sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Soninha esclarece boatos sobre Subprefeitura

Em entrevista ao jornalista Milton Jung, da rádio CBN, a vereadora Soninha Francine (PPS) esclarece os boatos sobre a sua possível indicação para uma Subprefeitura na gestão de Gilberto Kassab (DEM). Ouça aqui.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Mais um "anúncio" feito pelos jornais...


Soninha: "Futuro do pretérito, outra vez"

Veja abaixo o que diz a vereadora Soninha Francine (PPS) sobre o mais novo boato envolvendo o seu nome para integrar a próxima gestão do prefeito Gilberto Kassab (DEM):

Estadão me ligou: “É verdade que você vai ficar com uma Subprefeitura?”

Com esse, já são seis os convites que eu recebi (todos pelos jornais): as Secretarias da Cultura, Esporte, Meio Ambiente, Assistência e Desenvolvimento Social, Participação e Parcerias foram os cinco primeiros.

A cada um deles, uma enxurrada de reações: “Oba, você vai para a Cultura!”; “Legal, Participação e Parcerias, dá para fazer um milhão de coisas!”; “Não ACREDITO que você vai trabalhar para o Kassab”; “Eu SABIA, você só quer o poder”.

(Acabo de lembrar que também vou coordenar o programa de coleta seletiva da prefeitura. Sete!)

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Alguns comentários são quase ameaçadores: “Você não vai aceitar não é? Pensa bem o que você vai fazer, eu votei em você...”

***

Duvido que algum político ou candidato a cargo eletivo tenha ouvido tantas vezes de seus eleitores: “NUNCA MAIS eu voto em você”. Pela simples razão de que não ouvem/lêem tantas milhares de pessoas quanto eu (por email ou em blogs, chats, fóruns, twitter, Orkut e pessoalmente). Não que eu tenha mais eleitores desiludidos/revoltados do que eles; é que é mais fácil falar comigo (e perguntar, elogiar, xingar) do que com a maioria.

Os motivos do “nunca mais” são diversos. Tão variados qto os motivos pelos quais as pessoas votam em mim, afinal... (Ainda vou fazer uma lista de todos o que já ouvi. Também dá um catálogo de A a Z).

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“Mas você vai para uma Subprefeitura?”

“Ninguém sequer me convidou...”

“Se for convidada, você aceita?”

“Talvez”.

“Você gostaria de ser subprefeita?”

“Veja bem, eu quero ser prefeita... Uma suprefeitura não chega nem perto disso (NADA chega), mas pode ser uma experiência muito interessante na administração pública. Já discutimos muito, inclusive na Câmara, sobre a pequena autonomia administrativa, orçamentária etc. das Subprefeituras. Mesmo assim, deve ser muito legal poder lidar com um milhão de temas e questões diferentes: calçadas, arborização, cultura, comércio ambulante, jovens, idosos, bicicletas... Ser a ponta do Poder Executivo mais próxima do cidadão...”

“De onde você vai ser Subprefeita?”

“Ei, eu nem fui convidada!”

“Mas o que você prefere, Santana?”

“Eu não tenho que preferir nada, eu sei lá se vão me convidar para uma Sub. Pode até ser, mas infelizmente um convite/ nomeação para um cargo no Executivo envolve muitas coisas que não têm nada a ver com capacidade, competência, adequação para o cargo, etc.

Talvez o prefeito tenha a maior dor-de-cabeça se nomear alguém que sequer participou de sua campanha, enquanto outras pessoas se esforçaram tanto para elegê-lo. Talvez precise de um nome que garanta mais apoio no Legislativo.

O PPS tem dois vereadores na Câmara e não vai garantir seus votos favoráveis ao prefeito em troca de participação no governo... Veja os problemas que o Lula tem com parte da bancada governista por causa do Temporão (que é um bom ministro, mas não está lá para fazer agrados a parlamentares e é bombardeado por causa disso)”.

“Entendo. Mas se for convidada, prefere Santana?”

“[Suspiro] Eu morei duas décadas em Santana, também já morei em outros bairros e regiões, outros eu conheço bem porque trabalhei neles, e muita gente defende que um Subprefeito tem de ser do pedaço. Mas SE eu for convidada, poderia ser Cidade Tiradente, seria sensacional ser Subprefeita de lá. Já pensou tudo o que tem pra fazer?”.

“Então você gostaria?”

[Lá vou eu outra vez...] “Pode ser muito legal ser Subprefeita. Muito. Se você realmente puder e conseguir fazer tudo o que precisa ser feito, uau. Se tiver recursos orçamentários e humanos, estrutura, alguma autonomia... Que possibilidade incrível. Mas, como eu disse, depende...”

“Você sabe que, se isso acontecer, você vai ser muito criticada, né? Sua imagem não vai ficar abalada por servir a um governo democrata?”

“Claro que sim. Se um dia eu vier a trabalhar na administração, vou tomar um pau (já tomo sem ter acontecido nada). “Incoerente, traidora!”. Mas se eu tiver convicção de que posso fazer um bom trabalho, relevante e útil para a sociedade, azar da “minha imagem”. Ela não pode ser o mais importante. Eu sou budista, eu acredito que devo sacrificar meu prestígio, conforto, imagem se for para servir a algo mais importante... O “eu” não é o mais importante.

A possibilidade de trabalhar nessa administração me lembra as oportunidades que eu tive de trabalhar na Globo. Já recebi alguns convites – ouvi, cogitei, mas não aceitei. Isso significa “Rede Globo, jamais!”? Não. Claro que a Globo representa várias coisas que eu critico, condeno, etc., mas também é possível fazer coisas muito legais na Globo. Se eu tivesse certeza de que poderia fazer um trabalho de acordo com as minhas convicções, eu iria. Olha o Caco Barcelos: ele está na Globo e eu adoro as coisas que ele faz.

Se eu tivesse ido para a Globo, muita gente me acusaria de “vendida para o sistema” (era a expressão mais usada nos meus tempos de MTV para situações como essas – a banda independente que assina com uma gravadora, o artista rebelde que dá uma entrevista na televisão...). Mas se eu fosse, tendo total convicção de que poderia fazer o meu trabalho, agüentaria as críticas desse tipo. Não posso deixar de fazer alguma coisa que eu considero importante com medo do que as pessoas vão pensar e dizer...”

***

E assim ficamos. Não sei o que vai sair no jornal logo mais, mas espero que se pareça com essa conversa... Estava aqui no meu canto quando vieram me perguntar “e aí, que tal uma Subprefeitura?”, e eu, como sempre, respondi o que me perguntam: “Ser subprefeita pode ser bem legal, mas não me convidaram, não”. Quero ver quanto tempo vai demorar para dizerem que eu “me ofereci” – ou seja, a gente apanha pelo que fez e não fez, pelo que pensou em fazer e o que nem passou pela cabeça... Ficar pirando em agradar as pessoas também faz com que os políticos fiquem muitos parecidos uns com os outros, escolhendo cuidadosamente as palavras, evitando dar opiniões sinceras, consultando a assessoria de comunicação sobre o que é mais indicado dizer em cada situação...

Como eu já disse, talvez alguns dos meus colegas vereadores tenham razão: eu não sei ser política, não entendo o que é política, nunca vou aprender como é ser da política.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Claudio Fonseca será novo líder do PPS na Câmara

Por acordo dos dois vereadores eleitos pelo PPS com a direção executiva do partido, o líder da bancada na Câmara Municipal em 2009 será o professor Claudio Fonseca, que exercerá o seu segundo mandato (o primeiro foi de 2001 a 2004, pelo PCdoB).

A antecipação da escolha do líder é importante para a participação de Claudio Fonseca e do Dr. Milton Ferreira no processo de escolha do futuro presidente da Câmara e da composição da Mesa Diretora. A eleição da Mesa ocorrerá no dia 1º de janeiro, logo após a posse dos vereadores para a legistatura 2009/2012.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

A (ir)Responsabilidade Social do Governo Lula

O Movimento Nossa São Paulo, por meio de seu idealizador e coordenador Oded Grajew, divulga o seguinte comunicado:

A Petrobras acaba de ser excluída do ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial) da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), índice que reúne empresas que se destacam por seu compromisso com a responsabilidade social e a sustentabilidade. O motivo da exclusão é o não cumprimento por parte da empresa da resolução 315/2002 do Conama, que determina a redução do teor do enxofre no diesel comercializado no Brasil a partir de janeiro de 2009.

Infelizmente, tal postura resultou no não cumprimento da resolução e na postergação por vários anos do início de uso de diesel mais limpo em nosso país. A grande quantidade de partículas de enxofre no diesel brasileiro é responsável por graves doenças respiratórias na população (especialmente crianças e idosos) e pela morte prematura de aproximadamente 10 mil pessoas por ano.

A decisão foi tomada pelo Conselho do ISE, composto por Bovespa, International Finance Corporation (IFC), Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (ABRAPP), Associação dos Analistas e Profissionais de Investimentos do Mercado de Capitais (APIMEC), Associação Nacional de Bancos de Investimentos (ANBID), Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), Ministério do Meio Ambiente (MMA) e Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Instituto Brasil PNUMA). Visto que o Governo Federal é sócio majoritário da Petrobras, o MMA se absteve da votação. Todos os outros membros votaram pela exclusão da Petrobras.

Esta notícia não nos alegra. Muito pelo contrário. Lamentamos que a postura arrogante e prepotente da atual direção da Petrobras, menosprezando o diálogo com a sociedade e insensível a um problema tão grave de saúde pública, manche de forma tão profunda a história de uma empresa brasileira que já deu tanto orgulho a todos nós por sua excelência tecnológica (mas que atualmente distribui combustíveis que se situam qualitativamente entre os piores do mundo) e seu compromisso com o desenvolvimento econômico e social do país.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Luiza Erundina: um novo parâmetro de gestão

Hoje, segunda-feira (24), no salão nobre da Câmara Municipal, às 19h, será realizado um ato comemorativo pelos 20 anos da eleição do "primeiro governo democrático-popular" em São Paulo.

Traduzindo: é um evento político que marca as duas décadas da eleição da prefeita Luiza Erundina, que, vitoriosa em 1988, realizou uma administração bastante polêmica na época, sem maioria na Câmara, mas cujas conquistas - principalmente na área social - acabaram reconhecidas no decorrer dos anos. A direção municipal do PPS estará presente, prestigiando Erundina.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Vereadores ajudam a estruturar Liderança do PPS

Nesta semana, representantes da direção municipal do PPS se reuniram com a vereadora Soninha Francine e os dois novos vereadores eleitos pelo partido, Claudio Fonseca e Dr. Milton Ferreira, para tratar da atuação de ambos a partir de 2009 e da estruturação do gabinete da Liderança na Câmara Municipal.

A idéia básica é criar um canal de comunicação e intercâmbio permanente, ágil, organizado e eficaz entre os vereadores, a militância e os dirigentes do PPS paulistano, por meio da implantação de uma assessoria coletiva que viabilize esta "via de mão dupla" na relação cotidiana entre a bancada e o partido.

A assessoria coletiva da Liderança do PPS desenvolverá um trabalho de apoio aos vereadores do partido nas atividades em plenário, na participação em comissões permanentes, análise de projetos, avaliação e propositura de ações conjuntas, acompanhamento da elaboração e execução do orçamento da cidade, e das ações (e omissões) da administração municipal.

Além de ganhar em qualidade e produtividade com o trabalho desta assessoria coletiva, os vereadores estreitam e reforçam seus vínculos com o partido, estabelecem um elo direto com as bases, tornam seus mandatos mais transparentes e acessíveis. Por outro lado, ganha o partido como um todo, tendo uma proximidade maior de seus parlamentares e promovendo um trabalho mais coeso, orgânico, coerente e identificado com os seus princípios, conceitos, ideais e valores políticos.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

A janela indiscreta e a exposição dos políticos

É inevitável: quando se usa o termo "janela" para denominar o período em que poderá ser permitida a troca de partido, sem o risco de perda do mandato, vêm à mente imagens bizarras: por exemplo, o amante ou o bandido que fogem pela janela escondidos.

Fala-se em "janela da infidelidade" ou "janela da delinquência". O fato é que precisa existir uma regra clara, que possibilite a um político entrar ou sair de um partido pela porta da frente, sem subterfúgios. Que a janela seja reservado apenas àqueles que precisam ser defenestrados por má conduta.

Até lá, a sensação da sociedade é aquela da música do Gonzaguinha: “a gente não está com a bunda exposta na janela pra passar a mão nela...”

(con)Fusão: o boato da vez

Virou pauta obrigatória sobre o PPS falar da suposta fusão que estaria sendo articulada com o PSDB. Uma bobagem sem tamanho, alimentada por gente oportunista de um lado e de outro, que pouco se importa com o partido e com a política, interessada apenas em gerar notícia e preocupada em facilitar a própria eleição em 2010. Como se rifar o próprio partido fosse solução para alguém se eleger...

Veja aqui o que a vereadora Soninha Francine (PPS) escreveu no blog dela sobre a possibilidade de fusão com o PSDB.

Como diz Soninha, quem quiser sair do PPS, que saia! "Mas não leve o 23 com você, por favor. Deixe para quem gosta e faz questão dele." É isso aí!

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Subprefeito do PPS lança livro na segunda-feira

O urbanista Marcos Gadelho, subprefeito da Casa Verde e dirigente do PPS paulistano, lança um livro nesta segunda-feira (17). Leia abaixo o que ele diz sobre o trabalho:

A idéia de elaborar o livro “GESTÃO URBANA COMPARTILHADA” veio da vontade e da necessidade de se documentar uma experiência que acreditamos ter sido muito positiva, visando assegurar a continuidade de um trabalho desenvolvido conjuntamente entre a Secretaria de Coordenação das Subprefeituras e a Subprefeitura Casa Verde.

São Paulo é uma cidade global, o que vale dizer que sedia inteligência e poder, devendo, portanto, dotar a sua gestão com iniciativas inovadoras e ousadas compatíveis com a sua importância.

Por outro lado, compatível com a maturidade do Estado Democrático Brasileiro, é necessário o fomento a concretização do processo participativo.

É neste sentido que o presente livro apresenta alguns aspectos da gestão de uma das suas subprefeituras: a da Casa Verde / Cachoeirinha.

Nele ficou documentada a maneira de como os projetos e metas foram conceituados e executados pela subprefeitura, assim como, os resultados obtidos no atendimento as demandas que se apresentaram.

O ponto mais importante da gestão nesta subprefeitura foi o compartilhamento das suas ações, com a comunidade, através dos empreendedores e das entidades sem fins lucrativos, para a proposição e execução de projetos inovadores.

A criação da Agência de Desenvolvimento Local - Agende, totalmente privada, deu um novo estímulo à discussão do desenvolvimento regional integrado. A parceria já estabelecida entre a Agende, a Subprefeitura e o Sebrae estimulará a implantação das estruturas necessárias - incubadoras de empresas, parques tecnológicos e escolas especializadas - para o atendimento das demandas existentes.

Alguns projetos inovadores, implantados na Subprefeitura da Casa Verde, desenvolvidos pela própria Secretaria de Coordenação das Subprefeituras – Gtim que definiu índices e metas para padronização dos serviços das subprefeituras - e outros desenvolvidos através de outras subprefeituras - 5 Ss que visaram a mudança comportamental - também, foram devidamente documentados.

Assim sendo, este livro mais do que apresentar aquilo que seria uma prestação de contas - importante, sem dúvida - vai além, apresentando uma nova visão da administração pública de São Paulo e também, uma nova forma de governar. São Paulo merece e sua população agradece.

Soninha faz palestra "Legislativo: Modo de Usar"

A vereadora Soninha Francine, que em dezembro encerra seu mandato de quatro anos na Câmara Municipal de São Paulo, promoverá na próxima segunda-feira (17) uma palestra para dirigentes do PPS, os dois novos vereadores eleitos do partido (Claudio Fonseca e Dr. Milton Ferreira) e seus futuros assessores para demonstrar como funciona o dia-a-dia do parlamento paulistano.

A palestra "Legislativo: Modo de Usar" orienta sobre aspectos práticos e burocráticos da Câmara, o funcionamento do plenário e das comissões internas, o encaminhamento de projetos de lei e outros procedimentos políticos e administrativos.
Palestra: "Legislativo - Modo de Usar"
Data: Segunda-feira, 17 de novembro
Horário: 14h
Local: Câmara Municipal - 8º andar - Sala Tiradentes

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

STF analisa se "lei da fidelidade" é constitucional

Os 11 ministros do Supremo Tribunal Federal devem analisar hoje se é constitucional ou não a decisão do Tribunal Superior Eleitoral a respeito de fidelidade partidária. Há mais de um ano, o TSE decidiu que o mandato de um político não pertence ao indivíduo, mas ao partido ao qual ele esteja filiado no momento da eleição. Trocou de partido, perdeu o mandato. O objetivo alegado era dar um basta ao troca-troca de partidos logo depois do pleito, muitas vezes até antes do dia da posse.

O engessamento da troca de partidos em nome da fidelidade partidária, porém, criou algumas distorções. Um exemplo vivido pelo PPS foi o caso da vereadora Soninha Francine, que saiu do PT por uma série de motivos pra lá de justificados. Ainda assim, foi perseguida pelo antigo partido e ameaçada de perder o mandato.

O Congresso deve em breve aprovar uma "janela" para permitir que políticos com mandato troquem de partido, assim como, mal comparando, funciona a "janela" que permite que os clubes europeus de futebol contratem jogadores.

A solução encontrada é polêmica. Para alguns, trata-se da "janela da infidelidade". Para outros, de um direito que cabe a qualquer um, de escolher o seu próprio rumo político e ideológico - e poder trocar de legenda se julgar que há motivos para tanto, sem o risco de perder o mandato. O que será que vem por aí?

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Marta só pensa "naquilo": 3º turno em São Paulo?

Derrotada nas urnas pelo prefeito Gilberto Kassab (DEM), no primeiro e no segundo turno, a sexóloga Marta Suplicy (PT) quer que o TSE casse o registro da candidatura à reeleição do rival sob a alegação de que ele teria usado dinheiro público para editar, em junho, a revista "Um olhar sobre São Paulo", que, para petista, seria propaganda eleitoral irregular.

É mais uma tentativa de levar no chamado "tapetão" uma eleição que o PT considerava ganha, contra um adversário que a bancada petista chegou a inflar na Câmara (ao mesmo tempo em que contava "esvaziar" a candidatura de Alckmin), por considerá-lo mais fácil de ser batido.

O PT usou Lula, usou o PAC, usou a máquina federal, trouxe 11 ministros para apoiar Marta e deu no que deu. Graças a Deus.

Será a oficialização do "estupra, mas não mata"???

A Folha de S. Paulo informa que uma decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo resulta na prática que estupro sem morte não é considerado crime hediondo:

O TJ rejeitou a caracterização de dois crimes de violência sexual como hediondos e ainda abrandou a pena do condenado em um dos casos. As decisões, de setembro e outubro, foram tomadas com base em uma resolução antiga do STF (Supremo Tribunal Federal). Os dois crimes ocorreram em Ribeirão Preto (313 km de São Paulo).

Os crimes hediondos resultam em penas maiores. Até 2007, os condenados por esse tipo de crime não tinham direito à progressão de pena (por exemplo, passar do regime fechado para semi-aberto).

Em 1999, o STF divulgou a recomendação de que estupro sem ser seguido de morte ou lesão corporal grave não deveria ser considerado hediondo. Em 2001, porém, em outro julgamento, o tribunal voltou a considerá-lo hediondo.

"A decisão [de voltar a relacionar o estupro entre os crimes hediondos] foi tomada no julgamento do habeas corpus 81.288 [de 2001]. É esse entendimento que vale atualmente. Recentemente, a nova composição do STF confirmou o entendimento", informou o STF, por meio de sua assessoria.

Em um dos casos julgados pelo TJ, Luciano Rodrigo Barreto foi condenado por assalto e estupro. Segundo o processo, ele trancou o marido em um banheiro e, sob ameaça de uma faca, estuprou a mulher. No TJ, Barreto teve a pena abrandada em um ano e cinco meses - de nove anos e sete meses para oito anos e dois meses.

No outro caso, Marcelo Antônio Monteiro, um dos acusados de violentar um presidiário na penitenciária de Ribeirão Preto, em 1995, teve a pena mantida, mas o crime deixou de ser considerado hediondo. Em primeira instância, ele havia sido condenado a 11 anos e 2 meses em regime fechado.

O preso alvo da agressão, detido sob acusação de estupro, foi violentado por Monteiro e mais cinco presos e ainda teve tatuado em suas nádegas o desenho de um pênis.

"Em sede de revisão, pugna pelo afastamento da hediondez do crime, praticado sem os resultados de lesão grave ou morte, pela redução da pena ao mínimo legal e a modificação do regime para o inicial fechado, sujeito à progressão", justificou o relator do caso de Monteiro no TJ, o desembargador Fernando Miranda.

Segundo Henrique Nelson Calandra, presidente da Apamagis (associação dos magistrados), a classificação de hediondo se justifica pelo baixo índice de recuperação dos estupradores. "Todas as pesquisas penitenciárias mostram que estupradores e estelionatários são os que menos se recuperam na cadeia", disse.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

O PPS e a sucessão presidencial de 2010

Muito interessante e oportuna a discussão que vem ocorrendo, desde já, sobre a sucessão presidencial em 2010.

Acho estranho que ainda considerem extemporâneo o assunto, afinal estamos a dois anos do fim do governo Lula (e a menos de um ano do final do prazo para as filiações dos postulantes às eleições de 2010). Quando, então, iniciar esse debate? Quando todo o cenário já estiver tão claro e definido que ao PPS só restará optar a quem aderir?

Ora, um partido político tem que se antecipar às discussões. Tem que lançar idéias à sociedade. Arriscar. Inovar. Provocar. Experimentar. Mostrar que está vivo. Pode até eventualmente errar. Só não pode omitir-se, esquivar-se, esconder-se, acovardar-se. Esta, sim, é a morte política.

O PPS está vivo. Menor, com certeza, mas está aí renovado com figuras como Soninha Francine (SP), Luciano Rezende (ES) e participações destacadas nas campanhas de Fernando Gabeira (PV-RJ) e Manuela D´Ávila (PCdoB-RS) - para citar apenas os exemplos mais emblemáticos das eleições municipais de 2008, que provaram por A + B que o PPS pode ser importante tanto lançando candidaturas próprias como integrando coligações que tenham a nossa cara e representem o que desejamos para a política e para a sociedade.

O que se questiona internamente é se o PPS deve ou não iniciar as discussões já apostando no nome do governador paulista José Serra para a sucessão de Lula.

Ora, se entendermos que Serra é o melhor nome (que mais agrega, com experiência comprovada, responsabilidade e competência), num cenário que se desenha com Dilma (ou o nome que for) pelo PT, Ciro Gomes pelo bloquinho, Heloísa Helena pela esquerda mais raivosa e inconsequente, e qualquer candidato mais à direita que possa surgir, não vejo razões para não defendermos abertamente esta opção.

Ahhhh, mas podemos nos indispor com o Aécio, se ele for o candidato tucano (ou do PMDB, que seja) - é o que dizem os mais preocupados com a "fulanização" do debate. Outros, ainda, acham que antecipar essa discussão pode reforçar a imagem que temos de "linha auxiliar" do PSDB.

Bobagem! Primeiro, ao defendermos o nome de José Serra desde já para a Presidência, não estamos indo contra Aécio: até porque já foi declarado que ele seria um excelente nome a vice (ou mesmo para encabeçar a chapa, se esta for a decisão democrática do seu partido e das demais siglas que vão compor a frente que se desenha com PMDB, DEM, PV etc.). Não estamos descartando ninguém, mas apontando um horizonte. Citar um nome é ser tachado de adesista, linha auxiliar? Pode ser. É um risco que devemos assumir, com a possibilidade de demonstrarmos na prática política que não é bem assim.

Mas qual a outra alternativa que temos? Vamos nos conformar e nos apequenar ainda mais? Ou vamos tentar dar um salto à frente, vislumbrando dias melhores e uma posição mais clara e compreensível à sociedade. O que é o PPS, hoje, afinal? O que nos diferencia das demais legendas? Vamos apostar até quando no lastro histórico do velho Partidão? Aliás, será que isso hoje tem o peso social, político e eleitoral que já teve um dia? Não será possível nos renovarmos, oxigenarmos, transformarmos sem perder o nosso DNA de esquerda democrática, mas voltados agora mais ao futuro do que ao passado?

O desafio está lançado.

sábado, 8 de novembro de 2008

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Eleitos do PPS se reunem no dia 6 de dezembro

O Diretório Estadual do PPS de São Paulo vai realizar no próximo dia 6 de dezembro um grande encontro com todos os vereadores e prefeitos eleitos pelo partido no pleito de 2008.

Segundo o presidente do PPS paulista, deputado estadual Davi Zaia, "será um momento de conhecermos a todos, trocar experiências e reafirmar as nossas propostas".

Mais informações serão divulgadas no site do PPS/SP. Ou ligue para o Diretório Estadual: (11) 3675-6492/ 3477-2388/ 2157-8823.
Encontro dos Eleitos do PPS/SP
Data: Sábado, 6 de dezembro
Local: Shelton Inn (Hotel Planalto)
Av. Cásper Líbero, 115 - Centro

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Mil quilômetros de ciclovias em 10 anos

Uma boa notícia: a Prefeitura de São Paulo planeja instalar 100 quilômetros de ciclovias em 2009.

O projeto, que será discutido hoje na Universidade Aberta do Meio Ambiente e da Cultura da Paz, no Parque do Ibirapuera, traz metas ainda mais ambiciosas: mil quilômetros em dez anos.

Hoje, a capital tem 17,5 quilômetros de ciclovias nas ruas e outros 19 quilômetros em parques. O assunto entrou em pauta neste ano em grande parte pela participação da vereadora Soninha (PPS) como candidata à Prefeitura, que ia aos debates de bicicleta e entende a seriedade deste meio alternativo de transporte.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Como escrever muito sem falar absolutamente nada

Uma reportagem do Estadão deste domingo é um primor no quesito "especulação", sobre o qual temos tratado durante toda a semana no Blog do PPS/SP. É um apanhado geral de todas as fofocas e "informações" vazadas nos últimos dias.

Para citar apenas o que foi falado do PPS: quem lê a matéria passa a achar que Soninha "perdeu o apoio do partido" - que, por sua vez, é "representado" pelo atual secretário da Cultura, Carlos Augusto Calil. Nonsense total.

Para esclarecer, mais uma vez: o PPS já faz parte da gestão Serra/Kassab desde 2004. Ocupa espaços no governo com o deputado federal Dimas Ramalho, por exemplo, na Secretaria de Serviços, e o urbanista Marcos Gadelho na Subprefeitura da Casa Verde, assim como já ocupou a secretaria de Esportes, primeiro com Marquinho Tortorello e depois com Heraldo Corrêa.

Os três partidos da aliança que em 2004 elegeu Serra/Kassab (PSDB, DEM e PPS) lançaram candidatos próprios no primeiro turno e se reagruparam no segundo turno. O apoio à reeleição do prefeito se deu, portanto, pela continuidade ao trabalho que já vinha sendo realizado e por uma série de pontos do programa de governo de Soninha Francine que foram incorporados por Gilberto Kassab.

Se daí sair qualquer mudança no secretariado, esta é uma decisão única e exclusiva do prefeito. Jamais uma exigência do PPS, que obviamente tem em Soninha uma das suas principais lideranças - tanto que já lançou seu nome para a sucessão de Kassab em 2012.

Portanto, se o PPS acredita que Soninha pode ser uma boa prefeita, tem certeza também que seria uma boa secretária. Opinião, aliás, compartilhada pelo próprio Kassab, que elogiou Soninha (como sempre fez, durante a campanha, inclusive) e num ato falho a chamou de secretária. Esses são os fatos. O resto é especulação.