quarta-feira, 26 de março de 2008

PT começa a fazer o circo oposicionista na Câmara

Escolados na oposição, mas um pouco enferrujados por serem do "partido do poder" nos últimos tempos, os petistas retomaram ontem na Câmara Municipal de São Paulo o que sempre gostaram de fazer: atos políticos preparados na medida para atrair a grande imprensa.

O "ato" de ontem retomou a vocação circense dos petistas: discursos inflamados e um cheque gigante que, segundo o líder do PT na Câmara, vereador Arselino Tatto, simboliza o dinheiro que o presidente Lula teria encaminhado para o metrô em São Paulo (enquanto o prefeito Gilberto Kassab e o governador José Serra não teriam "colocado a mão no bolso", apesar de faturarem politicamente com a obra).

A foto acima não é do momento do protesto, mas de uma encenação posterior, quando os vereadores João Antonio e Francisco Chagas debatem o assunto com vereadores do PSDB e posam com o cheque a pedido de dois fotógrafos e um cinegrafista da Rede Record (que, pautados pela assessoria petista, chegaram "atrasados" e perderam a apoteose oposicionista).

Os petistas nem estão assim tão entusiasmados em fazer oposição ao governo Kassab, até porque não escondem a preferência de enfrentar o atual prefeito na eleição municipal em vez do ex-governador Geraldo Alckmin. É ano eleitoral e o instinto de sobrevivência fala mais alto.

Veja a íntegra da nota da Bancada do PT:

Governo Lula investe no Metrô para melhorar o transporte público de São Paulo

A Bancada do PT fez um ato simbólico hoje, no plenário da Câmara Municipal, para registrar uma boa notícia para o transporte público de São Paulo. O Governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva acaba de liberar uma parcela de R$ 189 milhões para a ampliação do Metrô.

O dinheiro federal será empregado na ampliação da Linha 2 Verde (Vila Madalena-Oratório/Tatuapé), para implantar o trecho Alto do Ipiranga-Vila Prudente.

O presidente Lula está destinando no total R$ 270 milhões para a obra, conforme convênio entre a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), estatal vinculada ao Ministério das Cidades, e a Companhia do Metropolitano. O convênio (nº 610977) foi assinado em dezembro de 2007. A contrapartida do Metrô no projeto é de R$ 81 milhões.

A Bancada PT exibiu no plenário, durante o ato, um cheque simbólico do Banco do Brasil com o valor repassado pela CBTU ao Metrô.