sábado, 18 de outubro de 2008

PT velho de guerra contamina campanha de Paes

Faz lembrar aquela velha brincadeira de criança, "o que é, o que é?": o que é que tem focinho de porco, orelha de porco, pé de porco e rabinho de porco, mas não é porco?

É o PT, claro! Aqui no Rio (onde o Blog do PPS/SP e a vereadora paulistana Soninha já estão para reforçar a campanha de Gabeira), assim como no resto do Brasil, os métodos mais deploráveis de fazer política são esses da pós-graduação da escola de mensaleiros e carregadores de dólares na cueca.

O presidente do Diretório Municipal do PT, Alberes Lima, confirmou que os panfletos apreendidos na sexta-feira (17) pela equipe de fiscalização do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) foram encomendados pelo partido.

No folheto, que foi distribuído no Largo do Machado, zona sul do Rio, aparecem as fotografias do prefeito Cesar Maia e do candidato Fernando Gabeira (PV) com o sinal de soma entre eles. No verso, consta a inscrição "diga não à continuidade do prefeito Cesar Maia. Pense nisso!".

Não há, porém, qualquer identificação dos responsáveis ou a quem beneficia o material, no caso o adversário de Gabeira, Eduardo Paes (PMDB). Já havia ocorrido outra apreensão de material ofensivo ao candidato Gabeira: no carro da campanha de Paes, com o motorista de Paes. De novo: O que é, o que é?

"O material foi feito por nós, faturado na fábrica. Ele tem o CNPJ do PT", admitiu o presidente do PT carioca, que, no entanto, negou a presença de qualquer irregularidade. "Não há motivo para a apreensão. Nós só dizemos que o Gabeira é apoiado pelo Cesar Maia e o povo tem o direito de saber disso", tentou se justificar.

De acordo com o chefe de Fiscalização de Propaganda do TRE-RJ, Luiz Fernando Santa Brígida, o panfleto é irregular porque não traz a indicação do candidato que é beneficiado com a sua divulgação. Neste caso, no material deveriam constar os nomes de Eduardo Paes (PMDB), de seu vice e dos partidos que formam aliança com ele.

Segundo Santa Brígida, a legislação eleitoral proíbe a produção de material que apenas ataque um determinado candidato, sem indicar os beneficiados por sua divulgação.

O presidente do PT contestou a interpretação: "O panfleto é do partido político e o PT apóia o Eduardo Paes, mas eu não sou obrigado a colocar tudo no mesmo panfleto. Não tem uma lei que me obrigue a isso, a menos que seja a lei da mordaça ou, então, trata-se de mais um factóide do Cesar Maia, que é especialista em criar factóides", ironizou.