sábado, 14 de abril de 2007

Greve na Limpeza Pública de São Paulo

O deputado federal Dimas Ramalho (PPS-SP), licenciado da Câmara dos Deputados desde que assumiu a Secretaria de Serviços da Cidade de São Paulo, em dezembro, enfrenta uma prova de fogo no cargo: os funcionários do setor de limpeza urbana (catadores de lixo, garis e motoristas) entraram em greve nesta sexta-feira. A categoria tem ao menos 13 mil trabalhadores. A cidade virou um lixão.

De acordo com o Selur (Sindidato das Empresas de Limpeza Urbana no Estado de São Paulo), nenhum dos 400 caminhões de coleta de lixo (domiciliar e empresarial) saiu para as ruas. Somente os serviços de saúde têm o lixo recolhido.

Segundo o Siemaco (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Prestação de Serviços de Asseio e Conservação e Limpeza Urbana), a categoria pede 12% de reajuste e o Selur oferece 3,1%. Diante do impasse nas negociações, os trabalhadores resolveram deflagrar a greve.

"Pedimos 12%, além de lanche e protetor solar gratuitos, mas o Selur disse que não é possível atender", afirmou Moacyr Pereira, presidente do Siemaco.

Em março, os trabalhadores da limpeza ameaçaram uma paralisação, que foi suspensa após a retomada das negociações.

Uma medida cautelar, concedida pela Justiça, garante a realização da coleta de lixo de hospitais, postos de saúde, laboratórios e outros estabelecimentos da área de saúde.

O presidente do Selur, Ariovaldo Caodaglio, afirmou que nenhum motorista dos caminhões de coleta normal trabalhou nesta sexta e 50% dos garis estão paralisados.

"Fizemos uma contraproposta de aplicar o índice do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que é melhor que a proposta anterior, além da redução da contribuição para plano de saúde, que representa 25% a menos do que eles pagam hoje. Eles não aceitaram", afirmou Caodaglio.

Na tarde da próxima segunda-feira acontece uma audiência de conciliação no TRT (Tribunal Regional do Trabalho), onde as partes definirão as condições para a volta ao serviço.