quinta-feira, 24 de abril de 2008

As drogas e a política de redução de danos

O jornal "O Estado de S. Paulo" destaca hoje, com mais de duas semanas de atraso, a aprovação na Câmara Municipal de São Paulo, em segunda e definitiva votação, do projeto de lei que obriga a instalação de bebedouros nas casas noturnas e bares de São Paulo.

De autoria da vereadora Soninha Francine (PPS), em conjunto com Paulo Teixeira (PT), ex-vereador e hoje deputado federal, é uma medida de saúde pública e também faz parte da política de "redução de danos" aos usuários de drogas.

Ao obrigar a instalação de bebedouros de água potável gratuita nas danceterias e casas noturnas, o raciocínio é simples, mas eficaz: um copo de água mineral em uma danceteria custa tanto quanto uma lata de cerveja. Entre um e outro, o jovem vai preferir gastar seu dinheiro com a bebida alcoólica.

É também uma iniciativa que pode ajudar a diminuir os casos de overdose de drogas, como o ecstasy, cujo consumo é geralmente associado ao de bebidas. Em muitos países da Europa já é obrigatória a instalação de bebedouros em casas noturnas como tentativa de reduzir danos à saúde.

Estudos médicos comprovam que, quando se usa qualquer tipo de droga estimulante, a temperatura corporal aumenta e, num ambiente quente como o das danceterias, cresce ainda mais o risco de um ataque cardíaco, que pode ser fruto de desidratação causada pelo consumo de drogas.

Portanto, não bastam as necessárias medidas de repressão e punição à comercialização e ao consumo de drogas. Além de ser um caso de polícia, a questão das drogas deve ser encarada como prioridade também da área da saúde pública.

Clique abaixo na matéria do Estadão para ampliar e ler na íntegra:

Leia aqui a justificativa de Soninha Francine ao projeto de lei.