domingo, 22 de abril de 2007

Serra e Lula acertam o passo... Quem dança?

Reproduzo abaixo - e me abstenho de comentar: O Estado de S. Paulo e o Jornal da Tarde publicam hoje a suposta estratégia de José Serra rumo à Presidência, que já era perceptível na relação entre as duas bancadas na Câmara (quando os deputados serristas elegeram o petista Arlindo Chinaglia) e na Assembléia (com a retribuição dos petistas votando no tucano Vaz de Lima).

Serra vai até Lula, de olho na Presidência

Agora é oficial: o PSDB inteiro já sabe - e parte aprova, parte está desconfiada - que o governador José Serra cumpre uma estratégia ao se aproximar do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do PT. Serra constrói pontes de aproximação sonhando em ser o candidato do PSDB à Presidência com o apoio de Lula e, para tanto, está disposto a aceitar um acordo para ceder a Prefeitura de São Paulo aos antigos adversários, disse um seu fiel aliado.

As primeiras conversas revelaram que o PT quer mais: para dar a Serra a Presidência, os petistas querem a Prefeitura de São Paulo e o próprio governo paulista em 2010, sendo que este último poderia, se necessário, acomodar o próprio Lula, enquanto espera por 2014 ou 2015. Esse cenário, além de revolucionar as perspectivas políticas para a sucessão presidencial, pode dar a Serra a condição excepcional de ser um candidato de consenso em 2010.

Em janeiro, quando tomaram posse o presidente e os novos governadores, ninguém apostaria que quatro meses depois Serra se situaria como um interlocutor privilegiado de Lula e do governo. Até então, o governador Aécio Neves (MG) era tido como o melhor amigo do presidente no PSDB. Cenários traçados até então sugeriam que Aécio poderia deixar o PSDB para ser candidato em 2010. Estando próximo do PT, Serra impede que Aécio evolua no projeto de ter o apoio de Lula.


Para dançar com Serra e Lula:

Dois Pra Lá, Dois Pra Cá
Intérprete: Elis Regina
Composição: João Bosco/Aldir Blanc

Sentindo frio em minha alma
Te convidei pra dançar
A tua voz me acalmava
São dois pra lá, dois pra cá

Meu coração traiçoeiro
Batia mais que o bongô
Tremia mais que as maracas
Descompassado de amor

Minha cabeça rodando
Rodava mais que os casais
O teu perfume gardênia
E não me perguntes mais

A tua mão no pescoço
As tuas costas macias
Por quanto tempo rodaram
As minhas noites vazias

No dedo um falso brilhante
Brincos iguais ao colar
E a ponta de um torturante band aid no calcanhar

Eu hoje me embriagando
De wisky com guaraná
Ouvi tua voz murmurando
São dois pra lá, dois pra cá