quinta-feira, 20 de março de 2008

Alto tucanato rachado mobiliza indústria da fofoca

A ilustração do Jornal da Tarde de hoje, reproduzida acima, simboliza bem a divisão interna do PSDB, que acaba refletindo na escolha dos candidatos à Prefeitura de São Paulo, não apenas de tucanos e democratas, envolvidos diretamente na disputa, mas de partidos aliados (como PTB e PPS) e até mesmo dos adversários (o PT vai lançar Marta Suplicy para perder de quem?).

De um lado, a turma de José Serra e Fernando Henrique Cardoso, com reforço dos tucanos que mantém seus cargos na administração paulistana, fazem o jogo da preservação da aliança PSDB/DEM para reeleger Gilberto Kassab. Daí que se manifestam figuras como o secretário de Esportes, Walter Feldmann, o secretário da Educação, Alexandre Schneider, e o líder do PSDB na Câmara Municipal, vereador Gilberto Natalini, todos kassabistas desde criancinhas.

Do outro lado, empurrado por tucanos de vôo nacional como Aécio Neves, Tasso Jereissati e José Aníbal, o ex-governador Geraldo Alckmin ameaça entrar no jogo da sucessão paulistana - mas, apesar de ser líder nas pesquisas, parece não empolgar muito a militância do PSDB na cidade ao se fechar num grupo com pouco trânsito político-partidário em São Paulo (cuja figura mais expressiva talvez seja o polêmico ex-secretário de Segurança Saulo de Castro).