quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Dia após dia, a Câmara de SP é mais ridicularizada

Como parte do pacotão de fim-de-ano que antecipa o acordo para votação do Orçamento de 2008, os vereadores paulistanos tiveram, cada um, direito à apovação de mais um projeto de sua autoria aprovado em segunda votação (que segue para sanção ou veto do prefeito Kassab).

Entre os 50 projetos aprovados nesta terça-feira, a imprensa destaca obviamente os mais bizarros, como o que cria o "big brother restaurante".

Idéia do vereador do PR Agnaldo Timóteo (foto), um dos projetos aprovados exige que todos os restaurantes com capacidade para mais de 30 pessoas instalem circuito interno de TV com transmissão on-line da cozinha para monitores no salão de refeições.

Outra idéia inusitada: fica proibido o uso de fogos de artifício na cidade, como os usados por torcidas nos estádios quando os times entram em campo. O projeto é do vereador e ex-jogador de futebol Ademir da Guia (PR). Ficam "liberados" fogos ornamentais e shows pirotécnicos em eventos do calendário oficial da cidade.

Entre as polêmicas, uma proposta minimamente sensata: shoppings e supermercados ficam proibidos de cobrar estacionamento dos clientes que gastarem pelo menos dez vezes mais que o valor do estacionamento. Se o estacionamento custar R$ 3 e o cliente gastar R$ 30 no cinema, por exemplo, parar o carro sai de graça. O autor é Edivaldo Estima (PPS).

Porém, os jornais sempre encontram motivo para criticar. Segundo a Folha de S. Paulo, Estima "afirma, em seu site, que, com a apresentação dos cupons de compras, todo mundo sai ganhando, tanto o consumidor como o lojista". Porém, destaca que no site a palavra lojista está grafada com a letra g.

O pacotão de ontem foi aprovado por acordo entre os líderes de quase todos os partidos. O PSDB, ausente em peso na eleição da Mesa Diretora da Casa por não concordar com o cargo que lhe foi reservado, foi boicotado ontem.