quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Duas questões: uma administrativa, outra política

Sobre as matérias publicadas hoje, mencionando uma suposta "dupla jornada" de Dimas Ramalho como secretário municipal e deputado federal (no seu reduto eleitoral, Araraquara, a 273 km da Capital), o presidente municipal do PPS, Carlos Fernandes, afirmou tratar-se de uma questão administrativa da Prefeitura de São Paulo e que o partido desconhece as tratativas do secretário Dimas Ramalho com o prefeito Gilberto Kassab no cumprimento de uma agenda de compromissos pendentes como deputado.

"Essa é uma questão administrativa, a ser tratada entre o prefeito e o secretário", afirmou Carlos Fernandes. "Em linhas gerais, a Direção Municipal do PPS entende que por parte de qualquer integrante do Executivo deve haver dedicação integral às suas funções e à solução dos problemas da população; não seria diferente em uma Secretaria responsável por setores nevrálgicos da cidade".

A resposta do Secretário

Foram justamente neste sentido os esclarecimentos prestados por Dimas Ramalho à imprensa:

1. Os eventos mencionados foram públicos e trataram de assuntos importantes, que sempre tiveram meu acompanhamento como deputado federal, antes de assumir a Secretaria de Serviços, no dia 14 de dezembro de 2006.

2. Informei ao Sr. Prefeito que acompanharia estes compromissos ainda resultantes de minha atuação como deputado, inclusive sem quaisquer prejuízos nas atividades da Secretaria de Serviços.

3. Os funcionários nomeados preenchem todos os requisitos legais exigidos para preenchimento dos cargos da Secretaria, trabalham e residem em São Paulo, possuem experiência no serviço público –no Executivo e no Legislativo– e possuem qualificação profissional para exercer os cargos para os quais foram contratados.


Imprensa critica "dupla jornada" de Dimas Ramalho

Dois jornais paulistas publicam hoje o mesmo assunto negativo para o PPS: "Cargo de secretário, agenda de deputado" (Jornal da Tarde, leia aqui); e "Secretário da Capital atua como deputado no Interior" (Diário de S. Paulo, veja na íntegra).

No centro da polêmica está o deputado federal Dimas Ramalho, licenciado da Câmara desde 14 de dezembro do ano passado para ocupar a Secretaria de Serviços da Prefeitura de São Paulo, responsável por setores nevrálgicos da administração municipal, como Limpeza Pública (coleta de lixo e varrição), Iluminação, Serviço Funerário e Abastecimento (feiras, mercados e sacolões).

De acordo com as reportagens publicadas, Dimas Ramalho "encontrou uma maneira de se mostrar ao seu reduto eleitoral no Interior (Araraquara, distante 273 km da Capital) exercendo a dupla função de secretário municipal e deputado, mesmo durante o horário de expediente da Prefeitura".

O secretário garante que os compromissos assumidos como deputado não causam prejuízo às atividades da Secretaria. O Diário de São Paulo rebate: "Mas é evidente, no entanto, que os assuntos tratados nessas ocasiões tampouco trazem benefícios à Capital".

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

São Paulo dá a largada para a Conferência da Esquerda Democrática "Caio Prado Jr."

O Partido Popular Socialista promoveu em São Paulo, nesta segunda-feira (26/2), a primeira reunião preparatória para a Conferência Nacional da Esquerda Democrática "Caio Prado Júnior". O presidente do PPS, Roberto Freire, reuniu uma centena de nomes representativos da sociedade e do partido para iniciar o debate sobre o que é ser uma esquerda moderna, suas características e seu projeto transformador para o Brasil.

"Essa Conferência deve ser ampla, não pode se limitar ao universo do partido, ainda que essa prática já venha da tradição do velho Partidão (o PCB, antecessor do PPS), de discutir política", afirmou Roberto Freire. "Há um certo senso comum dos setores dominantes de que a política seja coisa secundária para a sociedade, por isso a idéia é chamar a todos para que juntos possamos construir o futuro não apenas do PPS, mas da esquerda democrática".

Freire ressaltou que "esquerda" e "direita" não são termos ultrapassados, nem podem ser vistos como se fossem meros sinais de trânsito. "São referenciais importantes, mesmo depois do fracasso do modelo soviético e da queda do Muro de Berlim", declarou Freire. "Foi nesse contexto que nasceu o PPS, já com esta vocação de se abrir para diferentes setores sociais na tentativa de discutir ampla e profundamente o que é ser uma esquerda moderna e democrática no país."

O encontrou durou cerca de quatro horas e reuniu dirigentes do PPS, parlamentares (o deputado federal Arnaldo Jardim e o deputado estadual David Zaia, presidente do PPS paulista); o Secretário Adjunto de Habitação do Estado, Ulrich Hoffmann; os ex-secretários Emerson Kapaz (Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico), Marco Petreluzzi (Segurança), João Batista de Andrade (Cultura) e Heraldo Corrêa (Esportes); o Subprefeito da Casa Verde, Marcos Gadelho; o dirigente da Força Sindical, Chiquinho Pereira; o físico Carlos Henrique Brito Cruz, da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo); o pró-reitor da USP, Sedi Hirano, e o presidente municipal do PPS, Carlos Fernandes.

Também marcaram presença no Hotel Braston Augusta, intelectuais e remanescentes do velho PCB, como o jornalista Marco Antonio Coelho, o cientista político Alberto Aggio, os economistas Alcides Ribeiro Soares e Eduardo Rocha, a física Dina Lida Kinoshita, os sociólogos Brasilio Sallum, Carlos Estevam Martins e José Cláudio Barriguelli, o tradutor Giovanni Menegoz, o arquiteto Urbano Patto, o jornalista Francisco Inácio de Almeida, entre outras figuras históricas do meio político e acadêmico.

"A esquerda brasileira precisa fazer um aggiornamento, uma revisão, para ter um novo rumo e um projeto definido para o Brasil", defendeu Roberto Freire. "Não temos a pretensão que desta Conferência, por si só, floresça a 'nova esquerda', mas esta é a contribuição que podemos oferecer, e o PPS não quer perder seu ímpeto reformista e aglutinador."

O presidente do PPS disse ainda que não sabe qual vai ser o resultado final da Conferência Nacional, prevista para o mês de julho, após reuniões preparatórias em diversos estados e municípios, mas que o exemplo deste encontro inicial em São Paulo já demonstra que toda a sociedade pode ganhar a partir de um debate franco e aberto, sem nenhum patrulhamento de idéias e opiniões.

Francisco Inácio de Almeida, secretário nacional do PPS e um dos idealizadores da Conferência, reforçou que "a intenção é incorporar diversos setores da sociedade para buscar o que é ser uma esquerda contemporânea e qual é a sinergia que podemos desenvolver nesse país imenso, no sentido de encontrar um caminho com técnicos, intelectuais, lideranças políticas e sociais num verdadeiro mutirão".

O empresário Emerson Kapaz, ex-deputado federal e secretário na primeira gestão do governador Mário Covas, afirmou que "muito mais do que os partidos políticos, é a própria sociedade que deve ser a protagonista dessa mudança que se faz necessária diante da mais grave crise política e de identidade do país". Para Kapaz, essa é a contradição que um partido coerente ("Como é o PPS") deve enfrentar. "Quanto menos essa Conferência tiver uma cara política e uma coloração partidária, melhor", afirmou. "Devemos reunir todas as pessoas capazes de pensar grande, de buscar soluções para o país, e o PPS pode ser o cimento que vai unir todos esses segmentos diversos e fazer a sociedade acordar."

O jornalista Marco Antonio Coelho entende que a questão central da Conferência deva ser "discutir o que é ser esquerda hoje, sem girar em torno de futricas ou dos erros e acertos do governo do PT". Até porque, segundo Coelho, "devemos apontar para um debate maior, pois há erros absurdos em todos os partidos, temos uma incapacidade de agir e trabalhar com o povo, erramos na maneira de fazer política e de interagir com a sociedade, e é isso que tem levado à descrença nos políticos".

Leia aqui a íntegra das principais contribuições para o debate.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Uma Verdade Inconveniente

O Oscar de melhor documentário de longa-metragem para "Uma Verdade Inconveniente", com direito à presença do ex-vice-presidente dos EUA, Al Gore, e discurso panfletário do ator Leonardo Di Caprio, mostra que o debate sobre os riscos ambientais causados pelo aquecimento global está verdadeiramente inserido no palco central dos acontecimentos.

O diretor Davis Guggenheim reforçou que o documentário só existe por causa da atuação política de Al Gore. "Uma Verdade Inconveniente" ganhou também o prêmio de melhor canção, para "I Need to Wake Up", de Melissa Etheridge.

Mais que a "onda verde", a visibilidade do discurso de Al Gore marca o tsunami "anti-Bush" que deve se materializar na sucessão presidencial norte-americana. Derrotado para George W. Bush no "tapetão" em 2000, apesar de ter sido o mais votado, o democrata pavimenta o caminho a ser percorrido pelos pré-candidatos Hillary Clinton e Barak Obama, que podem ser, respectivamente, a primeira mulher ou o primeiro negro a presidirem os EUA.

Constituição e Justiça: 18% sob investigação


Dos 116 membros da comissão mais poderosa da Câmara dos Deputados, 21 são investigados ou acusados judicialmente em várias instâncias da Justiça

A Comissão de Constituição e Justiça(CCJ)abriga hoje deputados que têm o Poder Judiciário em seus calcanhares. Entre titulares e suplentes, 18,1% dos deputados já nomeados para integrar a CCJ estão sob investigação ou são acusados em ações na Justiça de cometerem algum tipo de crime ou irregularidade.

Segundo levantamento realizado em tribunais superiores e de primeira instância, 21 dos 116 estão nessas condições. A CCJ é responsável por uma espécie de controle de qualidade preliminar. Todos os projetos de lei produzidos no Legislativo são analisados pela comissão, que verifica se os textos são compatíveis com as disposições da Constituição e a boa técnica legislativa. Nessa seara, seu poder é terminativo: é capaz de barrar a tramitação de um projeto considerado inconsistente.

A comissão também é sistematicamente acionada por parlamentares que enfrentam processos de cassação em análise no Conselho de Ética. Fazem parte da comissão, por exemplo, João Paulo Cunha (PT-SP) e José Genoino (PT-SP), ambos denunciados pelo Ministério Público (MP) como integrantes do mensalão.

Também integram a comissão o ex-senador, ex-presidente do INSS no governo Lula e hoje deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT), denunciado pelo MP por suposto envolvimento na máfia das ambulâncias e, ainda, o ex-prefeito de São Paulo, Paulo Maluf (PP-SP), que é processado pela suposta prática de crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva.

sábado, 24 de fevereiro de 2007

Quem são os Deputados Federais do PPS

A bancada do PPS na Câmara, em Brasília, é formada hoje por 16 deputados federais:

AIRTON ROVEDA (PR)

ALEXANDRE SILVEIRA (MG)

ARNALDO JARDIM (SP)

AUGUSTO CARVALHO (DF)

CEZAR SILVESTRI (PR)

CLÁUDIO MAGRÃO (SP)

FERNANDO CORUJA (SC)

GERALDO RESENDE (MS)

GERALDO THADEU (MG)

HUMBERTO SOUTO (MG)

ILDERLEI CORDEIRO (AC)

LEANDRO SAMPAIO (RJ)

MARINA MAGGESSI (RJ)

MOREIRA MENDES (RO)

PAULO PIAU (MG)

RAUL JUNGMANN (PE)

Lembrando ainda que os deputados eleitos DIMAS RAMALHO (SP) e NELSON PROENÇA (RS) estão licenciados por exercerem cargos no Executivo, respectivamente como Secretário de Serviços da Prefeitura de São Paulo e Secretário de Desenvolvimento do Estado do Rio Grande do Sul.

Câmara Municipal de SP


Para quem acompanha os trabalhos da Câmara Municipal de São Paulo, segue abaixo a composição das Comissões Permanentes para o ano de 2007.


Comissão de Constituição e Justiça

João Antonio (PT) - presidente
Agnaldo Timóteo (PR)
Carlos Alberto Bezerra Jr. (PSDB)
Ushitaro Kamia (PFL)
Claudete Alves (PT)
Tião Farias (PSDB)
Farhat (PTB)
Jooji Hato (PMDB)
Jorge Borges (PP)

Comissão de Finanças e Orçamento

Wadih Mutran (PFL) - presidente
Francisco Chagas (PT)
Natalini (PSDB)
Paulo Fiorilo (PT)
Netinho (PSDB)
Paulo Frange (PTB)
Aurelio Miguel (PR)
Milton Leite (PMDB)
Russomanno (PP)

Comissão de Política Urbana, Metropolitana e Meio Ambiente

Dalton Silvano (PSDB) - presidente
Toninho Paiva (PR)
Chico Macena (PT)
Domingos Dissei (PFL)
Arselino Tatto (PT)
Juscelino Gadelha (PSDB)
Aurélio Nomura (PV)

Comissão de Administração Pública

Abou Anni (PV) - presidente
Lenice Lemos (PFL)
José Américo (PT)
Marcos Zerbini (PSDB)
Marta Costa (PFL)
Soninha (PT)
Marcos Zerbini (PSDB)

Comissão de Trânsito, Transporte e Atividade Econômica

Celso Jatene (PTB) - presidente
Adolfo Quintas (PSDB)
Donato (PT)
Mara Gabrilli (PSDB)
Myryam Athie (PPS)
Senival Moura (PT)
Goulart (PMDB)

Comissão de Educação, Cultura e Esportes

Claudinho (PSDB) - presidente
Ademir da Guia (PR)
Beto Custódio (PT)
Carlos Apolinario (PDT)
Edivaldo Estima (PPS)
Eliseu Gabriel (PSB)
Carlos Giannazi (PSOL)

Comissão de Saúde, Promoção Social e Trabalho

José Ferreira - Zelão (PT) - presidente
Mário Dias (PFL)
Gilson Barreto (PSDB)
Claudio Prado (PDT)
Noemi Nonato (PSB)
Atílio Francisco (PRB)
Roberto Tripoli (PV)

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Deputados aposentados

A imprensa divulgou hoje que 13 ex-deputados se aposentaram entre o dia 15 de janeiro e esta quinta-feira, 22. Entre os beneficiados estão o ex-líder do PP, José Janene, e o ex-deputado federal do PPS, João Herrmann (foto).

Juntos, os integrantes deste inusitado "clube dos 13" custarão R$ 94 mil mensais aos cofres da Câmara. A maior aposentadoria será do ex-líder do PP José Janene (PR), que receberá R$ 12.847,20 por mês.

Janene, acusado pelo deputado cassado Roberto Jefferson (PTB-RJ) de ser um dos comandantes do esquema do mensalão, conseguiu convencer a antiga Mesa Diretora de que sofre de doença cardíaca grave e por isso obteve direito à remuneração integral. O deputado do PP sempre negou qualquer envolvimento com o mensalão e foi absolvido em plenário.

Ex-PPS

João Herrmann, por sua vez, disputou e perdeu no ano passado a eleição pelo PDT. O sepultamento da sua carreira política teve início quando, nas eleições municipais de 2004, contrariou decisão congressual do PPS paulistano e liderou movimento dissidente em apoio à candidatura de Marta Suplicy (PT) contra José Serra (PSDB/PFL/PPS). Era um tal "PPS Verdade", contra o PPS de verdade. Deu nisso. Clique aqui para rever o relatório que determinou o afastamento de Herrmann do PPS.

Os 13 recém-aposentados são: Alberto Goldman, Alceste Madeira de Almeida, Alceu Collares, Benedito de Carvalho Sá, Francisco Domingos dos Santos, Iberê Paiva Ferreira de Souza, Jairo Alfredo Oliveira Carneiro, João Herrmann Neto, José Janene, Nilton Gomes Oliveira, Paulo Delgado, Romel Anízio Jorge e Silas Brasileiro.

Conferência Caio Prado Júnior

Acontece nesta segunda-feira, 26/2, no centro de São Paulo, a primeira reunião preparatória para a Conferência Nacional da Esquerda Democrática "Caio Prado Júnior", que o PPS está convocando para discutir o que é ser uma esquerda moderna, suas características e seu projeto transformador de Brasil.

A iniciativa é do presidente nacional do PPS, Roberto Freire, que pretende levantar questões como "O Poder Local e a construção de uma nova forma de gestão"; "A nova esquerda e a questão ambiental"; "O desafio do desenvolvimento social e econômico"; "As metrópoles e a questão da cidadania"; "Desenvolvimento regional e integração nacional"; "Um olhar da esquerda para a reforma democrática do Estado"; entre outras sugestões.

Reunião de Roberto Freire com intelectuais
Tema: "Um projeto para o país sob o olhar da esquerda democrática".
Data: Segunda-feira, 26/2, às 18h
Local: Hotel Braston Augusta (Rua Augusta, 467)

Convidados

Estão convidados, entre outros, os cientistas políticos Alberto Aggio, Gildo Marçal Brandão, Marco Aurélio Nogueira e Maria Hermínia Tavares; os médicos Albertina Duarte e Alberto Liberman; o geólogo Álvaro Rodrigues dos Santos; os engenheiros Carlos Henrique de Brito Cruz, Dário Rais Lopes e João Alberto Viol; a ambientalista Laura Tetti; os arquitetos Paulo Mendes da Rocha e Ricardo Ohtake; o escritor João Silvério Trevisan; o cineasta João Batista de Andrade; o sociólogo José de Souza Martins e os historiadores Jorge Caldeira e José Antonio Segatto.

Também participam do encontro os economistas Gilberto Dupas, Luiz Carlos Bresser Pereira, Luiz Carlos Mendonça de Barros, Luiz Gonzaga Beluzzo e Yoshiaki Nakano; além de políticos como o secretário da Habitação do Estado de São Paulo, Lair Krahenbuhl; o secretário de Serviços da Prefeitura de São Paulo, deputado Dimas Ramalho; e os organizadores do evento, deputado federal Arnaldo Jardim e deputado estadual David Zaia, presidente do PPS paulista.

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

O número 23

O número do PPS vai dar o que falar. "The Number 23" ("O Número 23") é o novo filme do ator Jim Carrey, de sucessos como O Máskara, Ace Ventura, Todo Poderoso e O Show de Truman.

É um suspense psicológico sobre um homem obcecado pelo número 23.

"Quando eu morava no Canadá, um amigo meu observava que números de placas de automóveis, as datas dos nossos aniversários e tudo o mais, quando somado, dava 23. E a coisa começou a surgir", explica Jim Carrey.

"A Terra gira com uma inclinação de 23,5 graus em torno do seu eixo. Cada pai dá ao filho 23 cromossomos. Esse número está por toda a parte, para o bem e para o mal. Para mim, isso é um jogo divertido desempenhado pelo universo."

Carrey também cita o Salmo 23 e outras referências históricas e populares ao número 23 no filme. Por exemplo, o fatídico 11 de setembro em Nova York: some os números em 11/09/2001 e o resultado será 23.

No Esporte, o número 23 ficou imortalizado na camisa do astro do basquete Michael Jordan, do Chigago Bulls. É também o número do ídolo inglês David Beckham no Real Madrid. Na Copa de 2006, Robinho jogou com a 23 na seleção brasileira.

Na Música, "23" é título de um álbum de Jorge Ben Jor e referência em suas músicas, devido ao Dia de São Jorge. O Kid Abelha também fez sucesso com "Amanhã é 23".

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

Reunião com intelectuais

Na segunda-feira após o Carnaval, dia 26/2, a partir das 18h, no Hotel Braston Augusta (Rua Augusta, 467), haverá a primeira reunião preparatória da Conferência de Esquerda Caio Prado Júnior, convocada pelo PPS, com o tema "Um projeto para o país sob o olhar da esquerda democrática".

O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, receberá de intelectuais (cientistas, economistas, escritores, urbanistas, representantes de universidades etc.), não necessariamente vinculados ao partido, sugestões para a Conferência que, a partir de março, discutirá o que é ser uma esquerda moderna, suas características e seu projeto transformador de Brasil.

Serão levantadas questões como "O Poder Local e a construção de uma nova forma de gestão"; "A nova esquerda e a questão ambiental"; "O desafio do desenvolvimento social e econômico"; "As metrópoles e a questão da cidadania"; "Desenvolvimento regional e integração nacional"; "Um olhar da esquerda para a reforma democrática do Estado"; entre outras sugestões.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

Freire no Conselho da EMURB

O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, foi nomeado hoje pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, membro efetivo do Conselho de Administração da Empresa Municipal de Urbanização (EMURB).

Vinculada à Secretaria de Planejamento, a EMURB é responsável por obras urbanísticas e pela manutenção dos espaços públicos urbanos.

Entre as intervenções da EMURB estão, por exemplo, os diagnósticos da área central da cidade, ações do Programa Pró-Centro e propostas polêmicas como a construção de dois estacionamentos subterrâneos no Parque do Ibirapuera, sobre os quais a empresa definirá a viabilidade ambiental e comercial.

Outras garagens subterrâneas estão projetadas para a área do Mercado Municipal da Rua Cantareira (que recebe cerca de 15 mil pessoas por dia), praças Ramos de Azevedo (na região do Teatro Municipal e do Pátio do Colégio), João Mendes, Dom José Gaspar e avenida São João. Todas sob responsabilidade da EMURB.

Vale a pena ver de novo

Às vésperas de completarmos a "maioridade" democrática no Brasil, passados 18 anos da primeira eleição direta à Presidência da República pós-ditadura, vale lembrar de alguns momentos daquela campanha de 1989.

Há cenas impagáveis, como os ataques entre Lula e Maluf (hoje, quem diria, pilar de sustentação do PT na Câmara), o comentário de Brizola sobre a "ideologia" de Lula (ou a falta de), a fina ironia de Covas, a segurança de Roberto Freire ao se posicionar contra a pena de morte, entre outros momentos marcantes.

Prevalece o humor involuntário daquela primeira experiência democrática de toda uma geração. Mas que, enfim, nos permitiu chegar até aqui com instituições consolidadas e a possibilidade de correção de rumo diante de tantos escândalos que se sucederam desde então.




Será que o eleitor brasileiro é burro? Veja este vídeo só pra descontrair.

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

Nova sede do PPS de São Paulo

Depois do Carnaval, será inaugurada a nova sede do PPS de São Paulo na rua Germaine Burchard, 352, Água Branca (zona oeste da cidade).

A ampla sede reunirá os diretórios estadual e municipal paulistano, com toda a infra-estrutura necessária para o funcionamento do partido.

Será tambem o novo endereço do presidente nacional do PPS, Roberto Freire, em São Paulo.

O PPS tem História

Veja abaixo um vídeo de Roberto Freire convidando a sociedade a conhecer o PPS



Relembre também do programa que trata do rompimento do partido com o Governo Lula, exibido na TV em 2005

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Roberto Freire quer que PPS resgate ´esquerda democrática´


Agência Estado

Encerrado seu quinto mandato como deputado federal, o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, que agora é suplente do senador Jarbas Vasconcellos (PMDB-PE), pretende iniciar um movimento de resgate do que chama de "esquerda democrática" do País e ambiciona transformar sua legenda em um espaço de discussão e atuação para os descontentes de outros partidos.

Para o ex-deputado, a crise do sistema político do País é violenta e ainda não aponta para uma saída, que poderá ser encontrada, justamente, na união de políticos com tradição na esquerda reformista do Brasil. Segundo ele, dentre estas "cabeças", estariam o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB-SP), o próprio senador Jarbas Vasconcellos e até descontentes do PT.

"Não estou chamando ninguém para vir ao PPS, mas não é possível que a esquerda democrática não apresente uma alternativa ao que está aí. O que queremos é ser um instrumento para esse debate e quem sabe até uma opção pra os descontentes", disse Freire, após conceder palestra sobre a esquerda brasileira, na Fundação Mário Covas, em São Paulo.

O presidente do PPS não descarta, inclusive, a formação de um novo partido decorrente de uma reafirmação do pensamento da esquerda democrática do País. No fim de 2006, notícias relativas à formação de um novo partido encabeçado pelo governador de São Paulo, José Serra (PSDB-SP), chegaram a circular na imprensa nacional. Mas o próprio governador paulista descartou, na ocasião, essa perspectiva.

Serra é, aliás, segundo Freire, o principal nome com capacidade para realizar uma reforma na política nacional que tenha na mudança do programa econômico do País seu principal pilar. "O Serra, sem dúvida, pode ser uma alternativa, principalmente no que diz respeito à economia", defende.

Para o presidente do PPS, seria do PSDB o papel de líder dessa esquerda democrática, mas a incapacidade de união demonstrada pelo partido levanta dúvidas sobre o papel que ele pode ter numa oposição que pretende ser ideológica e programática. "Mas a paralisia do PSDB não é a nossa. O maior exemplo de que a esquerda democrática está viva foi o lançamento da terceira via para à presidência da Câmara. Foi uma demonstração de que estamos ativos", disse.

Freire fala em novo partido

Diário do Comércio (SP)


Aliado do PSDB, o presidente nacional do PPS, ex-deputado federal Roberto Freire, defendeu ontem a manutenção da aliança com os tucanos para 2010, com a liderança do governador José Serra, e até a formação de um novo partido de esquerda com políticos não-alinhados com o PT.

No sábado passado, o PPS aprovou a realização de uma conferência nacional para discutir o papel da esquerda e os desafios que terá de enfrentar. Freire diz que a idéia é atrair a participação de lideranças políticas de vários partidos, entre eles o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), de quem Freire é suplente.

"Não estou chamando ninguém para vir ao PPS, mas a esquerda democrática precisa apresentar uma alternativa ao que está aí. Queremos ser uma opção para os descontentes", afirmou Freire.

Aliado do PSDB, o ex-deputado fez críticas ao partido durante palestra na Fundação Mário Covas, em pleno ninho tucano. Na avaliação de Freire, o racha interno no PSDB mostrou que as lideranças nacionais não se entendem. "O PT e seus aliados saem ganhando com a divisão", avaliou Freire.

Segundo o ex-deputado, já na eleição presidencial do ano passado ficou clara a divisão entre os tucanos. O resultado: a candidatura de Geraldo Alckmin não deslanchou. "A aliança formada (PSDB-PFL-PPS) não era para ganhar a eleição, mas para marcar posição e cumprir tabela", disse.

Câmara – Já na disputa entre Arlindo Chinaglia (PT) e Aldo Rebelo (PCdoB), Freire afirmou que os tucanos insistiram no erro. Para ele, o alcance político da candidatura Gustavo Fruet (PSDB) mudou o rumo da disputa. Entretanto, a vantagem foi perdida no segundo turno.

"A sucessão na Câmara não era disputa intra corporis (interna)", comentou o dirigente do PPS, ao se dirigir à platéia formada por militantes e dirigentes do PSDB e também do PPS.

Conforme Freire, no segundo turno o caminho natural do PSDB seria apoiar Rebelo, que, apesar de governista, mostrou-se mais independente.

Nenhum tucano contestou as afirmações de Freire. O ex-coordenador da campanha de Alckmin, João Carlos Meirelles, admitiu que o partido está numa encruzilhada. "O que aconteceu na Câmara (o racha) é uma reflexo da eleição de 2006", desabafou.

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Freire na Fundação Mário Covas


Roberto Freire ao lado de Antonio Carlos Malufe, presidente da Fundação Mário Covas, em palestra com o tema "Um projeto para o país sob o olhar da esquerda democrática"

PRÉ-CONFERÊNCIA NACIONAL

Freire defende reforma e diálogo
contra desmoralização da política



"A reforma política se impõe diante desta crise dos partidos e da desmoralização da política e dos políticos", afirmou o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, nesta segunda-feira (12/2), durante palestra na Fundação Mário Covas, com o tema "Um projeto para o país sob o olhar da esquerda democrática". Em seguida, Freire participou de um almoço com jornalistas no restaurante da BM&F - Bolsa de Mercadorias & Futuros, no centro de São Paulo.

Roberto Freire fez um histórico da política nacional desde a redemocratização e um balanço dos erros e acertos do PPS e dos demais partidos considerados de esquerda. Disse que o país vive "o fim de um ciclo econômico e de falência total deste modelo de instituições político-partidárias", e aproveitou a oportunidade para divulgar a Conferência Nacional do PPS que, a partir de março, abrirá para a sociedade um debate sobre o que é ser uma esquerda moderna, suas características e seu projeto transformador de Brasil.

Para o presidente do PPS, o fundamental para o país é retomar o crescimento, deixar de "distribuir miséria" e voltar a ter políticas de distribuição de renda, justiça social e correção das desiguldades.

"O dramático é o Brasil não ter crescido nestes quatro anos de Governo Lula, que era um paradigma da tentativa de mudança, enquanto o mundo todo cresceu em ritmo acelerado", opina Freire. "Agora, vir falar em PAC (Programa de Aceleração de Crescimento) é uma brincadeira, uma irrelevância, porque se trata simplesmente do ajuntamento das boas intenções de programas já existentes, que não alteram em nada a essência da condução da economia."

Freire também criticou duramente os defensores da tese de convocação de um plebiscito que possibilitaria ao presidente Lula disputar nova reeleição. "Exemplos da história, como Hitler e Mussolini, já demonstraram para qual finalidade pode ser usado um plebiscito sem o rigoroso controle da democracia."

Freire entre os jornalistas Dirceu Brizola e Alexandre Machado, em almoço na BM&F

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

Um projeto para o país sob o olhar da Esquerda Democrática

De março a julho de 2007, o Partido Popular Socialista, com a participação aberta à toda sociedade, promoverá uma Conferência Nacional para discutir o que é ser uma esquerda moderna, suas características e seu projeto transformador para o Brasil.

Esta iniciativa se fundamenta na necessidade de abrir um amplo e profundo debate com vários setores da sociedade brasileira, face a constatação de que os grandes partidos da esquerda, desde a redemocratização, chegaram no governo central do país e não se revelaram no seu compromisso de tentar mudar o país, enfrentando suas desigualdades sociais e regionais.

Veja a seguir o conteúdo da Resolução Política a respeito da Conferência:

EM TORNO DE UM PROJETO PARA O BRASIL

A política como arte e vértice para se encaminhar e resolver os problemas da sociedade está, lamentavelmente, sob suspeita no Brasil. E seus atores, os partidos de modo geral, uns mais que outros, e os políticos que trilham o caminho do mandato eletivo são vistos com desconfiança e até desprezo por ampla e crescente parcela dos brasileiros.

Essa crítica generalizada, feita de forma explícita ou subterrânea, ainda não vem se materializando nas urnas, pois os instrumentos de controle da opinião pública, a leniência de certos setores da sociedade com os desmandos, as estruturas de poder que descem e viciam os segmentos mais populares e alimentam esperanças infundadas nas camadas mais esclarecidas, ainda vêm tendo fôlego para manter em pé as arcaicas estruturas políticas nacionais e suas representações. E elas fazem a política caminhar para um lugar inseguro quando estão em jogo a democracia e a República.

Some-se a esse fenômeno um drama maior, vivido em todo o mundo, qual seja, a desmontagem de paradigmas que nortearam utopias e concepções transformadoras ao longo de quase um século sem a sua substituição por modelos que pudessem reorientar a política positivamente e resguardar padrões éticos consagrados pela luta dos povos a favor de dias melhores e mais felizes para todos.

Acontece que, nas várias regiões do planeta, grande parte das organizações de esquerda fizeram o seu aggiornamento, buscando compreender as novas realidades mundial e local, e identificar novas formas de enfrentar a complexa transição entre a sociedade industrial e a emergente sociedade do conhecimento, fruto sobretudo de uma célere revolução científico-tecnológica. Só que entre nós, poucos têm sido os partidos e lideranças atentos à contemporaneidade, ao não enxergarem a crise dos instrumentos de representação típicos da sociedade historicamente esgotada - associações, sindicatos, partidos políticos.

Dilemas Postos

Dois dilemas, portanto, emergem com força nos dias atuais para aqueles que ainda acreditam no primado da política referenciada pela participação popular: afirmar uma esquerda moderna e democrática, e uma agenda de profundas reformas capaz de dar rumo ao país, de forma a superar e deixar para trás práticas e comportamentos que corrompem, que desmobilizam a consciência crítica, que assaltam os recursos do Estado e, assim, colocam o processo democrático em risco.

É que temos consciência de que esse grande projeto nacional, não pode nem deve ser tarefa de um único partido político, nem tampouco de uma classe social específica. Ele só será possível se articulado por forças democráticas renovadas, a começar pela esquerda, por amplos movimentos sociais, pela intelectualidade, por empresários, pelos mundos do trabalho e da cultura, enfim, por uma diversidade social e ideológica de quantos na sociedade brasileira almejam mudar os rumos do país.

Seria erro grave e inaceitável um único partido colocar-se como condutor deste grande movimento, até mesmo porque a sociedade organizada e os seus movimentos plurais em todos recantos e áreas são mais fortes que todos os partidos juntos. Uma esquerda contemporânea e um Projeto Estratégico Nacional pressupõem a colaboração estreita entre partidos, estes mais vocacionados para o exercício da democracia representativa, e os agentes sociais diversos, que fortalecem a cada dia mais a idéia de uma democracia mais includente e participativa, uma democracia mais direta.

Se no conjunto de toda a sociedade há que se operar processos rápidos e duradouros de novas consciências coletivas, conduzidos pela cidadania, no campo partidário também se coloca a necessidade da afirmação de uma esquerda capaz de refletir e defender as reivindicações populares e os interesses nacionais, sem esquecer que o ser humano é cidadão do mundo, que queremos íntegro.

A busca deste caminho terá de enfrentar poderosos obstáculos – sobretudo aqueles erigidos pelo conglomerado de grandes partidos mantenedores da ordem vigente, os quais teimam em, a partir de uma espécie de cartório, esmagar a rebeldia a favor de mudanças. Até mesmo quando clamam por reforma política o fazem majoritariamente na perspectiva minimalista de menos partido, menos liberdade, menos conflito. Como se pudesse haver futuro para o Brasil sem combate de idéias e propostas.

Importante ressaltar que todos os grandes partidos democráticos e de esquerda já estiveram ou estão no governo, desde o início do processo de redemocratização, em 1985. Tiveram oportunidade única de materializar seus programas, sua capacidade de gestão e cumprir seus compromissos, só que, na prática, negaram seus ideais e nada mais revelaram senão seus projetos menores de alcançar o poder e nele se manter a qualquer preço, pela via da cooptação de lideranças sociais, amortecimento das reivindicações populares e partidarização da máquina estatal. Encerra-se, assim, melancolicamente, mais um ciclo da nossa história, sem que os graves e agudos problemas nacionais tenham tido o encaminhamento exigido pela sociedade, nas suas necessidades de desenvolvimento social, retomada do crescimento e melhores condições de vida.

Perspectivas

O PPS, quando organizado em 1992 a partir da rica tradição de lutas do antigo PCB, iniciou seu processo de aggiornamento e agora dá novo passo à frente, abrindo-se para diferentes setores sociais, na tentativa de se discutir ampla e profundamente o que é ser uma esquerda moderna e democrática no país, identificar suas características e definir seu projeto efetivamente transformador para o Brasil. Fraterna e generosamente, coloca-se assim como instrumento para ajudar a construir este projeto inovador, o qual exige amplas articulações, negociações legítimas com lideranças que compõem outras organizações partidárias ou que estejam fora delas, e aberta a pessoas com variadas concepções políticas, ideológicas e religiosas, comprometidas com o avanço democrático e valores libertários.

O que os brasileiros estão a exigir é a existência de um movimento que tenha identidade programática e política, e um projeto de nação. Que procure defender e introduzir valores e comportamentos capazes de pedagogicamente provocar uma revolução na cultura política do país, na forma de exercer mandatos, na forma de ser governo e na forma de se relacionar com a sociedade civil. Que combata a esperteza de existir apenas para disputar e ganhar eleições, e atue a partir de doutrinas e ideais democráticos, humanistas, solidaristas, socialistas, estreitamente vinculados aos valores e práticas do ambientalismo, e identificados com as lutas pela igualdade e equidade de gênero, cidadania das mulheres, pluralidade étnica, diversidade sexual, e contra a exclusão, as desigualdades e todas as formas de discriminação social.

Também deve contemplar um programa estratégico factível, concernente à inserção do Brasil num mundo globalizado e às possibilidades reais do país, marchar pela utopia e agir com os pés no chão da realidade. Assim sendo, o esquerdismo retórico e inconseqüente e o liberalismo encilhado não servem a este projeto.

Com base nesses pressupostos, a Comissão Executiva do PPS convoca uma Conferência Nacional, decisão a ser apreciada pelo Diretório Nacional, a se realizar até julho próximo, aberta à participação de todos para discutir o que é ser uma esquerda moderna, suas características e seu projeto transformador para o Brasil. Nesse sentido, orienta seus dirigentes e militantes em todos os níveis a iniciar contactos com lideranças políticas, dos mundos do trabalho e da cultura, a organizar Conferências Estaduais preparatórias, para tanto contactando casas legislativas, escolas, sindicatos, universidades, bairros, sempre procurando agregar lideranças e pessoas interessadas em fazer ou continuar a fazer a grande política.

O caminho a percorrer não é fácil nem curto. Entretanto, se houver vontade daqueles que sinceramente acreditam nas mudanças e querem realizá-las, o tempo para percorrê-lo pode ser relativamente breve. Mãos à obra, pois a esperança dos brasileiros, a que se enfrentem com soluções inovadoras e viáveis os desafios colocados e há muito sendo adiados, impõe ações sem mais tardança.

Perfil: Roberto Freire, presidente nacional do PPS

Roberto Freire é um dos mais respeitados e influentes políticos brasileiros.

Presidente nacional do Partido Popular Socialista (PPS) e atualmente primeiro suplente de senador pelo estado de Pernambuco, está fixando domicílio em São Paulo, de onde conduz o debate suprapartidário sobre os rumos da esquerda democrática e um novo projeto socioeconômico e político para o Brasil.

Conhecedor profundo dos problemas brasileiros e observador crítico e atualizado dos fatos mundiais contemporâneos, Roberto Freire é reputado por toda a mídia como um político sério e competente. Não foi à toa que o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP) o escolheu por 14 anos, sucessivamente, como um dos 100 "cabeças" do Congresso Nacional.

Roberto Freire chegou a este patamar de reconhecimento público por suas idéias, convicções e atitudes. O seu nome sempre esteve no rol dos políticos sérios, sem uma só denúncia ou suspeita sobre a sua atuação – e este é o seu maior patrimônio político após 32 anos ininterruptos na política (um mandato como senador, cinco mandatos como deputado federal e um como estadual).

Família, infância e juventude

Roberto João Pereira Freire nasceu no Recife (PE), em 20 de abril de 1942, em uma família de classe média. O pai, João Figueiredo Freire, era funcionário de pequenas empresas privadas, dos ramos de comércio e indústria na capital pernambucana, e a mãe, Maria de Lurdes Pereira Freire, cuidava dos trabalhos domésticos.

É pai de cinco filhos: Marta, Cláudia, Luciana, Mariana e João.

Durante a juventude, praticou várias atividades desportivas, principalmente no Sport Clube do Recife (seu time de coração), e chegou a integrar a seleção pernambucana de basquete.

Começou a militar na política em 1962, quando era estudante da Faculdade de Direito da UFPE. Também atuou como advogado sindical no escritório de Rildo Souto Maior e Chico Maia, defendendo trabalhadores rurais sob a liderança de Gregório Bezerra (político, líder comunista, ex-sargento do Exército e dirigente da Aliança Nacional Libertadora), quando estreita suas relações com o Partido Comunista Brasileiro (PCB) – o velho "Partidão" de 1922.

A trajetória do homem público

Freire ingressou no serviço público no ano de 1967, após ser aprovado em primeiro lugar no concurso para gerente de Cooperativa Integral de Reforma Agrária realizado pelo IBRA (Instituto Brasileiro de Reforma Agrária). Posteriormente, foi aprovado em concurso interno de ascenção funcional para o cargo de procurador autárquico do IBRA. Hoje é procurador aposentado do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).

Freire disputou pela primeira vez uma eleição em 1972. Candidato a prefeito de Olinda (pelo MDB), foi o mais votado, mas perdeu para a soma dos votos das duas sublegendas da ARENA.

O primeiro mandato, de deputado estadual, foi conquistado em 1974 pelo então MDB.

Freire protagonizou vários embates na luta pela democracia, como em 1º de setembro de 1978, quando foi o único parlamentar a subir à tribuna para contestar energicamente a eleição de governadores e senadores biônicos. Por sua conduta combativa e homem de princípios, foi considerado pelos jornalistas do comitê da Assembléia pernambucana um dos mais destacados políticos daquela legislatura.

A partir da experiência em Pernambuco, e considerado um dos expoentes da esquerda nordestina, Freire começa a sua carreira em âmbito nacional (na foto, abraça D. Hélder Câmara).

Foi eleito para quatro mandatos sucessivos de deputado federal, de 1979 a 1994. Em seguida elege-se senador (mandato de 8 anos). De 2003 a 2006, volta à Câmara para o seu quinto mandato como deputado federal.

Movimento Democrático Brasileiro

Na Câmara dos Deputados, Freire foi vice-líder do MDB de Freitas Nobre e Ulysses Guimarães e participou ativamente dos trabalhos das comissões, sobressaindo-se dentre elas a que tratou da Lei de Anistia.

Também participou na linha de frente da campanha das "Diretas Já" e, com a derrota da emenda Dante de Oliveira, enfrentou setores da esquerda equivocados (liderados pelo PT) que eram contra a participação no Colégio Eleitoral que elegeria Tancredo Neves e José Sarney, sepultando definitivamente o regime militar.

Freire apoiou e participou do processo de reconstrução das entidades estudantis livres e da UNE. Esteve em todos os congressos que discutiram a criação de uma central de trabalhadores. Também freqüentou intensamente os movimentos grevistas e sindicais dos trabalhadores, em Pernambuco, no ABC, em São Paulo e em quase todos os estados brasileiros.

Assembléia Constituinte

Como líder do PCB, teve papel destacado na Assembléia Constituinte. Está entre os dez parlamentares que mais freqüentaram o debate em Plenário, é autor de mais de 500 propostas inseridas no texto constitucional e ajudou a resolver impasses quando conceituou o princípio da emenda aglutinativa, incorporada posteriormente pelos regimentos das Casas no Congresso Nacional e em outros legislativos brasileiros.

Na Constituinte, Freire marcou posição em temas como a definição da função social da propriedade privada; a liberdade religiosa, de pensamento e de informação; a ampliação dos direitos individuais, incluindo o de greve para trabalhadores da iniciativa privada e para os servidores; o acesso à saúde pública por meio da criação do SUS; o fortalecimento das universidades públicas e o maior apoio à ciência e à tecnologia.

Partido Popular Socialista

Em 1992, tornou-se líder do governo Itamar Franco após a cassação do presidente Fernando Collor.

No Senado (de 1995 a 2002), como líder do PPS, tornou-se referência na luta pela afirmação dos princípios republicanos, pela celebração de um novo pacto federativo e na defesa de políticas sólidas, garantidoras do desenvolvimento regional, com destaque para as regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste.

Socialista, humanista e libertário por convicção, ao longo de seus 32 anos de carreira pública ininterrupta, Freire se transformou em um dos símbolos na luta pelo fim da ditadura e pela retomada da democracia. E nessa caminhada sempre defendeu amplas alianças e combateu posturas de esquerda excludentes, irresponsáveis e rancorosas.

Roberto Freire acredita que a construção de um novo Brasil passa, obrigatoriamente, pelo exercício pleno da cidadania, a consolidação e a ampliação da democracia.

Ele sempre preconizou, nesta perspectiva, também a adoção de práticas de democracia direta – o plebiscito, o referendo e a iniciativa popular de lei, princípios consignados na Constituição e que tiveram de Freire uma defesa entusiasmada e eficaz.

No Congresso Nacional, destacou-se pela regularização da situação dos estrangeiros, empenhou-se na ampliação dos arcabouços legais para ampliar a reforma agrária, apresentou projeto para garantir as eleições diretas para os cargos de reitor e vice-reitor de universidades federais.

Paralelamente às atividades parlamentares e institucionais, Freire escreveu o seu nome na história como um homem aberto a novas idéias. Compreendeu criticamente os erros praticados sob a esfera do chamado socialismo real e, com coragem, liderou com outros antigos comunistas a travessia da velha tradição democrática do PCB à tradição renovada do PPS, criado em 1992.

Em um cenário (nacional e internacional) onde as forças conservadoras insistem em proclamar o óbito do pensamento socialista, Freire sempre defendeu publicamente a possibilidade histórica de construção de novos paradigmas a partir dos princípios do socialismo, como a igualdade, a liberdade, a democracia e a justiça social.

Foi esta visão de mundo que Roberto Freire expôs em sua impactante campanha à presidência da República, em 1989, juntamente com o saudoso sanitarista Sérgio Arouca (candidato a vice).

Freire superou a visão tradicional da esquerda marxista – os comunistas aí incluídos - ao vislumbrar o socialismo democrático e ao mostrar a inevitabilidade da globalização, ao mesmo tempo em que defendia a afirmação, dentro dela, dos valores democráticos e humanistas (e não os interesses do mercado, como sempre quis o neoliberalismo).

Aberto ao diálogo e avesso a posições sectárias – embora sem vacilar em relação a princípios -, Freire nunca vergou à direita nem fez concessões ao esquerdismo infantil, que tem por hábito se apresentar sempre com roupagens novas. Nesse sentido, acredita na construção de uma nova formação política no Brasil, capaz de conceber e executar novas estratégias de desenvolvimento e justiça social, tendo o PPS como um desses instrumentos.

Colocou-se em oposição ao governo Lula antes mesmo da revelação de sucessivos escândalos como mensalão, propinoduto, sanguessugas etc. Freire e o PPS foram os primeiros a afirmar publicamente que o novo governo não tinha projeto de Brasil e que dificilmente esse objetivo seria alcançado durante o exercício de poder. Por vários meses, denunciou a aliança de Lula com as velhas idéias econômicas e com grupos políticos fisiológicos e corruptos no Congresso, e sugeriu ao governo correções de rumos - que jamais foram ouvidas por Lula.

Leia também:

* Entrevista com Roberto Freire

* Conferência da Esquerda Democrática

* "Para entender o PPS: Um partido decente, uma opção consciente"

Matéria publicada no Diário Hoy (Argentina)

INTERÉS GENERAL Se conocieron detalles de una investigacion internacional

El narcotráfico, el lavado de dinero, la mafia, y su relación con los bingos

El diputado Daniel Filloy decidió ir a fondo con su investigación. Para eso analiza un informe que recabó de un gobernador brasileño. Este, a su vez, se basa en acciones de la Justicia Italiana. El legislador destacó que parte de los grupos sospechados trabajan en territorio bonaerense

Las distintas investigaciones que se realizaron sobre la cuestionada instalación de máquinas tragamonedas en los bingos de la provincia, tuvieron derivaciones insospechadas. A punto tal que terminaron vinculando con el narcotráfico internacional a grupos empresariales que las explotan. Y, del mismo modo, arrojaron luz sobre el supuesto camino que habría encontrado el lavado de dinero para desembarcar en el territorio bonaerense.

Las conclusiones de esos trabajos de investigación permiten deducir que el medio para cometer ese segundo ilícito no sería otro que el de las “famosas maquinitas” que -libres de todo tipo de controles- facturan por sumas anuales superiores a los 650 millones de pesos.

Estas posibilidades -merecedoras, claro, de una profunda investigación judicial- se desprenden de una minuciosa tarea investigativa que realizó durante más de un año el diputado por la UCR provincial Daniel José Filloy, cuyo equipo de asesores “descubrió” un estudio similar que -fronteras afuera-realizó con resultados reveladores el ex senador y actual gobernador electo del estado de Paraná (Brasil), Roberto Requiao.

Su informe, que fue publicado en la página oficial del Senado brasileño -se habla de Internet, por su puesto- vincularía a uno de los directivos del holding que fabrica, distribuye y explota las tragamonedas en los bingos bonaerenses, no sólo con el narcotráfico, sino también con la mafia italiana.

En su informe -explicó Filloy durante una presentación realizada ante la autoridad de la Región aduanera- Requiao “vincularía al presidente ejecutivo de la empresa que domina al grupo en la provincia (CODERE SA), José Antonio Martínez Sampedro, con los carteles de Cali”.

Pero, para comprender mejor las supuestas relaciones entre uno y otro grupo -que tendrían ramificaciones en países de Europa y América Latina- quizás es conveniente repasar el informe que se realizó en Brasil, que recogió el diputado Filloy y sobre el que actualmente se trabaja bajo el título de “La introducción de máquinas tragamonedas en Brasil”.

Dice el mismo que la supuesta “participación de la mafia italiana en la actividad del lavado de dinero y los juegos de azar (en realidad los llamados bingos electrónicos) fueron descubiertos a partir de informaciones contenidas en cartas rogatorias. Dichos documentos fueron enviados por la Justicia italiana a Brasil y -según se explicó-en las investigaciones que llevó adelante el Gobierno se logró interceptar centenares de llamadas telefónicas entre integrantes de la mafia en Italia, Brasil y otros países donde se descubrió la relación directa entre personas físicas y jurídicas -con domicilio en el vecino país- en actividades cooperativas de dinero originado en actividades ilegales en Italia”.

Menciona el informe que se remonta a algunos años atrás, que el diario Folha de Sao Paulo, en su edición del 9 de octubre de 1997, publicó un artículo de Mauricio Rudner Huertas titulado Bares de SP instalan máquinas tragamonedas, sobre el que también se apoya la investigación.

Reseñan al respecto que “estos juegos comienzan a aparecer en bares, casas de comidas rápidas y bingos de Sao Paulo, de la mano de la empresa Nevada Diversiones, que las introdujo en el país. La empresa estaba oficialmente registrada a nombre del ciudadano portugués Paulo Manuel García Zilhao y del italiano Franco Narducci, que representaría a la empresa Jebra en la sociedad. Dice el informe que un tal Ivo Noal que según la policía controlaba el 40% del juego clandestino en el estado, actuó como intermediario entre estas firmas”. Se destacó en el informe que “pese a ser condenado a doce meses de prisión por juego clandestino, el hombre consiguió la suspensión de la pena, aunque quedó involucrado en procesos por formación de gavillas, corrupción y homicidio”.

Se sostuvo, además, que “Neveda Diversiones -que fue constituida en 1995- cambió de manos varias veces e ingresó a la sociedad de Jebra”. Aunque lo que realmente llamó la atención de Requiao (el ex senador que realizó esta investigación) es que Fausto Pellegrinetti “participó de casi todo” a través de distintas personas. La clave radica en que este último fue señalado como “capo de la mafia italiana” y supuestamente “uno de los mayores narcotraficantes del mundo”.

Se menciona que las empresas Betatronic y Bingo Matic “poseen la misma dirección comercial al igual que Astro Turismo, lo que demuestra la unidad del grupo”.
Además de esta supuesta organización, “las máquinas de Recreativos Franco -la misma que ligada a CODERE trabaja en la provincia de Buenos Aires- inundaron el mercado llegando a Gozais y dominando prácticamente todo el distrito federal, controlando Sao Paulo y lanzando sus tentáculos sobre Bahía y otros estados”.

Según el informe que nos ocupa: “Las investigaciones emprendidas por la Justicia italiana revelaron que las empresas Bingo Matic, Betatronic y Nevada tienen relaciones estrechísimas con el dinero de la mafia y fueron, de hecho, financiadas con dinero originado en el narcotráfico”.

Ahora bien Filloy, que investiga en la Argentina, y Requiao, que hace lo propio en Brasil, se reunirán en pocas semanas más en la ciudad de Curitiba, para intercambiar información.

Según Filloy, la cadena de vinculaciones entre las empresas que explotan las tragamonedas en los bingos (ver infografía) llegaría inclusive hasta la sala instalada en La Plata.

Cómo operan las organizaciones

Cosa Nostra es la organización mafiosa más importante de Europa. Tiene alrededor de 5.400 hombres y vinculaciones en todo el mundo. Su centro de operaciones es Palermo, Sicilia, donde tiene sus orígenes a comienzos del siglo XIX. Según un informe de la Dirección de Investigaciones Antimafia de Italia, esta verdadera entidad cuenta con ramificaciones en Estados Unidos, Canadá, Alemania, Suiza, Rusia y otros países de Europa del Este.

Su principal característica son las redes para traficar droga, armas y dinero. Esto requiere de la necesidad atravesar muchas fronteras, de utilizar diversas instituciones legales (como bancos, sociedades financieras, prestamistas, etc), de tejer estrechos contactos con grupos ilegales que operan en el extranjero y también de contar con influyentes relaciones políticas.

En la actualidad las organizaciones mafiosas constituyen la columna vertebral del crimen organizado internacional, revela dicho organismo italiano, que también pone de manifiesto el propósito de las mafias de agrandar su campo de acción y de utilizar algunas empresas legales como pantallas para otras actividades espúreas.

El verticalismo es otro de sus distintivos, ya que responden a un jefe y a los jefes de los clanes, que generalmente llevan los nombres de las ciudades de origen, como ocurre con la Cosa Nostra. Sus principales referentes son los corleoneses y los palermitanos.

Precisamente a los corleoneses pertenecería Fausto Pellegrineti, uno de los hombres más fuertes y líderes de la organización, investigado por la Justicia italiana, brasileña y el FBI por lavado de dinero y narcotráfico.

Según denuncian distintas publicaciones periodística y un informe del Senado brasileño, Pellegrineti a mediados de los ‘90 comenzó a manejar el juego en Brasil, donde montó un verdadero imperio alrededor de los bingos y las máquinas tragamonedas. Este sería una de sus pantallas para blanquear dinero y ocultar maniobras tales como el tráfico de cocaína y heroína con los carteles de Cali y Bogotá, como revela la mencionada investigación.

Pellegrineti tendría fuertes vinculaciones con el grupo español Recreativo Franco, que opera en ese país y desde hace algunos años en la provincia de Buenos Aires, con distintos bingos. Esta empresa también está sospechada por lavado y contrabando.

Hubo un asesinato en Brasil

La asamblea anual de la Sociedad Interamericana de Prensa (SIP) que concluyó anteayer en la ciudad de Lima (Perú), ensayó serias denuncias por ataques contra el periodismo y un inquietante diagnóstico sobre “las presiones que debe enfrentar la libertad de prensa en todo el continente”. Y analizó, además, casos puntuales de asesinatos y torturas contra periodistas, que se registraron durante los últimos meses.

Cabe consignar al respecto que entre los homicidios que despertaron la más enérgica condena figura el de Tim Lopes, un reportero de investigación de la red O Globo de televisión en Brasil, que fue secuestrado, torturado y asesinado. Mientras que también condenó el del propietario y presidente del diario brasileño Folha do Estado quien -según se explicó en el informe de la SIP- “fue asesinado de seis tiros por publicar investigaciones y denuncias sobre la instalación de las llamadas máquinas tragamonedas en su región”.

Sobre el caso del periodista de O Globo, en el documento de la SIP se señala que “su cadáver fue descuartizado, quemado y enterrado clandestinamente”.

Cómo acceder a la información

En varias direcciones de Internet se puede conseguir información. En algunas de ellas se habla sobre las empresas que explotan las máquinas tragamonedas en los bingos. Y en otras se profundiza en la compleja problemática de sus presuntas vinculaciones con el delito.

Algunas de ellas son:

* www.senado.gov.br/web/senador/requiao/ainflu.htm (donde se publica el informe del senador brasileño que realizó las denuncias en su país)

* www.codere.es/indexhome2.html

* www.elconfidencial.com

* www.repubblica.it/online/societa/bingo/roma/roma.html

* www.elpais.es

* www.elmundo.es

Cuando ya no hay más tiempo para discursos

Ya nada nos asombra. Los hechos que vivimos o vemos a diario nos van convirtiendo en personas inmunes a tanta desgracia. Desde vivir la peor crisis que se registra el país, en lo económico, moral y político, que afecta profundamente no sólo a nuestros habitantes sino también a nuestras instituciones. Y no nos permite vislumbrar el verdadero rumbo que lleve a nuestro país a desarrollarse como Nación, con todo lo que ello implica.

Muchas veces nos preguntamos cómo llegamos a esta crisis que pareciera terminal, y muchas veces se habla de las responsabilidades que nos caben a cada uno de nosotros como integrantes que conforman la sociedad.

Es así que en la parte superior de la pirámide debería recaer la mayor responsabilidad, en la máxima autoridad ejecutiva. Muchos políticos, dicen que quieren cambiar la manera de hacer política. Muchos políticos dicen que quieren transparentarla. Nuestro Gobernador es uno de ellos: un joven dirigente con grandes oportunidades de ser un referente que puede consolidarse no solamente a nivel provincial, sino también a nivel nacional.

Es cierto que hoy más que nunca le hace falta una bocanada de aire fresco a la clase dirigente. Pero para ello hay que terminar con los grandes discursos y comenzar a demostrar que los cambios se pueden realizar.

Muchas veces, es verdad, se reciben pesadas herencias de anteriores gestiones, como fue la escandalosa habilitación por parte de Duhalde de las salas de bingos en la provincia de Buenos Aires. Un negocio multimillonario para un grupo monopólico, que a costa de la “llamativa” falta de control por parte de la Provincia realizó todo tipo de irregularidades que lamentablemente aún continúan cometiéndose en esta gestión.

Es difícil de entender el porqué de la firma por parte del Gobernador de un decreto de necesidad y urgencia -instrumento legal nunca antes usado en nuestra provincia que, como la palabra lo indica, debería usarse ante hechos extremos- con el solo fin de continuar con la habilitación de los tragamonedas en los bingos ante la imposibilidad de sacarlo por ley. Es de preguntarse entonces si era tema prioritario en la agenda del Ejecutivo o son temas más importantes, otras áreas, cómo la salud, la educación o la contención social ante tamaña crisis. Puede ser que el Gobernador haya estado mal asesorado.

Esta vez hubo una denuncia terrible y contundente, un diputado de la provincia relaciona la instalación de los tragamonedas en las salas de bingos con el
lavado de dinero del narcotráfico.

Una denuncia que refleja cómo los dueños de los bingos de nuestra provincia tienen estrecha relación con la mafia italiana, a través de denuncias de la Justicia de ese país, que prosiguieron su periplo en Brasil, donde no pudieron llevar a cabo sus operaciones por el enérgico repudio y denuncias del entonces senador Requiao ahora gobernador del Estado de Paraná y del diario Folha de São
Paulo que mostraron sistemáticamente cómo realizaban el lavado del dinero a través de las tragamonedas. Lamentablemente, el director del diario fue asesinado por esta mafia según las conclusiones a las que llegó esta semana la Sociedad Interamericana de Prensa (SIP).

La forma de operatoria de estos grupos denunciados en la Justicia consistía en que por cada máquina tragamonedas le daban a la Provincia un canon fijo de mil pesos por mes y sobrefacturaban la utilidad de cada máquina, ingresando dinero non sancto proveniente de la droga. Se estima que facturaban 650 millones de dólares al año, cuando la facturación

real era la cuarta parte. Es decir, es un negocio doblemente lucrativo: la ganancia real de los tragamonedas y el blanqueo de dinero con costo cero.
Frente a estas graves denuncias es de esperar que el Gobernador muestre que se aleja de la retórica y que quiere modificar los hechos lamentables de corrupción. Es de esperar entonces que haya instruido a su ministro de Justicia para que recolecte toda la información necesaria, investigue y actúe rápidamente.

Si es que el Gobernador quiere convertirse en el artífice de un verdadero cambio.

Las tragamonedas pueden
seguir en agencias hípicas


La medida judicial que habilita el funcionamiento de máquinas tragamonedas en las agencias hípicas de la provincia de Buenos Aires continúa firme, a raíz de una presentación realizada ayer de un recurso extraordinario federal contra la resolución de la Suprema Corte de Justicia bonaerense que decreta el levantamiento de la citada medida de no innovar.

Dicho recurso, interpuesto por la Cámara Argentina de Agencias de Turf, produce efectos suspensivos en el levantamiento de la cautelar, razones por la cuales deberá abstenerse de ordenar procedimiento alguno sobre la misma hasta la efectiva sustanciación del recurso y eventual firmeza de la mencionada resolución.

El funcionamiento de las máquinas tragamonedas en agencias hípicas e hipódromos de la provincia de Buenos Aires había sido prohibido ayer durante la tarde a partir de un fallo del máximo tribunal provincial, pero el mismo quedó en suspenso ante la presentación de este recurso, que mantiene firme la medida judicial del titular del juzgado Nº 14, Tomás Carlos Yde.

Este magistrado concedió la medida cautelar que había presentado la Cámara Argentina de Agencias de Turf para el funcionamiento de las máquinas, una actividad de la cual dependen más 700 mil trabajadores en la provincia. Yde fundamentó el 2 de octubre, cuando hizo lugar a la presentación, que “se procede a hacer lugar a la medida de no innovar”, puesto que “prima facie, se verían cercenados los derechos de propiedad, de igualdad ante la ley y de trabajo”.

La medida de Yde no hace más que defender los derechos de quienes tienen el trabajo como su más sagrado capital. Sobre todo porque a diferencia de los bingos que tienen capitales españoles -y gozan de un decreto tildado de “anticonstitucional” para explotar las tragamonedas- las agencias hípicas nuclean a empresarios argentinos y resultan crucial para la gente del campo.

En oportunidad de ser consultado por este medio y satisfecho con lo dictaminado, el titular de la Cámara de Agencias de Turf, Alfredo Martínez, expresó: “Esta medida y las ya dictadas por los doctores Julio Miralles (juez federal platense) y Alberto Santamarina (juez federal de Lomas de Zamora) reconocen que nuestra actividad debe funcionar de mejor manera para salir de la caótica situación en la que está”.