – Legislação Eleitoral: "O que pode e o que não pode fazer um pré-candidato", com palestra do advogado Anderson Pomini; e "O que é ser vereador: o funcionamento da Câmara Municipal", com Soninha Francine e Claudio Fonseca. Local: Plenarinho da Câmara Municipal, 1º andar.

8/3 - "Subprefeituras (Gestão eficiente, transparente e participativa)" – Coordenação de Carlos Fernandes e Soninha Francine. Local: Sala A, 1º Subsolo da Câmara Municipal.

15/3 - "Mobilidade Urbana e Transporte” - Coordenação de Soninha Francine. Local: Sala A, 1º Subsolo da Câmara Municipal.

22/3 – “Educação” – Coordenação de Claudio Fonseca. Local: Sala A, 1º Subsolo da Câmara Municipal.

29/3 – "Meio Ambiente e Cidade Sustentável" – Coordenação de Soninha Francine, Ricardo Young, José Valverde e Arnaldo Jardim. Local: Plenarinho da Câmara Municipal, 1º andar.

12/4 – “Emprego e Renda / Desenvolvimento Social” – Coordenação de Davi Zaia, Chiquinho Pereira e José Antonio Cipolla. Local: Sala A, 1º Subsolo da Câmara Municipal.

19/4 – “Saúde” – Coordenação do Dr. Mamede, Dra. Maira Saad e Dr. Roger Lin. Local: Sala A, 1º Subsolo da Câmara Municipal.

26/4 – “Habitação e Plano Diretor” - Coordenação de Ulrich Hoffmann, Paulo Cesar de Oliveira e Claudio Fonseca. Local: Sala A, 1º Subsolo da Câmara Municipal.

10/5 – “Esporte, Cultura, Lazer e Qualidade de Vida” - Coordenação de Soninha Francine, Vitor Adami, Mauricio Huertas e Heraldo Correa. Local: Sala A, 1º Subsolo da Câmara Municipal.

17/5 – “Diversidade, direitos e garantias" - Coordenação de Soninha Francine, Lylian Concellos, Pai Guimarães e coordenadores temáticos. Local: Sala A, 1º Subsolo da Câmara Municipal.

24/5 - "Segurança" - Coordenação de Soninha Francine e Ari Friedenbach. Local: Plenarinho da Câmara Municipal, 1º andar.

Lembrando ainda que foram formadas quatro comissões de trabalho para a pré-campanha eleitoral (que vai ter uma série de atividades até a Convenção Eleitoral do PPS, a ser realizada em 23 de junho, um sábado, a partir das 9h da manhã):

Conselho Político / Coordenação da Campanha à Prefeitura: Soninha Francine, Carlos Fernandes, Claudio Fonseca, Nelson Teixeira, José Antonio Cipolla e Maurício Huertas.

Comissão Eleitoral / Chapa de vereadores: Nelson Teixeira, Osvaldo Ordones, Eduardo Vila, José Antonio Cipolla, Marluce Maria de Paula e Paulo Cesar de Oliveira.

Comissão de Agenda / Pré-campanha: Lylian Concellos, Vitor Adami, César Hernandes e José Valverde.

Comissão Temática / Plano de Governo: Carlos Fernandes, Marluce Maria de Paula, Maurício Huertas, Paulo César de Oliveira, César Hernandes, José Valverde, Ronaldo Sagres, Renato Dorgan, Antonio Luiz Mamede, Gerisvaldo de Souza, Adélcio Meira, Eliseu Santoni, Maria Raimunda, Chiquinho Pereira e Ricardo Young.


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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Fatos e boatos sobre a candidatura de Soninha

Passa o tempo, as idas e vindas de Serra e Kassab continuam a pautar a sucessão paulistana, a mídia e a patrulha virtual seguem especulando sobre o eventual posicionamento do PPS - quase sempre sem nenhuma informação concreta, apenas para tumultuar - e o eleitorado fica perdido no meio de tanta boataria.

Mas, como já se tornou hábito, o Blog do PPS vai responder com absoluta transparência as principais críticas e questões levantadas tanto na imprensa quanto nas redes sociais: A candidatura de Soninha Francine à Prefeitura é pra valer? Ela vai desistir se o Serra entrar na disputa? O PPS é linha-auxiliar do PSDB?

Antes de mais nada, é preciso esclarecer: o PPS insiste na tese da construção de uma terceira via, fora da polarização PT x PSDB, por entender que a cidade está saturada desta mesmice. São Paulo exige uma nova forma de fazer política, com outra postura ética, administrativa e uma visão diferenciada dos principais problemas urbanos e sociais.

Biruta eleitoral

O comportamento pendular do prefeito Gilberto Kassab, entre PT e PSDB, demonstra uma coisa óbvia: ambos não têm muita diferença. Precisamos fugir desta lógica da biruta de aeroporto, que se move com o vento.

Em todas as pesquisas de intenção de voto para a Prefeitura de São Paulo, percebe-se a saturação do eleitor com os candidatos da polarização PT x PSDB e o cenário ideal para a construção de uma terceira via.

Nem PT, nem PSDB. Que venha a eleição de 2012 com um "sinal verde" para São Paulo, que é a síntese da proposta do PPS por uma cidade sustentável, em torno da candidatura de Soninha Francine.

Mas a candidatura de Soninha à Prefeitura é pra valer? O PPS vai manter a candidatura de Soninha mesmo com Serra na disputa?

Lamentamos desapontar quem acha que cabe à Soninha Francine um papel meramente figurativo na eleição. Ou que o PPS vai "fazer o que o PSDB mandar", como já foi publicado na imprensa, ou simplesmente "bater no PT”.

O PPS não se presta a esse papel. Essa mesma aposta leviana de que o PPS iria aderir a Alckmin ou Kassab no 1º turno em 2008, ou que faria uma campanha agressiva contra Marta Suplicy, foi derrubada pelos fatos: Soninha foi candidata, numa campanha dinâmica, afirmativa, inovadora, leve, propositiva.

A nossa proposta para 2012 é justamente quebrar essa polarização PT x PSDB e buscar construir uma alternativa para São Paulo, através de uma candidatura própria à Prefeitura e uma chapa de vereadores na formulação do Programa Cidades Sustentáveis.

O PPS busca construir essa via alternativa possivelmente aliado a outros partidos e movimentos da sociedade, lançando Soninha à Prefeitura e uma chapa de qualidade à Câmara Municipal (onde se destacam, entre 83 homens e mulheres dignos, Ricardo Young, Claudio Fonseca, Ari Friedenbach, Carlos Fernandes, Chiquinho Pereira, Ivanise da ONG Mães da Sé, Luisa Mell, Gui Pádua etc.).

Apostamos na quebra dessa polarização, inclusive trazendo para o debate entidades como a Rede Nossa São Paulo, o Instituto Ethos e o Movimento Nova Política, recém-lançado por Marina Silva, além de outros partidos que não se sujeitam à mera cooptação.

O PPS vai continuar sendo linha-auxiliar do PSDB?

Outra afirmação completamente equivocada, disparada por quem desconhece ou pretende distorcer a realidade. O PPS é linha-auxiliar do PSDB? Vejamos...

Em 1989, na primeira eleição direta pós-Ditadura, o então PCB lançou Roberto Freire para a Presidência da República no 1º turno e apoiou Lula no 2º turno contra Collor.

Em 1992, após o impeachment de Collor, o recém-fundado PPS (oriundo do PCB) deu sustentação ao governo do presidente Itamar Franco (o PT era contra; inclusive puniu Luiza Erundina por participar do ministério). O líder do governo Itamar na Câmara foi o deputado Roberto Freire, presidente do PPS.

Em 1994, em nome de uma "esquerda democrática", o PPS apoiou Lula contra Fernando Henrique Cardoso, que se aliou ao PFL. FHC venceu no 1º turno.

Em 1998, o PPS lançou à Presidência Ciro Gomes, dissidente do PSDB e crítico da gestão FHC, que foi reeleito no 1º turno.

Em 2000, o PPS apoiou Luiza Erundina (PSB) para a Prefeitura de São Paulo (com Emerson Kapaz vice). No 2º turno, o PPS pregou voto em Marta Suplicy (PT) contra Paulo Maluf.

Em 2002, o PPS lançou novamente Ciro Gomes à Presidência. O candidato tucano foi José Serra. No 2º turno, o PPS apoiou Lula (contra Serra) e integrou o governo petista (Ciro Gomes foi nomeado ministro). Em São Paulo, apoiou o governador Geraldo Alckmin (contra o petista José Genoíno), mantendo-se na base desde o governo Mário Covas (de quem Alckmin foi vice).

Em 2004, o PPS rompeu com Lula apontando uma série de divergências na condução do governo, que traiu as expectativas de quem esperava uma gestão "democrática de esquerda". Pouco depois estouram os escândalos do mensalão, propinoduto e outros casos de corrupção. Ciro Gomes troca o PPS pelo PSB.

Ainda em 2004, o PPS apóia em São Paulo a eleição de José Serra para a Prefeitura (com Kassab vice), contra a reeleição de Marta Suplicy (PT) e a sua base de sustentação que reproduzia o "modus operandi" do governo federal, combatido pelo PPS.

Em 2006, o PPS apóia a candidatura do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, à Presidência da República (contra a reeleição de Lula); e do então prefeito José Serra para o Governo de São Paulo (contra Mercadante e os "aloprados" petistas).

Em 2008, o PPS lança Soninha Francine, dissidente do PT, à Prefeitura de São Paulo. No 2º turno, apóia a reeleição de Gilberto Kassab (coligado a PMDB e PV) contra Marta Suplicy.

Em 2010, o PPS apóia José Serra (PSDB) na eleição presidencial contra Dilma Roussef (PT) por entender que o Brasil não podia permanecer 12 anos no (des)governo petista. Para o Governo do Estado, apoiou o retorno de Geraldo Alckmin.

Para 2012, vai lançar novamente a candidatura de Soninha Francine, que teria hoje entre 9% e 11% de intenção de votos pelo Ibope e Datafolha, ou seja, mais que a soma dos pré-candidatos do PT e do PSDB.

Portanto, nada mais coerente: em seis eleições presidenciais, o PPS teve candidatura própria em três (uma com Roberto Freire e duas com Ciro Gomes); apoiou Lula em duas (2º turno de 1989 e 1º turno de 1994); e esteve duas vezes com um candidato do PSDB (Alckmin em 2006 e Serra em 2010).

Para a Prefeitura de São Paulo, das quatro últimas eleições, o PPS lançou candidatura própria em três: 2012, 2008 (Soninha) e 2000 (na coligação Erundina/Kapaz com PSB, PDT e PMN), sendo que no 2º turno de 2000 apoiou o PT (Marta). E foi "linha-auxiliar" do PSDB (para usar o termo preferido dos críticos) apenas uma vez, com Serra, em 2004. Ou seja...

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Folha especula "dobrada" Soninha & Eduardo Jorge

Biodiversidade Preocupado com os movimentos pendulares de Kassab, o PV abriu tratativas com o PPS. Os verdes agora admitem uma dobradinha de Soninha Francine com o secretário Eduardo Jorge (Verde e Meio Ambiente) de vice. (Painel da Folha de S. Paulo, domingo, 19 de fevereiro de 2012)

O clima de Carnaval parece ter ressuscitado o "Samba do Crioulo Doido", genial criação do escritor e jornalista Sérgio Porto, sob pseudônimo de Stanislaw Ponte Preta, que acabou virando referência para as mais absurdas, caóticas e desconexas situações. Ou seja...

A multisinalização de Gilberto Kassab e o mistério sobre a entrada de José Serra na corrida eleitoral para a Prefeitura de São Paulo são os ingredientes necessários para confundir ainda mais o já conturbado cenário político.

Não vamos alimentar ainda mais as especulações. Apenas relembrar o que já afirmamos por aqui: com ou sem José Serra na disputa, o PPS entende que há espaço para uma terceira via, fora da polarização PT x PSDB.

É nesta direção que estamos tentando avançar: com o PV de Penna e Eduardo Jorge, com o PSB de Luiza Erundina, com o Movimento Nova Política de Marina Silva e com outros partidos sensíveis à demanda do eleitor por uma alternativa viável para a construção de uma cidade sustentável.

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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Vídeo flagra briga de vereador do PTB com camelô

Comerciante acusa vereador Adilson Amadeu (PTB) de agressão.

Do G1

Veja aqui a íntegra do vídeo e aqui a resposta do vereador.

Um vídeo gravado na tarde de quarta-feira (15) durante uma sessão da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Municipal de São Paulo mostra o momento em que o vereador Adilson Amadeu (PTB) discute com o vice-presidente da Comissão dos Comerciantes da Feira da Madrugada Pátio Pari, Osvaldo Aparecido de Jesus, e tenta agredi-lo. O camelô registrou o boletim de ocorrência de lesão corporal no 1º Distrito Policial, na Sé.

Em entrevista ao G1, o comerciante, que também é estudante do último ano de direito, diz que se sentiu “lesado, ofendido e humilhado”. “Mais do que a agressão física, foi a moral. Fui desmoralizado na frente de uma plateia lotada. Ele não deu um tapa em mim, foi na categoria, nesse povo que acorda às 2h, que não está sendo respeitado”, afirma. Ele diz ter levado um tapa na região do olho esquerdo, que, segundo o camelô, ficou “um pouco vermelho”.

No vídeo, é possível ver o momento em que o vereador deixa a mesa que presidia a reunião. Segundo o comerciante, ele apenas saudou o vereador. “Para de falar de mim. Você está falando demais”, responde Amadeu, antes de ter início a confusão.

O vídeo mostra o vereador erguendo o braço em direção ao homem, mas não registra a agressão em si.

O camelô diz que irá representar contra o vereador. “Eu já perdoei [o vereador], meu coração não tem mágoa, mas eu vou procurar a Justiça. Ele vai ter que entender que tem que agir com bom senso”, diz.

Em declaração ao G1, na quarta-feira, o vereador negou veementemente ter dado o soco. "Eu tenho 1,85 metro e 105 kg. Se eu desse um soco nele, ele estaria intacto? Ele está mentindo. Ele que prove", afirmou o vereador.

Segundo Amadeu, durante a reunião, integrantes da Comissão de Comerciantes da Feira da Madrugada o provocaram porque ele tem questionado o fato de o grupo ter espaço reservado dentro da sala da administração da Feira da Madrugada, onde deviam trabalhar apenas servidores municipais. Ele disse que na saída do recinto foi novamente agredido verbalmente. "Disse para ele: 'Não repita isso'. O pessoal me empurrou para cima dele", afirmou Amadeu.

O comerciante contesta. Ele afirma que naquela sessão não houve provocação. "Em outro momento, eu questionei um ofício que ele encaminhou para a Prefeitura, questionando o funcionamento de alguns boxes na Feira da Madrugada." Ele também nega que os camelôs tivessem provocado tumulto na saída do vereador. “Nós éramos muitos na Câmara e poderíamos ter reagido. Nós não fizemos."

O G1 procurou o vereador novamente nesta quinta-feira (16), mas ele não quis falar sobre o vídeo. De acordo com a sua assessoria, ele e o comerciante que o acusa de agressão se conhecem desde o tempo em que o vereador era o presidente da Comissão da Feira da Madrugada. O vereador deve entrar com uma queixa crime contra o comerciante devido a declarações dadas à impresa relativas às divergências sobre o comércio no Pátio do Pari. Segundo a assessoria, para Amadeu, o "caso está encerrado".

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Dora Kramer analisa com precisão o dilema tucano

Artigo: Balas de Prata

DORA KRAMER
COLUNISTA DO ESTADÃO

A sinuosidade de ação e pensamento que tanto fragiliza o PSDB no exercício da oposição é também o veneno que, aplicado em doses constantes e cada vez mais letais, corrói as entranhas do partido.

A última aniquilou a chance de os tucanos virem a construir uma candidatura viável à Prefeitura de São Paulo a partir da realização das prévias já marcadas para 4 de março próximo.

Às vésperas da escolha entre os pretendentes Andrea Matarazzo, Bruno Covas, Ricardo Tripoli e José Aníbal, o PSDB recrudesce a pressão para José Serra ser candidato. Com isso, desmoraliza seus postulantes, informa ao eleitorado que nenhum deles vale quanto pesa e confere a todos a condição de meros esquentadores de cadeira.

Vamos que Serra mantenha a decisão de não se candidatar e a escolha se dê entre os quatro: que moral política ou eleitoral terá o vencedor se o próprio partido pelo qual concorre trombeteara previamente sua carência de condições competitivas?

E se José Serra ceder às pressões e for ele o candidato? Em termos imediatos, pode até ser uma solução, o PSDB pode ganhar a eleição. Mas terá de se ver diante da contradição de ter tratado como herói da resistência alguém que havia sido posto fora do tabuleiro.

O partido, aqui entendido como a direção e as principais lideranças, não perde oportunidade de acentuar o quanto José Serra está isolado. Tucanos só faltam dizer em público que o tempo dele passou. Privadamente dizem exatamente isso.

Mas, na hora de resolver um problema na eleição que será a mãe de todas as batalhas municipais, definidora da sobrevivência do partido e da consolidação da hegemonia total do PT no cenário nacional, enfileiram-se em romaria pedindo que se candidate a prefeito de São Paulo.

Ressuscitam aquele que haviam dado como "morto" para, de um lado, salvar a lavoura partidária e, de outro, mantê-lo longe do jogo de 2014.

Diga-se em favor do PSDB que incoerente o partido não é. Trabalha contra os seus com competência e persistência.

Deixou-se aprisionar na armadilha da "herança maldita" urdida pelo PT. E não depois da vitória de Lula, em 2002. Mas já durante aquela campanha quando se recusou a pôr o então presidente Fernando Henrique Cardoso no palanque.

Recusa, aliás, é um termo brando. Repúdio traduz melhor a situação. As pesquisas indicavam acentuado desgaste de FH no segundo mandato, os marqueteiros aconselharam ao partido que mantivesse dele distância regulamentar e assim foi feito.

Dessa forma continuou sendo feito quando Lula surrava diariamente o governo do antecessor e o PSDB apanhava calado. Parafraseando Nelson Rodrigues, o PT sabia por que batia e os tucanos pareciam concordar com as pancadas.

Só recentemente o PSDB reabilitou Fernando Henrique e, assim mesmo, a reboque da iniciativa de Dilma Rousseff em reconhecer-lhe publicamente o valor.

Antes disso, o ex-presidente foi voz isolada em todas as críticas, análises de conjuntura e "pensatas" sobre a condução do partido.

Guardadas as proporções e os objetivos, no caso específico da Prefeitura de São Paulo, Serra agora é objeto desse tipo de reabilitação a posteriori.

Pelo simples fato de que o PSDB não conseguiu mais uma vez construir um caminho para si. Se queria Serra, não deveria ter-se deixado levar pela proposta de prévias; se queria aliança com Kassab, não deveria tê-lo deixado correr para o PT; se queria um candidato novo, deveria ter tido unidade e firmeza para construí-lo como Lula fez com Fernando Haddad.

O problema é que o maior entre os poucos partidos de oposição não sabe o que quer. Agora não há tempo para mais nada, resta apenas o espaço ao improviso de sempre.

E se o leitor mais atento sentiu falta da responsabilização nominal desse ou daquele tucano pelos passos em falso saiba que foi proposital.

Não é uma obra de autor. É resultado de um trabalho coletivo de destruição do qual nenhum dirigente, líder, governante, parlamentar, vítima ocasional ou algoz circunstancial está isento.


(Artigo de Dora Kramer, publicada no o Estado de S. Paulo de quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012)

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

PPS é contra ceder área pública para Instituto Lula

Por princípio, o PPS é contra a cessão de áreas e verbas públicas para entidades privadas, sem que exista um claro interesse social. Nem se questiona o mérito ou o trabalho de qualquer ex-presidente (ainda que Itamar Franco ou FHC, por exemplo, não tenham reivindicado o mesmo privilégio), mas é injustificável essa "homenagem" a Luis Inácio Lula da Silva às custas do contribuinte paulistano.

Se o PPS já questiona no STF a estatização da Fundação Sarney, por exemplo, não poderia calar diante do privilégio concedido ao Instituto Lula em área municipal de São Paulo.

Não bastasse a ilegalidade, parece uma afronta que o prefeito Gilberto Kassab vá pessoalmente à Câmara propor este agrado ao PT, no exato momento em que anuncia o interesse de levar o seu partido, o PSD, a apoiar eleitoralmente o candidato petista Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo.

A revitalização da Nova Luz tem o apoio irrestrito do PPS, enquanto o PT sempre foi contra. Acusa a Prefeitura de favorecer a "especulação imobiliária" nas ações para desmanchar a chamada "cracolândia" naquela região do centro de São Paulo. E agora? O PT vai prevaricar diante da cessão pública ao Instituto Lula justamente nessa área sobre a qual levantou tanta suspeição contra a Prefeitura? Será o mais novo beneficiário da tal "especulação imobiliária"?

Outra ironia: na polêmica ocupação do Pinheirinho, em São José dos Campos, o PPS sempre defendeu a desapropriação da área, para garantir a moradia de milhares de famílias, em vez da reintegração de posse definida pela Justiça. No caso, entendemos que o interesse social se sobrepõe ao direito de propriedade do empresário Naji Nahas ou de seus credores. Mas o governo (inclusive o federal, do PT) se omitiu.

No caso do Instituto Lula, em São Paulo, é o raciocínio inverso: toma-se uma área pública, de interesse social, localizada na degradada região da "cracolândia", cuja revitalização está sendo executada pela Prefeitura (com a oposição do PT, diga-se) no Projeto "Nova Luz", e entrega de mão beijada a uma entidade de interesse privado.

O site do Instituto Lula já anuncia a construção do "Memorial da Democracia", que "mostrará a história da luta pela democracia em nosso país, em terreno cedido pela Prefeitura Municipal de São Paulo nas proximidades da Estação da Luz, seguindo desenho institucional a ser definido entre poder público e a entidade responsável pela iniciativa".

Diz ainda que: "O Memorial da Democracia colocará à disposição da sociedade brasileira e também aos turistas de outros países todo o acervo documental referente aos oito anos de mandato do Presidente Lula, com objetividade historiográfica e rigor museológico, sem nenhuma concessão a enfoques maniqueístas ou partidarizados."

"O terreno será disponibilizado pela Prefeitura de São Paulo, através de concessão administrativa, sem transferência de propriedade sobre o solo. O Instituto Lula se responsabilizará pela aquisição de todos os equipamentos do Memorial e pela sua operação, sendo a gestão compartilhada com o poder público municipal e, possivelmente, incluindo parcerias com os governos estadual e federal, através das respectivas áreas de Educação e Cultura, não importando a composição partidária nos Executivos dos três entes federados em cada momento."

O site não informa, porém, que a cessão depende da aprovação da Câmara Municipal, que em tese representa a vontade da população paulistana. O líder do PPS na Câmara de São Paulo, vereador Claudio Fonseca - que já se posicionou contra, inclusive, a cessão de área pública e benefícios para a construção do estádio do Corinthians - votará NÃO a este privilégio ao Instituto Lula.

A posição do PPS, tornada pública através desta nota da sua direção, será comunicada diretamente ao prefeito Gilberto Kassab pelo presidente municipal do partido, Carlos Fernandes, e pela ex-vereadora Soninha Francine, ambos também ex-subprefeitos da Lapa na gestão kassabista.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

PPS tenta montar megabloco de ‘nanicos’ em SP

Josias de Souza

O pequeno PPS tenta costurar em torno de sua candidata à prefeitura de São Paulo, Soninha Francine, um acordo com 11 legendas nanicas: PMN, PHS, PTC, PRP, PSL, PTN, PPL, PRTB, PSDC, PCB e PTdoB.

Soninha é vendida como “terceira via”. Uma alternativa à velha polarização que opõe na capital paulista PSDB e PT. Uma espécie de versão municipal do projeto representado na sucessão presidencial de 2010 por Marina Silva.

O PPS esforça-se para convencer seus potenciais parceiros a abandonar o papel de “legendas de aluguel”. Sugere que, em vez de entregar seus tempos de tevê aos grandes partidos, passem a atuar em “bloco”.

Sustenta-se que, juntos, os nanicos se fortalecem. Ganham visibilidade e têm maiores chances de influir na disputa à prefeitura e aos assentos da Câmara de Vereadores de São Paulo.

No esforço para seduzir os nanicos, o PPS realça a posição de Soninha nas pesquisas. No último Datafolha, veiculado no final de janeiro, ela oscila entre 9% e 11%, à frente dos candidatos do PSDB e do PT.

Se vingar, a união dos Davis contra os Golias talvez não leve Soninha à prefeitura. Mas pode movimentar a modorrenta cena eleitoral de São Paulo, uma cidade hoje às voltas com um gigantesco desperdício de mediocridade.

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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

"De mãos dadas": Dilma, Lula, Marta, Kassab...

O assunto político do fim-de-semana foi a vaia que o prefeito Gilberto Kassab tomou da militância petista, no aniversário de 32 anos do PT, mas que foi abafada pelos aplausos da cúpula do partido (a presidente Dilma, que ganhou beijinho e tudo, à frente).

As duas principais ausências da festa foram o ex-presidente Lula, que se recupera de tratamento de saúde e é o principal articulador desta aliança petista-kassabista, e a senadora Marta Suplicy, opositora de primeira linha, derrotada duas vezes por Kassab (em 2004 como vice de Serra e em 2008 na reeleição do prefeito), e "traída" pelo PT em sucessivas eleições (do sonho de ser governadora e presidente, preterida por Mercadante e Dilma, ao desejo declarado de retornar à Prefeitura, atropelada por Haddad).

Estranho esse pudor petista: o partido do mensalão e do dólar na cueca governa de mãos dadas com Collor e Sarney, os dois nomes mais emblemáticos da trajetória oposicionista do PT, assim como Maluf, a quem a própria Marta se uniu para tentar combater sem sucesso a aliança PSDB/DEM/PPS/PV que elegeu José Serra.

Lembremos que o próprio suplente de Marta no Senado (que assume o cargo se ela for nomeada para um Ministério, por exemplo) é o vereador Antonio Carlos Rodrigues (PR), líder do chamado Centrão na Câmara Municipal de São Paulo. E o eventual senador ACR (inspirado em ACM) não parece ter exatamente um perfil que agradaria essa mesma militância que vaiou Kassab. Ou seja...

ARTIGO: "De mãos dadas"

Ricardo Balthazar (Folha de S. Paulo)

Marta Suplicy estrilou na semana passada, inconformada com o avançado namoro de seus companheiros petistas com Gilberto Kassab. Ela se disse assustada com a possibilidade de "acordar de mãos dadas" com o antigo adversário e ameaça ficar fora do palanque de Fernando Haddad se ele preferir dar o braço ao prefeito.

Um dia depois, Kassab foi à festa de aniversário do PT e roubou a cena: ganhou lugar de honra no palco, mandou beijinho e piscou o olho para a presidente Dilma Rousseff. Quando a plateia começou a vaiar e a cúpula do partido tentou conter o protesto, Dilma ajudou a puxar os aplausos para o novo companheiro.

Faz tempo que os petistas abandonaram o pudor na escolha dos aliados. Basta ver com quem Marta anda para lembrar disso. Seu suplente no Senado é o vereador Antônio Carlos Rodrigues, do PR, chefe do bloco conservador que passou a dar as cartas na Câmara Municipal depois que Marta e o PT saíram da prefeitura.

Na mesma semana em que Dilma celebrou em público sua amizade com Kassab, o governo entregou ao setor privado a administração de três dos maiores aeroportos do país, levando petistas e tucanos a se engalfinhar num debate infantil sobre os modelos de privatização que adotaram nos últimos anos.

Assim como na negociação das alianças do PT, a briga tem pouco a ver com ideologia. Os dois lados desperdiçam energia com questões semânticas, como a diferença entre concessões e privatizações, e evitam reconhecer o óbvio. Nenhum deles é contra nada. Trata-se só de decidir quem privatiza com mais gosto.

As diferenças que separam petistas e tucanos são cada vez menores e isso empobrece o debate político. Todo mundo pensa parecido, e estão todos sempre dispostos a abandonar suas convicções se for necessário para vencer a próxima eleição. A campanha eleitoral deste ano oferecerá mais uma oportunidade para observar esse fenômeno.


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PPS define Executiva Nacional e valoriza São Paulo

Em reunião neste fim-de-semana, em Brasília, o Diretório Nacional do PPS tomou uma série de decisões importantes, elegeu a sua Comissão Executiva, aprovou a resolução para as convenções eleitorais de 2012 e, o principal, reconheceu como exemplar a linha política adotada pelo partido em São Paulo.

Foram confirmados os deputados federais Roberto Freire (PPS/SP) na presidência nacional do partido e Rubens Bueno (PPS/PR) na secretaria-geral. Leia mais sobre a Executiva eleita.

Dos 16 membros da Executiva Nacional do PPS, outros cinco (além de Roberto Freire) são de São Paulo: o presidente do PPS paulistano, Carlos Fernandes; a ex-vereadora Soninha Francine; o deputado federal Arnaldo Jardim; a secretária de relações internacionais, Dina Lida Kinoshita; e o sindicalista da UGT (União Geral dos Trabalhadores), Chiquinho Pereira.

O empresário Ricardo Young, membro do Diretório Nacional, pré-candidato a vereador pelo PPS paulistano - após ter disputado o Senado em 2010, pelo PV, e obtido 4 milhões de votos - e expoente do Movimento Nova Política, idealizado por Marina Silva, participou da reunião e foi chamado para compor a mesa dirigente dos trabalhos também como reconhecimento dos novos rumos propostos pelo PPS a partir de São Paulo.

Foi a construção desta "nova política" formulada e conduzida pelo PPS paulistano que confirmou os seis nomes do Estado e da cidade de São Paulo entre os 16 da Executiva Nacional (ou seja, 40% da direção). Principalmente o de Carlos Fernandes, como destacou o presidente estadual do PPS/SP, Davi Zaia, sobre o principal condutor do trabalho que é modelo para o partido em todo o país.

Fichas limpas

Na resolução eleitoral aprovada pelo PPS, a regra mais importante é o veto automático à candidatura de qualquer filiado que tenha contra si condenação criminal ou cometido improbidade administrativa. É a aplicação imediata da Lei da Ficha Limpa, antes mesmo que o STF decida sobre a sua validade.

O PPS também definiu os prazos para a realização das convenções eleitorais. De acordo com o documento, elas serão realizadas no período de 10 a 30 de junho. A convenção eleitoral do PPS paulistano já está agendada para o dia 23 de junho (sábado), a partir das 9h da manhã, na Câmara Municipal de São Paulo.

FAP

Na Fundação Astrojildo Pereira (FAP), vinculada ao PPS, foi reeleito para a presidência o cientista político e sociólogo da UnB, Caetano Araujo. Como diretor-geral foi eleito o ex-deputado e ex-ministro Raul Jungmann (PE). A jornalista e ex-vereadora Soninha Francine também integra a direção executiva da FAP. Leia mais.

Núcleo de Meio Ambiente

A Coordenação Nacional de Sustentabilidade, o antigo Núcleo de Meio Ambiente do PPS, também se reuniu neste fim-de-semana, em Brasília, e deliberou algumas questões:

1) Será realizada, até o início de março, uma reunião ampliada da Executiva Nacional com a bancada federal e representantes do Núcleo de Meio Ambiente para discutir o posicionamento do partido na Rio+20 e na votação (prevista para o dia 6/3) do Código Florestal na Câmara dos Deputados; o deputado Arnaldo Jordy (PPS/PA) informará sobre a reunião.

2) Está prevista a realização de seminários sobre o Programa das Cidades Sustentáveis para os pré-candidatos a prefeito e vereador do PPS em todo o país. O assunto será levado à primeira reunião da Executiva Nacional pelos dirigentes Arnaldo Jordy (PA) e Luiz Castro (AM). Será disponibilizada por Ricardo Young (SP) uma lista de possíveis palestrantes sobre o tema. Mais informações: Cidades Sustentáveis.

3) O seminário de Sustentabilidade e Meio Ambiente em São Paulo, como parte da formulação do Plano de Governo da pré-candidatura de Soninha Francine à Prefeitura, com a participação de especialistas e de todos os pré-candidatos a vereador do PPS paulistano, já está agendado para o dia 29 de março, a partir das 19h, no "Plenarinho" da Câmara Municipal.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Religiões de origem afro têm Congresso no sábado

Será realizado neste sábado, dia 11, em São Paulo, a partir das 12h, o Coneafro - Congresso Estadual das Religiões e Cultura de Matriz Africana, Afro-Brasileira e Indígena (no Sindicato dos Eletricitários - Rua Tomás Gonzaga, 50 - Liberdade).

O evento é promovido pelo religioso Pai Guimarães e tem participação confirmada da ex-vereadora Soninha Francine, que fará palestra sobre "Organização, mobilização e conscientização política".

"Queremos um sinal verde para uma sociedade sem racismo, sem preconceito e sem intolerância, mas com liberdade de expressão religiosa”, afirma Guimarães, em referência ao "sinal verde" escolhido pelo PPS como símbolo da formulação de um programa de governo alternativo para a cidade de São Paulo.

"Formamos um movimento político pioneiro, que busca organizar, mobilizar e conscientizar o povo do axé da importância de se ter uma participação efetiva e com representatividade política, que de fato represente nossa comunidade na luta contra as injustiças que sofremos."

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

PPS propõe bloco partidário para consolidar 3ª via

Cansados de servir de escada para as grandes agremiações, pequenos e médios partidos podem formar um bloco na construção de uma candidatura alternativa à polarização PT x PSDB em São Paulo - e fora dos "satélites" que gravitam em torno de ambos, alternadamente, como PMDB e PSD.

Firme no propósito de consolidar e viabilizar a candidatura de Soninha Francine como terceira via à Prefeitura - confirmando os números do Ibope e Datafolha, que a colocam em 3º lugar, à frente de petistas e tucanos somados - o PPS vem dialogando com PMN, PHS, PTC, PRP, PSL, PTN, PPL, PRTB, PSDC, PCB e PTdoB.

Além disso, o PPS conversa com partidos que têm pré-candidatos à Prefeitura, mas que podem igualmente construir uma alternativa à polarização PT x PSDB: José Luiz Penna e Eduardo Jorge (PV), Luiza Erundina (PSB), Paulinho da Força (PDT), Celso Russomanno (PRB), Netinho de Paula (PCdoB) Luiz Flávio Borges D´Urso (PTB), Carlos Giannazi e Ivan Valente (PSOL).

O fato é que os partidos menores não querem mais ser vistos como legendas de aluguel, dominadas por políticos de segunda classe, meros coadjuvantes do jogo do poder, servindo apenas para ceder tempo de TV e colocar seus candidatos proporcionais como cabos-eleitorais de luxo (mão-de-obra barata) para os majoritários dos partidos grandes.

Atuando em bloco, esses partidos crescem juntos e fortalecem também a democracia, ao darem voz a setores da sociedade muitas vezes sem espaço nos partidos dominantes. Terão peso diferenciado nos dois turnos das eleições, participação direta na coordenação da campanha à Prefeitura e chances concretas de eleger seus representantes para o Legislativo, com estrutura e visibilidade.

A direção do PPS aposta na construção dessa alternativa. Propõe repetir em São Paulo a terceira via que Marina Silva representou na eleição presidencial de 2010 (reveja aqui). O partido está comprometido com o Programa Cidades Sustentáveis e filiou o empresário Ricardo Young (ex-PV), que teve 4 milhões de votos ao Senado, para ser o "puxador de votos" do PPS para a Câmara Municipal.

Mais importante que encontrar nomes para concorrer à Prefeitura, os partidos e seus representantes precisam apresentar aos cidadãos paulistanos um programa de governo viável e consistente para São Paulo, voltado para um desenvolvimento justo, social, econômico e ambientalmente equilibrado. É o que estamos propondo. Quem nos acompanha?

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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

PPS avalia candidaturas a prefeito no interior de SP

No trabalho de avaliação e mapeamento do partido no interior, a direção estadual do PPS se reuniu nesta segunda-feira, em São Paulo, com seis potenciais candidatos, todos com boa perspectiva de vitória em 2012: Myriam Alckmin (Pindamonhangaba), Professora Pollyana (Taubaté), João Otávio (São João da Boa Vista), Dedé Menezes (Ribeirão Pires), Luiz Antonio Panone (Descalvado) e Nério Costa (Sertãozinho).

Participaram do encontro com os prefeituráveis o presidente estadual do PPS, deputado Davi Zaia; o vice-presidente e líder da bancada do partido na Assembléia, deputado Alex Manente; o secretário-geral do PPS/SP e deputado federal Arnaldo Jardim; e o tesoureiro estadual e presidente paulistano Carlos Fernandes.

Myriam Alckmin

Se não bastasse ser vice-prefeita, secretária de Relações Institucionais e presidente do PPS de Pindamonhangaba, Myriam Alckmin Ramos Nogueira carrega no sobrenome o parentesco do político mais famoso: o tio Geraldo Alckmin.

Mas não é só por causa do governador que Myriam tem a política no sangue: "Nasci e cresci vivenciando política. Em 1976, ano de meu nascimento, meu pai conta que ele estava num comício do meu tio Geraldo na Vila São Benedito, então candidato a prefeito em Pinda, quando teve que sair às pressas para levar minha mãe para a maternidade, porque eu estava chegando. Na campanha seguinte eu já estava no palanque com uma bandeirinha na mão."

O avô paterno (Alcides Ramos Nogueira) e o pai (Fernando Nogueira) também foram vereadores por três mandatos cada um, e presidentes da Câmara. "Tio João Bosco foi vereador, vice-prefeito e prefeito por dois mandatos; tio José Lélis, vereador; tio Morgado, vereador e vice-prefeito; e tio Geraldo, que desde jovem, aos 18 anos, foi vereador, prefeito, deputado estadual, federal, vice-governador e hoje nosso governador do Estado de São Paulo."

Como vereadora, Myriam destaca principalmente sua atuação na área social, além de fiscalizar a administração. Cita o “Acessa São Paulo”, programa de inclusão digital, com internet de graça para a população local, e o “Projeto Guri”, trabalho de música com os jovens. Tenta em 2012 ser a primeira mulher prefeita de Pinda.

Professora Pollyana

Professora da Rede Municipal de Ensino e diretora pedagógica voluntária da Instituição Filantrópica Irmã Amália, Pollyana Gama é vereadora pela segunda vez na cidade de Taubaté, ocupando o posto de presidente da Comissão de Educação da Câmara desde 2005.

Entre os principais projetos aprovados destacam-se concursos públicos para professores, médicos, dentistas e assistentes sociais; o Estatuto do Magistério; 40% de adicional de nível universitário; e o retorno do PSF (Programa Saúde da Família).

Sua prioridade é a composição e aprovação do Plano de Carreira do Magistério. O trabalho que desenvolve em prol da educação, cultura, esporte e a valorização de seus profissionais também têm enorme repercussão.

Dedé Menezes

Vice-prefeito de Ribeirão Pires, Edinaldo de Menezes, o Dedé (PPS) é apontado pela base governista como pré-candidato à sucessão do prefeito Clóvis Volpi (PV). “Foi unânime a escolha entre os dez partidos que estão com a gente. Ele (Dedé) já vem ao meu lado há três anos e vai dar continuidade à nossa gestão responsável”, afirmou o atual prefeito.

Formado em Letras e Jornalismo, é pós-graduado em Comunicação e Marketing pela Fundação Cásper Líbero e Gerente de Cidades pela FAAP. Eleito vereador em 2004, foi líder do governo e presidente da Câmara de Ribeirão Pires antes de se eleger vice-prefeito.

Dedé considera que a cidade precisa "continuar trilhando esse caminho de desenvolvimento econômico que é a marca desse governo desde 2005, implantando políticas públicas para melhorar a qualidade de vida da nossa população."

Nério Costa

Prefeito de Sertãozinho e pré-candidato à reeleição, Nério Garcia da Costa (PPS) foi eleito em 2008 com 56,75% dos votos válidos.

Entre as suas principais realizações está a ampliação do atendimento à saúde, a construção de casas populares e a qualificação de jovens para o mercado de trabalho, já que o município conta com escolas técnicas (estadual e federal) qualificadas.

Nério Costa é formado em administração de empresas, com especialização em agronegócio. Foi eleito vereador três vezes (1992, 1996 e 2000) e uma vez vice-prefeito (2004), antes de assumir a Prefeitura de Sertãozinho.

João Otávio

Médico veterinário formado pela UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro), com mestrado pela USP e doutorado na Unicamp, João Otávio Bastos Junqueira é também professor universitário, empresário e produtor rural. Foi reitor por nove anos da Unifeob (Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio Bastos).

"Sou bisneto, neto e filho de políticos que se doaram à causa pública", explica. "Meu bisavô foi deputado federal por Pernambuco; meu avô, Octávio Bastos, foi prefeito de São João da Boa Vista; e meu pai, Clineu Junqueira, foi prefeito de Águas da Prata. Deles herdei o gosto de fazer política séria."

Luís Antônio Panone

Prefeito de Descalvado, advogado, mestre em Ciências da Engenharia Ambiental pela USP, Luís Antônio Panone foi professor de Ciências Políticas na UNIP e de Direito Ambiental na FADISC. Foi também presidente local da OAB/SP e vereador (2000-2004). Em 2011 foi eleito por aclamação vice-presidente da Amesc (Associação dos Municípios do Entorno de São Carlos).

Descalvado, famosa pela produção agropecuária e por suas reservas naturais de areia para uso industrial, desponta como a capital nacional de produtos "pet"(para animais de estimação). Outro destaque é cultivo de cana-de-açúcar.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

À mídia porca-voz do PT: "Vado ao twitter, cazzo!"

Siga o @23pps

PPS/SP @23pps
A mídia porca-voz do PT precisa abafar os escândalos na BA, SE e DF, @SoninhaFrancine. Onde estão os PTrulheiros? "Vado ao twitter, cazzo!"

PPS/SP @23pps
Petista que é influenciado pela mídia porca-voz do governo só fica indignado com #Cracolandia e #Pinheirinho? Caos da PM na gestão PT pode?

PPS/SP @23pps
Total apoio às declarações de @jeanwyllys_real sobre a greve da PM na Bahia, o descaso do governo do PT e o comportamento insano de petistas

RT Jean Wyllys @jeanwyllys_real
Alguns militantes do PT souberam ser (com razão) implacáveis com o governo de SP no caso Pinheirinho. No caso da Bahia, inventam desculpas.

PPS/SP @23pps
Será que quando os maias previram o fim do mundo em 2012, eles já sabiam dessa coligação do Kassab com o PT em São Paulo? SOCORRO! #PobreSP

PPS/SP @23pps
Estratégia de @gilbertokassab_ prevê @gabriel_chalita no 2º turno contra @haddad_fernando. Mais um motivo para 3ª via. Leia.

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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Entenda o que é o Programa "Cidades Sustentáveis"


O PPS vem falando de sustentabilidade, da carta-compromisso com a sociedade para construir um programa das cidades sustentáveis, do desenvolvimento sustentável... Mas, afinal, o que é essa tal de sustentabilidade?

O vídeo acima é auto-explicativo. Vale a pena assistir. Em resumo, o Programa Cidades Sustentáveis tem o objetivo de sensibilizar, mobilizar e oferecer ferramentas para que as cidades brasileiras se desenvolvam de forma econômica, social e ambientalmente equilibrada.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Tá todo mundo no PPS... Até Luisa!

Luiza, que estava no Canadá, que nos perdoe... Mas é da nossa Luisa, que está no PPS, que vai se falar muito mais em 2012!

Apaixonada pela natureza, a apresentadora Luisa Mell é uma das mais atuantes e combativas defensoras dos animais. Formada em Teatro e Direito, ficou conhecida por programas como o "Late Show", na Rede TV!, e "Estação Pet", na Gazeta. Em breve retornará à TV com novidades.

Pioneira na apresentação de programas que mostram a realidade dos animais na TV e famosa pela iniciativa de tirar cães das ruas e entregá-los para adoção, além de dar dicas aos telespectadores e ajudá-los a tratar os bichos da melhor forma possível, Luisa Mell teve papel primordial em leis que proíbem a participação de animais em circos e a realização de rodeios, touradas, brigas de galo, entre outras atividades que expõem os animais aos maus tratos.

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SP pós-Kassab vai cair no canto da sereia petista?

Todas as pesquisas de intenção de voto para a Prefeitura de São Paulo apontam para o desgaste da polarização PT x PSDB: lideram Celso Russomano (PRB), Netinho de Paula (PCdoB) e Soninha Francine (PPS). Forte indício de que o eleitor paulistano está saturado da mesmice nas eleições e busca uma nova alternativa.

Atentos a esse quadro, petistas e tucanos partem para o contra-ataque: o neófito Fernando Haddad é lançado por Lula e Dilma, com o reforço (criminoso, diga-se) da máquina governista (veja aqui), enquanto tucanos tentam mobilizar a militância em torno de quatro coadjuvantes, à espera da decisão do protagonista José Serra.

O prefeito Gilberto Kassab - com altíssimo índice de rejeição mas ainda assim eleitor privilegiado - dá sinais trocados. Fica entre: a) lançar candidato próprio do seu recém-criado PSD, que seria o vice-governador Guilherme Afif Domingos; b) se não funcionar o Plano A, ameaça indicar o vice do petista Haddad, e para tanto tem na manga o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles; ou c) esperar a definição do tucano José Serra, único cabeça-de-chapa do PSDB admitido pelo PSD.

A leitura de Kassab, já manifestada a vários interlocutores, é que, sem Serra, a eleição estará polarizada entre "o candidato de Lula" e "o candidato de Alckmin". Aí que a coisa complica: o ungido de Lula, todos sabem, é o ex-ministro Haddad - e virá forte a pressão para tirar do páreo os pré-candidatos de partidos aliados (PMDB, PCdoB, PRB, PDT e a pqp).

Mas quem seria o candidato de Alckmin? O governador espera pelo recuo de José Serra, torce por um dos quatro pré-candidatos da prévia tucana (Bruno Covas, Andrea Matarazzo, José Aníbal, Ricardo Trípoli) ou na realidade prefere o amigo pessoal e pupilo Gabriel Chalita (PMDB)? Seja qual for a saída, o PSDB virá rachado.

Na dúvida, Kassab atira para todos os lados. Diante das circunstâncias - e à espera da (in)definição tucana - estica e puxa a sua legenda que "não é de direita, de esquerda, nem de centro" antes de traçar seu rumo em São Paulo. Pode fechar com Alckmin, apoiá-lo à reeleição em 2014, concorrer ao Senado e preparar terreno para 2018; ou dobrar com o PT e tornar-se ele próprio nome forte para disputar o Governo já em 2014.

Para o PT - que no governo federal atua com Sarney, Collor, Jáder, Maluf, Temer, Valdemar Costa Neto, criou o mensalão, carregou dólar na cueca, fechou os olhos para a corrupção e consolidou o loteamento da máquina - o menor dos problemas seria justificar um vice kassabista. Vale tudo no jogo eleitoral.

Os próximos passos e o papel do PPS

As perguntas que ficam no ar: A pressão para José Serra ser o candidato tucano, reeditando a aliança com Kassab, vai surtir efeito? Se não lançar Serra, o PSDB aceitaria apoiar Afif? Nesse caso, o governador Alckmin se vingaria de 2008 e daria apoio velado a Chalita? Serão mantidas as candidaturas de Russomano, Netinho, Paulinho e do próprio Chalita (dos partidos da coalizão lulodilmista)?

Contra o posicionamento do PPS, a crítica recorrente é que se trata de "linha auxiliar" dos tucanos. Engana-se quem pensa assim, porque a estratégia é construir uma terceira via, alheia à polarização PT x PSDB, com a candidatura da ex-vereadora Soninha Francine - que já disputou 2008 com uma campanha diferenciada, leve, propositiva (não cedendo às pressões nem de Alckmin, nem de Kassab). Acreditamos nesta candidatura alternativa.

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Carlos Fernandes: "Subprefeituras, 10 anos depois"

O modelo de gestão das subprefeituras diz muito sobre o caráter da administração paulistana como um todo. Qualquer que seja o prefeito (ou a prefeita) de São Paulo, não será onisciente, onipresente e onipotente para comandar uma metrópole de 11 milhões de habitantes. Por isso, desde 2002, a lei 13.399 descentralizou o município em 31 regiões administrativas com o intuito de fortalecer e otimizar o poder local.

Dez anos depois de sua implantação, São Paulo ainda precisa decidir qual modelo gerencial e administrativo quer consolidar nas Subprefeituras; como realizar o acompanhamento das metas e atividades de cada uma; criar indicadores para dimensionar os recursos humanos e materiais, a partir da realidade de cada região; propor e articular soluções para o bom desenvolvimento de relações intersetoriais e institucionais; e avaliar o cumprimento das diretrizes gerais na ação, no planejamento, no orçamento, no grau de autonomia e na gestão regional.

Sob orientação da prefeita Marta Suplicy, a cidade foi dividida em 31 subprefeituras, que absorveram a estrutura e equipamentos pertencentes às antigas administrações regionais, para serem tocadas - em tese - de forma mais autônoma e descentralizada pelos subprefeitos.

Com a eleição de José Serra, quebrou-se uma velha tradição de loteamento político dessas regiões administrativas entre vereadores da base governista. Foram nomeados subprefeitos tarimbados, entre os quais vários ex-prefeitos de municípios vizinhos, para imprimir novo padrão técnico e gerencial.

A atual administração do prefeito Gilberto Kassab parece ter acentuado a preocupação de manter o comando das subprefeituras alheio à influência política da sua base de sustentação, nomeando, emblematicamente, 31 coronéis reformados da PM como subprefeitos.

O fato é que ainda está em curso, com idas e vindas, avanços e recuos, a transição para este novo modelo de administração municipal descentralizada, baseado nas subprefeituras, que representam o poder público municipal na área geográfica sob sua jurisdição.

Deve ser compromisso do Executivo e do Legislativo adequar esses órgãos para que as decisões estejam cada vez mais perto do povo. A subprefeitura é a porta de entrada da população com suas demandas, pedidos e reclamações. Devemos democratizar esse atendimento, proporcionando a participação direta da comunidade através dos conselhos de representantes e permitindo que a população defina quais são as prioridades locais em todas as áreas sociais, acompanhando e fiscalizando as metas a serem atingidas.

Ou seja, a eleição de 2012 será também uma oportunidade única para fazermos o balanço destes 10 anos de implantação das subprefeituras e debatermos o modelo de gestão que desejamos consolidar para aprimorar o poder local, a descentralização administrativa, a autonomia orçamentária, a agilidade, a transparência e a eficiência da máquina pública.

Carlos Fernandes, 50, presidente municipal do PPS de São Paulo, foi subprefeito da Lapa (2010/2011)

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Um sinal verde para requalificar a Câmara Municipal

São Paulo reivindica um novo parâmetro ético para qualificar o debate e dignificar a nossa representação no Legislativo municipal, liderando a construção de uma cidade e de um país melhor e mais decente. Esse é o clamor de todos aqueles que desejam resgatar os sonhos e a esperança de uma sociedade mais justa, humana e fraterna.

Um passo firme a partir de São Paulo para a construção de cidades mais modernas e sustentáveis. Uma iniciativa que nos faça despertar para a necessidade vital de uma verdadeira transformação.

O que o PPS deseja, com seus mais de 100 pré-candidatos à Câmara de São Paulo em 2012, é ajudar a conscientizar e mobilizar as pessoas para a criação e a manutenção de uma cidade mais feliz e saudável, com planejamento, responsabilidade social e a redução das desigualdades.

Citamos alguns exemplos de potenciais candidatos a vereador do PPS, na chapa "Sinal Verde pra São Paulo", que serão definidos e apresentados em convenção partidária no mês de junho:

Claudio Fonseca

"Sinal verde para a Educação, a Saúde e um serviço público de qualidade."

Líder do PPS na Câmara paulistana, o professor Claudio Fonseca é presidente do Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo, eleito para o seu oitavo mandato consecutivo no Sinpeem e maior liderança da categoria.

É considerado o mais combativo e atuante vereador de São Paulo pela maioria das organizações e movimentos que acompanham a atuação do parlamento. Tem postura irretocável e seu mandato é referência de ética, transparência e eficiência.

Ricardo Young

"Sinal verde para a sustentabilidade, o desenvolvimento econômico, social e ambientalmente equilibrado."

Referência no tema "cidades sustentáveis", o empresário Ricardo Young teve mais de 4 milhões de votos como candidato ao Senado pelo PV em 2010, na chapa de Marina Silva presidente e Fabio Feldmann governador.

“Acredito que a nossa candidatura só tem sentido se ela puder significar algumas coisas: fazer da vereança o exercício da verdadeira política, da nova política, e fazer que a Câmara seja orgulho dos paulistanos”, afirma Ricardo Young.

Luisa Mell

"Sinal verde para a defesa de uma vida digna para os seres humanos e os animais."

Apaixonada pela natureza, a apresentadora Luisa Mell é uma das mais atuantes e combativas defensoras dos animais. Formada em Teatro e Direito, ficou conhecida por programas como o "Late Show", na Rede TV!, e "Estação Pet", na TV Gazeta.

Famosa pela iniciativa de tirar cães das ruas e entregá-los para adoção, além de dar dicas aos telespectadores e ajudá-los a tratar os bichos da melhor forma possível, Luisa Mell teve papel primordial em leis que proíbem a participação de animais em circos e a realização de rodeios, touradas, brigas de galo, entre outras atividades que expõem os animais aos maus tratos.

Ari Friedenbach

"Sinal verde para a diversidade, para a Justiça e a Segurança das nossas famílias."

Coordenador do Selo da Diversidade da Secretaria de Emprego e Relações do Trabalho, o advogado Ari Friedenbach é também especialista nas áreas de Segurança e Justiça.

O Selo da Diversidade é uma política do governo estadual que certifica as empresas que tenham ações de acolhimento da diversidade (gênero, religião, etnia, orientação sexual, idade, classe social, entre outras).

Vítima de um crime brutal, Ari é pai de Liana Friedenbach, 16 anos, que foi assassinada ao lado do namorado Felipe Silva Caffé, 19, por um menor de 16 anos no município de Embu-Guaçu, Grande São Paulo.

Ciro Batelli

"Sinal verde para o empreendedorismo, o cooperativismo e a igualdade de oportunidades para todos."

No setor empresarial, o PPS conta com o reforço de Ciro Batelli, que foi por 14 anos vice-presidente da rede de hotéis Caesar Palace, com sede em Las Vegas.

Formado em Direito, com participação fixa em programas de TV como Domingão do Faustão e Amaury Jr., é consultor internacional e um dos maiores especialistas em turismo e entretenimento.

Carlos Fernandes

"Sinal verde para uma gestão mais ética, transparente, moderna e participativa."

Presidente municipal do PPS paulistano e ex-subprefeito da Lapa, Carlos Fernandes pode concorrer pela primeira vez a uma cadeira na Câmara Municipal.

Tem ampla vivência política e uma sólida experiência administrativa, tanto como empresário do setor gráfico, quanto como gestor público.

Ivanise, das Mães da Sé

"Sinal verde para as mães, as mulheres, nossas crianças e adolescentes."

Fundadora e presidente da ONG Mães da Sé, Ivanise Esperidião da Silva Santos é o retrato da mulher brasileira, forte e batalhadora.

A ONG Mães da Sé nasceu há 15 anos, quando a filha adolescente de Ivanise (Fabiana, aos 13 anos) desapareceu. Atualmente, a organização conta com cerca de 10 mil associados de todo o Brasil e já foi responsável por localizar 2.566 pessoas desaparecidas.

Chiquinho Pereira

"Sinal verde para a geração de emprego e renda, por salários justos e a valorização do trabalhador."

Presidente do Sindicato dos Padeiros do Estado de São Paulo e dirigente nacional da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Chiquinho tem uma história de militância no PPS e é um dos mais combativos batalhadores por emprego e salário digno.

Demonstra entusiasmo com a candidatura de Soninha à Prefeitura: “A companheira Soninha está preparada para enfrentar os desafios que teremos pela frente. E é por esse motivo que estou me colocando ao seu lado, porque São Paulo pode ter um outro caminho”, garante. “Vamos mostrar os novos rumos que a nossa cidade deve tomar.”

Gui Pádua

"Sinal verde para o Esporte, para a recuperação de ruas, clubes e praças, e o incentivo à Cultura."

Ele se define como "paraquedista, agricultor, administrador de empresas, cineasta, metido a arquiteto e ecologista". E, quem sabe, futuro vereador de São Paulo.

O recordista mundial Gui Pádua, além de literalmente cair de paraquedas na pré-campanha da Soninha Francine à Prefeitura, já faz política (no melhor significado do termo) há anos, inclusive adotando cavalos que são abandonados nas ruas de São Paulo, em uma parceria com o Centro de Controle de Zoonoses.

Pois é isso: quem conhece Gui Pádua apenas da TV ou como esportista, nem imagina a sua enorme atuação social e política. Além desta iniciativa de adotar cavalos abandonados, ele também realiza programas-modelo de reflorestamento, de reciclagem, de proteção a animais silvestres e o "esporte na roça", para crianças.

Com cerca de 14.800 saltos de paraquedas, Gui Pádua é um homem de personalidade forte e visual marcante. Não raro de cabelo verde, acaba sendo emblemático esse apoio ao PPS e a Soninha quando o nosso lema é justamente "Um Sinal Verde pra São Paulo".

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