terça-feira, 4 de setembro de 2007

Relaxada, Marta Suplicy goza da cara da gente

A ministra do Turismo, Marta Suplicy, faz hoje na Folha de S. Paulo um texto-exaltação do seu próprio trabalho. Quase uma obra-prima, com raciocínios do tipo: "Pouco a pouco, tenho certeza, vamos conseguir mostrar ao consumidor que gastar com viagens é tão ou mais importante que trocar o eletrodoméstico ou o celular."

Profundo. Bombástico. Revolucionário.

Ela também afirma, sem esconder o cálculo eleitoral que faz do carro-chefe do Ministério, alimentado com recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador): "Somente no Estado de São Paulo, o público potencial do Viaja Mais - Melhor Idade é de 2,4 milhões de turistas".

Para concluir: "O Ministério do Turismo garante: viajar faz bem à saúde, faz bem à alma, faz bem à economia e faz bem à geração de empregos."

O título poderia ser "Relaxa, Viaja e Goza". Preferiram "Fazer a roda girar".

Como não perder seu homem

Na própria Folha de S. Paulo, um pouco mais adiante, descobrimos que "cerca de 300 mulheres assistiram, no domingo, à palestra ´Como Não Perder o Seu Homem´, a mais concorrida do ´Encontro da Mulher Moderna´, patrocinado pelo Ministério do Turismo, de Marta Suplicy, com apoio da Prefeitura."

Nessa inusitada parceria Marta-Kassab, promovida no Palácio das Convenções do Anhembi, aprendemos que "homens têm coração terno atrás de muita testosterona. Eles gostam de sexo como nós de flores. Devemos saber lidar com isso".

Os ensinamentos foram da psicóloga Mara Suassuna, quatro casamentos, atualmente solteira. Falta de sexo e afeto, diz, contribui para a relação naufragar.

Com patrocínio estatal (obrigado, Marta!), foram apresentados os "tipos de homem disponíveis no mercado". Em telões rodeados por flores, surgiram siglas como: CBF (Caráter Bem Fraquinho), BCN (Bota Chato Nisso), PQP (Parece Quase Perfeito), EUA (É Uma Anta), PHD (Pobre Homem Dominado), MEC (Mas É Casado), DDD (Devagar, Devagar, Devagarinho...) e UTI (Um Tanto Indefinido).

Verdadeiramente impagável, como a Sra. Suplicy (que perdeu o homem, mas não o sobrenome).